Spirit Bound Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Segue mais um cap!
Este é mais uma ponte para os acontecimentos, pode ter ficado meio chato, mas não podemos sair pulando as cenas, assim seria incoerente... bem eu acho!
Próximo capítulo, muitas emoções, afinal a restauração de Dimitri se aproxima!!!
No mais, boa páscoa a todos!!



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Dias e noites para mim eram iguais. Há dias as horas se repetiam sem qualquer fato novo que pudesse me dar motivos para me sentir melhor. Eu havia voltado para a minha casa, próxima à Corte, tinha retomado com a vigilância aos portões e caminhos que levavam à Corte, mas, tudo indicava que Rose não sairia dali de dentro tão cedo.

Eu repassava mentalmente várias e várias vezes tudo que tinha acontecido no Alasca e em Las Vegas, na esperança de decifrar aquele enigma que rondava o objetivo de Rose com essa aventura quase que insana. Quando eu deixei o Luxor naquele dia, ainda tentei buscar por ela em outros hotéis, mas percebi que ao menos uma lição ela tinha aprendido com tudo isso: ser mais cuidadosa. Eu tive notícias que ela e seus amigos se abrigaram no cassino Witching Hour, que era tipicamente frequentado por Morois ricos e, consequentemente, vivia repleto de guardiões. Uma boa escolha para quem estava fugindo de Strigois, eu tinha que admitir.

Ainda em Las Vegas, obtive detalhes sobre a inacreditável fuga de Victor Dashkov de uma prisão de segurança máxima situada no Alasca. Enquanto a história era narrada para mim, minha mente girava como engrenagens. Este era o assunto do momento no mundo vampírico. O maior criminoso Moroi da atualidade tinha fugido e desaparecido sem deixar vestígios, provavelmente com a ajuda de humanos – ou bem, isso era o que contavam. Alguns guardas afirmavam que haviam sido compelidos, mas as pessoas estavam começando acreditar em um grande esquema de corrupção montado pelo próprio Victor, que os subornou. Eu não podia deixar de sorrir a cada hora que eu era atualizado dos fatos e fazia uma ligação com os acontecimentos que presenciei. Rose estava no Alasca no mesmo dia e hora da fuga. Depois eu a vi em um dos restaurantes do cassino com o próprio Victor Dashkov. Definitivamente, era algo inconcebível. Eu lembrava muito bem de toda fúria dela à época do julgamento de Victor. Qualquer sombra de que ele pudesse escapar de uma condenação a deixava quase que descontrolada. Jamais poderia pensar que tudo se desencadearia nisso: Rose e Lissa o libertando e, ao que tudo indicava, acobertando a sua fuga. Apesar de incoerente, ao mesmo tempo parecia bem parte de um plano mirabolante que só podia ser exeutado por Rose.

Outra notícia que me deixou com extremo bom humor, enquanto eu deixava Las Vegas, veio dos noticiários de TV. As manchetes dos jornais narravam, com pavor, um misterioso assassinato em massa no hotel Luxor. Não havia pistas. Não havia suspeitos. Não havia sido encontrado nada que direcionasse a polícia para qualquer linha de investigação. Eu sorria a cada depoimento que assistia de pessoas abaladas e consternadas. As imagens mostravam que rapidamente, flores e velas, cobriam a calçada do hotel em memória das vítimas, enquanto a fisionomia de pesar dominava os repórteres. Era como eu sempre dizia. Se quer algo bem feito, faça você mesmo.

Apesar de ter certeza que Rose havia recebido uma merecida punição por ter escapado da Corte sem autorização, eu ordenei que os meus homens continuassem em constante vigilância. Eu voltei aos meus afazeres, que em parte tinham muito a ver com a necessidade de capturar Rose, mas também envolvia os negócios que eu tinha assumido. De nada valeria uma vida eterna se eu tivesse que me submeter a uma existência miserável e pobre. Eu queria somar riquezas e muito dinheiro – e com isso eu teria muito mais poder. Por isso desenvolvi uma grande rede de venda de drogas e produtos ilegais, assim como contrabando de mercadorias. Isso me mantinha ocupado e gerava muitos dividendos. Também me dedicava a treinar os Strigois para por em prática os planos que eu traçava desde que Rose tinha saído da Academia. Eu sabia exatamente como iria capturá-la. Eu só precisava de paciência e frieza para agir na hora exata. Eu tinha um plano grande que envolvia muitos Strigois. Como a maioria daqueles que me seguiam tinham sido humanos que foram despertados, eles raramente tinham técnicas de luta, lhes restando apenas a rapidez e a força. Humanos despertados eram leais mas tinham esse contratempo. Por isso eu os treinava quase que incansavelmente.

Em uma bela manhã de verão, recebi a notícia pela qual eu ansiava. Lissa havia deixado a Corte acompanhada de uma pequena comitiva – que, é claro, não incluía Rose. Ainda assim, era a oportunidade que eu aguardava. Eu realmente esperava que Lissa saísse para fazer compras, ou algo do gênero, mas uma ida à Universidade na qual ela provavelmente estudaria no próximo semestre veio bem a calhar. Nós saímos em vários carros, seguindo discretamente aquele que levava Lissa. Eu sabia que se seguíssemos de forma impertinente os guardiões perceberiam e tudo poderia ser arruinado. Mas tudo que eu precisava era de paciência para atacar na hora certa. Lissa seria a isca perfeita. Rose faria tudo para mantê-la segura, também a rainha. Trocar uma pela outra não seria nada difícil.

Observei cautelosamente todas as vezes que eles entraram e saíram do hotel e seguiram percorrendo o campus da Universidade. Mas naquela noite, eu tive uma chance de ouro. Eles seguiram até um elegante restaurante para jantar e estavam no horário humano. Era o dia do aniversário de Lissa e eles pareciam comemorar. Era uma pena que eu iria estragar toda aquela alegria. Ela fazia aniversário, mas certamente quem ganharia o presente seria eu. Observei cuidadosamente o trabalho dos guardiões e eu conhecia perfeitamente suas técnicas e atitudes. Naquele momento, a negligência foi minha aliada. Apesar de parecerem completamente em alerta, eles não ficaram de guarda do lado de fora, o que permitiu que eu armasse o ataque. Posicionei cada um dos Strigois que estava comigo de forma que fechassem todas as saídas, possíveis e impossíveis. Eles se prolongaram mais do que o normal nas conversas, me deixando com tempo de sobra para agir. Marquei com precisão o local onde o carro deles estavam estacionados e quebrei a luz do poste que iluminava o local, deixando uma pequena penumbra pelos arredores. Não era muito próximo da entrada do restaurante, o que os forçariam a caminhar pelo estacionamento escuro.

Eu sabia que tanto para dhampirs, como para Morois, a baixa luminosidade não seria um problema. Na verdade, aquela era apenas um aviso para eles. Um aviso de que deveriam entrar em alerta. E funcionou. Imediatamente os cinco guardiões que acompanhavam o grupo estavam pisando duramente, olhando os arredores, com as estacas em punho. Eu confesso que adorava isso. Guardiões em ação era algo que me dava um prazer mórbido. Principalmente quando eu sabia que eles seriam mortos, apesar de todo treinamento que receberam. Com apenas um gesto de ordem, o grupo de Strigois que estavam comigo atacaram. Eram cerca de vinte. Como eu havia planejado, eles sugiram de todos os lados, como elementos surpresa. A uma distância segura, eu observada atentamente, enquanto os guardiões olhavam em volta, sem saber por onde começar. Eles estavam encurralados. Meu plano era perfeito.


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