A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Today on A minha vida em Mystic Falls S2...
Quando tudo parece estar bem...
-Demi disse Stefan -,acho que não preciso de te dizer isto, mas a nossa casa está pronta para te receber.
-Obrigada, Stefan, eu sei que sim agradeci.
É precisamente quando não está...
Suspendi a respiração.
-Olá, Elena. Uau, Katherine tinha razão, tu és tal e qual ela.
-Lilliane.
Porque é impossível manter a paz em Mystic Falls...
Demi estava no chão, inconsciente e Bonnie estava ao lado dela, a chorar compulsivamente.
-O que aconteceu? perguntei-lhe ajoelhando-me ao lado dela.
-Uma cobra enorme apareceu do nada e mordeu-lhe. A mesma cobra que - ela parou a frase e arregalou os olhos.
Capítulo 7
POV Demi Gilbert
Acordei com Damon a murmurar qualquer coisa. Abri os olhos e Stefan estava na ombreira da porta a conversar com Damon.
-Bom dia – falei ensonada e sentei-me na cama.
-Bom dia, Demi. Desculpa, não te queríamos acordar – disse Stefan, sorrindo.
-Não faz mal – disse-lhes.
-Vou deixar-vos em paz. Depois falamos, Damon – disse Stefan e foi andando.
-Não, Stefan, deixa estar – falei e saltei da cama. – Eu vou arranjar-me. Afinal, eu tenho aulas hoje.
Saí do quarto e fui para o outro quarto da casa de hóspedes que tinha as minhas coisas. Tomei um duche bem quente e escolhi a minha roupa: http://www.polyvore.com/look_spring/set?id=44314045
Damon apareceu e abraçou-me por trás, surpreendendo-me.
-Fica – pediu ele sussurrando no meu ouvido sedutoramente. – Por mim.
-Não dá, Damon. Lamento dizer-te, mas eu sou humana e escola é um dos requisitos que tenho que preencher – falei e desenvencilhei-me do seu abraço. – Mas eu volto. Tu sabes que sim.
-Espero bem que sim – falou ele e eu peguei na minha mala, que já tinha lá o estojo da escola, o telemóvel e a caixinha de maquilhagem. Ele pegou na minha mão e com a outra obrigou-me a fitá-lo. – Prometes que não foges?
Pisquei os olhos duas vezes, apanhada de surpresa por ver a estranha profundidade neles.
-Claro que sim – assegurei-o e beijei-lhe os lábios. – Vou tomar o pequeno almoço ao Grill.
-Eu posso acompanhar-te – sugeriu ele. – Assim passamos mais tempo juntos.
-Pode ser – concordei. Descemos os dois juntos e ele levou-me no carro dele até ao Grill. Tomei a minha dose de cafeína com ele e o meu muffin inglês e depois ele levou-me à escola.
-Sabes sobre esta coisa de seres ninfa? – acenei com a cabeça. – Acho que lhes devias de dizer.
Acenei com a cabeça.
-Mas não contes à Caroline. Não ainda.
-Ela vai ficar ofendida, Damon. Se vou contar, vou contar a todos – disse-lhe. – Vens buscar-me?
-Não sei – ele fez-se de difícil. – Acho que é melhor criares um laço maior com Elena. Só estou dizendo!
-OK, vou ver o que posso fazer – disse-lhe. – Até logo.
Despedi-me dele com mais um beijo e depois saí do carro. A minha primeira aula seria História com Alaric, que tinha Elena, Bonnie, Caroline, Tyler, Matt e Stefan. Fui ter com Elena que estava, para variar, com Stefan.
-Bom dia! – exclamei e eles saudaram-me.
-Como estás, Demi?
-Melhor. Ontem fui ter com a minha tia e ela explicou-me tudo direitinho - disse-lhe. Elena estava realmente preocupada comigo e eu apreciava isso. Significava que para além de termos o mesmo sangue a correr nas veias, ela também era minha amiga, uma verdadeira amiga. – Contudo, há algo que eu tenho que vos contar.
-O que é? – perguntou ela.
-Há mais seres sobrenaturais do que aqueles que julgam. Não existem só vampiros e bruxas e lobisomens. Existem também ninfas e… eu sou… uma.
Elena arregalou os olhos, porém, Stefan não pareceu surpreendido.
-Já sabias? – perguntei-lhe e ele sorriu em jeito de desculpas.
-Damon tinha-me contado por causa daquilo do envenenamento, mas supus que gostarias de ser tu a contar.
Acenei com a cabeça.
-Obrigada, Stefan.
-Espera, eu tenho um namorado vampiro, uma amiga que é bruxa e outra vampira, eu e tu somos doppelgangers, para além disso, também és uma ninfa – ela olhou para Stefan. – Não falta nada.
-Faltam as tartarugas ninja, zombies, lobisomens…
-Esse requisito já foi preenchido – interrompi-o. – Pelos Lockwood.
Stefan sorriu e Elena voltou a virar-se para mim.
-Há quanto tempo é que sabes disso?
-Descobri nalgumas coisas da minha mãe. Quero dizer, mãe/tia Tiara. Ela tinha um baú cheio dessas coisas.
-Uau. E só me contaste agora porque…
-Porque ainda não sou uma completa, e por isso ainda não se passa nada de incontrolável comigo. Só decidi contar-te agora porque é importante, porque Katherine e Lilliane andam por aí e não é seguro para mim, ou para ti.
-Mais alguém sabe para além de vocês os três?
-Bonnie – respondi. – Ela ajudou-me nalgumas coisas.
Elena acenou.
-OK. Está quase a tocar por isso é melhor irmos, mas depois contas-me tudo.
-De acordo – concordei. – Depois das aulas.
-Demi – disse Stefan -,acho que não preciso de te dizer isto, mas a nossa casa está pronta para te receber.
-Obrigada, Stefan, eu sei que sim – agradeci e tocou.
Caroline juntou-se a nós, assim como Bonnie e fomos todos para a aula de História.
POV Elena Gilbert
Isto ainda era um bocado estranho. Ter uma meia irmã era estranho, depois de dezassete anos sabendo que tinha um irmão, que afinal não o era mas sim meu primo, e o meu tio era na verdade o meu pai. Demi iria encaixar-se perfeitamente no drama dos Gilbert.
Assim que saímos da escola, eu, Demi e Bonnie fomos a casa da minha meia irmã buscar lá algumas coisas. A tia/mãe dela estava a trabalhar e por isso pudemos invadir a casa á vontade.
-Preciso de ir à arrecadação – disse Demi de repente quando íamos colocar as duas malas dela no carro.
-Porquê? – perguntou Bonnie.
-A minha tia disse havia coisas importantes lá em baixo no dia do Fundador. Tenho que ir. Esperam aqui, ou vêm comigo?
-Vamos contigo, claro – disse-lhe e olhei para Bonnie, que concordou comigo.
Descemos as três e Demi acendeu a luz.
-Isto é estranho – falou Demi. – Sinto algo de estranho aqui.
-Sim, eu também – concordou Bonnie.
-Vocês as duas são capazes de detetar coisas que eu não consigo. Acredito em vocês – disse-lhes e vi uma caixa de cartão que dizia: Julie Courtney.
-Ei, Demi, tem aqui algo dos Courtney.
-O que é? – perguntou ela do outro lado da cave.
-Uma caixa de cartão a dizer Julie Courtney.
-É a minha avó – falou ela e veio para o meu lado. – O gene das ninfas só corre nas mulheres da família. Será que ela também era? Ou será que foi o meu avô?
-Podemos levar – sugeriu Bonnie. – Se não for nada de especial, voltamos a trazê-la para aqui.
-Sim, eu levo – prontifiquei-me logo e peguei na caixa. – Vou colocá-la no carro.
Subi as escadas com a caixa que ainda era um pouco pesada e coloquei-a no carro. Voltei para trás e assim que fechei a porta de trás do carro, oiço gritos vindos de dentro de casa. Corri o mais que podia e saltei alguns degraus das escadas que me levavam para a arrecadação, o que me fez quase cair, mas naquele momento não importava.
Demi estava no chão, inconsciente e Bonnie estava ao lado dela, a chorar compulsivamente.
-O que aconteceu? – perguntei-lhe ajoelhando-me ao lado dela.
-Uma cobra enorme apareceu do nada e mordeu-lhe. A mesma cobra que… - ela parou a frase e arregalou os olhos. – Oh não, não não não, por favor, Demi, acorda!
-Bonnie, conta-me! – exigi.
-Telefona ao Damon. Depressa, ele precisa de vir.
Subi as escadas, visto que nas arrecadações nunca se tem rede, e telefonei ao Damon.
-Olá Elena – disse ele, todo presunçoso.
-Não há tempo para isso, Damon. A Demi foi mordida por uma cobra qualquer que ela e a Bonnie já tinham visto e está inconsciente.
-Espera, fala mais devagar – pediu ele.
-Vem agora! – gritei no telemóvel e desliguei. Bateram á porta e eu abri-a.
Suspendi a respiração.
-Olá, Elena. Uau, Katherine tinha razão, tu és tal e qual ela.
-Lilliane – falei, sabendo que era a única hipótese. Demi tinha-me contado um pouco dela, e só podia ser ela, com aquele cabelo cor de fogo, o sorriso maligno, o brilho negro nos olhos e… o rosto da Demi. Engoli em seco.
POV Damon Salvatore
Corri a pé o mais que podia e numa questão de dois minutos cheguei a casa delas. Lilliane estava á porta e Elena estava do lado de dentro da casa.
-Lilli – falei e ela olhou para trás.
-Olá Damon – cumprimentou ela com voz de anúncio a pastilhas elásticas cor de rosa. – Ouvi dizer que a tua namorada está morta. É verdade?
-Vou verificar isso, se me deixares – disse e tentei desviá-la do caminho, mas ela não deixou.
-Queres ajuda?
Gargalhei alto.
-Passei 146 anos a cuidar de mim mesmo. Não preciso da tua ajuda para nada.
-Own, que pena. Eu até vinha ajudar a tua amiga – falou ela, não escondendo que estava a enrolar a conversa para eu não entrar na casa. Elena estava a enviar mensagem a alguém, e eu só pensava que fosse ajuda. – Não queres a minha ajuda agora, Damon? Sabes, podíamos fazer o que não fizemos á tanto tempo atrás.
-Não obrigado, Lilli.
-Ainda me chamas pelo diminutivo. Ainda gostas de mim, Damon?
Ela fez beicinho, mas eu olhei para Elena, tentando descobrir para quem ela tinha mandado a mensagem, e disse sem emitir qualquer som:
-Stefan.
Relaxei automaticamente. Stefan estava a chegar, o que significava que isso iria distrair Lilliane e assim eu poderia entrar dentro de casa.
-Damon? – Lilliane obrigou-me a voltar a minha atenção para ela. – A minha resposta.
-Nunca irá chegar – disse-lhe e vi os seus olhos escurecerem e as veias a salientarem-se.
-Sério? Vais fazer uma birra infantil aqui, no meio de humanos e de um bairro tranquilo?
-Estás a obrigar-me a isso, Damon – falou ela e pegou no meu pulso com força. Aquilo estava a começar a aleijar, e eu perdi a paciência.
-Vai para o inferno, Lilliane – mandei e apertei-lhe o pescoço.
Com a outra mão, ela apertou o meu e foi uma luta sobre quem era o mais forte. Por sorte, Stefan apareceu e encostou-a à parede.
-Vai! – exclamou ele para mim e eu entrei em casa.
Elena acenou e foi comigo até à arrecadação. Demi estava deitada no chão, com Bonnie ao lado aos prantos. O seu batimento cardíaco estava um pouco mais baixo do que o normal, até mesmo do que se estivesse a dormir, mas estava viva.
-Ela está viva, Bonnie – assegurei. – Vou levá-la para o quarto e depois explicas-me tudo.
Bonnie acenou e Elena ajudou-a a erguer-se. Peguei na minha Demi e levei-a para o quarto dela. Deitei-a em cima da cama e sentei-me ao lado dela. Afastei os seus cabelos da face e vi como o seu rosto parecia tão angelical, tão puro, como uma verdadeira ninfa.
-O que aconteceu, Bonnie? – perguntei-lhe baixinho.
-Foi horrível. Eu estava mesmo ao lado dela e vi tudo… - ela voltou a chorar mais um bocado. – Nós já a tínhamos visto uma vez, quando entrámos na casa abandonada que tinha pertencido á família dela. A cobra estava lá dentro e veio atrás de nós. Agora, atacou a Demi. O pior de tudo é que ela não me atacou a mim, atacou-a logo e depois foi-se embora.
-Onde é que a atacou? – perguntei-lhe.
-Aqui – deslizou o blazer azul escuro sobre o ombro e vi as duas perfurações, grandes, profundas. Deitavam um pouco de sangue, e tinham um brilho estranho como se o diamante se tivesse tornado líquido.
-OMG – sussurrei, não acreditando. – Aquilo não era uma cobra tradicional, era algo mais. – Telefonem á tia dela. Ela tem que saber de algo.
Elena saiu do quarto e Bonnie colocou uma mão no meu ombro.
-Desculpa, Damon – falou ela, olhando para Demi, tentando respirar mais devagar. – Devia de ter feito algo.
-Não podias fazer nada, Bonnie. O que aconteceu, aconteceu, e não se pode mudar nada.
-Mesmo assim. Sou uma bruxa, devia de ter atuado no momento, mas aconteceu tudo tão depressa… uma milésima de segundo…
-Bonnie, não importa o que aconteça, ela vai ficar bem – falei e olhei para o rosto de Demi. – Tem que ficar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Next Friday...
Foi uma dádiva...
-O que aconteceu? O que era aquela coisa? perguntei-lhe.
-Uma cobra dos bosques respondeu Melinda. Foste marcada.
-Como assim, marcada?
Ou uma maldição...
Tirei a camisola e quando vi a dimensão daquilo, arfei. Estava horrível. Era horrível.
-Não murmurei horrorizada. Os dois pontos eram profundos, sangrentos, com a carne a ver-se e apesar de a ferida já estar limpa, era horrível. Para além disso, o veneno tinha-se espalhado por ali, e algumas veias estavam mais salientes que outras.
Mas há sempre uma escapatória...
-Damon! exclamei. Onde estamos?
-Na Geórgia.
-O quê? perguntei, chocada. Onde vamos?
-Um lugar que eu adoro.