As Crônicas das árvores não Sedentárias escrita por Ike Hojo, Luzzi


Capítulo 1
Crônicas de Ana Júlia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bem curto, feito para a aula de redação e aperfeiçoado para ser postado aqui. D:

I hope you like. b29;



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Ana Júlia estava na casa de sua avó, ela tinha apenas oito anos e era muito bonita, mas...Sua inteligência deixava a desejar. Ela tinha cabelos loiros e olhos verdes, era uma garota muito simpática. Sua avó era paraplégica, portanto tinha que andar na cadeira de rodas, a velhinha também era fumante desde os seus vinte anos, e sua saúde não era das melhores; a menina adorava flores e estava enchendo os vasos para sua avó; até que lhe veio uma “brilhante” idéia em sua cabeça, e ela, é claro fez questão de manifestar:

 

- Vovó, eu quero cavar um poço no jardim! Posso? – Disse a garota com um sorriso enorme em seu rosto.

 

- Claro minha netinha...Tome esta colher de café e vá! – Disse a senhora entregando a colher para a garota.

 

A menina acenava para sua avó que tanto amava, a velhinha acendia seu décimo oitavo cigarro do dia e começava a fumá-lo.

Ana Júlia saltitava até o jardim da frente da casa, era somente um gramado, mas, de acordo com seus pensamentos ela queria fazer algo revolucionário, colocar flores, e assim foi, com a ajuda da colher ela começou a cavar a terra.

Após duas longas horas, debaixo do Sol escaldante ela conseguiu um buraco satisfatoriamente grande, cinco centímetros era um grande avanço! Ela voltava a cavar rumo ao sexto centímetro, mas, algo inesperado acontecia, um esquilo voador vinha em sua direção, este se prendia a seu rosto começando a roer seu nariz; a menina se levantou despreocupada.

 

- Vovó! Alguma coisa tapou o Sol! – Gritava para sua avó, que não lhe dava atenção.

 

Ela iria começar a andar, mas, para sua infelicidade seu pé ficou preso no grande buraco cavado por ela, Ana acabou tropeçando e sendo arremessada contra o chão onde acabou rolando barranco abaixo, após rolar por um tempo ela acabou ficando no meio da rua; ela começou a puxar o esquilo que não desgrudava de seu rosto por mais que tentasse, ela se movimentava e acabava desviando dos carros que por ali passavam, depois de muito sacrifício ela conseguia retirar o esquilo de seu rosto e acabava o arremessando em direção a casa de sua avó, ele entrava pela janela quebrando-a e caindo morto em uma mesa.

A avó de Ana acabou se assustando com o esquilo voando em sua frente e caindo em cima de sua mesa, o susto a fez largar o cigarro e o fez cair no tapete, a velhinha tentou pegá-lo, sem sucesso, sua cadeira de rodas não a dava muita locomoção o que evitava que ela conseguisse pegar tal objeto, ela segurou um vaso que sua netinha havia enchido e o jogou a água que lá continha para evitar um provável incêndio, mas, o que ela não sabia era que, sua neta confundiu a garrafa de água com a garrafa de álcool, acabou colocando álcool nas plantas ao invés de água; assim que o álcool atingiu o cigarro vez com que um incêndio se formasse.

A velhinha, desesperada tentou sair do local , mas, acabou batendo na mesa onde jazia o esquilo, isto fez com que parte da mesa acabasse quebrando,o incêndio se espalhava e a avó de Ana gritava por socorro, Ana Júlia, por sua vez afirmava que sua avó estava fazendo a janta ( Era as 11 da manhã) e só estava brincando, o que tranqüilizava as pessoas da rua, impedindo que elas chamassem os bombeiros.

Em sua segunda tentativa de fuga, a idosa acabou derrubando um guarda-roupa, que caía próximo ao esquilo de portas abertas, quando a porta do armário abriu, ela fez com que a rachadura acabasse aumentando, fazendo a mesa pender para o lado onde o guarda-roupa estava com suas portas abertas, o esquilo escorregava para dentro do guarda-roupa, e, enfim a casa inteira pegava fogo, a avó acabava sendo consumidas pelas chamas e morrendo junto com toda a casa.

Ana Júlia ficou aterrorizada, olhava para a casa com desespero, aquilo havia sido sua culpa...Se ela tivesse feito a comida talvez aquilo não tivesse acontecido. Ela ficou traumatizada e andou até a sarjeta da casa de sua avó, e se sentou por lá, e assim ficando.

 

Sete anos se passaram...

 

Ana Júlia viveu naquela sarjeta por sete anos, ela permaneceu sentada e traumatizada, virou sedentária. Tudo o que ela bebia era a água da enxurrada que às vezes vinha com a chuva, e, às vezes vinha com alguém lavando sua casa; tudo o que ela comia era alguns insetos e ratos que por ali passavam. Ana Júlia agora tinha 15 anos, e como toda adolescente decidiu inovar, mudar o rumo da sua vida, sair da sarjeta, ela decidiu se migrar para a sarjeta do outro lado da rua.

Após anos ela se levantava e começava a andar para o outro lado da rua, mas algo a fez parar, uma buzina alta, era um caminhão que vinha em alta velocidade em sua direção, sem ações, Ana Júlia ficou parada, somente olhando a morte chegar. Ela fechou seus olhos, logo sentiu algo esbarrar contra seu corto e a jogar longe a levando consigo, quando abriu seus olhos ela o viu, um homem, foi amor à primeira vista. Ele a levou para seu castelo, para cuidar dela, ele a observava há certo tempo.

 

- Então, como se chama, garota?

 

- Ana Júlia...E você?

 

- Drawde Neluc, muito prazer.

 

Os dois conversavam por bastante tempo, até que, a campainha tocava, Ana Júlia pulava do sofá com um sorriso em seu rosto.

 

- Deve ser minha avó! – Dizia sorrindo, Drawde fez uma cara de nojo e tentou ser o mais educado possível.

 

- Minha querida, não queira que seja sua avó...

 

- Por que não? Eu sinto saudades da minha avó, faz sete anos que não a vejo, não via a hora dela me procurar.

 

- Se ela te procurar provavelmente vai querer levar você com ela. – Dizia no sentido da avó de Ana se um espírito e levá-la para o inferno.

 

- Sim, eu tenho que ir com ela, ela esta bem velhinha.

 

- Neste ponto as pessoas não costumam envelhecer.

 

- O que quer dizer com isto? – Dizia com um sorriso em seu rosto.

 

- Vou atender a porta.

 

Drawede abria a porta do castelo, era uma mulher loira com cabelo enrolados, seu nome era Flora, ela entrou na casa sendo recepcionada por Drawde, ela era uma “tia” distante de Ana, ela corria para a sala e abraçava a sobrinha com um sorriso em seu rosto.

 

- Não acredito, você está viva! – Dizia Flora – Sua avó morreu há um bom tempo, todos pensamos que estivesse morta.

 

- Minha avó morreu? – Ana dizia com seus olhos cheios de lágrimas

 

Flora lançava um olhar para Drawde que somente assentiu com sua cabeça, a dama soltou a garota e disse com um sorriso colocando o dedo na ponta do nariz da menor.

 

- Brincadeira, bobinha...

 

Ana se tranqüilizava, aos  poucos o papo ficava mais descontraído e os três conversavam sobre diversas coisas: Filmes, músicas, como Ana achava o melhor jeito de morrer, o porque de Flora ter uma arma na bolsa, etc...Após a sobrinha anunciar para sua tia que iria se casar com Drawde Flora se erguia.

 

- Você o conheceu hoje! – Dizia indignada.

 

- Sinto que tivesse o conhecido ontem. – Disse esbanjando um sorriso para Flora, que somente fez uma careta.

 

- Tá legal, você me enoja, garota. – Flora dizia.

 

A “tia” pegava a arma de sua bolsa e apontava na direção de Ana, ela não ficava com medo, somente começava a rir, achava que tudo aquilo fosse uma brincadeira da dama.

 

- Ahaha! Tia, você é muito engraçada, não é a toa que tem cara de palhaça. – Dizia caindo na risada.

 

- Menina burra! Achar mesmo que sou sua tia? Meu nome é Flora Pereira da Silva, e o seu nome é Ana Júlia Vasconcelos Lima Duarte Coelho da Costa Legramandy Marfim; não acha estranho não termos o mesmo sobrenome?

 

Depois de muito tempo pensando Ana ficava com medo, percebia que a situação era real, não era tão burra no fim das contas, Drawde ficava entre ela e Flora e a tentava convencer para não fazer aquilo. Enfim, Flora contaria a verdade.

 

- Escutem, Ana, você é herdeira de uma grande fortuna, a fortuna de seus pais ficou para você, mas, sua avó queria todo o dinheiro para si, então me contratou para te matar, e agora que você matou a velha se eu te matar EU ficarei com todo o dinheiro, sua avó me devia muito dinheiro, sabe?

 

- Minha avó morreu? – Ana se espantava ao ouvir aquilo.

 

- Eu te procurei nestes últimos sete anos no mundo inteiro, onde você se escondeu?

 

- Eu tava sentada na frente da casa da minha vó, esperava ela voltar com a janta, mas ela não voltou... – Disse fazendo bico.

 

- Como pude ser tão burra? – Dizia com ironia – Tanto faz, agora, morra!

 

Flora engatilha a arma e atira, o tiro acaba acertando o estômago de Drawde e o faz cair sangrando no chão, Ana se joga de joelhos do lado do corpo de seu amado e o olha com lágrimas em seu rosto, ele estava desacordado, mas ele era um vampiro, não morreria assim, a menos que tomasse um tiro em sua cabeça.

Ana olhava para o lado e via um Rifle ao seu lado, não poderia ter achado algo melhor, ela apontava a arma para Flora com um sorriso em seu rosto.

 

- Morra, sua...Sua Idiota! – Disse enquanto puxava o gatilho.

 

Assim que ela o puxava nada acontecia, nem um som de disparo nem nada, somente a risada de Flora desprezando a garota.

 

- Sua múmia, não sabe nem armar uma arma, está pior que a Irene!

 

A loirinha armava a arma e enfim apontava para quem tanto queria matar, estava com um pouco de tremedeira. Drawde começava a se levantar, estava se levantando lentamente, se recuperou rápido.

Ana atirou. Mas, novamente o tiro não acertou quem queria, o disparo passava pela testa de seu amado, matando-o, Flora ria ainda mais alto e se sentia vitoriosa com sua situação.

 

- Você é mesmo uma múmia! Não consegue nem atirar direito, acho que nem a Irene seria capaz de fazer algo assim. – Dizia com um sorriso ainda maior em seu rosto.

 

Ana não desistia, ainda tinha mais um tiro e não iria o gastar a toa, ela dava o último tiro de olhos fechados, mas, ia alto de mais e passava longe de Flora que ria ainda mais.

 

- Continue atirando, assim não precisarei gastar nem uma de minhas balas com você.

 

A boca de Flora era calada, um lustre desabava sobre sua cabeça matando-a, Ana abria seus olhos e via que a dama estava caída no chão, morta, ela engatinhava até o corpo de seu amado e começava a chacoalhá-lo devagar.

 

- Acorda, Drawde, acorda...- Nada acontecia – ACORDA! – Nada ainda.

 

Ana começava a dar tapas no rosto de Drawde e socos em seu estômago, mas nada era o suficiente, ele estava morto, as lágrimas da garota caíam sobre o corpo de seu amado, por algum motivo, que, talvez fossem os insetos radioativos que ela comia enquanto aguardava na sarjeta, suas lágrimas ganharam propriedades de cura, isto fez com que Drawde voltasse a vida. Agora poderia viver feliz com seu vampirinho para sempre.

 

 

To be continued...

 

 

Próximo capítulo de As crônicas das árvores sedentárias: O Guarda-roupa, a Flora e o Esquilo: Uma mulher e seu glamour utiliza de todo seu poder para dominar os EUA e é claro, fazer de sua indústria a indústria fashion, mas, quem será esta mulher?


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Notas finais do capítulo

Paródias:
Crepúsculo
A Favorita