Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 12
E o passado retorna


Notas iniciais do capítulo

Oioi
Bem como vocês virão no ultimo capitulo (nem sei se virão mas...), o Gin agiu como o Gin e matou o Sam...
'E ai LL?'
Eu não vou dizer. ¬¬
Esse capitulo é inteiramente Keith e Rangiku, é um dos poucos que eu não modifiquei..
Talvez vocês não gostem (sei que não estão gostando), mas...
No próximo eu prometo que todo capitulo será focado no Gin!!
Boa Leitura!!



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Já havia completado um mês que Rangiku trabalhava para Keith e ela estava feliz.

A rotina era leve e agradável, pela manhã batia papo com a Lira, depois do almoço brincava com a menina até Keith chegar e ai ela ficava mais um pouco quando ele chegava para conversar com ele e beber alguma coisa.

Tudo estava indo bem, mas ela sentia que alguma coisa estava estranha na casa nessa ultima semana.

Na terça-feira quando ela estava prestes a sair o telefone tocou, Keith atendeu enquanto ela ficou com Kisa. Ela o ouviu falar umas coisas como “Você não pode fazer isso” e “ Essa não é a vida ideal pra uma criança”. Depois que ele havia desligado Rangiku viu que seus olhos estavam cheios de tristeza, ela até perguntou o que era, mas ele não quis dizer, simplesmente pegou a Kisa e à acompanhou até a porta.

Ontem ele tinha a chamado para almoçar com ele e Kisa na casa dos Nikkei. Ela aceitou muito bem e estava se arrumando para ir.

Descendo para o bar ela viu Hinamori fazendo o dever de casa com Toshirou em uma das mesas.

  — Lição de casa? No sábado? — Rangiku falou se aproximando deles.

  — Os professores vão dar uma prova na segunda precisamos estudar Rangiku. — Hinamori disse.

  — Nossa! segunda e prova isso não soa muito bem. — Ela disse passando por Toshirou e bagunçando mais o seu cabelo.

  — Pare com isso Matsumoto. — Ele disse emburrado.

  — Ah! Mas tem tanto tempo que eu não te vejo, senti saudade. — Ela disse sorrindo.

Ele só fez um “Tck” e continuou lendo.

  — Vai sair hoje? — Hinamori perguntou.

  — Sim vou almoçar com uns amigos, mas vou estar aqui na minha hora de trabalhar, ok?

  — Você está trabalhando aqui ainda? — Toshirou perguntou.

  — Sim, mas só no final de semana.

  — Você não fica muito cansada? — Ele perguntou olhando para ela.

  — Até que não, mas sabe eu ainda tenho alguns alugueis para pagar aqui e meu salário não da pra pagar tudo.

  — Rangiku, Kyoraku não se importa com isso, está feliz por você ter conseguido arrumar um emprego melhor. — Hinamori disse.

  — Eu sei, mas ele me ajudou muito, isso é o mínimo que eu posso fazer. — Ela disse andando. — Bem eu já vou indo, até mais tarde.

  — Tchau. — Os dois disseram.

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  Rangiku percebeu que estava indo muito cedo e já fazia um tempo que ela não ia a sua lanchonete preferida. Foi para lá para falar com Orihime e contar as suas novidades assim como ela fazia antes de começar a trabalhar.

— Matsumoto! — Orihime disse. — Há quanto tempo.

  — Tempo suficiente pra você esquecer como me chamar. — Rangiku disse se apoiando no balcão.

  — Ah sim... Bem como está... Rangiku?

  — Eu estou ótima. — Ela falou com um grande sorriso.

  — E por quê?

  — Eu comecei a trabalhar Orihime já faz um mês.

  — Sério? Que incrível e lá é legal?

  — Sim estou cuidando de uma menina linda.

  — Serio? E cuida dela na sua casa? — Orihime perguntou sorrindo.

Rangiku olhou para ela, nunca tinha dito que morava em um bar, mas também não queria falar agora.

  — Bem eu cuido dela na casa do pai dela.

  — E é aonde?

  — Ah! É uma rua chique, sabe? Aquele lugar nobre.

  — Puxa lá só tem pessoas ricas, a casa deve ser muito bonita. — A menina falou impressionada.

  — E é, mas o melhor de tudo é que o pai dela é super legal. — Rangiku disse sorrindo.

  — Deve ser bom cuidar de crianças bonitinhas em casas chiques. — Orihime disse olhando pro nada.

  — Não viaja Orihime deve ser mais legal ficar trabalhando no meio de tantas comidas gostosas.

  — E é. — Orihime disse sorrindo.

Rangiku também sorriu, mas ao olhar para a entrada da lanchonete seu sorriso desapareceu.

  — Rangiku-san! Há quanto tempo. — O homem perguntou se aproximando.

  — Urahara. — Rangiku falou surpresa. — Acho que nós não temos nenhuma intimidade para você me chamar pelo primeiro nome.

  — Ai! Assim você me magoa. — O homem de chapéu disse se sentando ao lado dela.

  — Bem Orihime eu já vou. — Ela disse dando um passo para trás e saindo de perto dele.

  — Volte mais vezes Rangiku. — Orihime disse sem entender o que havia acontecido.

Rangiku saiu. E Urahara se virou para olha-la saindo.

  — Que temperamento não? — Ele falou para a menina.

  — Bem o que o senhor vai querer?

  — Quero um pedaço de bolo de morango e uma xicara de chá.

Orihime pegou o que ele pediu e foi arrumar alguns bolos que estavam na vitrine.

  — Bem Inoue você e a Rangiku são amigas?

  — Bem ela sempre que ela vinha aqui nós conversávamos, mas agora ela não está vindo sempre. — Orihime disse.

  — Ah é? E por quê?

  — Ela começou a trabalhar. — Orihime disse distraída.

  — Trabalhar? — Urahara disse com um sorriso estranho e olhando atentamente para a menina.

________________________________________________________________________________

Rangiku chegou ao prédio e conseguiu sentir o cheiro da comida de Mila do primeiro andar.

  — Ei, ei parece que a festa já está começando. — Ela falou na porta que estava aberta.

  — Matsumoto que bom que chegou. — Mila falou indo a abraçar.

  — Oi Keith já chegou?

  — Ainda não, mas já deve estar vindo.

Rangiku entrou e viu Ilda sentado emburrado no sofá.

  — Oi senhor Nikkei!

Ilda apenas olhou para ela sem falar nada.

  — Seja educado Ilda. — Mila falou dando um tapinha na cabeça dele.

  — Oi Matsumoto como está? — Ele falou sem emoção.

  — Estou super bem. — Rangiku disse se sentando no sofá com Ilda. — E o senhor?

  — Também estou bem.

Uma pausa desconfortável.

  — Ok... Humm... Que bom.

  — Venha pra cá Matsumoto, deixe esse chato ai. — Mila disse para ele.

Rangiku foi até a cozinha com Mila e lá elas conversaram um pouco. Mila quis saber sobre tudo o que tinha acontecido naquele mês. No meio da conversa o telefone tocou.

  — Ilda, por favor, atenda para mim.

Elas retomaram a conversa, mas foram novamente interrompidas quando Ilda entrou na cozinha. Sua expressão era um tanto preocupada.

  — Mila é o Keith, quer falar com você.

Mila foi às pressas para a sala, Ilda foi atrás dela e Rangiku foi também não queria ficar sozinha em uma cozinha que não era dela. Ao voltar para a sala Mila já estava no telefone.

  — Como assim ela te ligou? — Mila falou pegando a mão de Ilda que chegou mais perto dela.

(Pausa)

Rangiku não entendeu, mas teve um leve pressentimento que algo ruim estava acontecendo.

  — Mas você não vai deixar ela fazer isso não é? — Mila falou olhando para Ilda.

(pausa)

  — Então está bem. — Mila disse.

(Pausa)

  — Sim, sim ela já está aqui. — Ela falou olhando para Rangiku. — Tudo bem Keith, não demore.

(Pausa)

Mila desligou o telefone e sentou no sofá.

  — Você está bem Mila? — Ilda falou a segurando pelos ombros.

  — Sim só fiquei um pouco tonta. — Ela falou pondo a mão na cabeça.

  — O que aconteceu senhora Nikkei? — Rangiku falou se aproximando.

  — Oh Matsumoto! Parece que Kiara voltou a perturbar o Keith.

  — Quem é Kiara? — Rangiku falou sentando no sofá.

  — Kiara é a mãe de Kisa. — Ilda falou.

  — E o que ela está fazendo com o Keith?

  — Nada. Só está sendo a mesma megera de sempre. — Ilda falou.

  — Não fale assim Ilda. — Mila disse. — Sabe que Keith ainda gosta dela.

  — Por que é besta. — O velho disse cruzando os braços.

  — Não é assim Ilda você sabe. — Mila disse olhando bem nos olhos dele. — Não dá para simplesmente parar de amar alguém, não é Matsumoto?

  — É... eu sei. — Rangiku disse pensando em sua própria situação.

  — Mila você tem que se acalmar agora se não vai acabar passando mal. — Ilda se levantou e ajudou Mila a se erguer.

  — Sim vamos voltar para a cozinha. — Mila disse apoiando nele.

  — Tudo bem. — Rangiku foi com ela, mas não conseguiu tirar sua mente de Keith.

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Quando Keith chegou com Kisa, a comida já estava na mesa.

  — Achei que ia demorar mais garoto. — Ilda disse se sentando. — A comida já está esfriando.

  — Me desculpe Ilda. — Keith disse pondo Kisa no sofá.

  — Não ligue Keith Ilda fica de mau humor quando está com fome. — Mila disse rindo.

  — Oi Rangiku, não queria fazer vocês esperarem. — Keith disse cabisbaixo.

  — Não tudo bem. — Rangiku falou indo pegar Kisa.

  — Hoje de manhã ela começou a te chamar sabia. — Keith disse dando um leve sorriso.

  — Serio? — Rangiku deu um abraço na menina que correspondeu. — Ai ela deve ter sentido saudade de mim.

  — É eu fiquei dizendo para ela que você ia estar na casa da Tia para encontrá-la.

  — Ran... — Kisa começou a dizer. — Ket!!

  — Nossa Ilda ela já está falando. — Mila disse.

  — Já era tarde. — Ilda falou pondo seu prato.

  — É só que quando eu peço para ela falar papai ela só me chama de Keith.

  — É por que você tem que acostuma-la primeiro.

  — E como eu falo isso? — Ele falou se sentando.

  — Não sei, mas ela me chama de Ran porque às vezes você me chama de Ran.

  — Hmm, interessante essa teoria. — Keith disse sorrindo.

  — O que? É verdade. — Rangiku disse se sentando à mesa. — Isso é questão de costume.

  — Eu não discordo. — Keith disse dando um prato para ela.

  — Então por que fez “hmm”? — Ela perguntou rindo.

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Rangiku e Keith estavam lavando a louça enquanto Mila matava a saudade de Kisa na sala.

Ela olhava para Keith, via que tinha algo errado, mas não sabia como perguntar, se ele tinha um problema assim tão delicado talvez falar só fosse machuca-lo mais. Mas talvez o que ele precisava mesmo era alguém para conversar, o que não era muito conveniente na situação que estavam agora.

  — Keith quer ir levar a Kisa no parquinho que tem aqui perto? — Ela falou dando pratos para ele secar.

  — Eu não sei. Não faz mal as crianças correrem com a barriga cheia?

  — Sim, mas é só para ela não ter que ficar presa só naquele seu condomínio.

Keith pensou um pouco, guardou todos os pratos e olhou para ela.

  — Talvez... Realmente seja bom...

  — Vai ser. — Ela disse dando um sorriso caloroso.

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Os três sentaram em um banco na praça, Keith comprou um sorvete para Rangiku e Kisa e agora eles estavam em silêncio comendo.

  — Bem... — Rangiku disse sem saber por onde começar.

  — Você quer saber o que está acontecendo. — Ele falou pondo o sorvete na boca de Kisa.

Rangiku ficou calada.

  — Se você não quiser falar tudo bem, mas eu realmente gostaria de saber.

Keith a olhou, depois voltou a olhar para Kisa.

  — Sabe... Quando você não se importa de sofrer só para ficar perto de quem você gosta?

Rangiku olhou para o chão, ela entendia muito bem disso.

  — Sim eu sei.

  — Esse é o meu problema. — Ele disse rindo tristemente.

Rangiku não falou nada só o olhou. Diretamente nos olhos verdes que ela ficou tão impressionada.

  — A mãe da Kisa é uma mulher arrogante, egoísta, orgulhosa e gananciosa.

  — E o pior é que você gosta dela. — Rangiku disse calmamente.

  — Pois é. — Ele falou olhando novamente para Kisa.

  — Ela que está te ligando?

  — É.

  — E o que ela fala que te deixa... Bem... Tão... Triste? — Rangiku falou hesitante.

  — Ela quer ver a Kisa. — Keith disse de um jeito distante.

Rangiku não entendeu se era só isso por que tanto alarde.

  — E você não quer que a mãe veja a filha? — Ela falou se achando no direito de defender a mulher que ela pensava estar sofrendo por não ter a filha por perto.

Keith a olhou, agora ele estava perecendo maio zangado.

  — Você não sabe o que ela fez para falar assim.

  — E o que ela fez? — Rangiku disse cruzando os braços.

  — Ela tentou abortar a Kisa quando descobriu que estava grávida. — Ele disse elevando o tom de voz.

Choque. Por que uma mãe iria fazer isso. Era o que passava pela mente de Rangiku e claro, por que ela não perguntou antes de falar aquilo. Se sentindo envergonhada abaixou o olhar em silêncio.

  — Olha não precisa ficar assim... Foi mau falar desse jeito eu... Eu sei que você não sabia. — Ele disse pondo a mão no pescoço. — Acho que estou descontando em você meu stress.

  — Não fui eu quem errou... Cara eu devia ter te perguntado antes é serio me desculpe.

  — Não tudo bem. — Keith falou dando um leve sorriso.

  — Mas Keith, me diga por que ela queria fazer isso?

Keith suspirou.

  — Kiara é uma modelo, quando descobriu que estava grávida achou que iria perder tudo o que tinha construído.

  — Mas ter uma família não era o que ela queria?

  — Não. Ela sempre quis ser mais, fazer mais, ter mais e achou que um filho a atrapalharia a chegar onde ela quer.

Ao ouvir as palavras de Keith, Rangiku sentiu que ele estava passando pelo mesmo que ela. Gin também era assim, mas ao invés de sacrificar um filho ele sacrificou uma vida e o amor deles dois para chegar onde queria.

  — Como foi que você fez para ela ter a Kisa?

  — Foram longas conversas e um acordo. Ela teria o bebê e seguiria com sua vida e sua carreira como queria e eu tomaria conta da criança. — Keith falou segurando Kisa mais apertado no colo.

  — E você acha que ela quer algo a mais com essa visita?

Keith soltou uma risada, curta e dolorosa e olhou para ela.

  — Com certeza Ran.

Os dois ficaram em silêncio. Rangiku notou que seu sorvete tinha derretido e jogou a casquinha fora, aquela conversa fez sua vontade de comer ir embora. Pensou mais um pouco sobre Gin, ele era um homem mau, cruel, de sangue frio e egoísta, mas mesmo assim não ha um momento em sua vida que ela sinta que não o amou.

  — Como você pode amar alguém assim? — Rangiku falou mais para ela do que para Keith que apenas a olhou sem falar nada.


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Notas finais do capítulo

Então, então??
Vai.. Esse capitulo respondeu algumas perguntas né?
E eu também sei que criaram outras né? #_#
kkkkkkkkk
Que divertido!!!
Até sábado gente ;)



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