Prologo

                Eu andava pelas ruas sem notar nada a minha frente, nada do que viria a seguir podia ser pior, eu tinha tudo e agora esse tudo me foi arrancado, só posso contar com meu triste destino, e esse é sobreviver até chegar a hora, a hora em que vou parar de respirar e finalmente deixar de sofrer.

                Será que fui tão má assim pra nem mesmo minha mãe me querer?

                Será que fui tão má a ponto de Deus querer meu fim?

                Na verdade acredito mais que ele me ama tanto a ponto de querer me livrar do sofrimento.

                Bom vocês não devem estar entendendo nada não é mesmo? Bom, vou começar pelo inicio... Fui abandonada em um orfanato quando bebê, e se pelo menos eu tivesse alguma doença e, ou minha mãe não tivesse condições de me criar, eu até poderia considerar a hipótese de perdoá-la, mas a realidade era que eu não era doente, nem muito menos minha mãe era financeiramente incapaz de me criar, ela simplesmente não me quis por vingança, ela somente me queria para tirar o marido de uma “amiga”.

                Depois de anos de abandono e dias naquele inferno que era o orfanato, quando completei 10 anos fui adotada por uma família que era tudo para mim, Renée era uma mulher amorosa e sempre me tratava como princesa, me dava tudo que fui privada e ajudou-me a encontrar minha mãe biológica, o que sinceramente preferia não ter conseguido, mas o fato é que após descobrir o monstro que minha “mãe” era, Renée me apoiou e decidiu que mudaríamos para Phoenix, mas algum animal na pista fez com que o carro capotasse me atirando longe, perdi a consciência, logo após acordar descobri que Renée não conseguiu sair do carro a tempo dele entrar em chamas.

                Fiquei mais alguns dias na UTI, e foi nela que meu inferno começou, descobri que estava paralítica, e que a única pessoa da família de Renné era Charlie, e este morava em Forks,  apesar de tudo Charlie sempre gostou de mim, acho que esta era a única noticia boa desde que acordei, nunca conheci o amor, e quando conheço uma pessoa que realmente era um anjo, a perco. Antes de sair do hospital descobri que tinha Leucemia, ainda estava em estagio inicial, mas sei que Charlie não possuía dinheiro para pagar meu tratamento, nem queria que ele se preocupasse, então tomei a decisão de não contar que estou doente, fica mais fácil para ele e para mim, que não vou ter que receber o olhar de pena de ninguém.

                Bem vindo a minha vida, eu sou Isabella Marie Swan, e estou indo para o inferno chamado Forks...