Me Volis Tu escrita por Jacih, estherly


Capítulo 2
Desentendimentos em Pleno Carnaval


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oiii! Esperoo que esteja gostando, mas quero comentários minhas flores amadas! Obrigaaada! Beijos



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POV Scorpius

Eu mal notara quem tanto estava na festa de Carnaval, meu maior medo era pegar aquela ruiva com alguém. Não que eu já não soubesse que isso aconteceria, mas sim porque eu era um idiota por nunca me declarar. Alvo tinha razão, brigar com a Rose o tempo todo nunca chamaria a atenção dela para mim, só o ódio.

Suspirei e fui até o bar comprar algumas bebidas, Alvo e Luke ficaram na pista de dança. Sentei-me no bar a espera do barman e então vi aquela morena vestida de odalisca. Cigana. Sei lá como se chama. Mas ela estava com o corpo quase a mostra, os cabelos longos e negros caindo pelas costas e o rosto coberto. Era muito...com falta de palavras, gostosa.

- Posso ler sua mão gentil cavalheiro? – ela segurou minha mão entre as suas acariciando-a

Abri a boca par negar, mas sorri de forma marota. Eu não era invulnerável, afinal. Acenei afirmando e a vi virar a palma da minha mão para cima. Ela respirou fundo e começou a contornar as linhas da palma com os dedos.

- Tem uma mulher em sua vida...

- Minha mãe? – eu brinquei erguendo as sobrancelhas

- Ela é muito bonita, tem longos cabelos ruivos e olhos azuis, parece uma boneca. – eu fiquei em silêncio, surpreso demais – Você a ama e será correspondido por ela, mas tem de se declarar depressa, ou a perderá para sempre!

- Ela tem outra pessoa? – eu quase engasguei e agarrei o copo de bebida tomando um gole

- Não, você a perderá de outra maneira... – ela suspirou, tristemente e largou minha mão

Depois tirou uma rosa vermelha de dentro do decote e me entregou, piscou um olho antes de falar já se afastando.

- Entregue a pessoa que você ama. Entregue essa Rosa a outra Rosa que há em sua vida.

E eu fiquei ali por alguns segundos sem saber o que pensar ou fazer. Ela acertara tudo.

***

POV Scorpius

Cada pessoa estranha que me aparece no carnaval. Mas o mais estranho é ela saber tanto de mim... Olho para a rosa na minha mão, entregar à pessoa que mais ama. Ou seja...Rose. Vou voltando para perto dos garotos quando a vejo. Estava Al, Luke, e ela. Linda naquela fantasia de bailarina, a roupa realçava seu rosto lindo. Ela tinha um sorriso. Raramente vejo ela sorrir no trabalho. Novamente olho para a rosa na minha, entregar à pessoa que ama. Respirei fundo e me aproximei deles.

- Oi Scorpius! – exclamou Al animado. A bebida fazia efeito, ou era impressão minha?

- Oi... – balbuciei nervoso, por que diabos ela tinha esse poder sobre mim?

- Viu quem está aqui nos fazendo companhia? – perguntou Luke abraçando Rose de lado. Sorri de lado para ela.

- Oi Rose.

- Oi Scorpius. – respondeu ela, simples assim.

- Vou deixar vocês a sós. – disse Luke, esperando que Al fizesse o mesmo. Bufando, Luke puxou Al pela fantasia que, enquanto se afastava, fez um sinal de boa sorte para mim.

- Então... – comecei nervoso.

- O QUÊ?! – gritou Rose se aproximando de mim. A música estava alta, todos pulavam e gritavam animados.

- Quer ir... – comecei sem saber direito o que falaria.

- Ai! – exclamou Rose sendo empurrada por uma banana humana e caindo no chão.

- Você está bem? – perguntei preocupado me agachando e ficando na altura dela.

- Não sei... – respondeu ela colocando a mão no tornozelo.

- Está sentindo dor? – perguntei. Malfoy, seu jumento! Claro que ela está sentindo dor!

- Estou... – respondeu ela fazendo careta de dor. – Eu... Acho que torci o tornozelo. – disse ela me olhando com lágrimas nos olhos. Engoli em seco, não podia deixar a mulher que eu amo ali.

- Venha. – eu disse segurando ela nos braços. Um braço atrás das costas dela e o outro nos joelhos. Ah Rose...Sempre sonhei em te carregar assim.

- Para onde vamos? – perguntou ela meio nervosa.

- Não confia em mim? – perguntei arqueando a sobrancelha. Ela corou enquanto enlaçava seus braços no meu pescoço.

- Eu...Confio...  – disse ela meio indecisa.

- Eu vou te levar para o meu apartamento...E fazer uma massagem no seu pé. – disse para ela.

Coloquei ela no carro e fui dirigindo até o meu apartamento. Ela não falava nada, apenas olhava para a rosa na sua frente. Engoli em seco. Eu deveria dar para ela.

- Chegamos. – eu disse abrindo a porta do apartamento. Por um momento de desejo íntimo, imaginei que quando nos casássemos seria assim. Ela nos meus braços e eu abrindo a porta. Foco, Malfoy, foco! – Você está bem? – perguntei colocando ela num sofá. Ela fez uma careta de dor quando o pé tocou na almofada do sofá.

Deixei a rosa num balcão que tinha ao lado daquele sofá e peguei a maior quantidade de almofadas que conseguiria. Coloquei todas embaixo do pé dela e comecei a fazer massagens delicadamente. Rose olhava para a rosa, como se pensasse em algo. Eu devia falar “ela é para você”, mas...Não conseguia. Engolia em seco. Não falara nada.

- Am...Adorei sua fantasia. – eu disse tentando arranjar um assunto.

- Obrigada. – disse ela.

- Já volto. – eu disse indo na cozinha.

Eu queria arranjar coragem para me declarar para ela, mas...Não conseguia. Respirei fundo e soltei todo ar. Ia ser agora. Agora ou nunca, como dizem. Voltei-me e me aproximei da sala. Vi ela olhar para a rosa, o que ela tanto encarava aquela rosa?

- Minha última esperança. – murmurou ela.

E então, tudo aconteceu muito rápido. Rose segurou na flor. As duas brilharam e então, Rose caiu no sofá. Corri até ela. O braço caído para fora do sofá, fazendo a flor rolar, parecendo filme, mas não de romance. Segurei seu rosto. Pálido e gelado. Merlin...Ela não podia estar morta, não é?

***

POV Isabelle

Eu saí rindo dali do bar. Nunca vi Scorpius tão confuso quanto agora, mas enganá-lo valeria à pena se no final ele e a Rose ficassem juntos. Eu estava tão feliz que não me preparei para ver aquela cena. Uma simples briga faria com que o Al me traísse? Porque era quase isso que eu estava vendo.

Alvo Potter dançava na pista com umas cinco garotas tentando seduzi-lo. Ah, mas eu não deixaria barato, ou não me chamo Isabelle Becker. Se era para seduzir, então aquelas garotas estavam tentando vencer a pessoa errada.

Joguei meus cabelos, agora negros, para trás e me aproximei dançando. Ele não demorou muito a me notar, pelo contrário, observou-me descaradamente e sorriu, malicioso. Canalha. Cafajeste. Idiota. Como posso amar alguém assim? Mas agora que comecei a brincadeira irei até o fim. Até que ponto Alvo iria com uma desconhecida e me traindo?

Não demorou muito para eu sentir suas mãos esbarrarem em minha cintura e logo depois se apossarem dela com força e luxuria. Eu suspirei ao seu toque. Não conseguia ser tão indiferente. O mais estranho ainda é que ele me encarava, somente a mim, de forma estranha, profunda. Ele não dava importância a nenhuma outra garota ali.

Isso fazia com que eu me sentisse importante para ele, mas ao mesmo tempo muito mal, porque eu jamais deixei que tirasse meu véu e ele não deu sinal de me reconhecer. Voltei minhas costas para ele e o senti grudar nossos corpos.

- Quer beber algo? – ele perguntou alto por causa da música, sua respiração em minha nuca

Eu apenas neguei com a cabeça e me voltei para ele. Seus olhos faiscaram. O que estava acontecendo com a gente? Ele se aproximou e abaixou a cabeça até tocar com os lábios o meu pescoço. Eu estremeci, mas ele me segurou muito forte contra ele.

- Quer sair daqui? – de novo sua respiração me arrepiando

Eu acenei afirmando e ele me puxou pela mão para fora do ambiente da festa. Paramos no estacionamento. Estava frio, Alvo me puxou para o seu carro e o ligou imediatamente.

- Podemos ir para minha casa? – ele perguntou ainda sorrindo, eu confirmei – Quando vai tirar essa máscara? E falar comigo?

Eu abaixei a cabeça fingindo constrangimento. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo para agir daquela maneira, mas eu queria ver o que ele faria com outra. Mesmo que eu sofresse demais depois que acontecesse.

Seguimos em silêncio pelas ruas desertas por causa do Carnaval.  Seguido ele colocava a mão sobre minha perna ou meu braço me acariciando. Mas quando descemos do carro na garagem do prédio onde ficava o apartamento dele, eu acho que perdi os sentidos. Porque só me lembro de chegarmos ao seu apartamento agarrados um ao outro. Ele sem poder me beijar, mas me tocando com os lábios em todo o corpo. E só Merlin pode saber as loucuras que Alvo e eu fizemos naquela noite, mas depois de todo o prazer, eu me senti um lixo, porque ele não sabia quem eu era.

***

POV Luke

Eu estava rodeando por aí... Enquanto todos faziam folia, eu estava ali, sozinho e triste. Olho para a janela do salão e vejo uma cigana. Ela pode estar fantasiada, mas sempre reconhecerei seus cabelos. Suas curvas. Aproximei-me e coloquei a mão no seu ombro. Ela se virou assustada. Olhei naqueles olhos verdes e eu soube na hora que era a Lylian.

- Por que está de cigana? – perguntei me postando ao lado dela.

- Estamos no carnaval. – disse ela simples.

- Ly... – murmurei. Ela não me respondeu, não a verdade. Vi que ela suspirou.

- Apenas venha. – pediu ela segurando meu braço e me puxando para fora do salão.

Assim que saímos do salão, um silêncio reinou. Não apenas por causa da ausência da música agitada de carnaval, mas entre mim e ela também.

- Scorpius encontrou uma cigana misteriosa. – comecei sem saber o que falar. – E ela deu uma rosa para ele. E aí ele voltou para perto de nós, todo estranho. – eu contei. Olhei para Lylian que estava vermelha. Conhecia ela... – Ly, você está me escondendo algo? – perguntei direto. Ela olhou para os lados, para a porta que dava para o salão animado e depois se aproximou de mim.

- Você sabe que a Rose e o Scorpius sempre amaram um ao outro, não é? – perguntou Lylian. Assenti com a cabeça. – Então, eu e a Isabelle ficamos cansadas dessa enrolação entre eles e fizemos um plano.

- Plano? – perguntei assustado. Vindo da mente de Isabelle tudo bem, agora de Lylian... O problema era maior.

- Sim. Eu fiz uma poção e Isabelle trouxe a flor. Enfeitiçaríamos a flor e uma cigana daria para Scorpius dizendo que ele devia dar para a mulher que amava.

- A cigana misteriosa...Era Isabelle. – conclui.

- Sim. E então, quando ele entregasse a flor para a mulher que ele ama...

- Que seria a Rose. – conclui.

- Que seria a Rose. – confirmou ela. – Ele entregaria a flor, ela pegaria, espetaria o dedo e morreria.

- Morrer?! – perguntei assustado. Ela revirou os olhos.

- Morrer não! – disse ela. – Ela “desmaiaria” por quatro dias.

- O tempo do carnaval. – eu comentei.

- Sim, o carnaval todo. – disse ela. – E então, uma outra cigana... – disse ela apontando para ela mesma. – Apareceria e diria que ele pode fazer ela acordar.

- Ai Merlin... – murmurei nervoso. Esse plano delas...

- Escute! – pediu ela segurando meu braço. Olhei para ela, querendo que ela continuasse aquele plano maluco. – Seria um vira-tempo. Ele poderia voltar uma vez por dia e apenas quatro vezes no tempo, aí ele teria que fazer a Rose encontrar com o amor verdadeiro de alguma maneira. É isso. – finalizou Lylian. Respirei fundo. Chegou a hora de usar tudo isso a meu favor.

- Eu não vou contar... – comecei.

- Que maravilha. – murmurou Lylian.

- Se você contar sobre nós. – terminei a minha fala. Ela ficou estática. – Eu falaria agora, mas... Eu quero que você conte... – eu disse sério. – Ao Al.

- Mas... – murmurou ela nervosa. – Eu...Eu não posso...Entenda.

- Não Ly. Entenda você. Eu quero passear com você, aparecer na sua casa quando quiser, sair para comer juntos, namorar num parque. Mas não posso, por que tem medo que alguém veja isso.

- Luke... – começou ela. – Eu te amo...Mas...Eu não acho que seja uma boa ideia...

- Se me amasse, não teria medo! – eu disse começando a sentir o sangue ferver.

- Minha família é gigante! Eles vão pirar se souber que é um Zabine!

- E a minha? Você é metade Weasley, metade Potter! – exclamei. – É pior em dobro!

- Luke...

- Lylian. Fale para o Al, ele irá entender e ele é meu amigo...

- Não quero Luke. Não me sinto preparada para isso!

- E eu não me sinto preparado para levar essa relação adiante, se for assim! – eu exclamei. Ela parou estática.

- Está terminando comigo?- perguntou ela chocada.

- Quase. – eu murmurei. – Vamos, eu te levo para casa. – eu disse bravo. Se continuasse assim, era capaz de terminar a nossa relação ali mesmo. Ela bufou e foi para o carro.

Não dissemos nada. Apenas dirigi até a casa dela e deixei ela ali. Esperei ela entrar, como sempre, e fui para a minha casa. Não foi um ótimo final de carnaval.


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Notas finais do capítulo

N/A: Comentem! XD



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