Louis’s POV ON:

Eu lembrava dela. Eu sabia quem era ela. Sabia o que eu tinha feito, eu sabia o que ela significava pra mim. Antigamente éramos melhores amigos, mas alguma coisa muito ruim tinha acontecido, e essa amizade se desmanchou.

Eu percebi em seus olhos (e que lindos olhos!) que ela não lembrava de mim e do que tinha acontecido entre nós. Ponto positivo pra mim.

Fazer trabalho com ela na aula de física era uma coisa boa. Além de inteligente, era uma boa companhia. Eu poderia ficar admirando-a a aula inteira, sem fazer nada.

– Perdeu alguma coisa? – ela perguntou.

– Não. – eu disse, vermelho de vergonha – Me desculpe. Quer ajuda?

– Não. – falou – Bem, somos uma dupla. Então em alguma parte você vai ter que colaborar.

– Eu posso dar o apoio, que tal? – eu respondi, fazendo com que ela desse um sorriso, um sorriso lindo.

– Serve, Tomlinson. – ela falava.

– Me chame de Louis... – falei – Por favor.

– Tudo bem, Louis. – ela sorria de canto.

– Você não é daqui, certo? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

– Na verdade sou. – ela respondia, largando tudo que fazia para conversar comigo. Mostrava interesse – Eu nasci e vivi aqui até os meus 8 anos de idade, após isso me mudei para o Brasil junto com meus pais. E agora, voltei, e estou morando com meu primo.

– Ah. – respondi, sorrindo – Legal.

– E você? – ela perguntava – O que me conta?

– Eu? – sorri e continuei – Eu nasci aqui, cresci aqui e sempre morei aqui.

– Hmmm. Legal então, Tom... Opa, Louis. – ela sorria.

“Louis, só não se apegue, por favor,” – pensei.

– Você é nova aqui, certo? – eu desembuchei.

– Sou. – ela falava.

– Quer que eu te mostre a escola? – é, parece que meu pensamento não tinha sido cumprido – Se não quiser, tudo bem.

Ela riu.

– Obrigada pelo convite. – ela respondia, rindo – É claro que eu quero, Louis.

– Vejo que acertou meu nome. – sorri.

– Entreguem seus trabalhos. – anunciava senhor Turner, apagando o quadro – Na próxima aula sentaremos com as mesmas duplas, combinado?

– COMBINADO! – pensei alto, muito alto.

Jullie sorria.

2 aulas de física seguidas não são pra qualquer um, ainda mais sabendo que vinham 2 de matemática. Eu odiava segundas-feiras.

Continuei no lugar que o professor Turner tinha me colocado. Ao lado de Jullie. Ela se concentrava nas aulas, queria fazer o certo. Mas na de matemática, tinha um aspecto de dúvida.

– Você precisa de ajuda? – perguntei.

“Nossa, Louis Tomlinson, o garanhão da escola, a peste dos professores, a pessoa mais inquieta que tem, tentando ser simpático? Me surpreendeu, amigo.” – pensei, comigo mesmo.

– Não, é que... – ela falou – Tá, preciso. Eu não entendo nada disso, no Brasil isso era tudo mais simples. Não eram tantos sinais, números e vírgulas e, argh! – bufava – Eu não sei fazer nada.

– Calma, Jullie! – falei – Aliás, posso te chamar assim?

– Claro que pode. – ela respondia.

– Olha, tudo isso é uma questão de tempo. – falei, me sentindo um nerd – Eu não sou lá o mais inteligente da classe e muito menos o que sabe fazer isso num piscar de olhos, mas eu sei fazer, demorei mas aprendi.

– É, esse ano vou me foder em matemática. – ela dizia, com um tom de ironia na voz.

– Não vai nada, relaxa. – tentei fazer ela ficar mais tranquila – Olha, eu não sou um bom professor, mas acho que seu primo seria.

– O Liam é nerd? – perguntava, rindo.

– É. – respondi, retribuindo o riso.

– LOUIS TOMLINSON! – droga, esqueci que estávamos na aula de matemática, e a professora Margareth estava ali – O QUE EU DISSE PRA VOCÊ AULA PASSADA?

Jullie me olhou, apavorada.

– Com licença? Professora Thompson? – ela falava – A culpa não foi dele, foi minha. Eu que fiquei perdida aqui e fui pedir ajuda... Me desculpe. – disse ela, piscando para mim.

– Tudo bem então. – respondia a professora – E seja bem-vinda, Jullie.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM – O sinal anunciava o almoço, finalmente.

– Vamos? – perguntei, esperando a garota guardar seus livros.

– Vamos! – ela disse, animada.

Louis's POV OFF.