A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo!



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Capítulo 1

POV Elena Gilbert

-Eu procurei em todo o lado – disse a Stefan. Alguém me tinha tirado o vestido e os acessórios da parada e eu não sabia quem era.

-Achas que alguém os roubou? – perguntou Stefan pelo telemóvel.

-Sim. Alguém levou definitivamente as minhas coisas – afirmei e tirei as chaves de casa do bolso das calças.

-Queres que eu te vá buscar?

Stefan ainda estava no centro da cidade, mas já tinha sabido do acidente com Caroline. Tyler tinha tido uma espécie de enxaqueca e perdeu o controle do carro. Infelizmente, o carro foi bater precisamente do lado da Caroline e ela tinha desmaiado. Matt estava um farrapo, percebi isso pela sua voz ao telemóvel.

-Vou só verificar o Jeremy antes de ir ao hospital – falei. – Podes-me encontrar lá?

-Podes apostar!

-OK. Eu amo-te, Stefan.

-Eu também te amo – despediu-se ele e eu desliguei o telemóvel e rodei a chave na porta para a abrir.

Fechei-a e levantei a voz para Jeremy me ouvir do andar de cima.

-Jeremy? Estás acordado?

Ouvi um barulho vindo da cozinha e fiquei automaticamente alerta. Dirigi-me lentamente para lá e vi o tio John deitado no chão com uma faca sangrenta ao lado dele. Engasguei-me e corri até ele, pegando um pano da cozinha que estava em cima da mesa. Estiquei-me para pegar o telemóvel da bancada e fiz pressão na ferida. Liguei para a emergência.

-911, qual é a sua emergência?

-Oi. Eu preciso de uma ambulância para o número 2104 na rua Mapple.

John começou a murmurar qualquer coisa e eu perguntei:

-O quê?

-Atrás de ti – conseguiu proferir ele e eu virei-me bruscamente, completamente assustada. Não estava lá nada, mas vampiros tinham uma velocidade fora do normal. Peguei na faca e levantei-me, cheia de medo.

POV Demi Adams

-Bom ver-te também, Damon – falou a minha cópia e eu arregalei os olhos.

-Hum, pelo olhar da tua namoradinha, ainda não falaste com ela sobre mim – deduziu ela e olhou-me diretamente com um ar perigoso. – Chamo-me Lilliane.

-C-como é que somos completamente iguais?

Ela bufou e eu ergui o queixo.

-Estás a fazer as perguntas erradas, linda – falou ela e subiu os primeiros degraus para o alpendre. – Então, Damon? Nem um abraço?

-Pensei que tivesses morrido! – exclamou Damon e abraçou-a, para meu choque.

-É. Mas infelizmente aqui estou eu! – disse ela e puxou o cabelo dele fortemente, deixando o seu pescoço exposto. O seu rosto desfigurou-se e as presas saíram. – Para teu infortúnio e o da tua amada. Pelos vistos, foi fácil trocares-me.

-Eu nunca te troquei e tu sabes disso! – exclamou Damon, debatendo-se violentamente contra ela.

-Sou mais velha do que tu, Damon. Isso faz-me mais forte – empurrou-o contra a porta e ele caiu desamparado. Eu não me conseguia mexer, estava demasiado em choque para agir contra aquilo.

-Vemo-nos por aí – disse ela e lançou o seu cabelo ruivo em chamas para trás dos ombros. Desapareceu da minha vista e eu pestanejei.

-Tu estás bem? – perguntou Damon e eu fitei-o, não percebendo onde ele queria chegar.

-Eu acabei de me deparar com o que eu vejo no espelho todos os dias, e tu perguntas-me como é que eu estou?

-Certo. Pergunta estúpida. Anda, vamos entrar – disse ele e eu abri a porta. Entrei primeiro e a casa ainda estava ás escuras. Tia Melinda devia de ainda estar na festa, já que ela era bastante amiga da Prefeita Lockwood.

O telemóvel de Damon tocou enquanto eu colocava água limpa a Buddy.

-Sim?

-Quem é? – perguntei-lhe, aproximando-me dele. Damon apenas colocou o dedo indicador à frente dos lábios num gesto para eu não falar.

-Com certeza, Liz. Estarei aí o mais rápido que puder – disse ele e desligou o telemóvel. Deu-me as mãos e olhou-me nos olhos. – Prometes que não vais desmaiar nem começar a chorar o rio Mississípi?

-Porquê? O que se passa? – perguntei-lhe alarmada.

-Bem, é a Caroline – ele hesitou. – Ela teve um acidente de carro e está no hospital.

-O quê? – gritei e dei dois passos atrás. – O que aconteceu? Como?

-A Liz não me explicou muito bem, mas pediu-me para ir lá ter… Tu vens comigo?

-Claro que sim! – exclamei e corri para a porta. Voltámos a entrar no meu carro e eu dirigi nervosa, com as mãos a tremer. Caroline era a minha melhor amiga, eu não queria que nada de mal lhe acontecesse, e se ela estava no hospital, era porque era grave.

Eu já tinha perdido demasiado, não estava disposta a perder mais. Eu faria tudo o que estivesse ao meu alcance para a ajudar. Caroline era inocente, era simplesmente humana e não tinha que lidar com nada do sobrenatural.

-Cuidado! – gritou Damon e eu travei a fundo. O carro patinou na estrada porque esta estava húmida, mas ele parou, mesmo a segundos de atropelar uma cobra. Liguei os máximos e aqueles olhos hipnotizantes olharam diretamente para mim.

-Oh, não – disse e coloquei o pé no acelerador.

-Demi, o que estás a fazer?

-Não comigo – falei para mim mesma e a cobra saltou para cima do carro. Gritei, mas vi pelo retrovisor que ela estava imóvel na estrada.

-Demi, o que raios acabou de acontecer? – perguntou Damon, mas a sua voz chocada foi abafada por um relâmpago que surgiu mesmo à frente do carro. – Demi, o que se passa?

-Coisas. Agora não dá para te explicar.

Chegámos ao hospital e a Xerife Forbes estava na receção das urgências.

-Liz – falou Damon e ela olhou para nós, com os olhos muito brilhantes por ter chorado. – Vim o mais rápido que pude. Ela está bem?

-Ela está em cirurgia – informou a Xerife. – É… eles estão a fazer tudo o que podem. Preciso da tua ajuda, Damon.

Eu sabia que para ela ter chamado o Damon, era porque algo de muito importante se estava a passar. Afastei-me deles e fui ter com Bonnie e Matt, que estavam mais ao fundo do corredor.

-Então, já há notícias? – perguntei-lhes e Matt olhou para mim. Matt também tinha olhos azuis, mas eram muito mais limpos do que os de Damon. Eles demonstravam tanta dor que eu mesma ofeguei.

-Ainda não – murmurou ele e sentei-me ao lado dele.

-Vais ver que ela vai ficar bem – assegurei-lhe, mas na verdade aquilo era mais para mim do que para ele.

-Vou buscar café para nós – informou Bonnie e levantou-se.

Fiquei a olhá-la ir-se embora, e apareceu Elena. Senti os olhos de Matt em mim e fitei-o.

-Eu não sei o que fazer – admitiu ele.

-Agora, a única coisa que podes fazer é esperar. As cirurgias demoram um bocadinho de tempo – disse-lhe num tom sincero e calmo.

-Esperar é horrível.

Encostou a cabeça na parede e eu toquei-lhe no ombro.

-Não importa o que lhe aconteça, nós somos amigos dela, e não há nada que ela não consiga ultrapassar com a nossa ajuda.

Matt sorriu.

-A Caroline tem muita sorte por ter uma amiga como tu.

Retribuí o sorriso.

-Também sou tua amiga, Matt – olhei para Bonnie e Damon estava na esquina a olhar para as duas. Bonnie abraçou Elena e eu voltei-me para Matt. – Vou ter com a Bonnie e a Elena. Já volto, Matt.

Levantei-me e quando cheguei lá, Bonnie e Damon estavam a discutir.

-Bem, eu posso deitar abaixo um vampiro. Esse feitiço foi fácil de aprender – falou Bonnie.

-Posso dar à Caroline um pouco de sangue – falou Damon para Elena.

-Não, de maneira nenhuma – falou Elena, mas a verdade era que era uma boa ideia.

-Só o suficiente para a curar – disse Damon muito depressa. – Ela estará a salvo no hospital e sairá do seu sistema num dia. Ela irá melhorar.

-É muito arriscado – ripostou Elena.

-Elena, é uma boa ideia – concordei com Damon.

-Faz – ordenou Bonnie e eu surpreendi-me pelo seu tom de voz.

Elena olhou para Bonnie com a mesma expressão que eu.

-Esta é a Caroline. Não podemos deixá-la morrer!

-Tens que o fazer, Damon – disse-lhe. – É o melhor para ela. Por favor.

-Eu faço, não te preocupes – assegurou ele e deu-me um beijo na testa. Virou-se para Elena e disse: - Temos que falar sobre o que aconteceu hoje.

-Sim. Um dos vampiros da tumba entrou lá em casa e quase matou o John! – exclamou Elena e eu arregalei os olhos.

-Ele está bem?

-Não. Cortaram-lhe os dedos da mão.

-Quando é que isso aconteceu? – perguntou Damon. – Quando te deixámos em casa?

-Vocês estavam lá? – indagou Elena.

-Elena, nós levámos-te a casa – falei.

-Não. Eu fui para casa a pé.

-Elena! Eu vim assim que recebi a mensagem – interrompeu Jenna com as faces um pouco coradas por ter estado a correr. – Como está o John?

-Onde é que andaste? – perguntou Elena.

-No departamento dos bombeiros. Tive que preencher um relatório. Eu disse-te mais cedo – relatou Jenna.

-Não, não disseste – contrariou Elena. O que se tinha passado com Elena? O que era aquela súbita falta de memória?

-Sim, eu disse – assegurou Jenna.

-Não, Jenna, tu não disseste.

-Sim, eu disse – voltou a afirmar Jenna.

-Oh – suspirou Damon. – Hum, só podem estar a brincar comigo!

Katherine. Ela tinha aparecido, era a única solução. Lilliane, a minha cópia também tinha aparecido, pelo que era a única hipótese. Katherine tinha fingido ser Elena. OMG, eu dei boleia até casa a uma vampira sádica!

Damon começou a afastar-se e eu segui-o.

-Ei! – exclamei e peguei no seu braço, fazendo-o parar. – Onde é que vais?

-Tratar daquela bitch – falou ele como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

-Vou contigo – disse determinada.

-Demi, ela é uma vampira sádica que pode matar-te num segundo.

-E do outro lado do campo de batalha das cópias que sabe-se de lá de onde é que vieram temos uma igualzinha a mim que pela ameaça que nos fez á uns minutos atrás quer matar-me! Vou contigo e está decidido.

Larguei o seu braço e fui andando.

-Katherine pode matar-te.

Funguei.

-Damon, tu esqueces-te que eu sou uma ninfa. Antes de ela me tentar matar ela vai estar no chão e a ouvir das boas.

Andei num tom mais apressado mas ele continuou a acompanhar-me.

-Qual é o nosso primeiro destino? – perguntei-lhe enquanto abria a porta do carro.

-Casa da Elena. O Stefan está lá.

-Esperem! – gritou Elena vindo a correr até nós. – Tenho que ir ver do Jeremy.

-Entra – disse e fechei a porta do meu carro, com as mãos a tremer. Guiei rapidamente pela estrada e reparei que o corpo da cobra já lá não estava. Não era suposto eu a ter matado?

-Tu não tinhas assassinado uma cobra gigante aqui? – perguntou Damon quando passámos pelo local.

-Pelos vistos, ela deve de ser parente de gatos.

-Que cobra? – perguntou Elena e Damon ia-lhe respondendo, mas eu intercetei primeiro.

-Uma cobra que apareceu à nossa frente e eu atropelei-a sem querer.

Damon ficou a olhar para mim de boca aberta, mas eu nem me atrevi a olhar-lhe nos olhos. Elena não podia saber nada sobre mim. Ela tinha um problema prestes a lidar e que não seria nada agradável de saber.

Parei o carro bruscamente e subi os degraus para a porta atrás de Elena. Ela abriu a porta e Stefan estava no chão. Levantou-se no momento em que nós entrámos e olhou-nos surpreendido.

-Stefan?

-Elena – falou ele.

-O que aconteceu? – perguntou Elena e Damon olhou para os lados.

-Katherine aconteceu – disse ele e olhou-me alarmado. Os nossos pensamentos cruzaram-se ao mesmo tempo: Katherine e Lilliane estavam de volta. Elas eram as nossas cópias. As duas não podiam ter voltado ao mesmo tempo e ser coincidência. Elas queriam algo, mas por mim, elas não iriam levar nada.

POV Riley Clouds

Cheguei a casa completamente enraivecido. Entrei na cave e atirei com a mochila para um lado enquanto gritava.

-O que aconteceu? – perguntou Jane aparecendo na ombreira da porta.

-Deixa-me em paz – rugi enquanto passava por ela e corria para o meu quarto. Atirei com tudo o que tinha na secretária para o chão.

Era inacreditável. Apesar de tudo o que eu fazia por ela, ela deixava-me sempre sozinho e ia atrás daquele vampiro sanguinário. Como?

Sentei-me no chão e deixei escorrer algumas lágrimas pelo meu rosto.

-O que se passa, irmão?

Virei-me para trás e deparo-me com a última pessoa que queria ver à face da terra:

-James – disse e levantei-me automaticamente.

-Oh, que comovente. O meu irmão a chorar por uma rapariga que nem quer saber dele.

-O que estás a fazer aqui? – perguntei-lhe, enfrentando aquele sorriso de lado que eu tanto odiava nele.

-Terminei o meu mestrado em Medicina. E adivinha: a nossa mãe arranjou-me um emprego no hospital daqui – fiquei chocado com a notícia. – O quê? Não me digas que os nossos pais não te disseram?

Atirei-me a ele e prensei-o contra a parede apertando o colarinho da camisola o que o fez rir de maneira divertida.

-Sempre o violento da família! – exclamou ele e colocou aquelas patas nojentas em cima dos meus ombros e apertou-os até eu perder a força. – Vês? É demasiado fácil derrotar-te.

 Afastei-me dele com nojo.

-O que queres?

-Primeiro, não quero nada ainda; segundo, eu só quero trabalhar e viver aqui. Nada de segundas intenções.

-Por agora – completei.

-Talvez – disse ele e inclinou a cabeça. – Vemo-nos por aí.

Saiu do meu quarto e eu fechei a porta com força, ainda em estado de choque.


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Notas finais do capítulo

Acham que James é confiável? Gostaram da capa desta temporada?
Next Tuesday...
Fiquem preparados...
O salto desequilibrou-me e eu quase caí das escadas se não fosse Damon a apanhar-me a tempo.
-É sempre bom ter um namorado com reflexos rápidos.
Para a introdução oficial...
-Nada mentiu ela e respirou fundo. Entrámos na propriedade dos Lockwood e á porta estava um jipe todo o terreno preto. Pelos vistos quando alguém morre a família junta-se.
De...
-Nós não nos conhecemos oficialmente. Sou a Katherine.



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