As Crônicas das árvores não Sedentárias escrita por Ike Hojo, Luzzi


Capítulo 2
Crônicas de Paola


Notas iniciais do capítulo

Sim demorou demais, me concentrei em outro projeto que já acabou, então, agora tentarei continuar isto. xD



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Crônicas de Paola

 

 

Uma mulher, estatura média, cabelos loiros na altura de seus ombros penteados até o último fio, sem deixar nada fora do lugar, ela desfilava com seu vestido vermelho, que ia até a altura de seus joelhos, o vestido era jogado para trás com ajuda do ventos, estava caminhando com a ajuda de sapatos de salto alto vermelhos, também carregava consigo um assessório importante para todas as mulheres, uma bolsa, esta tinha pequeno porte, mas guardava muito para se narrar. Seus óculos escuros cobriam seus olhos negros, também, é claro, usava jóias, brincos, anéis e um colar. Em uma de suas mão segurava um batom e na outra um espelho, o batom tinha um tom avermelhado e era passado com cuidado em sua pele macia, fazendo com que os lábios da dama ficassem avermelhados. Em seu pulso, uma coleira que seguia até um cachorrinho, sua raça era indecifrável, era como a dona, só que em versão de cachorro, era de assombrar.

Quem era aquela mulher, afinal? Não está na cara? Ela é, Paola Bratio! Caminhava pelas areias intermináveis do México, andava na esperança de atravessar a fronteira e conseguir ir para os Estados Unidos da América, e assim conseguir ter o mundo da moda em suas mãos, e enfim, dominar o mundo.

Para sua infelicidade, não haveria como atravessar a fronteira a pé. Havia um rio que separava os dois países, atravessar nadando? Ahahaha! Haviam crocodilos que nadavam pela extensão do rio, seria suicídio. E agora? O que aquela bela mulher faria para atravessar?

 

- A não, se eu for nadando eu irei molhar meu vestido. – Dizia enquanto movia sua cabeça para o lado, e via algo que a intrigava, um Guarda-roupa. – Um Guarda-roupa! Hoje é meu dia de sorte. – Dizia pulando de alegria.

 

Na porta do guarda-roupa havia uma etiqueta, que é claro que Paola fez questão de ignorar: 100% Árvores não-sedentárias. Ao entrar no guarda-roupa ela se deparava com um mundo totalmente diferente do seu, haviam várias criaturas estranhas, mas, algo mexeu com a mulher, algo de dentro.

 

- NÃAAAAAAAAAO!!! – Ela gritava ficando de joelhos no local.

 

A mulher havia visto coisas inimagináveis, coisas que qualquer um ficaria chocado, sem ação, qualquer um poderia morrer ao se deparar com esta cena, mas ela não, ela teria que fazer o que fosse necessário para ajudar aquele povo, o problema era muito grave, mas ela iria dar um jeito, ou seu nome não é: Paola Bratio.

 

- Estas pessoas, não tem senso de moda, irei dar uma bela lição neles. Veja isto: Está usando cachecol vermelho de lã no calor, alguns usam calças de pernas de bode, e olhe quanta matéria-prima. Há castores, lobos...Aqui é um mundo de riquezas e eu irei inovar este mundo. AHAHAHA! – Ela se reerguia e começava a mexer em sua bolsa.

 

Ela andava com sua mão em sua bolsa somente esperando o primeiro otário, digo, criatura amigável vier recepcioná-la, ao seu andar ela acabava chutando algo sem querer, um pequeno esquilo, parecia ter batido com força em uma mesa, mas...Estava morto. Bem, isto não era problema para a dama, a moda realmente fazia a diferença.

 

- Pobre criatura que não tem a bênção da moda, mude este visual deplorável e se torne meu servo! – Ela dizia enquanto dava uns toques na criatura.

 

O esquilo estava com um óculos e um charuto enorme (veja por um esquilo), usava uma camiseta verde-limão com alguns detalhes em amarelo, usava uma calça preta com um cinto, e um sapato de salto preto.

 

- Olá, você está bem? – Ela perguntava gentilmente.

 

- Se bem, é usar uma camiseta verde-limão por dentro de uma calça como esta, a querida eu estou Ó-Ti-Ma! – Ele dizia gesticulando com as mãos.

 

- Era só o que me faltava, um esquilo gay. – Dizia para si mesma.

 

- Eu ainda estou aqui! – O animal dizia com uma cara abobada.

 

- Você será meu assessor de moda! – Dizia se erguendo e indo em direção de um lobo que passava pelo local.

 

O lobo via a mulher que tinha um sorriso gentil em sua face se aproximava, ele fazia o mesmo. O esquilo voava (?) e pousava em seu ombro ficando a olhar para o lobo que estava em sua frente.

 

- Olá moça, como posso ajudar?

 

Paola não respondia, somente sorria para o lobo, retirando um machado de sua bolsa e cortando-lhe a cabeça com um golpe rápido, e é claro, com um sorriso branco colgate total 12 em seu rosto.  Após matar o primeiro ela notava a presença de alguém em suas costas, ao se virar ela abria um sem mostrar seus dentes brancos e sem cáries. Era outra mulher, a única que parecia ter algum senso de moda por ali.

 

- Ai! Querida, arrasô! – Dizia o esquilo boquiaberto.

 

- Paola Bratio. – Ela dizia estendendo sua mão para a mulher de branco.

 

- Feiticeira Negra, prazer! – Ela apertava a mão da mulher.

 

Feiticeita Negra? Como? Ela estava toda de branco, sua pele era mais branca que seus trajes, seus cabelos eram brancos de tão loiros, seus olhos eram loiros de tão brancos. Como poderia ser uma Feiticeira Negra? Mas, Paola tinha que admitir, aquela mulher tinha estilo.

 

- Você se veste bem. Algo que eu não havia visto neste lugar. – Paola começava. – Podemos formar uma dupla.

 

- Gostei de você, gata! – A Feiticeira falava gritando. – Vamos ser uma boa equipe.

 

- Tem razão! Agora me ajude a formar um exército da moda, para assim dominarmos o mundo.

 

- Antes...Tenho uma amiga que pode nos ajudar. Sua moda irá a ressuscitar. Ela foi morta quando foi matar uma garota que todos pensamos estar morta.

 

- Isto será ótimo. E onde ela está?

 

- Siga-me!

 

A Feiticeira negra começava a andar, o Sol daquele lugar queimava, podiam se ver derretendo, mas mesmo assim não desistiam de sua longa caminhada, toda hora Paola perguntava: Já estamos chegando? Meus sapatos de salto estão me dando calos. Bem, venhamos e convenhamos andar quatro metros com sapato de salto é uma tortura um tanto quanto dolorosa, principalmente para Paola.

 

- Aí! Isto está me dando calos nos calos! – Reclamava Paola.

 

- Calma, querida, a negona sabe o que faz... – Dizia o esquilo com cara de sabichão.

 

- É, então porque ela está assoprando o vento para saber a direção? – Paola sussurrava para o esquilo.

 

- Feitiçaria...

 

- Uh! – Paola parecia espantada com a sabedoria do esquilo.

 

- Gente, acho que errei o caminho, estamos andando em círculos. – Dizia a feiticeira desapontada.

 

- Talvez ela pudesse notar que estivesse notando que está circulando a mesma árvore há cinco minutos... – O esquilo dizia para si mesmo.

 

- Olha, já chegaaaaa!

 

Paola tropeçava em algo, ou melhor, em alguém.

 

- Olha, a achamos. – Dizia a feiticeira sorridente.

 

- Ok, vou ressucitá-la, não vai demorar muito...

 

Pouco tempo depois, Flora se levantava; Paola contava seus planos, no final, acabaram por rir histericamente até chegarem a mesma conclusão e dominar o local.

Pouco tempo depois, a porta do guarda-roupa na qual Paola havia entrado se abriu, junto a ela saiu Flora, a Feiticeira negra e o Esquilo, e atrás dele várias criaturas vestida do modo mais gay possível, faltava bem pouco para eles irem para os Estados Unidos, mas, a guarda da fronteira estava lá, e se aproximava. Um sorriso se abriu no rosto de Flora, do esquilo e do guarda-roupa[?] algo inexplicável, eles conheciam aquele policial, Flora havia vivido sua infância sonhando com ela, era a antiga dona daquele pobre esquilo, e bem...Não falaremos de sua vida pessoal com um guarda-roupa, digamos que não é algo muito normal a se fazer...Retomando a história, Flora e o esquilo correram por cima da água, sustentados por sua beleza, com olhos assassinos para matar ninguém menos que Donatela. Ela que jogou o esquilo pela janela, ela que destruiu o sonho de Flora, ela que partiu o coração do guarda-roupa, finalmente morreria.

Flora e o esquilo aterrissaram no barco e olharam para Donatela que apontava uma arma para eles.

 

- Para quantos você deu para conseguir se tornar policial? – Indagava Flora para Donatela.

 

- Isto esta fora de cogitação...- Donatela sorria e disparava a arma.

 

- Ta aí, outra que não sabe usar uma arma. – Comentava revirando os olhos.

 

- É, me ajuda?

 

- Claro! – Flora sorria. – Olha, primeiro você tem que puxar este breguenaite para fazer com que a bala possa sair, depois, tu finca o dedo nessa merda que a bala sai.

 

- Ah, brigada Flora. – Dizia sorrindo.

 

Donatela seguia o que Flora dizia e apontava a arma para ela, o esquilo estava pasmo, como uma mulher podia ser tão burra. A pequena criatura avançou em direção à mulher e começou a arranhar sua face, ela começou a se debater até a ponta do barco onde caiu na boca de um jacaré e encontrou seu triste fim. Flora estava estática, suas feições estavam algo parecidas com isto: ‘-‘

Paola estava abaixada em frente à um crocodilo, pareciam estar trocando uma ideia.

 

- Então, se você comprar esta bolsa. – Dizia apontando para uma bolsa feita de pele de crocodilo. – Eu te darei esta carteira, e este batom que vai realçar seus olhos, tudo isto por $9.90 mais uma travessia ao outro lado.

 

- Me faz por $9.00? – Indagava o crocodilo.

 

- Só por $10.00...

 

- Fechado.

 

Paola pegava o dinheiro e entregava as mercadorias (todas feitas de couro de crocodilo), e subia nas costas do animal, esta a levava surfando ao outro lado do rio, agora estava livre para dominar a cidade com a moda.

 

 

Dias atuais:

 

Paola está sentada em sua cadeira no maior edifício de Nova York, as pessoas lá de baixo estão usando suas roupas, mas, viraram zumbis, zumbis da moda, agora, não há mais tanta violência sem motivo, se vê traficantes trocando tiros por um par de salto alto, pessoas se espancando para comprar o último vestido das lojas, o mundo é governado por ninguém menos que Paola Bratio, a Feiticeira Negra, e é claro, o esquilo...


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