7 Párias escrita por TheMusicLover


Capítulo 8
Capítulo 5 - I'm Fucking IDIOT!


Notas iniciais do capítulo

É... Vamos nessa... =D
nesse cap só aprecem Tayo, Paco e Bernard!
E um convidado já conhecido, mas disfarçado!



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Uma sala escura, mas bem escura mesmo. Somente iluminado por uma pequena luzinha. Naquele local estava uma mulher... E algo encolhido na parte escura da sala... A mulher vestia um jaleco branco e não aparentava totalmente ser uma possível medica ou cientista.

– 0002-100,você esta bem essa manhã? – pergunta a mulher que se ajoelha para mexer na bolsa que carregava consigo.

– Como posso dizer se estou bem essa manhã se nem sei o que é manhã, dia ou noite... E, aliás, meu corpo dói muito... Dói demais... – Disse a “coisa” encolhida no canto.

– Por quê? Você... Poderia me contar o por quê? – Ele não demonstra medo, muito pelo contrario! Falava como uma mãe enquanto tirava da bolsa uma seringa e uma ampola com algum liquido meio azulado.

A coisa se vira em direção a ela. Toda encolhida já mostrava que possuía a estatura de uma criança de dez anos. Aquilo fica apenas olhando a mulher colocando o liquido na seringa.

– Eu não consegui dormir direito, depois que a 0003-100 morreu, e colocaram o 0026-036 no lugar dela eu não consigo dormir. O 0026-036 fica se debatendo na sala dele e fica me atrapalhando enquanto eu tento sonhar. Sonhar é bom... – Disse a coisa ainda encolhida.

A mulher ficou parada, meio surpresa quando ouviu a palavra sonhar vinda da criatura.

– Sim... Sonhar é bom... – Falou a mulher num ar misterioso.

A doutora leva sua mão até a direção da coisa encolhida como se pedisse a mão daquilo. A coisa se aproxima... Meio se arrastando no chão e leva seu braço até o colo da doutora. Ela aplica a injeção. A coisa cambaleia e acaba caindo sua cabeça também no colo da doutora, a coisa era idêntica a um menino, talvez ele já tivesse sido um... Um dia...

– Eu vou ver... Aquelas cores... Novamente... – Ele fala meio zonzo como só estivesse acordado por muita força de vontade.

– Se você quiser... Você as verá em seus sonhos. – Ela começa a afagar a cabeça da criatura. – É só você querer... E terá tudo que desejar...

– O... Que é is... Isso...? – O bichinho já quase não agüentando ficar com os olhos abertos por causa da potencia da droga leva sua mão até o pingente do colar que a mulher levava em seu pescoço. – É... É muito bonita...

O pingente tinha o desenho de Laila com suas asas... As asas que ela possuía quando estava no céu.

A mulher sorri.

– Essa é Laila de Muriele... Ela é uma anja, ela protege pessoas assim como eu e você, que foram injustiçados e perderam tudo... Sabem vão perder mais, mas continuam em pé... Quando ela era viva, ela lutou numa guerra em seu país de origem... Ela perdeu todos os seus irmãos e só parou quando a mataram... Os feitos dela e de seus irmãos fizeram que criassem um tipo de religião que acredita que eles são anjos...

– É bonita... – a criatura adormece.

– Bons sonhos [...] ... – Ela afaga novamente a cabeça da coisa e deixa-o lá... Sozinho naquela sala completamente vazia com apenas uma luz fraca.




Paco caminhava ao lado Bernard por um dos imensos jardins da escola. Paco pressionava seu livro contra o peito meio envergonhado – nunca fora bom em fazer amigos mesmo! –, já Bernard parecia bem tranqüilo. Eles caminhavam sem trocar uma palavra sequer. Paco se sentia até um pouco melhor com isso se enrolava fácil em conversas, somente em brigas que ele sempre tinha a palavra certa na ponta da língua.

– E ai? O que achou da escola? – Bernard pergunta.

– Er... Am!? O-Oque eu achei? Er... – Paco começa a ficar meio enrolado como de costume. – Parece ser um bom local... Er... Tem uma grande quantidade de livros... – Ele começa a murmurar - Exceto pelos inúteis que ficam circulando ela e sujando com suas mãos nojentas e impuras... Seria muito melhor se fossem só meus!

– Hm? – Bernard não ouviu o que Paco disse.

– AAAAAH! Nada! Nada! - Paco pensa: “– Porque eu tenho que querer tudo pra mim e tratar o resto como lixo? Ou melhor! Porque todo mundo tem que ser tão lixo!”.

– Você é engraçado! – Bernard dá uma risadinha.

– Você seu verme! – Paco grita.

– O que? – Bernard fica olhando meio surpreso – bobo alegre- para Paco.

– Ah... Er... Ah... – Paco fica parado.

Paco dá sua “travada”, que normalmente é antes de calcular algo e sair pegando para ele. Só que dessa vez não ela tava travado de vergonha... Ele achou Bernard muito simpático e bonito.

– Queeeer algo para beber? – Bernard inclina a cabeça um pouco para o lado.

Alguns minutos depois paco estava sentado num banco um pouco afastado da entrada tomando um refrigerante, mas bebendo igual a um passarinho “de golinho em golinho”. Com os olhos meio esbugalhados – costumeiro dele quando esta envergonhado. – tentando o máximo não olhar diretamente na cara de Bernard.

Até que ele ouve o som de motor de uma moto. Se levantando para ver direito ele vê seus arque inimigo se aproximando. O “maldito” do Tayo!

– Esconjurado! Você me seguiu! – Paco dá um grito bem alto e antes de sair correndo, ele se despede de Bernard. – Me desculpe, mas tem um demônio de um empregado meu me enchendo a paciência! Tchau! Depois agente se vê!

–... – Bernard fica em silencio e quando Paco já está um pouco longe ele da um sorrisinho malicioso de canto. – Como desejar...

"Porque aquele cretino está aqui? Ele não devia estar trabalhando como um cão! Ele não devia estar aqui?! Espere! Até que pode ser uma boa! Fazer depois uma queixa dele para seu pai pode fazer Tayo por ter estragado um de seus livros mais antigos, não arrumar sua pilha de livros corretamente e ainda se negar a fazer o trabalho que lhe fora ordenado! Ele vai apanhar como nunca apanhou antes, - porque vai levar uma surra da Sarah, da Felícia e do Ivan ao mesmo tempo -. * Agora ele se ferra!"

– Se ta fodido na minha mão Tayo! – Paco da sua face de psicopata parecida com a de Laila e fica parado esperando só o Tayo pular o portão!

Tayo pula a grade num instante e já vem avançando em Paco. O agarrado pela camisa e empurrando ele até um muro mais afastado dos olhos dos curiosos.

– Cadê?! Responde! – Tayo fica todo nervoso puxando Paco pela camisa. – Agora que seu pai não está aqui vou te dar uma surra se você não devolver meu celular!

– Não devolvo! É meu agora! – Paco tira o celular de uma bolsa uma alça só que carregava consigo e Tayo tentava tirar da mão de Paco, que não ajudava nem um pouco. – Solta! É meu agora!

– Não é seu! É meu!

– Pois fique sabendo que: o que para na minha mão eu não devolvo mais! – Paco levantando o celular o mais alto que podia. – Desiste!

– Nunca! Seu merdinha! Devolva-me! – Tayo era mais alto que Paco e era fácil de alcançar a mão de Paco estendida bem no alto, o problema era que Paco não soltava de jeito nenhum! Ô bichinho ruim de soltar as coisas! A avareza em pessoa! – Eu vou te bater! Estou te avisando!

– Tá, pra depois você levar uma surra da Sarah e do Ivan! De todos os modos que se ferra é você! Há-há!

– Você nem sabe quem me deu isso! É muito importante pra mim! – Tayo fica mais furioso ainda.

– Deixe-me ver!? Aquela vadiazinha escrota da sua mãe!? – Paco zomba Tayo que de repente fica calado.

Um centésimo de segundo, como uma veloz ventania, Tayo dá um tapa na cara de Paco. Paco fica paralisado com seu rosto ainda virado para o lado e deixa o celular cair. Do nada uma forte ventania começa a soprar insanamente como se fosse um tufão! Tayo se abaixa para pegar o celular, mas sempre em guarda achando que era outro truque de Paco. Quando verificava se o celular estava inteiro e funcionando ele ouve a voz de Paco dizendo: “Não me machuque...! Me perdoe...” como se sussurrasse em seu ouvido, mas ao olhar para cima, Paco ainda estava lá paralisado.

Tayo fica espantado! No pescoço de paco vibrava intensamente uma marca amarela brilhante – era a estigma da avareza – e parecia que estava saindo de Paco.

Não se devem machucar outros pecados que não sejam a Ira, pois ela é a única que agüentaria por mais tempo. Qualquer tipo de agressão causa o ativamento de sua estigma. Dependendo de cada pecado eles soltam um tipo de onde que faz que todos, menos ele, seu agressor, anjos ou criaturas não humanas e os outros pecados, tenham um ataque de histeria relacionado ao pecado ativado... E todos os pecados ativados ao mesmo tempo causam a insanidade pura... Ou a porta para o pecado original.

A marca se expandira com uma explosão e simplesmente desapareceu. Paco fecha seus olhos lentamente e cai nos braços de Tayo. No começo acha que é tudo invenção de sua cabeça e aquele moleque era um fraco! Até ouvir um grito de uma garota vinda de um campo de lacrosse da escola pertinho daquele jardim.

Tayo um monte de vezes ficou sacudindo Paco que não acordava de maneira nenhuma. Parecia que até tinha morrido, mas Tayo viu que ele ainda respirava.

– ACORDA! – Tayo o sacudia e lhe dava tapas de leve, mas nada.

Os gritos vindos no campo se tornavam mais fortes e mais histéricos das meninas. Pareciam que estavam se matando. Tayo ficou assustado e indeciso, não sabia se continuava a tentar acordar Paco ou ver o que estava acontecendo. Até ouvir um som estridente vindo do campo, sem pensar deixou Tayo encostado em uma pilastra e foi até a quadra.

Perturbadora! Era a única coisa que Tayo conseguia relacionar a cena que estava no campo. As alunas que estava jogando lacrosse agora estavam se matando e pegando tudo que tinha de valor da outra. O campo que era de uma grama bem verdinha agora estava em tom vermelho rubro. As garotas esmagavam as outras e lhes batiam com seus bastões. Logo que um delas viu Tayo – que costumava usar muitos acessórios de prata bem brilhantes. – deu um grito muito alto.

– Me dê! – Ela sai do campo em direção a Tayo e gritava mais e mais alto. – ME DÊ! ME DÊ! ME DÊ SUAS COISAS BRILHANTES! ME DÊ!

– O que!? – Tayo desvia da garota fazendo-a cair no chão. – Ficou doida!?

O som do bastão dela caindo no chão foi o suficiente para chamar a atenção das outras ainda vivas. Que também saíram correndo atrás de Tayo.

Tayo que era um rapaz em boa forma e muito rápido e ágil despistou as garotas ladras e assassinas facilmente. Foi só perceber que deixou Paco encostado a mercê daquelas loucas. Tayo que já estava em uma passarela da escola a alguns metros acima de Paco.

Num impulso Tayo grita o nome de Paco. Então quando seu nome e chamado Paco abre levemente seus olhos... Que diferente d o normal violeta, agora estavam amarelos vivos brilhando intensamente.

Os olhos de Tayo notando a diferença fazem Tayo ficar confuso, e olhando novamente para as garotas doidas que iam se aproximando na direção de Paco. Ele grita bem alto antes de se preparar para pular:

– I’M A FUCKING IDIOT!

Mas antes mesmo de pular e mira novamente onde Paco está... Quer dizer... Estava! Ele havia desaparecido como mágica! As doidas ficaram olhando umas para as outras atordoadas e logo começaram a brigarem entre si, deixando outra gigantesca poça de sangue. Observando de onde estava não se preocupava com as garotas e sim com Paco, pois se Paco sumisse, provavelmente Ivan ia dedurá-lo e acabaria levando a pior surra que alguém possa ter levando dessa vida.

O vento sopra forte obrigando Tayo a se virar para o outro. Espanto! Surpresa! Indescritivel para os olhos de Tayo... Paco despencava do céu lentamente até ele. Paco parecia ter sussurrado algo, mas nem mesmo Tayo conseguiu entender o que ele tentava dizer... Como num instinto natural Tayo levanta seus braços para pegar Paco... Enquanto descia parecia quase não ter peso como uma pena, mas ao estar totalmente nos braços de Tayo, ele toma seu real peso – para um garoto de aparência de quinze anos e com um físico um pouco magro ele com certeza é um rapaz bem leve. – Se aproximando mais e mais até laçar o pescoço de Tayo... E!

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– Assim que provei quero somente para mim... E de mais ninguém... - Paco dá uma risadinha.


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FIM DA QUEDA


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Notas finais do capítulo

É... E não é que foi?
o próximo aparece o resto da patota!



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