Para Sempre Você. escrita por sarah


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

voltei (:



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– Acho que ela dormiu. - era Zayn e ele parecia tímido. - Mary, eu preciso ir embora. Os meninos devem estar querendo me matar. - tentou rir.

– Claro, hm, sem problemas. - falei baixo. - Diga a eles que mandei tchau. - sorri.

– Você não vem comigo? - perguntou, olhando para o quarto de Carla segundos depois e rindo. - Ah sim, você vai ficar aqui com Carla.

– Acho que vou sim, pelo menos até ela acordar. - olhei para a porta.

Zayn me deu um abraço e então entrou no quarto de novo, ficou olhando para Carla por alguns minutos e depois saiu.

– Diga a ela que espero que fique melhor logo. - falou. - Ah, Mary! - disse, pegando o celular. - Talvez, se você me passar seu numero, eu possa ligar e saber quando ela terá alta. - ele sorriu e naquele momento meu coração parou.

Fiquei olhando para ele feito boba, e cheguei a uma conclusão. Zayn parecia estar interessando em Carla. Não de gostar, talvez só queria que se conhecessem melhor. Ela era muito bonita, devia ser rotina para ela atrair a atenção dos homens. Passei meu numero para ele e entao entrei no quarto, depois que o vi andando até o fim do corredor.

– Zayn? - ouvi Carla falar baixo, fazendo esforço para se sentar na cama.

– Desculpe, sou só eu. - brinquei, me sentado ao seu lado. - Mas ele mandou tchau.

Percebi que ela sorria e não era só pelo que eu havia acabado de falar. Uma de suas mãos estava em sua bochecha, como se estivesse fazendo carinho em si mesma.

– Ele encostou o rosto dele no meu. - falou, quase gritando, quando viu minha cara de curiosidade.

Sorri junto dela, e ambas ficamos em silencio, até que "I Wish" começou a tocar em seu celular.

– Oi pai. - sorriu. - Ah sim, eu estou bem. Foram so alguns arranhões, juro. - falou, tentando acalma-lo. Me perguntei como ele já estava sabendo, então lembrei que o hospital provavelmente teria ligado para informar, já que Carla era menor de idade.

– Você tem pai? - perguntei, logo apos ela desligar o telefone. Aquela foi a pergunta mais idiota que eu poderia ter feito, mas foi sem pensar.

– Sim, voce não? - perguntou, e naquele momento eu tive vontade de chorar.

Mary's Flashback on:

Meus pais gritavam, brigando um com o outro. Aquele tipo de cena era comum de acontecer em casa, principalmente na parte da noite, quando meu pai chegava da empresa.

– Não venha descontar seus problemas em mim, Nathan. - minha mãe gritava e chorava ao mesmo tempo. - Não sou saco de pancadas. Já estou cansada disso.

Eles não sabiam que eu estava ouvindo a briga, muito menos vendo. Mas eu estava e aquilo me machucava. De todas as discussões que eles já tiveram, aquela com certeza havia sido a pior.

– Você pensa que é fácil dar duro no serviço e ver você gastando tudo em roupas e coisas idiotas? - ele gritava, descontrolado.

– Ah, por favor. Desde quando dinheiro é problema aqui nessa casa? - minha mãe tentava se defender.

Não fazia sentido estarem brigando por dinheiro, realmente, aquilo tudo era muito estranho. Em nenhuma das outras brigas eles haviam tocado nesse assunto.

– Vamos Nathan, me diga, o que aconteceu com a gente? - dessa vez ela chorava, sentando-se numa cadeira qualquer.

– Talvez, talvez eu não te ame mais. - ele falou baixo, agachando e pondo a mão em sua cabeça.

Ao ouvir aquilo, meu coração se partiu. Eu era apenas uma garota, parada ao lado da porta de meu quarto, abraçando um cachorro de pelúcia e usando um pijama de gatinho, quando ouvi tais palavras.

– Ha quanto tempo? - minha mãe gritava novamente. - Ha quanto tempo você esta me traindo? - me sentei no chão, chorando, me perguntando o motivo de ela estar dizendo aquele tipo de coisa.

– Me desculpe, me desculpe Marta. - meu pai parecia triste, desapontado consigo mesmo.

– Fora, fora daqui. - ela se levantou e foi em direção a porta, abrindo-a rapidamente. - Fora da minha casa.

Eu não podia deixar aquilo acontecer, não podia. Me levantei e desci as escadas correndo, abraçando a perna de meu pai, chorando, pedindo para que eles não brigassem. Ele me segurou.

- Largue ela, agora. - ela gritava, me assustando.

Meu pai me abraçou e prometeu que voltaria, prometeu que viria me buscar e me levaria para viver com ele. Eu acreditei.

– Mamãe. - corri para os braços dela, chorando, assim que a porta foi batida. - Peça para ele voltar, por favor.

– Ele não vai voltar, Mary. - ela olhava em meus olhos, demonstrando pena. - Ele tem outra família agora, não nos ama mais.

Daquele dia em diante, todas as tardes, eu sentava na calçada de casa, na esperança de ser meu pai em um daqueles carros. Mas ele nunca voltou. O celular sempre caia na caixa postal, os emails que eu mandava nunca eram respondidos. Então eu cresci, e aceitei a realidade de que ele nunca mais voltaria.

Mary's Flashback off.

– Mary? - ouvi a voz doce de Carla me acordando de meus pensamentos.

– Me desculpe. - falei, secando uma lágrima. - Eu já tive, mas não tenho mais.

Ela não fez mais nenhuma pergunta, apenas me abraçou e disse que estava tudo bem. Tentei não pensar naquilo, porque só me traria dor e dor era tudo que eu não queria.

*Trin Trin*

– Que toque brega. - ela riu, olhando para meu celular. - Vai, atende. - pediu.



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Notas finais do capítulo

espero que gostem e me desculpem pela demora ou por erros de acentuação :s ainda não arrumei as coisas do meu teclado



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