Sonhos Obscuros escrita por Gabrielle


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Está entregue o capítulo.
Enjoy!



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Estava dormindo tão bem. Mas alguém decidiu atrapalhar meu sono me cutucando. Vir-me-ei para o outro lado da cama. E continuou a me cutucar, já estava me estressando, mas eu não ia levantar. Senti agarrar minha cintura e me puxar com força. Minhas costas bateram no chão, acordei aos berros. Não dava para respirar muito bem por causa da dor, ia reclamar com a pessoa, mas a dor não permitia que eu falasse. Quem havia feito isso era a Laryssa, que por acaso estava com uma cara assassina. Tinha até esquecido que ela dormiu lá e que hoje era segunda. Segunda! Olhei para o relógio e estávamos atrasadas.

                Entrei em pânico, era por isso que a Lary estava com uma cara assustadora. Ela já estava pronta, menos eu. Corri para o banheiro colocando as roupas e fui escovar os dentes. Descemos, peguei uma maçã para comer no caminho e a mochila. Despedimos-nos do meu pai e corremos para a escola. No caminho ela ficou reclamando.

-Estava te chamando e nada. Decidi te cutucar e você vira para o lado e continuou a dormi. Irritei-me e decidi te empurrar para fora da cama. Na próxima vez que isso acontecer eu jogo água gelada em você. Ouviu?

                Concordei, não queria tomar um “banho” gelado logo de manhã. A corrida não adiantou de nada. Chegamos atrasadas e nos deixaram na sala da coordenação. Só íamos entrar quando trocasse de professores, podia ser no segundo tempo, mas o inspetor não ia muito com a minha cara e decidiu fazer assim. A Lary tentou até negociar com ele, mas a desculpa era para sermos mais cuidadosas com o horário de entrada. Começou uma pequena discussão entre os dois, usei esse tempinho para tirar uma soneca.

                Acordei sendo puxada pela gola da camisa. Tentei me soltar, só que ela não deixou. Estava sendo enforcada ali, acho que essa era a punição. Entramos na sala, sentamos nos respectivos lugares e assistimos à aula. O dia passou devagar. Fui sozinha para casa, já que a Lary disse que não queria chegar outro dia atrasada e perder uma aula por minha causa. Abri a porta e subi para o quarto. Joguei-me na cama, estava cansada. Estava quase adormecendo, mas decidi levantar e tomar um banho.

                Terminei e coloquei o pijama mesmo, já estava meio tarde. Desci para jantar, senti falta do meu pai. Ele tinha deixado um bilhete na geladeira. Avisava que chegaria tarde e era para jantar sem ele, assim fiz. Peguei as sobras de ontem e comi. Lavei a louça, tranquei a casa e fui dormir. A semana passou rapidamente, meu pai às vezes chegava tarde porque vazia horas extras. O funeral e enterro da minha mãe tinha sido no sábado, todos os familiares compareceram. Alguns familiares dormiram lá em casa e no dia seguinte voltaram para seus lares. As semanas passaram normalmente.

Meus amigos me chamaram para ir a uma balada, eu ia recusar, mas meu pai insistiu que eu fosse. Concordei e fui com eles. Era meio longe, depois do centro da cidade. Quando chegamos fiquei impressionada. O local imenso, do lado de fora podia se escutar a música que tocava lá dentro. Entramos e fiquei mais impressionada ainda, tinha muita gente. Muito mais do que aquela que a Carla havia me chamado a tempo atrás. Fomos para a pista e começamos a dançar. Estava me divertindo.

A Carla e o Carlos saíram da pista e foram pegar algo para bebermos. A Lary e o Fernando foram dançar em outro canto e eu fiquei lá. Continuei dançando até que um garoto se aproximou e perguntou se podíamos conversar. Aceitei e fomos para um lugar mais calmo, o bar. Ele era alto, moreno e de olhos verdes. Contou-me que se chamava Lyan e morava perto, então era fácil achá-lo, caso quisesse falar com ele só vir aqui. Conversa vai, conversa vem e eu me divertindo com o que ele falava.

Meu telefone tocou, era mensagem do Carlos, avisando que já íamos embora. Despedi-me dele contra a minha vontade.

-Será que podemos nos ver novamente?

-É claro! Você já sabe onde me procurar.

-Está bem.

Fui para a saída me encontrar com os outros. Dormi durante o percurso de volta para casa. O Fernando que me acordou alertando que já estava em casa. Agradeci a carona e me despedi. Entrei, subi e tomei um banho para tirar o suor. Estava tão cansada. Coloquei o pijama e joguei-me na cama para dormir. Mas isso foi impossível, pois alguém decidiu tocar a campainha as duas da manha, eu tinha olhado no relógio.

Levantei e fui chamar meu pai, ele já estava acordado. Pelo jeito tinha acordado pela mesma causa que eu. Descemos e ele foi olhar quem tocava a campainha. Pelo visto ele não identificou quem era, porque ficou em dúvida se abria a porta ou não. Pediu para afastar-me, fiz o que pediu. Abri um pouco a porta, logo em seguida a fechou, mas foi impedido por um pé.

A pessoa empurrou a porta com força, meu pai se afastou. Era um homem que havia nos acordado essa hora, era alto e vestia uma calça jeans larga, com uma regata e tênis esportivos. Tinha um olhar assustador, pelos poucos segundo que o encarei me arrepiei toda.  Meu pai pediu que eu corresse, eu ia me virar, mas fui impedida por um barulho.

Meu pai caiu no chão, fiquei em choque, até que vi sangue saindo do corpo. Entrei em desespero, olhei para o homem e ele tinha uma arma na mão. Fui me afastando com pequenos passos, até que me virei e corri para os fundos da casa. Continuei correndo até ter certeza que ele já havia me perdido de visão. Tinha algumas árvores perto, me encostei entre elas. Eu não podia acreditar no que havia acabado de acontecer. Um homem bate de madrugada em minha casa e depois atira no meu pai bem na minha frente. A cena dele no chão ensanguentado me veio à mente, comecei a chorar.

Ouvi passos, me escondi nas sombras das árvores e fiquei quieta. Talvez quem tivesse passando fosse embora e não me percebesse. Senti meu braço se agarrado, eu ia gritar quando uma mão tampou a minha boca. Dei uma cotovelada na pessoa, ela afrouxou um pouco as mãos e eu corri. Alguém acertou a minha cabeça, minha visão ficou turva e cai no chão por causa da tontura. Ouvi uma voz.

-Capturada. Agora vamos leva-la ao chefe.

Chefe? Então isso já tinha sido planejado. Mas como tinham me encontrado, eu não tinha o despistado?  Estava tentando me levantar quando chutaram meu estomago, não aguentei a dor e desmaie. 


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Notas finais do capítulo

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