A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls S2
A história começa...
-Tudo começou quando eu tinha dezassete anos.
Com um fim inesperado...
-Mason sabe?
-Não respondi e ela olhou-me espantada. O que esperavas? A carreira de surfista dele iria pelos ares!
Será que algum deles aguenta a verdade?
-Apesar de tudo o que tem acontecido, fico feliz por me teres ligado disse e apoiei o meu queixo no topo da cabeça dela.
-Fico feliz por ainda te considerar meu amigo, Riley proferiu ela e retribuiu o abraço.



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Capítulo 6

POV Demi Gilbert

Abri a porta e fechei-a de seguida. Buddy apareceu com a cauda a abanar e com a língua de fora. Saltou para cima de mim e eu peguei-lhe nas patas dianteiras.

-Também senti a tua falta, fofinho – disse e deixei-o dar-me um beijo na cara. Eu sei, nojento, mas ao menos não foi na boca.

Melinda apareceu e suspirou.

-Vieste – disse ela. Tinha olheiras enormes debaixo dos olhos e estavam avermelhados na parte branca. O seu rosto estava horrível, com cieiro nos lábios e meio despenteada.

-Sim – acenei com a cabeça. – Mas só fico numa condição: se me contares tudo. E quando me refiro a tudo, refiro-me também ao que aconteceu em 1864 e me tentas esconder.

Ela fez uma careta, mas acabou por suspirar mais uma vez e apontou para sala.

-Não respondeste – disse fria e isso chocou-a, vi isso na sua cara.

-Sim, eu conto-te tudo.

Segui em frente para a sala e sentei-me no sofá.

POV Melinda Courtney

Isto não seria nada fácil de contar, mas era necessário. Eu sabia que tinha perdido toda a confiança que ela tinha em mim e isso assustava-me, porque significava que se lhe acontecesse alguma coisa, provavelmente iria saber de outra pessoa que não ela e neste momento isso não era nada bom porque ela estava a começar a descobrir os seus poderes.

-Primeiro precisas de saber que eu não fui santa nenhuma. E não sou. Mas mudei, tornei-me responsável.

Ela acenou e não desviou o olhar do meu. Suspirei. Não iria conquistar a sua confiança tão cedo, mas por outro lado, eu devia era de lhe ter contado isto há anos atrás.

-Tudo começou quando eu tinha dezassete anos. A minha irmã por isso tinha vinte e três anos e estava no seu quinto ano da faculdade na Califórnia. John, o teu verdadeiro pai, apareceu aqui completamente em choque e desesperado. Ele tinha-se envolvido com Isobel e ela estava grávida. Os dois zangaram-se por uns tempos, porque John não queria o filho, e Isobel queria. Começámos a aproximarmo-nos mais e um dia envolvemo-nos mais do que devíamos. A Isobel ficou furiosa, mas os dois fizeram as pazes se ele prometesse nunca mais me dirigir a palavra. E isso aconteceu mesmo. Eu entrei numa espécie de depressão, isolei-me da vida social e quando acabaram as aulas os teus avós puseram-me num avião para a Califórnia.

-Foi por causa do John que fugiste para a Califórnia. E quanto à minha mãe? – perguntou ela, e aquilo de uma certa forma doeu-me porque ela chamou “mãe” à minha irmã.

-Uma coisa de cada vez, Demi – disse-lhe e continuei com a história. – Foi lá que eu descobri que estava grávida. Com toda aquela depressão, eu tinha-me esquecido que a minha menstruação estava atrasada, e foi Tiara que me avisou disso. Só podia ser do John e telefonei-lhe, mas Isobel já estava de sete meses e ele não quis nada comigo. Tiara telefonou aos nossos pais e eles deserdaram-me. Disseram que não queriam nada comigo e que não me apoiavam. Então Tiara, completamente furiosa, veio para cá comigo e tiveram uma discussão enorme. Como ela estava a tirar o mestrado, e já estava noiva do Cameron, eles fizeram um acordo: eu tinha-te a ti, mas Tiara é que ficava a cuidar da criança.

-E John?

-Durante os meses que estive aqui em Mystic Falls, ele nunca veio ter comigo – respondi-lhe e vi que ela ficou pálida. – Demi, eu lamento dizer-te isto, mas John nunca quis saber de nós. Ele só tinha olhos para a Isobel e era um fantoche nas mãos dela.

-Continua – pediu ela, com a voz embargada.

Acenei e continuei.

- Bom, continuando, em setembro, nasceu Elena e o irmão mais velho de John prometeu cuidar dela como se fosse filha deles. Em Setembro, os teus pais também se casaram aqui, e ficaram cá até tu nasceres.

Agora viria a parte emocional e comecei a ficar com os olhos a ferver, devido às lágrimas. Se eu pudesse voltar atrás, só mudaria uma única coisa:

-Em dezembro, nasceste tu. Dei à luz no hospital de Mystic Falls e os meus pais deram-te o nome, Demi, e dias depois, a minha irmã e Cameron foram-se embora. Durante anos não soube de ti e assim que acabei o mestrado em jornalismo na universidade da Califórnia, corri para NY e encontrei-te. Foi a primeira vez que te vi. Tinhas quatro anos e quando te vi… foi como se o mundo tivesse parado. Estavas linda e arrependi-me de ter estado tantos anos pegada aos meus pais.

-E Kellan? Ainda não tocaste no assunto.

-Kellan é dois anos mais velho do que tu. Aconteceu quando Tiara e Cameron vieram cá passar as férias de verão. Os meus pais consentiram porque ela jurou por todos os santinhos que era um caso sério. Mason também estava cá e os dois envolveram-se. Cameron nunca soube a verdade porque Tiara não queria que os pais soubessem e ele estava tão feliz por ter um filho, que nem se importou se ainda andava na faculdade e ainda não tinham casado.

-Mason sabe?

-Não – respondi e ela olhou-me espantada. – O que esperavas? A carreira de surfista dele iria pelos ares!

-Eles encontraram-se alguma vez na Califórnia?

-Acho que sim, mas Tiara nunca me falou sobre isso.

Ela acenou com a cabeça e finalmente uma lágrima escapou do seu olho.

-Demi, eu lamento muito – disse-lhe. – Quem me dera mudar o que se passou á 17 anos atrás, mas eu não posso! Desculpa, lamento muito!

Tentei abraçá-la, mas ela fugiu-me e levantou-se bruscamente.

-Eu… tenho que ir – disse ela e saiu de casa a correr.

-Demi! – gritei da porta, mas o carro dela já estava ligado e ela guiava furiosamente.

POV Demi Gilbert

Refugiei-me no quarto de Damon, a chorar compulsivamente e sem saber o que fazer. A minha vontade era telefonar-lhe, mas não ia deixá-lo preocupado e correr para aqui, enquanto ele não podia fazer nada.

Queria que Sarah estivesse aqui, ou até mesmo Bonnie, mas ela de certeza que estaria a cuidar de Caroline com Stefan. A única pessoa que me restava em Mystic Falls era Riley.

Peguei no telemóvel e liguei para ele.

-Olá – disse ele num tom monocórdico.

-Riley… - disse e parei para respirar fundo. – Preciso de falar contigo.

-O que se passa? – perguntou ele, agora alarmado.

-Aconteceu uma coisa… - não terminei a frase e comecei a chorar.

-Onde é que estás, Demi?

-Na casa dos Salvatore – consegui proferir.

-Vou já para aí – disse ele e desligou o telemóvel.

POV Riley Clouds

Fui o mais depressa que podia e quando cheguei lá nem esperei por abrirem a porta, rodei a maçaneta e por acaso ela abriu-se automaticamente.

-Demi! – gritei e a voz dela soou das escadas.

-Aqui – falou ela num fio de voz e eu subi as escadas para ir ao seu encontro.

-Demi – suspirei e quando a olhei nos olhos percebi que algo de muito mau tinha acontecido. – O que aconteceu? Foi Damon? Stefan?

Ela negou com a cabeça e abraçou-me. Retribuí o seu abraço, mas completamente assustado. Ela estava um farrapo e não tinha sido nenhum dos Salvatore que tinha provocado aquilo. Começou a soluçar e eu passei a minha mão pelas suas costas, tentando confortá-la, mas não estava a resultar.

-Demi, se não me contares o que realmente aconteceu, vou ficar apavorado.

-A minha família… tudo o que conhecia… desmoronou-se.

Afastei-a do abraço e obriguei-a a fitar-me.

-O que aconteceu?

-A minha tia… é, na verdade, a minha mãe.

-O quê? – perguntei, completamente confuso. Como é que era possível isso acontecer?

Ela suspirou e fechou os olhos, e por momentos pensei que ela fosse desmaiar, mas tal não aconteceu. Apoiou-se no corrimão e olhou para baixo.

-Não me estou a sentir bem – afirmou ela. – Vou-me sentar.

Desceu as escadas e eu segui sempre ao seu lado, com medo que ela caísse. Sentou-se no sofá da sala dos Salvatore e convidou-me a sentar ao lado dela.

-Agora podes contar-me como é que descobriste?

-Ela estava a contar tudo ao Damon. Os dois não tinham notado na minha presença, por isso, eu ouvi tudo. E hoje fui pedir-lhe mais explicações. A história é demasiado má para ser real, Riley – afirmou ela, olhando para a mesa de apoio. – O pior de tudo é que não acaba por aqui. Eu sou filha do… John Gilbert.

-O quê?! – exclamei em choque e recostei-me no sofá. – Como é que é?

Ela acenou e sorriu irónica.

-É mesmo. Eu afinal tenho família e não sabia disso.

-E como é que estás a lidar com a situação? – perguntei-lhe.

Ela virou-se para mim e aquilo desfez-me o coração em mil pedaços. Os seus olhos estavam vermelhos, lágrimas escorriam pelo seu rosto e o rímel estava a escorrer com as lágrimas, dando-lhe um estado deplorável. Nunca tinha visto a Demi assim, e aquilo assustava-me. Eu conhecia um pouco do passado dela, e não fazia a mínima ideia de como ela tinha aguentado tantas perdas, mas naquele momento temi por uma depressão.

-Não estou a lidar com ela. Quero voltar para NY, mas Damon não me vai deixar.

-Podes fugir para o Alasca – sugeri. – Eu tenho lá família.

Ela sorriu agradecida.

-Obrigada, mas não. Eu tenho que me levantar e enfrentar que a minha mãe é uma perfeita atriz e, afinal de contas eu tenho uma meia irmã, um primo e… sei lá eu! Afinal, os Gilbert são uma família extensa.

Sorri e abracei-a.

-Apesar de tudo o que tem acontecido, fico feliz por me teres ligado – disse e apoiei o meu queixo no topo da cabeça dela.

-Fico feliz por ainda te considerar meu amigo, Riley – proferiu ela e retribuiu o abraço.

-Eu tenho algo para te contar.

-O que é? – quis ela saber.

-O meu irmão mais velho voltou para Mystic Falls. Não é difícil de reconhecer. Tem olhos azuis, cabelo loiro, faz suspirar qualquer pessoa do sexo feminino que passe ao lado dele.

Demi riu e desfez o abraço agilmente.

-Agora parecias o Damon com o seu tom de voz irónico – ela gargalhou e limpou as lágrimas. – Disseste que tinha olhos azuis?

Acenei com a cabeça.

-Então acho que já sei quem é.

-Já o viste?

-Ele foi ao funeral do Mayor, não foi?

Acenei com a cabeça.

-Cruzei-me com ele. E… OMG, Riley, suspirei tanto por ele! – exclamou ela e teatralmente  colocou uma mão na testa, desmaiando para o sofá.

-Não brinques com isto! – exclamei e empurrei o ombro dela. – Ele é mauzinho.

-Bem, já que estamos numa onde de verdades, a Katherine ontem tentou envenenar-me e pelos vistos há uma ancestral minha, muito BFF da Katherine, chamada Lilliane que é igualzinha a mim, mas tem o cabelo vermelho. E quando digo vermelho, digo aquele vermelho horrível – disse ela, apontando para uma cortina vermelha.

-Hum, é melhor ter cuidado com ela, então.

-Garanto-te que não vou pintar o cabelo! – exclamou ela e levantou-se. – Queres ir ao Grill almoçar?

-Claro, porque não?

POV Demi Gilbert

Passei o resto do dia com Riley a jogar snooker no Grill e quando eram nove horas, Damon telefonou.

-Oi amor! – exclamei.

-Onde é que estás? – perguntou ele.

-No Grill. Vens cá ter, ou queres que eu vá ter contigo?

-Demi, queres mais sumo? – perguntou Riley, apontando para o meu copo, já vazio.

-Sim, por favor – disse e ele levou o meu copo.

-Com quem é que estás?

-Com Riley – respondi.

-Podes vir ter a minha casa? – perguntou ele.

-Claro que sim – disse logo, porque percebi o seu tom de voz. Algo não estava certo. – Vou só dizer ao Riley que vou embora, está bem?

-Eu espero – disse ele.

Desliguei o telemóvel e peguei nas minhas coisas. Riley tinha acabado de chegar com as nossas bebidas.

-Acho que o nosso tempo acabou. Falamos amanhã?

-Claro que sim. Sendo assim, também vou andando.

Matt entrou no Grill com um enorme penso no pescoço.

-OMG, Matt, o que aconteceu?

-Um lobo apareceu nos bosques e mordeu-me. Foi horrível, apareceu do nada – disse ele, mecanicamente.

-OMG, isso é horrível. Estava mais alguém contigo?

-A Caroline, mas ela teve sorte.

Acenei com cabeça. Claro que sim, afinal, ela era uma vampira.

-Até amanhã, Matt.

-Tchau – disse ele e deu um aperto de mão a Riley.

Saímos os dois e Riley perguntou:

-É muito estranho a Caroline ter saído ilesa.

-É… - disse, um pouco reticente se devia de dizer, ou não. – A Caroline é uma vampira.

-O quê? Diz-me que eu não ouvi bem.

-Errado. A Katherine matou-a – disse e ele arregalou os olhos. – Eu disse-te que ela era perigosa.

-Mas porquê a Caroline?

-Talvez porque ela tinha o sangue do Damon no sistema dela para a ajudar a curar-se do acidente de carro.

-Uau, para além de perigosa, ela também é neurótica. E logo a Caroline… ela era uma simples humana, não sabia de nada disto!

-Eu sei, talvez por isso mesmo – abri a porta do meu carro. – Isto é de doidos! Katherine é a ex do meu namorado, ela devia de estar no chão com uma estaca!

Riley acenou.

-Ela tentou envenenar-te. Cuidado, ninfa, parece que tens uma ex pronta para te arrancar o namorado! – exclamou ele e abriu o carro dele. – Até amanhã!

-Tchau – disse e liguei o meu carro.

Guiei até casa do Damon e entrei em casa, sem pedir permissão.

-Olá Stefan – cumprimentei-o enquanto ele descia as escadas.

-Damon está no quarto – informou ele. – Vais dormir cá?

Suspirei.

-Não tenho para onde ir. Quero dizer, se for para a minha suposta casa, o mais provável é ficar sem dormir, e eu preciso das minhas oito horas de sono.

Ele sorriu.

-Damon contou-me um pouco do que estás a passar. Podes contar comigo, está bem?

Sorri, agradecida.

-Obrigada, Stefan.

Subi o resto das escadas e entrei no quarto dele.

-Damon?

Ele não estava na cama, mas ouvia o som do chuveiro. Fui até lá e ele estava a tomar banho.

-Queres entrar? – ofereceu ele, abrindo a porta e sorrindo malicioso.

-Não, obrigada. Prefiro tomar um amanhã de manhã – disse e encostei-me à parede. – Queres que comece o resumo?

-Porque não?

-Bem, o John não me quis ter, só teve olhos para a Isobel e durante quatro anos, Melinda não me viu. O meu irmão, Kellan, afinal era filho do Mason. Sabes, eu sinto-me um bocado mal. Mason nunca soube que tinha um filho, e agora ele está morto. Não sei se devo dizer-lhe, ou não. Se fosses tu, gostarias que te contassem?

Ele saiu do chuveiro e enrolou uma toalha em volta da cintura.

-Sou vampiro há 145 anos. Há certas coisas que se desligam de mim, como por exemplo, o caso da paternidade.

Suspirei. Eu estava realmente cansada. O dia tinha sido horrível e eu sentia-me horrível.

-Acho que vou dormir – disse-lhe e beijei-lhe os lábios. – Vou só mudar de roupa.

Entrei no quarto onde tinha as minhas roupas e mudei para um pijama sexy. Voltei ao quarto do Damon e deitei-me na cama, ao seu lado.

-E como foi o teu dia? – quis saber.

-Descobrimos algumas coisas.

Bocejei, completamente exausta.

-Mas nada que não possa esperar por amanhã.

Acenei com a cabeça e fechei os olhos.

-Até amanhã, Damon.

-Até amanhã, Demi – disse ele e desligou as luzes. Abraçou-me e eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

Fanfic vai entrar em hiatus e volta dia 27 de Março.
Dia 27...
Quando tudo parece estar bem...
-Demi disse Stefan -,acho que não preciso de te dizer isto, mas a nossa casa está pronta para te receber.
-Obrigada, Stefan, eu sei que sim agradeci.
É precisamente quando não está...
Suspendi a respiração.
-Olá, Elena. Uau, Katherine tinha razão, tu és tal e qual ela.
-Lilliane.
Porque é impossível manter a paz em Mystic Falls...
Demi estava no chão, inconsciente e Bonnie estava ao lado dela, a chorar compulsivamente.
-O que aconteceu? perguntei-lhe ajoelhando-me ao lado dela.
-Uma cobra enorme apareceu do nada e mordeu-lhe. A mesma cobra que - ela parou a frase e arregalou os olhos.
Não se esqueçam, a fanfic volta dia 27 de Março! Bjs



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