Swords escrita por PunkFreak


Capítulo 8
8 - Apenas um pequeno desvio... (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desapareci de novo, não acham? Mas é que este capítulo custou um pouco a sair, sabem? Então aproveitei o facto que perdi a aula para dar uma corrida até a casa e acabar o cap, já que a próxima aula ainda vai demorar um pouquinho para começar e não vou ficar no portão esperando. E os muros são muito altos e lisos para subir...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/200182/chapter/8

Aki pov's

Acordei. Esperava ver aquele quarto branco dos meus pais quando abrisse os olhos mas a visão que tive me deixou boquiaberta. Eu estava numa carroagem, deitada, com a cabeça pousada no colo de alguém. Observei a saia comprida e preta onde a minha cabeça estava apoiada. Provavelmente era uma garota.

– Onde estou? - sussurrei, quase como se tivesse medo das minhas próprias palavras. Tentei ter um pequeno vislumbre do rosto da minha acompanhante, mas a sua cara estava coberta com uma máscara branca simples, parecida com umas que já havia visto em festivais em Veneza. Os seus cabelos azuis esverdeados eram o que ocupava a minha visão naquele momento. Já vi estes cabelos em algum lugar, tenho a certeza.

– Não se preocupe, Aki-san. Está em segurança e é isso que importa - consegui ouvir a voz suave da garota de cabelos azulados. Parecia que sinetas estavam tocando dentro da sua garganta, tal era a suavidade e pureza do seu tom de voz. Fiquei estática durante alguns segundos, fascinada com a perfeição do seu timbre vocal. Só quando senti a carroagem parar é que percebi que já tinhamos chegado.

– Pode me acompanhar, por favor? - ouvi a voz aveludada da garota se dirigir a mim novamente. Sentei-me ao seu lado, na carroagem, para lhe dar espaço para sair. Abriu a porta com delicadeza e, não perdendo a postura, saiu. Eu apenas olhava, espantanda com tamanha elegância. Podia dizer-se que eu já amava aquela garota só pela sua voz e nobreza.

Ela estendeu-me a mão para me ajudar a sair. Enquanto descia para o lado de fora, reparei na beleza das suas roupas. A garota de cabelos azuis trazia um vestido negro de aspeto caro, que lhe acentava na perfeição como se tivesse sido concebido apenas para ela. Contrastando com ela estava eu, com um vestido branco de verão, simples, e descalça. Suspirei; nem mesmo em um milhão de anos eu me conseguiria igualar a tamanha magnificência.

– Por aqui, ojou-san - outro sopro de sinos me falou. Olhei ao meu redor e segui a azulada pelo meio de um jardim, em direção a um enorme palácio de paredes brancas e de aspeto robusto. Por onde passava via outras pessoas, provavelmente servos, correndo de um lado para o outro. Me envergonhei; até mesmo eles estavam trajados mais formalmente do que eu.

Entrámos as duas num corredor comprido, daqueles com aspeto encantado que apenas os castelos têm. Ela deu-me a mão assim que percebeu que eu hesitara em entrar. Tremi com aquele choque de temperaturas: a pele dela estava gelada, mas ao mesmo tempo ela me queimava como se fogo se tratasse. Os seus cabelos compridos, presos em duas maria-chiquinhas, esvoaçaram um pouco, mesmo sem havendo vento naquele local e as janelas estando completamente fechadas. Estranhei, mas acabei por me costumar, afinal tudo aquilo ali era mágico.

– Deseja alguma coisa, Aki-san? Algo de comer, por exemplo? - a voz dela cortou o silêncio, me fazendo abanar a cabeça para me esquecer dos próprios pensamentos. Ela tomou essa atitide como uma negação à sua própria pergunta. De qualquer modo eu não tinha fome, isso sería impossível derivado à situação em que me encontrava. Como podia sequer pensar em comida com aquele lugar mágico à minha volta?

– Então vou levá-la aos seus aposentos, onde deverá tomar banho e mudar de roupa. Quer que eu a ajude? - corei um pouco com a sua proposta. COMO ASSIM, me ajudar a tomar banho e a mudar de roupa?

Presumi que fosse só uma proposta prestável, assim acabei por aceitar. Ela me deu um sorrisinho como para me fazer sentir mais à vontade e continuou a caminhar por aquele imenso corredor cheio de portas de um lado e de outro. Parou na frente de uma e a abriu, revelando um quarto imenso e luzidiu.

Tudo era perfeito, condizendo com toda a irrealidade de um conto de fadas. As paredes eram cremes com desenhos de rosas brancas cobrindo todo o quarto, uma janela enorme cobria uma das paredes eluminando o quarto por completo. A cama era enorme, tal como tudo naquele quarto, desde os cortinados, a carpete creme que cobria todo o chão, a cómoda de aspeto rústico de frente à cama e, o elemento que mais me captou a atenção, uma caixa de música antiga, dourada e com adornos em prateado. Pode-se dizer que fiquei fascinada perante tal beleza e ostentação.

Um riso surgiu atrás de mim, seguindo de um ruido de um ziper.

– Parece que gostou do quarto - disse, ainda sem parar de rir. - Vem tomar banho?

Me virei: ela estava semi-nua e sem a máscara, mostrando o explendor do seu rosto. Me fez lembrar alguém, mas achei que isso era impossível. Sim, era extremamente impossível.

– Hum... Porque você está tirando a roupa? Por acaso também vai tomar banho comigo? - obviamente eu estava brincando. Me assustei quando ela acenou afirmativamente com a cabeça, começando a tirar o soutien. Me virei, mais vermelha do que um pimentão.

– Não precisa de ter vergonha, apenas estou aqui para servi-la, mas se não está confortável com a minha presença posso ir-me embora e deixá-la sozinha. Gomen nasai se fui um imcómodo - ela preparava-se para sair e só aí eu percebi o quanto eu estava a ser mal educada. Não era sua intenção me constrangir, muito menos me incomodar.

– Não, não é necessário. Pode ficar o tempo que quiser, afinal este local não é meu nem nada do que está aqui - disse, me virando e começando a tirar o meu vestido. Olhei para o seu corpo, já completamente despido, e voltei a corar. Ela riu um pouco de mim e dirigiu-se a uma porta que ficava no interior do quarto, a abrindo em seguida. Limitei-me a pousar as minhas roupas em cima da cama e a segui-la, olhando para a divisão por detrás daquela porta ornamentada. Era uma casa de banho enorme, a banheira que lá estava mais parecia uma piscina tal era o tamanho.

– Arigatou - ela falou. Que garota estranha, não pede nada, não se desculpa, apenas participa. Observei-a enquanto entrava na banheira gigante, agora cheia de espuma. Ela tinha ar de princesa. E uma princesa não deixa de parecer uma mesmo quando está nua, não é?

Ainda hesitante entrei na banheira e sentei-me exatamente no lado oposto à outra garota. Talvez esta fosse uma boa altura para lhe fazer algumas perguntas e afastar o constrangimento.

– Hum... Porque me trouxe até aqui? - não sei como não fiz esta pergunta antes, acho que estava demasiado fascinada com tudo à minha volta, não é todos os dias que aparece uma garota que mais parece uma princesa para te levar para um castelo encantado e depois tomar banho contigo. Nossa, estou confusa.

– Você ainda não sabe de nada? - ela me perguntou, me fazendo lembrar de um acontecimento passado. Ela não era a primeira a me perguntar isso, nem a parecer surpreendida com a minha resposta afirmativa.

– Eu tenho muitas dúvidas. Porque tudo isto se está passando comigo? - perguntei e as minhas lágrimas denunciavam começar a cair a qualquer momento. Não entendo nada do que se passa aqui, não entendo nada do que se passa comigo!

Do nada, a garota de cabelo esverdiado me beijou. Não foi bem um beijo, foi um selinho rápido. O meu constrangimento só tendia a aumentar, enquanto aqueles olhos azuis me fitavam esperando uma reação. Eu limitei-me a ficar parada, mantendo a minha posição (abraçando as minhas pertas e com a cabeça meio apoiada nos joelhos) e esperando uma explicação.

– Já se sente melhor? - ela me perguntou. Continuei sem entender. - Hiroshi-sama me disse que as pessoas se sentiam melhor com isso.

Esbocei um sorriso sem graça e mantive o silêncio. Não ia ousar outra pergunta, se a reação dela fosse similar a esta. Não queria ficar com mais vergonha, nem pensar.

Foi nesse momento que uma coisa me passou pela cabeça e me achei uma completa idiota por não ter reparado nisso antes. Eu não sabia nada sobre aquela garota, completamente nada.

– Posso saber o seu nome? - perguntei, a custo. Encarei-a até ela dar sinal que iría responder. Notei que ela hesitou uns momentos antes de abrir a boca.

– Cho. Esse é o meu nome. Muito prazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Exagerei no shoujo-ai? Exagerei no ecchi? Eu acho que ficou mais ou menos, nem sei. Esta é a segunda parte do capítulo, mas acho que vai haver uma terceira. Ficou tudo um pouco inacabado na minha opinião. Reviews, mereço?
#Actualização: People, cabelo novo! Pintei de roxo e loiro (bem claro), acho que ficou legal e diferente :) Um beijo, Lucao12, por me ajudar a escolher!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Swords" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.