H - Ponto Zero escrita por Siadk


Capítulo 26
026 - Neófita


Notas iniciais do capítulo

[David]

Todos os personagens dessa história pertencem à mim. Por Favor não usar sem minha permissão!



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Nos últimos capítulos: David, o “herói” de North Gare, se encontra com Eric, o assassino em série que anda assombrando a cidade e acaba sendo conhecido como “O Vampiro”. Depois de uma luta não tão longa, David consegue incapacitar seu adversário, mas é arremessado longe pela garota que o acompanha, Suzanna, e acaba atravessando uma parede que dava direto para um vestiário feminino. Logo antes de ser quase acertado por uma bola de fogo da garota, David desaparece diante os olhos de Suzanna graças às habilidades de Lola.

 

026 – Neófita

[David]

 

 

A namoradinha do Sr. Vampiro obviamente não estava nos vendo, era fácil chegar a essa conclusão depois da quinta bola de fogo voando sem nenhum alvo em particular. E mesmo se ela nos visse não estaríamos em perigo, aparentemente além de invisíveis, também éramos intocáveis. Tudo graças à garota segurando meu braço. Ela tirou a mão da minha boca e fez um gesto para que eu continuasse em silêncio. Não que fosse necessário, eu posso não ser o cara mais inteligente da face da Terra, mas burro eu não sou... Não muito. Nos levantamos e ela me puxou até uma parede qualquer do lugar. Foi o único momento que eu tive para tentar me localizar, mas não foi fácil. Desde o momento em que a garota segurou meu braço minha visão se tornara levemente... distante. Com exceção da própria garota tudo parecia estar em outro plano. Depois de me concentrar um pouco eu vi algumas camisas, sutiãs, os chuveiros em um canto, os armários... “Um vestiário? Sim, agora me lembro, esse deve ser o clube de esportes de North Gare.” Só quando chegamos bem perto da parede e a garota não diminuiu a velocidade que eu percebi a intenção dela. “Ótimo, ela pode atravessar paredes tamb...

 

Meu deus, como a sensação foi péssima. Porque eu não fechei os olhos, porque eu não simplesmente fechei os olhos. Nunca mais, repito para deixar bem gravado na mente, nunca mais irei atravessar uma parede de olhos abertos. Era como ver cada fragmento da parede chegar extremamente perto de seu globo ocular a ponto de você realmente jurar que estava os sentindo, mas sem chegar a realmente tocar neles. Agora estávamos em um quartinho usado para guardar os equipamentos de limpeza. E eu só reparei isso com facilidade porque minha visão já estava de volta ao normal.

 

Bolas de fogo destruíam armários no vestiário que deixamos para trás.

 

– Você está bem? – Perguntou a garota ao meu lado. Por algum motivo a voz combinava com ela. Era doce, clara, quase transparente.

 

Eu sorri. Olha, não sei se sorria por causa da voz, da pergunta ou porque é o meu jeito. O que importa é que eu sorri para ela, e naquela situação deve ter parecido um sorriso extremamente idiota. “Isso garanhão, agora ela vai pensar que você tem problemas mentais.”

 

– Nem esquente com isso, algumas bolas de fogo não são o suficiente para me ferir.

 

Ela olhou para mim, provavelmente espantada por eu não ter nenhum ferimento, mesmo depois de bater com tudo na parede do vestiário. E aquilo me deixou levemente, mas só levemente, vermelho. “Sorte minha que eu estou usando uma máscara...” Tirando é claro um detalhe, que me deixou ainda mais rubro... Eu não estava mais usando a máscara, ou melhor dizendo, a máscara que eu estava usando já não era mais o suficiente para esconder meu rosto.

 

– O que acontece... é que eu tenho habilidades também. Igual você e aquela doida do lado de fora.

 

Ela olhou para mim um pouco constrangida. Acho que na urgência da situação ela não tinha pensado que agora o seu segredo já não era mais tão sigiloso. E eu, como o bom herói que sou, precisava tentar fazê-la se sentir melhor.

 

– Não se preocupe, eu não vou contar pra ninguém. – E aquele sorriso idiota ainda estava no meu rosto. Eu preciso tirar a idéia dos heróis de quadrinhos da minha cabeça, é algo mais ridículo do que eu pensava. – Afinal, qual é seu nome?

 

– Lola. Eu... Eu não sabia que existiam mais além de mim.

 

– Cê ta brincando?! Nós somos como uma praga da humanidade. – Eu respondi com uma risada ainda mais idiota que meu sorriso.

 

Ela desviou o olhar para o chão. Não era a reação que eu estava esperando, digo, era uma brincadeira, qualquer um pode ver que era uma brincadeira... Né?

 

– Olha, desculpa, não foi isso que eu quis dizer. A propósito, meu nome é Sia... Digo, David.

 

Ela olhou para mim com um sorriso no rosto.

 

– Você ia dizer Siadk... É você o cara que anda prendendo alguns criminosos e deixando uma assinatura. A mídia não para de falar de você. Eu não sabia que você tinha super poderes.

 

“Tá, eu e minha maldita boca grande. Que tipo de Herói deixa escapar tão facilmente sua identidade secreta.”

 

– Hã... Eu realmente não sei do que você está falando, eu...

 

– Não se preocupe... – Disse ela, e ela estava com aquele sorriso que eu acho tão idiota em mim. Mas... combina tão bem com ela. – Eu não vou contar pra ninguém.

 

O silêncio era claro agora. Talvez a doida desvairada tenha levado o assassino em série embora. Não tem muita importância, depois eu o pego de novo.

 

 

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Notas finais do capítulo

Notas do Sádico: É, fiquei as férias sem escrever... E agora que tenho Final Fantasy Dissidia pra jogar, as coisas se complicam um pouco. Mas eu vou fazer o possivel pra evitar sumir do Nyah.



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