Capítulo 6

Dark Place II

    No início da mesma manhã a Dark Place vivia um momento de instabilidade e alguns problemas causados por grupos contrários e pessoas marginalizadas.

    Lucas não estava nada feliz sobre os rumores de gangues independentes se formando e ameaçando a fraca paz que havia no território em que as leis da cidade não agiam, a Dark Place.

   Logo após o nascer do sol ele já estava no escritório de admnistração central do lugar, onde deveria cuidar de alguns assuntos mais urgentes e, possivelmente, perigosos, quando entrou tempestivamente na sala dois homens, um deles era Eduardo, havia sido perdoado após o roubo, e muitas surras, e passou a fazer parte da segurança do lugar e ele levava um homem todo ensanguentado que tentava se manter de pé escorado no ombro do homem. Lucas olha curiosamente para ele, tentando reconhecê-lo.

"Eduardo? Por quê está trazendo um homem todo ensanguentado até aqui?E entrou dessa forma sem respeito algum?" Lucas dizia com um tom de voz frio e olhar cortante, assustando Eduardo, mas não o homem que estava quase desacordado.

"Desculpe Lucas...Mas esse homem é vítima da desordem que tomou conta a ala leste daqui."

"Como assim?" Pergunta Lucas, perdendo um pouco do tom frio.

"Todas as gangues que se diziam independentes se juntaram e começaram um motim na ala leste da Dark Place, intimando a todos os obedecerem e rumarem contra nós, caso contrário eles vão apenas fazer o que fizeram com esse homem." Explicou Eduardo, assumindo uma expressão de fúria no rosto, só agora ele entendia o sentido da Dark Place e que eles estavam tentando dar um futuro para todos, mesmo que um fututo sombrio."

"Mas como você o encontrou?"

"Eu estava na ala leste a pedido de Bryan, quando percebi um tumulto maior que o normal, quando me aproximei vi várias pessoas usando o mesmo tipo de uniforme, pareciam uma gangue, e lá eu ouvi eles comemorando o controle daquele lugar e desgraçando o nome da Dark Place e do nosso líder. Eu estava furioso e... esse homem apareceu, ele me impediu de tentar alguma loucura."

"Tudo bem, leve-o para a ala médica e descanse um pouco, depois você pode terminar. " Lucas se aproxima do corpo do homem que era seguro por Eduardo. "Ele ainda pode viver, então vá!"

"T-Tudo bem. " Responde um hesitante Eduardo, mas seguindo a ordem prontamente.

    Alguns minutos depois Lucas foi avisado da chegada de um homem que se nomeava mensageiro.

"Mande-o entrar." Disse Lucas tranquilemente, com um tom que desencorajava questionamentos.

Algum tempo depois adentrou no recinto um homem de estatura média, cabelos cinzas, quase brancos, talvez pela idade, já que se viam várias rugas no rosto, mas ainda poderia se ver um fogo no olhar, era uma pessoa determinanda quem havia entrado.

"Bem vindo à Dark Place Sr..."

"Chame-me de Falcon, Sr. Lucas, esse é meu codenome de qualquer forma." Disse o estranho homem.

"Muito bem Falcon, o que lhe traz aqui nesse momento?" Questiona diretamente, sem enrolações.

"Vejo que o Senhor é direto e objetivo, boas qualidades para quem está entre os líderes, mas o que tenho a falar é com o chefe da Dark Place, onde ele está?" Questiona Falcon, com um tom de desdém na voz.

"Sinto Muito, mas ele está ocupado no momento e sou eu que estou no comando da Dark Place nesse momento, então pode continuar."

"Bem, se esse é o caso, eu sou o mensageiro da Blood Wings, aqueles que tomaram a ala leste de seu território, que creio que já esteja informado. Nós pretendemos destruir o comando atual da Dark Place e retorná-la para a sua verdadeira forma, o inferno na terra, estamos aqui para mostrar que não existe um mundo justo para quem está na Dark Place."

"Sinto dizer-lhe, mas seus planos não se concretizarão, imagino que esteja aqui para matar-nos?" Pergunta Lucas como se estivesse conversando sobre o cotidiano.

"Não, vim apenas declarar guerra contra todos da atual Dark Place em nome de meu clã." Dizia o homem dando as costas e saindo tranquilamente.

"Bem, sinto dizer isto, mas essa sentença será a ruína de todos vocês." Ao dizer isto Lucas vai até a sala de reuniões interna e toma o seu lugar em uma grande mesa redonda.

Pouco a pouco, chegaram mais 3 pessoas, todos pessoas com importantes cargos dentro da administração e todos com o mesmo semblante despreocupado de Lucas.

"Vejo que todos concordamos sobre o que fazer. " Diz uma voz doce como o mel, vinha da resposável pela segurança Morgana, uma loira de cabelos prateados e semblante despreocupado e serena, usava um vestido negro como a noite, seus longos cabelos  chegavam até metade das costas, uma beldade exótica é o que seus admiradores diziam.

"Sim" Responde Lucas, tranquilamente. "Está na hora de fazermos algo com a liberdade que eles tomaram. E antes da volta de Bryan, ele não precisa se estressar com isso."

"De acordo." Respondem todos ao mesmo tempo.

"Como deveríamos prosseguir? " Pergunta Morgana.

"Por que não nos divertimos um pouco e vamos nós quatro? " Pergunta Carlos Costa, responsável pela economia da Dark Place.

"Boa ideia." Concorda Samuel, responsável pelas relações exteriores.,

"Bem, então de acordo. " Diz Samuel

"Peguem armas e munição, levarei Eduardo, aquele que nos avisou de tudo isso primeiro, acredito que ele gostará de ver algo bom." Sorri maliciosamente Lucas. "Daqui uma hora na entrada do prédio."

   Os quatro se levantaram ao mesmo tempo e saíram da sala, concordando silenciosamente, a decisão havia sido tomada e palavras não eram mais necessárias.

   Após o tempo previsto estavam cinco pessoas em frente ao prédio, todos com expressões de quem estavam saindo para um passeio. entraram em dois carros diferentes, um dirigido por Lucas, com Eduado atrás e Morgana na frente e outro dirigido por Samuel e Carlos ao seu lado.

   Os dois carros partiram calmamente, poucos perceberiam que a elite estava naqueles dois carros e um dos mais "ilustres" episódios da Dark Place estava para acontecer.

   Mantiveram-se em silêncio constante até chegarem na ala leste, a partir dali seguiram um pouco mais cautelosos, seguindo instruções de Eduardo para chegarem no exato local de onde houve o último tumulto. Chegando lá perceberam que estavam cercados por pelo menos 10 homens, todos com facas e tacos de madeira. "Parecem até a Yakuza." disse Lucas, onde os três no carro riram.

"Vocês deveriam saber que esse lugar pertence a Blood Wings agora!" Gritou um homem que estava com o que parecia ser uma espada japonesa. " Vocês tem muita coragem de vir aqui com um carro..." O homem parou de falar imediatamente quando ouviu um estampido e percebeu que estava sangrando muito, quando olhou para o carro e vir uma pistola apontada para ele, a sensação de morte o preencheu e tudo que pôde fazer foi cair para frente e se arrependendo.

"Vamos começar!" Diz com a voz um pouco animada Lucas para todos ouvirem. Não houve chance, todos os quatro saíram do carro ficando apenas Eduardo que estava ali para observar, uma observação que lhe deu até medo, um massacre que ocorreu em apenas alguns minutos.

No momento que saíram os quatro, já atiraram eliminando cada um, um dos adversários, totalizando já cinco mortes. O pânico tomou conta dos inimigos, que tentaram atacá-los rápido, o raciocínio parecia ter sido tirado deles, talvez esse tenha sido o maior erro, atacar.

A Elite da Dark Place não teve pena, e continuaram atirando naqueles que vinham, com precisão para morte de um tiro. Cada segundo que se passava novos corpos tombavam inertes no chão, parecia um festival de morte e sangue.

Apenas alguns minutos, talvez cinco, talvez dez, Eduardo não saberia ter certeza, todos os inimigos estavam mortos no chão, como se fossem apenas animais que foram para o abatedouro, a frieza nos rostos deles era intensa e quase palpável. Ninguém gostaria de ser inimigo desses quatro.

"Ah! Isso foi bom, mas acho que exageramos. Quem vamos interrogar agora?" Diz casualmente Morgana.

"Não se preocupe, Morgana, eu deixei um vivo." Diz Carlos, "Atirei apenas na perna para que não se movesse."

"Bom trabalho Carlos." Diz Lucas. " Vamos até ele então.

Os quatro se aproximaram do homem que estava tentando se arrastar. Samuel levantou-o com um puxão e prensou em uma parede.

"Seja bonzinho e conte-nos onde está seu chefe." Diz Samuel com uma expressão no mínimo demoníaca.

"N-n-n-não."Diz fracamente o homem, quase cedendo à inconsciência.

"É melhor dizer, só ele morrerá, ou você quer que matemos todos até que ele resolva aparecer?"

O homem estava em total pânico, pensando que todos daquele lugar poderiam estar mortos em poucas horas se fossem esse demônios os atiradores.

"T-tudo bem." Responde fracamente."O antigo prédio distrital." Ele diz, logo após Samuel o solta e o deixa desmaiado no chão.

"Bem.... ele foi parar no prédio distrital, o que quer dizer que temos mais dois quilômetros até chegarmos lá." Diz Lucas.

"Vamos para os carros então." Diz Morgana que vai indo, onde é seguida por todos.

Eduardo estava tão impressionado que não disse nada, apenas seguiu calado. Os dois carros seguiram em silêncio total até o antigo prédio distrital. Era de onde a Dark Place era controlada quando fazia parte da cidade e de suas leis e não era apenas um lugar para criminosos e sem-tetos. Pode-se dizer que é último símbolo de grandeza do local.

Após chegarem lá a cena se repetiu, por volta de 20 homens os cercaram, armados da mesma forma que os anteriores e não deu outra, mais um massacre em frente ao quartel general.

"Será que eles não cansam de empunhar paus e facas?" Pergunta Morgana enquanto atirava tranquilamente em dois homens que vinham em sua direção.

"Bem, as armas são só nossas, seria difícil eles terem algo." Responde Lucas. "O tráfico de armas tem sido muito combatido nos últimos anos. "

"É verdade." Concordar Samuel. "Nós termos algumas já é algo de se comemorar, e também é esperado que eles não contassem que nós as teríamos."

"Vamos lá então, que quero tomar um banho de espuma." Diz Morgana, e todos riem da mulher.

Os quatro pegaram algumas munições nos carros foram em direção ao prédio, ao entrarem, viram que estava praticamente vazio e entenderam que a maioria havia saído para tentar pará-los do lado de fora. Subiram então as escadas até o terceiro andar, onde geralmente se encontrava o comitê executivo do lugar e tinha algumas salas climatizadas, tudo em ruínas agora.

Quando chegam na sala principal do prédio, empurram a porta e lá encontram 5 homens, dentre eles estava Falcon, o mensageiro.

"Então vocês vieram." Diz Falcon com uma expressão obscura. "Mas vocês provaram o que pensávamos, são assassinos frios, que querem apenas controlar e mais sangue."

"Você acha?"Levanta a pistola em direção a Falcon Lucas. "Bem, talvez apenas vocês saibam disso." Diz ele, atirando na cabeça do do homem que apenas cai morto.

Os companheiros de Falcon apenas dizem. "Esse será o fim de vocês e da Dark Place, vocês acabaram de selar o seu destino..." Antes de terminarem todos os quatro atiram e os matam, depois dão meia volta e saem do prédio.

Os quatro voltam aos seus carros e apenas voltam em silêncio para casa.

Quando retornam um dos empregados do local vai em direção a Lucas, avisando que há um homem que precisava falar com ele.  Lucas apenas se despede dos companheiros e vai em direção a uma sala de estar onde estava o convidado.

Lucas não se surpreende ao ver político na sala, e ja imaginava o que poderia ser.

"Olá Sr. Político,  a que devo sua ilustre presença. "

"Nada demais, vim apenas concretizar o negócio que concordamos da outra vez."

"Ah sim, o empréstimo. Traga o dinheiro Ademir. "

O Serviçal trouxe uma maleta negra e a abriu em cima da mesa, lá estava grandes quantidades de dinheiro.

"Isso deve bastar para sua campanha eleitoral e você já sabe as condições."

"Sim, já concordamos tudo, agora está na hora de eu ir, é perigoso que alguém me veja por aqui. "

"Sim, é claro, e lembre-se, nós cobramos aqueles que nos devem." Diz com um expressão obscura.

"Eu sei." Diz o político que sai com a maleta fechada.

Enquanto o político ia para a saída um táxi parara em frente a Dark Place e de lá saiu um adolescente que tinha um expressão obscura, saindo do táxi ele foi em direção a entrada passando ao lado do político sem nem mesmo virar o rosto e entrando no local.

O político utilizou do táxi que já estava aí para que não fosse percebido nada demais, saindo do local.