Real or not real? escrita por letter


Capítulo 13
Capítulo 12 - Vingança


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos ((: Bom, eu escrevi o capitulo enquanto estudava física, por isso não me responsabilizo pela qualidade dele -q e também já adianto minhas desculpas pelos erros de português, nem corrigi-o antes de postar.



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Correr. Era tudo que Katniss podia fazer. Ela corria, corria para os gritos de Prim, para os gritos de Gale, para os gritos de sua mãe e para os gritos de Peeta. Corria dos bestantes que a perseguiam, os bestantes que tinham os mesmos olhos de Prim, os mesmos olhos de Gale, os mesmos olhos de sua mãe e os mesmos olhos de Peeta. Corria deles, para eles. Os gritos penetravam como agulhas em seus ouvidos. Machucava. Pressionava.

Katniss acordou com os próprios gritos, e antes mesmo de abrir os olhos, sentiu-se sendo amordaçada. Algo com gosto de ferro a impediu de gritar. Tentou se debater contra o que a segurava, mas o que a segurava eram cordas, não tinha como se soltar.

Não é real, pensou ela, não pode ser real.

Queria gritar, pedir ajuda, queria ver, mas estava tudo escuro, queria escutar, mas apenas as batidas de seu coração chegavam ao seu ouvido.

Em sua mente, jorraram imagens dos últimos acontecimentos, principalmente imagens de Axl caindo ao chão em sua frente. Estaria ele bem? Tinha de estar.

Katniss tentou novamente se soltar, se mexendo abruptamente no lugar, por um segundo, pensou que talvez conseguisse soltar seus pulsos da corda que os prendia, mas no segundo seguinte, mãos pressionaram sobre as suas.

- Não é uma boa ideia – sussurrou uma voz fria ao seu ouvido, tão próxima a ele que Katniss pôde sentir o calor de seu hálito.

O coração de Katniss apenas acelerou mais com isso.

Sua vista começava a se acostumar com a escuridão, e se auto forçava a ver o que é que estava próximo a si, mas a única fonte de luz mais próxima provinha de qualquer lugar muito longe, mergulhando o lugar onde ela estava em uma penumbra, permitindo que Katniss apenas discernisse as sombras.

- Katniss Everdeen – pronunciou a voz devagar, como se saboreasse o som que cada silaba produzia em seus lábios. Pela voz, sem sobra de duvidas, era homem – Não faz ideia de como sonhei com esse momento. Em meus sonhos, eu a mato todas as noites.

Impulsivamente um arrepio correu pela espinha de Katniss.

- Tsc, tsc, tsc. Como sempre assustando nossos convidados Noel? – outro homem, Katniss pôde ver sua sombra chegando cada vez mais perto, e essa sombra não vinha sozinha – E que escuridão dos infernos é essa? Lorcan, faça a gentileza de ascender a luz.

- Ela é muito forte, senhor – respondeu uma voz fina, talvez o tal do Lorcan.

- Apenas ascenda.

Agora, os paços competiam com as batidas do coração de Katniss, testando para ver quais seriam mais escandalosos. Uma luz se ascendeu, e no momento em que ela foi ligada, Katniss entendeu o que o tal de Lorcan queria dizer com “ela é muito forte, senhor”. De fato era, os olhos de Katniss se fecharam com força, devido tamanha iluminação. A luz era branca, e tão forte era que as pálpebras de Katniss se recusaram abrir totalmente.

- Porque ela esta amordaça Noel? Faça o favor, seja um bom anfitrião e tire isso dela. Não é assim que se trata o tordo de Panem.

Um homem saiu de trás de onde Katniss fora colocada sentada, e com gestos brutos, retirou o pano que fora enfiado em sua boca. Só então Katniss se permitiu, com os olhos ainda semicerrados, a olhar para ele.

Soltou uma exclamação e se estivesse em pé, teria pulado para trás. Não acreditava no que via em sua frente. Aqueles cabelos loiros espetados, os olhos frios e claros, o sorriso sinistro e irônico. Os mesmos ombros largos e braços fortes.

Mas eu o matei.

- Pois bem, bem vinda ao nosso humilde quartel general, senhorita Everdeen. Lamento termos de tratá-la de tal forma, mas as circunstancias não permitem que façamos de outro jeito.

Katniss tentou desviar os olhos do fantasma Noel a sua frente, e os fixou no homem que se dirigia a ela. Alto, cabelos compridos e grisalhos, olhos claros. Nunca o vira na vida.

- Nosso curandeiro irar tratar de seus ferimentos, os quais eu peço desculpas por ser o responsável por mandar causá-los, mas creio que não ficará grandes marcas em seu belo braço.

Só então depois de tal homem mencionar as palavras ferimentos e braço, foi que Katniss se deixara permitir sentir o latejar que havia abaixo do seu ombro. Parecia um latejar normal, mas à medida que pensava nele, a dor aumentava.

- Tínhamos um combinado, e isso não estava nele – disse ela por fim.

- Não? Você tem certeza? Bom... Talvez não estivesse mesmo – respondeu o homem.

- Não vai ser assim tão fácil, me seqüestrarem e se safarem. Espero que tenham um plano B.

- Na verdade senhorita Everdeen, esse é o nosso plano B – respondeu o homem calmamente.

- Paylor não vai pensar duas vezes antes de bombardear aqui. Independente se isso for me machucar ou não – rebateu Katniss confiante.

- Primeiramente Paylor deveria saber onde estamos, concorda senhorita Everdeen?

- E logo saberá – respondeu ela pensando no chip rastreador que Beetee introduzira em seu corpo.

- Está falando do chip que Noel fez o favor de arrancar de seu braço querida? Que consideração a minha, se soubesse que Paylor o acharia por ele o teria colocado em um aerodeslizador para um lugar bem mais longe do que eu mandei.

Katniss não acreditava no que ouvia.

­- Não é verdade.

- Tem certeza? Que seja, Lorcan, leve-a para o curandeiro. Quero-a em bom estado para mais tarde.

- Snow – disse o homem na frente de Katniss do qual ela se recusava a olhar – Você me prometeu – falou ele simplesmente.

Snow? Katniss ouvira bem?

O tal homem, Snow, que já estava de costas para Katniss andando de volta por onde veio soltou um pesado suspiro e parou.

- Tudo bem, que seja então, mas se esforce e tente não matá-la.

- Prometo tentar.

Snow e Lorcan desapareceram no meio da claridade.

Noel colocou seu rosto ao mesmo nível do de Katniss, fazendo-a olhar diretamente em seus olhos.

- Minha mãe vive em um hospital da Capital, enfraqueceu a cabeça depois de ver meu irmão ser morto daquela forma. Ela vive perturbada. Você não só ridicularizou o distrito 2, como foi o motivo de eu perder minha família. Se não fosse por você, meu irmão teria ganhado, minha mãe estaria bem e Panem não teria sido afetada de nenhuma forma. Cato era um verdadeiro vencedor. Não você.

Isso explicava porque Katniss imaginou ter visto um fantasma.

Noel desligou as luzes. E a próxima coisa que Katniss sentiu foi seu fogo mergulhar em chamas, e em seus ouvidos apenas chegava o som de seus gritos.




- Seu braço cicatrizará logo, e lhe darei papoula para aliviar as dores de seus músculos. A carga elétrica que Noel usou em você não afetou qualquer órgão, apenas os músculos.

Katniss recuperara a consciência havia pouco tempo, desmaiara em algum momento em meio à “vingança” de Noel. Acordara com o curandeiro ruivo que a avaliara na Capital, limpando o ferimento em seu braço.

- Pensei que estivesse ao nosso lado – disse ela friamente.

- Sou imparcial nessa luta Katniss.

- Você é gentil de mais para defender a causa deles, seja ela qual for.

O ruivo olhou bem em seus olhos, abriu um pequeno sorriso.

- Vou levar isso como um elogio.

- Que seja, como sabiam do meu rastreador? – ela perguntou enquanto ele enfaixava seu braço.

- Ela é um Snow, Katniss, pensa em quase tudo.

- Então... Ele é da família do ex presidente?

- Irmão – respondeu o curandeiro.

- Quer tomar o poder de Paylor – supôs Katniss.

- Na verdade não, ele tem outros planos – respondeu ele simplesmente.

- E porque está me contando? Pensei que fosse imparcial.

- Meu irmão também era imparcial, isso não o impediu de lutar dos dois lado – respondeu ele – Terminei seu braço.

- Quem é você na realidade?

- Nasci no distrito 2, lá você espera ser chamado para os Jogos, se não for até os 18 anos, seus pais te mandam para o treinamento de Pacificadores, uma questão de honra isso, no meu caso, meu irmão foi treinar para ser pacificador, e eu, para ser curandeiro. No fim o mandaram para trabalhar no distrito 12, e eu na Capital.

Katniss nem iria perguntar quem era seu irmão, afinal, ela já o confundira em seus pensamentos com ele.

- Darius – murmurou ela.

O curandeiro assentiu.

- Mais velho que eu por questão de segundos. Quando o mandaram para a capital para ser avox, Snow fez que fosse eu quem cortaria língua dele.

Embora o curandeiro não demonstrasse, Katniss sentiu a dor em suas palavras.

- Eu sinto muito... Hm... Não sei seu nome – falou ela em tom de desculpas.

- Dondarion, mas me chame de Darion.

Katniss decidiu que gostava dele.

- Eu sinto muito Darion, e prometo te levar comigo quando me tirarem daqui. Mesmo tirando o rastreador, Peeta já esteve aqui, saberá dizer onde estou. Vão vir nos buscar.

Durante a conversa toda, Darion nunca perdera o sorriso, nem quando falava de seu gêmeo Darius, porem, agora ele torceu os lábios e desviou os olhos de Katniss. Ela detectou algo errado.

- O que é? Não vai querer vir comigo quando me buscarem.

- Não Katniss, não é isso. É só que... Talvez Peeta não saiba dizer onde você está. Ou... Ou talvez ele não esteja em Panem para dizer isso a alguém.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo tributos *-* Deixem seus reviews com as opiniões sobre o capitulo, sugestões, criticas e tudo o mais, mellarkisses :*