Make A Wish. escrita por Mika G n Manda B


Capítulo 37
Capítulo 37 - O fim.


Notas iniciais do capítulo

Gente, se alguem ainda le isso, aqui esta o meu final. :( Encurtamos muito pois ja estao excluindo as fanfics da categoria bandas e cantores, e nao teriamos tempo de terminar da maneira planejada. Entao aqui vai o ultimo capitulo de Make A Wish. Não sei mais se vou postar a segunda temporada, tudo vai depender de voces, deixem reviews dizendo se querem ou não. Pois estarei postando no AnimeSpirit assim como as minhas outras fanfics.
Espero que gostem :)



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POV Alice

Os dias passaram rápidos demais. Em um momento estávamos todos no velório de Avalanna e no segundo atual, eu estava preparando minhas malas pra voltar pro Brasil, daqui a poucas horas. 

Não era como se eu estivesse desistindo de tudo, pois não havia mais nada. Justin parecia ter esquecido-se de tudo que havia acontecido nos dias em que ficamos juntos, tais dias que foram os melhores da minha vida.

Não havia mais conversas, beijos, abraços, carinhos, não havia mais nada entre mim e ele. E não foi por desistência minha, foi por culpa dele. Ele mudou de uma hora para a outra e nem me deixou saber o porquê.

Fechei minha ultima mala e coloquei-a no chão junto com as outras duas. Dei mais uma olhada naquele quarto, para ter a certeza de que não esqueceria nada meu ali. Iria embora, para nunca mais retornar. 

- Posso entrar? - disse Pattie com batendo na porta. Assenti com a cabeça e ela entrou. Ela me olhou, depois encarou minhas malas no chão e depois sorriu triste para mim.

- Humm... Alice, eu sei que tudo que aconteceu nesses últimos meses foi... - começou e fez uma pausa para retomar a respiração tentado encontrar as palavras certas, para não jogar na minha cara que eu havia atrapalhado tudo. - Difícil. Tudo que aconteceu com você, com Justin, com vocês dois... Isso tudo é complicado. Mas eu não quero que você se afaste dele por pensar que esta sendo indesejada aqui. - disse ela segurando minhas mãos e sorrindo serena. - Voce é como uma filha para mim, e eu me preocupo com você. 

- Eu sei Pattie, eu sei. Mas, eu não posso mais ficar a minha estadia aqui ja deu o que tinha que dar. Fiquei tempo demais... Eu... Eu amo Justin, e percebi que minha estadia aqui, não esta fazendo bem pra ele. Nem para mim. Acho que se eu tivesse ido embora no período certo, as coisas talvez não tivessem chegado a esse ponto. - disse firme e com resquícios de culpa na voz.

- Oh, querida. Não, você não é a culpada disso. As coisas acontecem por uma razão, que não nos é cabível entender no momento. Mas algum dia todos nós estaremos reunidos e rindo de tudo isso. - disse ela me abraçando.

Eu queria acreditar que aquilo poderia ser possível. Mas não podia não iria me agarrar a falsas esperanças. Não iria me iludir mais.

- Eu espero que sim. - disse sorrindo forcado. 

- Não quero atrapalhar, mas Ali, temos que ir. - disse Fredo aparecendo na porta. Assenti com a cabeça e Pattie me olhou com os olhos vermelhos e marejados.

- Você já se despediu dele? - perguntou ela se referindo a Justin.

- Não. - disse breve, pegando minha bolsa e colocando no ombro.

- E você não vai fazer isso? - perguntou ela depois de fungar o nariz.

- Acho melhor não. - disse com a voz falhando.

- Não Alice, por favor, fale com ele. É a ultima coisa que te peço. Não vá embora sem se despedir dele. - pediu e naquele momento, vê-la daquele jeito partiu meu coração, e novamente estava eu causando dor no coração das pessoas que eu amo. 

Respirei fundo e juntei todas as minhas forcas para mais uma vez negar aquilo, eu não poderia me despedir de Justin. Não poderia olha-lo sem fraquejar. Eu desistiria de tudo novamente só para ficar com ele. Eu não podia abrir mão de mim por mais uma vez só para ficar com ele. Eu simplesmente não podia.

- Por favor. - suplicou e soltei o ar de forma pesada, rendida.

- Tudo bem. Fredo ainda temos alguns minutos, certo? - perguntei a ele que ainda estava na porta encarando tudo aquilo.

- Sim. - assentiu. 

Olhei Pattie mais uma vez e sai do quarto indo ate o final do corredor onde era o quarto dele. A cada passo meu coração apertava e minha cabeça gritava dizendo para eu voltar. Mas eu faria aquilo, pela ultima vez. 

Bati na porta e em seguida ele murmurou um entra. Abri a mesma e entrei no quarto, tomando toda a coragem que podia.

Ele estava em um canto do quarto, sentado no puff com seu violão. Justin não me olhou nos olhos, nem levantou o rosto para saber quem estava ali, ele já parecia saber. Confesso que minhas pernas fraquejaram e mihna garganta travou quando o vi ali. Mas respirei fundo engolindo o choro e criando coragem para começar a terminar aquilo.

- Oi. - disse, não era um bom começo, mas foi a única coisa que consegui dizer.

- Oi. - respondeu concentrado no violão.

- Hum... Vim me despedir de você. - disse e pela primeira vez ele mudou seu olhar e levantou o rosto para me encarar.

- Então você vai mesmo? - perguntou em um tom amargurado.

- Sim. - disse em um fio de voz.

- Típico de você isso. Desistir, abandonar o barco quando ele esta afundando. Fugir dos problemas. - disse ele rude e de todas as coisas que imaginei que ele pudesse me dizer naquele momento, aquela foi a única que não passou pela minha cabeça.

- Eu não estou desistindo, eu não estou fugindo. - disse tentando manter a voz firme sem vacilar.

- Ah não? E esta fazendo o que então? - perguntou sarcástico.

Definitivamente aquele não era mais o Justin, não o meu Justin.

- Eu-eu... Você que começou com isso! Você que fingiu esquecer tudo isso que nos passamos! Você que resolveu fingir que nada aconteceu! Você começou com essa história Justin. - disse em um tom alto. 

Não sei de onde tirei toda aquela coragem, mas ela me pareceu bem vinda ao momento. Ele colocou o violão ao seu lado e se levantou. Vindo ate mim.

- E você esta terminando com ela não é mesmo? - disse sorrindo sem humor.

- Sim, estou. - disse firme. Enxugando a lagrima vacilante e solitária que se atreveu a cair.

- Vai mesmo me abandonar? - disse ele triste.

Eu espero que você saiba, eu espero que você saiba que isso não tem nada a ver com você. Isso é pessoal, eu mesma e eu.

- Eu tenho que seguir meu caminho, e você o seu. Já sou uma garota crescida Justin, não sou mais só sua shawty. - disse e ele abaixou o olhar. Me segurei e tirei forças de não sei onde, para não chorar naquele momento.

O caminho que eu estou trilhando, eu devo ir sozinha. Eu tenho que dar pequenos passos até estar totalmente amadurecida.

Não sei o que deu em mim, mas mesmo com a consciência de que botaria tudo a perder. Eu me atrevi quebrando o espaço restante que nos separava e o abracei. O apertei em meus braços, guardando tudo que u podia daquele momento, seu cheiro, a maciez de sua pele, sua temperatura. Tudo.


Contos de fada nem sempre têm finais felizes, não é?E eu prevejo a escuridão à frente se eu ficar.

- Eu te amo, sempre vou amar. Mas eu tenho que ir. Tenho que fazer isso por mim. Por você. Por nós. - disse abafado com meu rosto em seu pescoço e o apertando forte.

Você pode segurar minha mão, se quiser. Porque eu quero segurar a sua também.”

Justin não disse nada e não correspondeu ao meu abraço. Aquilo foi o suficiente para eu perceber que já estava na hora de eu ir.

Nós fomos parceiros e amantes e compartilhamos nossos mundos secretos.

E naquele momento eu soube que havia acabado. Uma coisa dentro da gente sempre sabe quando chega o fim, e aquele era o momento. 

Me soltei dele, enxuguei as lagrimas e me afastei. Caminhei ate a porta e o olho por uma ultima vez.

Mas chegou a hora de eu ir pra casa. Está ficando tarde, está escuro lá fora
Eu preciso ficar sozinha concentrada, lúcida, em paz, serena
.

Seus olhos estavam vermelhos e poderia jurar que a qualquer segundo ele desabaria assim como eu. Sorri para ele e sai daquele quarto fechando a porta atrás de mim, engoli o choro e respirei fundo.


Chegou a hora de ser uma garota crescida e garotas crescidas não choram.

Alfredo apareceu no corredor e veio ate mim.

- Vamos? - perguntou sorrindo, eu sabia que ele não estava feliz, pelo contrario ele estava tão triste quanto eu, mas Fredo se privava de sua dor para me passar confiança e uma esperança de que tudo daria certo dali para frente. Bem, poderá não dar, mas eu preferia acreditar naquele sorriso confiante dele.

O abracei de lado e seguimos para sala. Olhava tudo detalhadamente guardando cada pedacinho daquele lugar na minha memória. A casa estava silenciosa e vazia, Pattie, Kenny, Scooter e Marie estavam na sala de estar.

Abracei Pattie.

- Se cuida ok? E me manda notícias. - disse ela e me soltou, assenti com um aceno de cabeça.

Scooter não me abraçou só me mandou um aceno de cabeça e retribui da mesma maneira. 

Marie chorava feito criança. Abracei-a fortemente e a soltei em seguida.

- Vou sentir falta da sua salada de fruta Marie. - disse sorrindo com os olhos marejados para ela.

- Oh, senhorita Flores, vou sentir muito sua falta nessa casa. - disse ela enxugando as próprias lagrimas.

Meus filhotes estavam ali também. Snow e Sunny, fui uma péssima dona para eles, então resolvi que os deixaria ali. Peguei mude cada vez no colo, jamais eles já estavam crescidos e pesados. Acarinhei cada um de uma vez, eu sentiria falta deles também.

- Alice, já esta na hora. - disse Fredo. Assenti e ajeitei minha bolsa no ombro. Não me despedi de Kenny, pois ele me levaria ate o aeroporto com Fredo. Então saímos dali e entramos no carro. Pattie ficou olhando do lado de fora enquanto o carro se distanciava cada vez mais. 

(...) 

- Você tem certeza disso? - perguntou Kenny assim que chegamos à sala de embarque depois de fazer todo o procedimento de check In e despache de malas.

- Não. Mas vai ser melhor assim. - disse sorrindo forcado e o abracei, recebendo um verdadeiro abraço de urso de volta.

- Não se esquece de mim ta? - pedi, quando ele me colocou de volta no chão.

- Nem se eu quisesse. - respondeu.

Fredo estava ao seu lado, calado e quieto. 

- Você algum dia vai me perdoar por ter feito e estar fazendo tudo isso? - perguntei chamando sua atenção. 

- Me pergunto se algum vou me perdoar por apoiar isso. - respondeu.

- Fredo me desculpa, eu não queria causa tudo isso, mas é que... Eu não sei. Eu sinto que preciso ir, não quero mais atrapalha-lo. - disse confusa e nos calamos. - Obrigado por ter me ajudado. - disse depois de um tempo.

- Não me agradeça por isso, não me orgulho disso, pelo contrario o arrependimento me toma nesse exato momento. - disse triste.

- Eu e ele... Não daria certo. Você sabe disso. - disse e ele se calou cruzando os braços.

- Bem... Chegou a minha hora. Vou voltar finalmente pra casa, de onde eu não deveria ter saído. - disse lamentando e ele me abraçou.

- Não se arrependa de coisas boas. - disse ele no meu ouvido e chorei por alguns segundos em seu ombro.

- Eu te amo Fredo. – disse o abraçando forte.

- Eu também amo você, tampinha. – disse ele.

A voz no alto falante anunciou o embarque do meu voo para o Brasil e me soltei dele.

- Boa viajem. Fica bem. - disse ele pra mim.

- Você também. - disse e entrei no corredor que dava para dentro do avião. 

Seguir sem olhar para traz. Seguir em frente. Firme e forte. 

Era isso que eu queria, era isso que teria que ser daqui para frente. Acomodei-me na poltrona que correspondia ao numero no meu bilhete e me sentei ali.

Tudo parecia perder o sentido. Por um segundo me via perdida na minha vida. Sem ele, tudo ficava confuso. Sem ele, nada era igual. Ele era uma parte de mim, era e melhor parte de mim

Por que tudo parecia ser errado? Todos os meus pensamentos se arrependiam de terem se formulado. Todos as minhas palavras chegavam arrependidas. Tudo parecia errado. Mas meu coração dizia que eu tinha feito à coisa certa. Eu não podia ficar mais. Nos não teríamos um felizes para sempre. A vida não era um conto de fadas.

Eu sabia que depois de tudo isso, ele sentiria raiva e ódio de mim, mas eu estava pronta para isso. Eu seguiria minha vida e se tudo desse certo, eu não o veria mais. Não como eu o via antes.

A cada pensamento desse meu coração apertava mais e eu não conseguia evitar pensar naquilo. Era mais uma ação involuntária do meu corpo. Mas não me arrependo, sei que não fiz certo, ou talvez tenha feito. É uma questão de ponto de vista. Daqui para frente, era seguir em frente sem medo. Uma nova pessoa, uma nova Alice. Mudanças em quem eu sou, para quem eu tenho ser. Saber a verdadeira essência da vida. Sem amores, sem ilusões mentirosas, sem paixões desastrosas, sem emoções caóticas e confusas. 

O avião decolou, partindo dali, deixando tudo para traz. Voltar para minha vida, para minha realidade que eu realmente não deveria ter saído. 

E aquele era o final. Mas como tudo é uma questão de ponto de vista, aquele poderia estar sendo só o começo.

Para ambos, era o fim. Mas para ele e para ela, separadamente, era apenas o começo de um novo ciclo. De uma nova fase.”

NOTAS DA AUTORA:

SE ALGUEM AINDA LE ISSO, E SE QUER A SEGUNDA TEMPORADA, DIGA NSO REVIEWS POR FAVOR. 


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Notas finais do capítulo

REVIEWS!