My Paradise escrita por Gisele, Gabi Calin


Capítulo 1
Ilha da imaginação


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo*mãos tremendo*



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Corra!_ era a mensagem que meu cérebro mandava para todo o meu corpo.

Tinha que ser mais rápida que os índios, eles não queriam que eu revelasse o segredo de séculos para que os homens começassem a explorar a região como sempre faziam quando descobrem novas riquezas, o ouro contido naquelas terras atrairia muitas pessoas.

O calor do deserto queimava sem dó minha pele, minha barriga roncava e minhas pernas reclamavam junto com os batimentos acelerados de meu coração por causa do desespero. Cheguei ao lugar indicado pelo mapa, era um rio para ser mais precisa, um rio barrento e nojento. Não tinha tempo, afundei meu corpo na água, sem pensar duas vezes, sendo agradecida por minha pele que ardia. Já sabia o que encontraria ali, várias e várias pepitas de ouro incrustadas no fundo do rio. Apurei minha visão, precisava de todo meu potencial agora. Não tinha tempo de tirar uma grande quantidade, era difícil arrancar, e os indígenas já deviam estar mais perto, não pude deixar de observar seu brilho, não era como o da minha pele ao sol, o meu era mais claro, diamante talvez fosse a comparação ideal, o ouro tinha um brilho mais fosco mais parecido com o dos meus cabelos.

Senti o chão tremer aos meus pés a terra vermelha começou a se mover e uma rocha de uns trinta metros caiu ao longe fechando a passagem do vale onde eu estava, alguns índios se detiveram por causa do desabamento, mas outros seguiram trotando em seus cavalos, se quisesse sair dali viva, agora teria que subir o monte oeste e depois descê-lo saindo fora do vale, mas ela ficava do lado oposto de onde eu estava, avaliei a situação, não tinha nenhuma vantagem, a não ser que conseguisse ser mais rápida que os cavalos, só então poderia sair com vida. Joguei a mochila nas costas e me pus a correr.

O peso nas costas dificultava a corrida, mas tinha a vantagem da área plana que me dava mais velocidade, estava quase lá quando fui interceptada por uma mão firme que agarrou meu tornozelo me fazendo cair. _ Não! Me solte!_ gritei, tirando o cabelo que entrara na minha boca, enquanto puxava ferozmente minha perna com intenção de me erguer ou pelo menos acertar seu rosto. Agarrei um punhado de terra e arremessei aonde deviam estar seus olhos, o que funcionou, pois finalmente consegui me soltar.

_ Humm... Devo chamar por ajuda ou só um psicólogo mesmo?_ disse uma voz conhecida.

_ Eu não preciso de ajuda! E se para sair daqui eu precisasse ir a um médico eu até aceitaria a troca!_ o ambiente ao meu redor ficou tropical de repente e o sol cálido de meio dia sumiu dando lugar a um frescor comum de seis horas de beira de praia, me tragando de volta a realidade.

_ Para qual finalidade você quer sair da ilha?

_ Nenhuma em especial é que eu já estou grande e quero ver coisas novas!_ disse olhando minha perna e aonde supostamente devia estar um índio havia apenas uma raiz alta.

_ Podemos trazer coisas novas para você, é só dizer o que quer!_ disse ela me dando um puxão para me levantar.

_ É diferente mãe!_ disse eu, nem ela nem meu pai falava nada do mundo além da nossa ilha sem que eu tivesse que implorar muito.

_ O que estava acontecendo aqui?_ perguntou me mudando de assunto.

_ Eu estava fugindo de um vale de rochas que estava desabando, no meio do deserto, com uma mochila cheia de ouro quando fui agarrada por um dos índios que me perseguiam!_ disse lhe estendendo minha mochila.

_ Me parece mais uma floresta tropical do que um deserto, eu saberia se o rio tivesse ouro, ou se tivesse índios por aqui e isso dentro da sua mochila são pedras de fundo de rio sem valor algum!

_ E você não tem imaginação, não?_ disse em um tom gozador, tirando a mochila de suas mãos.

_Sim, eu tenho imaginação! Mas não uma imaginação capaz de criar imagens tão verdadeiras! Seu pai já está quase chegando! E você precisa de um banho!

_ Por que preciso tomar banho? Sou cheirosa de natureza!

_ É, mais as suas roupas não! Vamos!

Subimos no Rodo, uma das minhas invenções para um transporte mais seguro e deslizamos rapidamente para casa.


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Notas finais do capítulo

Então... é isso! Não é muito esclarecedor, mas já é uma boa introdução aos outros capítulos que serão mais eletrizantes, espero a opinião de vocês, ela foi toda pensada para agradar aos leitores do site espero que gostem, de coração.