Real or not real? escrita por letter


Capítulo 12
Capítulo 11 - Olhos abertos


Notas iniciais do capítulo

Meu especial super obrigada a Ketlen Evans que fez uma recomendação super linda pra fic :3 sigam o exemplo dela u.u /brincadeira boa leitura *.*



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         - Talvez Katniss esteja certa. Como eu posso querer colocar mais inocentes em um mundo onde tudo é incerto? – perguntou retoricamente Peeta.

         A moça loira de meia idade trajada de macacão poderia ser considerada uma avox, pois não emitia qualquer som, nem ruído ao respirar ela emitia. Mas Peeta sabia que sua língua estava bem guardada em sua boca, não era uma avox, apenas mais uma empregada de Snow, proibida de se quer olhar na direção de Peeta, quem diria falar.

         - Mas eu tenho certeza de uma coisa, não vai dar certo.

         A moça continuou a trocar a roupa de cama de Peeta, ignorando-o por completo como se ele não estivesse ali.

         - O que quer que seja, não vai da certo.

         Era sempre assim, cada dia um empregado novo entrava no quarto, trocava as roupas de cama de Peeta, levavam três simples refeições em horários aleatórios, enchiam a banheira, colocava vestes novas e levava as já usadas, e saiam tão silenciosamente quanto entravam. Não lhe dirigiam nem o olhar, nem a palavra, nem se quer a sombra.

         - Já terminou? – perguntou Peeta ao ver a mulher se retirar com a trouxa de baixo do braço – Por favor, transmita meus cumprimentos ao Snow, e a Noel.

         A porta se fechou.

         O silencio continuou a reinar, sendo quebrado apenas pelo click interno da porta se trancando automaticamente.

         Se suas contas não estivesse erradas, haviam se passado quatro dias desde que lhe trancafiaram naquele quarto, de todos os visitantes que diariamente entravam ali, apenas o curandeiro ruivo, que Peeta descobriu que se chamava Dondarion, lhe dirigia a palavra, de forma muito alegre visto à situação que encontra.

         Dondarion lhe garantiu que estava tudo bem, e que nem um mal iria lhe acontecer. Embora Peeta secretamente não nutrisse aversão a Dondarion, não acreditava nele. Suas lembranças poderiam ser nebulosas, mas havia uma parte de que ele se lembrava claramente. Snow presidente lhe dissera que tudo estava bem, lhe trancafiou em um quarto, colocou avox para servi-los, o alimentou bem, e o tratou bem na medida do possivel, então, certa noite Peeta acordou com um balde de água sendo jogado em si, e brutamente fora arrancado da cama por dois pacificadores, que o agarraram pelos braços e o arrastaram até qualquer lugar escuro e mal cheiroso, onde o único som audível eram gritos mesclado de agonia.

         Peeta mantinha os olhos abertos esperando a hora que um dos guardas de Noel o buscaria para tortura. Toda a vez que ouvia o click da porta se destrancando imaginava que à hora chegara, e se preparava psicologicamente para os momentos que sabia que viriam.

         Porem quando ouvia a porta se destrancar, não fora a hora de ir que chegara, e sim Dondarion, com sua inseparável maleta em uma mão, e a prancheta em outra.

         - Como tem estado Peeta? Espero que bem – Dondarion colocou a maleta em cima do criado mudo que havia ao lado da cama de Peeta e o abriu.

         - Entediado – confessou Peeta – Vão demorar muito mais? Quanto mais demoram, mas penso nisso, e instintivamente começo a lembrar de quando me pegaram da primeira vez. Acho que se acabassem com isso logo seria menos torturante do que ficar lembrando. Ou talvez vocês sabem o quanto isso é torturante e por isso estão demorando? Boa possibilidade.

         - Vou sentir falta de seu humor negro – respondeu Dondarion, arrumando o que quer que fosse em sua maleta.

         - Vai? – talvez isso queira dizer que estavam prontos para começar a tortura dele, quem sabe?

         - Sim. Peeta vou te anestesiar, seu corpo ainda não esta livre do Lexotan que você ingeriu quanto lhe trouxemos para cá, nunca nem pensaria em colocar mais Lexotan em seu sistema, mas não tenho escolha.

         - Para onde vão me levar agora? Mesmo não tendo muita ideia de onde estamos, acho que não podemos ir para mais longe.

         Dondarion se afastou da sua maleta, fez qualquer anotação, e com uma seringa na mão direita veio para o lado de Peeta.

         - Você vai voltar para a casa Peeta – respondeu Dondarion simplesmente puxando o braço de Peeta, e injetando em uma de suas veias o liquido da seringa.

         Tão rapidamente quando a Lexotan entrava em seu organismo, Peeta se sentia sonolento. Queria perguntar o que raios Dondarion queria dizer com ir para casa, e porque iria, e... E seus pensamentos já não faziam sentido.

         - Peeta, não tente lutar contra a maré – sussurrou Dondarion, tão baixo que Peeta não sabia se ele realmente estava falando, ou se isso fazia parte da mente de Peeta que entrava em um ar de sonolência e devaneios – Nenhum lugar será seguro.

         - Eu não devia deixar você fazer isso – sussurrou Gale aos ouvidos de Katniss enquanto a prendia entre seus braços em um apertado abraço.

         - Não se preocupe, é um bom plano – respondeu ela com a garganta apertada – Beetee soube no que pensar.

         - Dói... – disse Gale enquanto se afastava, olhando bem nos olhos de Katniss – Despedir de você dói, eu nunca sei quando pode ser a ultima vez.

         - Garanto que não será essa – respondeu Katniss forçando um sorriso – Quando Peeta estiver aqui... Tome conta dele.

         Gale assentiu, com um sorriso duro nos lábios.

         - Vai dar tudo certo – disse Katniss, mas para si do que para Gale.

         - Trate de ficar bem Catnip – ele disse abraçando-a mais uma vez.

         - Minha vez de ter um momento meloso com o Tordo – interrompeu Johanna puxando Gale abruptamente, ela não sorria, e Katniss se sentiu momentaneamente surpresa de abraçá-la – Aguente só um pouquinho, vamos de tirar de lá.

         - Obrigada – disse Katniss enquanto se afastava de Johanna.

         - Nunca vou perdoar Paylor por ter autorizado você nessa loucura – disse Johanna friamente.

         - Ela daria um jeito de fazer isso mesmo se eu não a autorizasse – murmurou Paylor entrando na sala de lançamento – Mas temos um bom plano.

         - Temos sim – confirmou Beetee com os olhos grudados no computador – Olhem, esse pontinho vermelho na tela, é a Katniss, vou conseguir rastrear ela, aonde quer que a levem. E assim que chegarem na base deles, mandamos os aerodeslizadores. Em vinte quatro horas, tomaremos a base deles, prenderemos eles, e teremos Katniss de volta.

         - E Peeta – acrescenteu Katniss, tentando se agarrar aquela ideia, pois ela a única que dava forças de fazer o que iria fazer.

         - E Peeta – confirmou Paylor.

         - Pronta? – perguntou Beetee

         - Sim – respondeu Katniss – Onde... Onde está Haymitch? E Annie?

         - Haymitch não aprova Katniss, disse que não quer fazer parte disse – quem respondeu foi Enobaria – Admiro sua coragem.

         Katniss confirmou que entendia com um aceno de cabeça, mas por dentro, queria apenas poder dar um abraço em Haymitch, e ouvi-lo dizendo “fique viva”. Ele não aceitara o plano, ela não o culpava, apenas queria ele ao seu lado.

         - Annie está com o Finnick.

         - Certo... Então vamos logo com isso? – perguntou ela.

         ­- Um dos curandeiros da Capital ira te sedar, um aerodeslizador mandado por eles virá de buscar e trazer Peeta. O trato proíbe que qualquer um de nós esteja perto, de forma que Axl irá te acompanhar, e se quisermos que você e Peeta fiquem bem, não vamos desobedecer as ordens que colocarem.

         - Eles têm forte alta confiança para imaginar que não vamos atacar – disse Johanna.

         - E não vamos. Não vou arriscar a vida deles – respondeu Paylor com seu tom de comandante – Não vão saber que colocamos um rastreador em Katniss, assim nosso plano não falha, e tanto ela quanto Peeta continuam vivos.

         - Comandante – chamou o garoto Axl entrando na sala – Está na hora.

         Katniss passou os olhos por cada um na sala, antes de se virar para o lado de Axl, e segui-lo para fora do prédio, a desejaram boa sorte, e ela respondeu forçando uma falsa confiança.

         Axl andou a sua frente, em silencio, não parecia ter apenas quinze anos, parecia realmente um soldado, como ele próprio achava que era.

         Não fora fácil conseguir conciliar os planos da Paylor com os de Katniss. Paylor viu que Katniss se entregaria, e resolveu mudar isso a seu favor, armou seu plano, e recebeu um novo pacote dos seqüestradores, com todos os quesitos que deveria seguir se quisesse que tudo corresse bem. Iria negar? De forma que mandaram o horário, a forma de troca, e tudo o mais.

         Katniss estava pronta para seguir até para o lugar mais afastada da Capitol, quando saiu do edifício, o que não contava era que quando colocasse o pé para fora do edifício iria ser atacada.

         Tudo acontecera de forma tão rápido, que mal pode entender o que foi.

         Axl caíra ao chão a sua frente.

         - Axl! – exclamou ela exasperada.  

         Katniss apenas viu um dardo no pescoço do garoto antes de ver um vindo em sua direção.

         Tudo escureceu. 


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Notas finais do capítulo

Okay, o capitulo não está dos melhores, perdoem-me :c vou tentar melhorar no próximo, prometo. Culpa do filme u.u Ele me deixou meia em transe e tals G_G alguém mais assim? -q kk, então, não deixem de comentar, por favor *-* see ya :*