A Year In Paris escrita por Luisa di Ângelo


Capítulo 2
No café


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, estou eu aqui denovo!!

Pode ser que o cap seja mais curto do que parece, por culpa da letra da musica, mas whatever, eu amo ela.

Espero que gostem, o muito obrigada a Bruna Uzumaki a ao remo pelos reviews!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/200808/chapter/2

Ajeitei minhas coisas no armário, coloquei uma roupa e fui andar pela vizinhança. Em menos de uma hora, já percebi umas 3 gangues. Provavelmente aquela casa azul se daria mal...

Eram 13:26 da tarde, eu parei pra comer algo num café/restaurante. Era um lugar bonitinho até, na frente ficava um terraço, com mesinhas de ferro e com guarda-sol, no lado direito ficava um pequeno palco onde uma banda estava atendendo pedidos dos clientes, no fundo tinha um construção bem-feita, de onde saiam alguns garçons com pedidos.

Me sentei numa mesinha e quando o garçom chegou pedi um café expresso e um Petit Gateau. O original. Já disse que a cidade que eu fui era Paris? Bom, então, eu fui pra Paris. Por mais que eu não admita, a Torre Eiffel me atrai.

A mesa em que me sentei tinha vista ótima para a Torre, que ficava um pouco distante, e fiquei a olhando esperando minha comida.

– Sr, aqui seu café, o Petit Gateau vai chegar daqui a pouco, poderia esperar um pouco? - Pediu o garçom ao meu lado, colocando o café na mesa.

– Cla.... - Ia responder, mas assim que vi a cara do garçom me petrifiquei. Isso é perseguição!

– Ah! Aaron! Nossa, que coincidência. - Disse Ryler, realmente surpreso.

– O que você está fazendo aqui? - Eu não ouvi ele saindo do apartamento.

– Trabalhando. Não disse que trabalhava meio período?

– Disse.

– Então. - sorriu - Bom, eu já trago o Petit gateau, ok?

– Ok... - E o olhei entrar o restaurante, vestido com um terno e um avental, como todos os outros garçons. Um tempo depois ele voltou e colocou o doce na mesa, sorrindo, e saiu. Eu continuei a tomar meu café, cortando pedaços o bolo, pensando como o mundo era realmente pequeno.

Um tempo depois, uma menina oriental na mesa ao lado com suas amigas estavam comendo uma salada e alguns sushis. - Que tipo de restaurante é esse, afinal?

– Qual seu nome? - perguntou uma das meninas ao Ryler, que lhes servia um suco.

– Ryler, Srta. - Respondeu, educado. 

– Ryler-san, posso pedir uma coisa? - Perguntou outra.

– Claro, Srta.

– Canta uma musica, por favor?

– É! Os clientes não podem pedir algum som? - Epa. Me virei na cadeira para observar melhor. As três meninas estavam olhando para Ryler, que coçava a nuca, embaraçado.

– B-Bem, podem, m-mas... Certo, eu vou perguntar ao meu chefe se os garçons podem cantar. - E deu uma corridinha ate dentro do prédio. Logo voltou com um outro cara de terno. - Que musica as senhoritas estariam pedindo? - Disse, meio corado, parecia que levara uma bronca do chefe.

– Hmm... Qualquer uma do Simple Plan. Ele vai cantar? - Perguntaram ao outro cara.

– Sim, Srtas. Ryler?

- Pode ser... Hm.. Welcome To My Life? - Perguntou, olhando pro chefe de relance.

– Perfeito!! - Disseram as três juntas. O gerente agradeceu e voltou para o restaurante.

Ryler esperou a musica que estava tocando terminar e foi para o palco. Anunciou a musica que iria cantar e começou.



Do you ever feel like breaking down?



Você já se sentiu como estivesse desmoronando?

Do you ever feel out of place?

Você já se sentiu deslocado?

Like somehow you just don't belong

Como se você não se encaixasse

And no one understands you?

E ninguém te entendesse?

Assim que a voz de começos a ressoas no microfone, eu parei de comer.

Do you ever want to run away?

Você já quis fugir?

Do you lock yourself in your room?

Você se tranca em seu quarto?

With the radio on turned up so loud,

Com o rádio ligado tão alto,

That no one hears you screaming

Que ninguém te ouve gritar


Não, a voz dele não era perfeita. Não pra quem já ouvira Apolo cantando. Mas, ela transmitia exatamente o que a musica queria dizer. Revolta e tristeza. Dor. Seus olhos observavam a plateia, sem um ponto fixo, brilhando levemente.

No you don't know what it's like

Não, você não sabe como é isso.

When nothing feels all right

Quando nada parece certo

You don't know what it's like

Você não sabe como é

To be like me...

Ser como eu...

A banda o acompanhava como se treinassem juntos a muito tempo. Era engraçado como seu leve sotaque frances deixava a musica mais... Interessante. Como ele deixava a melodia rolar, sem a minima vergonha de dançar ao mesmo tempo que cantava.

To be hurt, to feel lost

Ser machucado, sentir-se perdido

To be left out in the dark

Ser deixado no escuro

To be kicked when you're down

Ser chutado quando você está caído

To feel like you've been pushed around

Sentir-se maltratado

To be on the edge of breaking down

Estar à beira de entrar em colapso

And no one is there to save you

E ninguém está lá para te salvar

No you don't know what it's like...

Não você não sabe como é...

Welcome to my life

Bem-vindo á minha vida

Agora todos estavam prestando atenção, cantando junto ou somente comentando como ele cantava bem. As meninas que pediram a música estavam tirando algumas fotos. Apenas resmunguei e voltei a comer, a musica não me interessava mais.

Ele estava realmente tentando cantar bem, desafinava algumas vezes, mas parecia que ele sabia cantar aquela musica décor e salteado, o que tornava supertavel escutar.



Do you wanna be somebody else?



Você quer ser outra pessoa?

Are you sick of feeling so left out?

Você está cansado de se sentir excluído?

Are you desperate to find something more

Você está desesperado para encontrar algo mais

Before your life is over?

Antes de sua vida acabar?

Are you stuck inside a world you hate?

Você está preso em um mundo que você odeia?

Are you sick of everyone around?

Você está cansado de todos a volta?

With their big fake smiles and stupid lies

Com grandes falsos sorrisos e mentiras estúpidas

While deep inside you're bleeding

Enquanto lá dentro você está sangrando

(Chorus)

(Refrão)

No one ever lied straight to your face

Ninguém nunca mentiu na sua cara

And no one ever stabbed you in back

Ninguém nunca te apunhalou pelas costas

You might think I'm happy

Talvez você pense que eu sou feliz

But I'm not gonna be ok

Mas eu não vou ficar bem

Everybody always gave you what you wanted

Todos sempre te deram o que você queria

You never had to work

Você nunca teve que trabalhar

It was always there

Isso sempre esteve lá

You don't know what’s it's like

Você não sabe como é

What it's like

Como é


(Chorus) (2 Times)

(Refrão) (2 Vezes)

Assim que acabou a musica, agradeceu a todos e saiu do palco, respirando pesado. Ele ia dizer algo para as meninas, mas eu não ouvi porque meu celular, que Afrodite enfiara no meu bolço antes de eu ir embora, tocou com um barulho padrão de toque, depois eu tinha que mudar de musica.

– Alo?

– Ares!!! - Gritou Afrodite uns 3 tons acima do normal.

– Argh, o que foi? – Retruquei, aborrecido, batucando com a colher no prato.

– Só queria saber onde você está.

– Pra que quer saber? Nenhum Deus pode vir me visitar.

– Exato. Quero saber onde está para evitar ir ai.

– Paris, estou em Paris, satisfeita?

– Ta, ta, chato, minha cidade favorita! Bom, eu vou te ligar porque quero saber como você está indo ai. Mas eu tenho que desligar agora. Beijos, tchau!! – E desligou. Meu Zeus, essa menina é bipolar!!

– Senhor, posso retirar os pratos? – Perguntou um garçom ao lado da mesa.

– Certo, pode. Traga a conta.

– Sim senhor. Um minuto.

Uns 3 minutos depois um outro garçom chegou na mesa com a conta.

– Deu 15,50, Sr. Cartão?

– É. – Respondi, estregando o cartão de credito ilimitado que Afrodite me dera junto com uma lista de comprar para ela.

– Credito ou Debito?

– Credito.

– Certo... Pronto. Obrigado e volte sempre. – disse, me entregando o cartão e a notinha. Guardei no bolço e sai dali, sem nem o procurar com os olhos. Voltei pro quarto e comecei a fuçar na cozinha.

Na geladeira tinha o básico: leite; suco; agua; algumas comidas congeladas como macarrão ao molho rose, arroz e feijão; ovos; sorvete e gelo.

Nos armários tinha alguns tipos de cereais, farinha, arroz, feijão, sal, açúcar e alguns doces.

Fui ver a sala. Escondida num canto, tinha uma guitarra. O sofá estava arrumado e a TV estava bem no centro, com o controle em cima.

Eu ia ligar a TV quando a porta é aberta e um Ryler com cara de poucos amigos entra, sem o terno, com um agasalho e uma calça jeans. Me disse um oi e disse algo sobre o controle não funcionar direito, foi direto para o quarto e se trancou lá.

Mas que diabos tinha acontecido?!

Fui ate sua porta e dei três batidas.

– Ryler?

– Eu. – Respondeu, abrindo a porta. Ele já tinha se livrado do agasalho que usava e estava apenas de calça jeans.

– Que houve?

– Ah, nada. Desculpa chegar assim no sei primeiro dia aqui. É que o meu chefe está atrasando meu salario, e tem que comprar um monte de coisa pra cozinha. – Explicou com um sorriso nervoso, coçando a nuca.

– Tudo bem. Hmm... faltando coisa?

– É, como você chegou, vai ter que comprar mais leite, e outras coisinhas. Mas tudo bem, acho que amanha eu compro.

– Dá pra usar o meu cartão. – disse, sem pensar. Se dinheiro era o problema, que usasse meu cartão. Fome eu não passaria.

– Ah, não não! Eu cuido de tudo! Mas é melhor agente ir dormir, são nove horas e amanha você tem que ir pra academia as...

– Oito horas.

– Isso. Bom, eu vou tomar um banho rápido e já deixo você usar o banheiro. – Disse, acenando com a mão e entrando no banheiro. Me deitei no sofá e fiquei olhando uma revista de carros. Assim que ele saiu, eu entrei, tomei um banho rapido e fui domrir. Porque parecia que ele estava mentindo pra mim?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Por favoooor?