POV Desconhecido

Enquanto isso em Nova Iorque…

Já se tinha passado uma semana desde a partida de Edward, e a Alice já não conseguia mais acalmar o pai.

- Chega Alice, já estou farto de esperar. Diz-me imediatamente onde está o teu irmão

- EU.JÁ.DISSE.QUE.NÃO.SEI.ONDE.ELE.ESTÁ. – Respondeu ela bem pausadamente

- Estás a mentir que eu sei, vocês são unha com carne, como é possível ele ter ido embora e não te dizer nada, Alice, ele tem que voltar, ele tem que assumir a empresa, ele é um Cullen porra.

- Mas pai, ainda não percebeste que enquanto não aceitares que ele quer ser MÉDICO ele não vai voltar? Ele odiava aquele vida que tu lhe deste, todas aquelas reuniões, toda aquela chatice. Eu não sei se ele alguma vez  te disse, mas quando ele falava que queria ser médico, os olhos dele brilhavam, e então ele dizia “o meu sonho é salvar vidas”. Eu sei que tu não compreendes isto, e sabes o que é que eu sinto? Pena, sim, pena de ti, por seres tao frio, e por só te interessares por dinheiro e negócios.

- AH AH AH, minha menina, caso não saibas, é o  MEU dinheiro que paga as roupas caríssimas que tu compras. Caso tu não saibas,  foi o MEU dinheiro que vos sustentou sempre. Não foi a vossa querida mãe, não, ela era uma inútil, nem para vos educar como devia ser ela prestou. Por isso, minha menina, eu quero saber onde está o teu irmão, porque ele está a gozar a vida com o MEU dinheiro, e já que eu sou assim tão mau, ninguém ser eu a partir de hoje vai mexer no que é meu. Isto inclui-te a ti, minha querida filha. AGORA RUA, FORA DA MINHA CASA. E FICAS A SABER QUE EU VOU ENCONTRAR O TEU IRMAO, A BEM, OU A MAL.

- O quê? Só podes estar maluco, deixa-me entrar. Deixa-me pelo menos levar uma mala, PAAAAAAAAAAIIIIIIIIII

- AH AH AH AH , ai agora já sou teu pai? RUA, SEGURANÇAAAAAAAAAAAS, quero estazinha fora da minha propriedade JÁ.

POV ALICE

Eu estava paralisada, quem era esta homem que estava na minha frente? Quem era ele? Sinceramente desde que a minha mãe morreu, a minha vida e a do Edward virou um inferno, o Carlisle deixou de nos dar atenção, passava os dias enfiado na empresa e quando estava em casa fechava-se no escritório. Então quando o Edward foi obrigado a assumir a empresa, eu não sei, nunca tinha visto uma discussão tao grande, pensei que a casa fosse abaixo. Mas então o Edward decidiu mais uma vez, fazer a vontade ao pai, e deu nisto. Agora o meu irmão está fugido, e eu não o censuro, como é que eu podia, afinal ele assumiu a empresa também por mim, se não fosse ele, seria eu, e então o meu irmão, altruísta como só ele sabe, assumiu a empresa, deixando-me realizar o meu sonho, tirar o curso de moda. Eu amava o meu irmão, amava acima de tudo, e por ele faria qualquer coisa.

Por muito que o Carlisle afirmasse que eu sabia onde ele estava, a verdade é que não sabia, mas iria descobrir. Sei que ele não me vai virar as costas, então vou para onde ele estiver.

Agora encontrava-me à porta a minha antiga casa, sim, aquele lugar já não era meu nem do meu irmão, agora era só do Carlisle, pois então, ele que vá morrer longe e nunca mais me chateie, porque para mim, a partir de hoje, ele morreu.  Não tenho mais pai.

Só havia uma pessoa que me podia ajudar com esta situação, era a minha amiga Rosalie, ela e o seu irmão Jasper, já trabalhavam, e por sorte a minha, tinham uma empresa de detectives privados, ou seja, sem grande problema, espero eu, eles vão conseguir ajudar-me.

Decidi ligar, aparecer lá de repente podia não ser muito bom, ainda bem que tinha a minha mala comigo, e graças a deus, Alice Cullen é uma mulher prevenida! Então como tal, andava sempre com bastante dinheiro, na carteira, nunca se sabe.

- Estou, Rose… estás no Escritório?

- Alice? És tu? O que é que se passa, está tudo bem?

- Calma Rose, uma pergunta de cada vez, bem não está tudo bem, mas em breve vai ficar, mas para isso preciso da tua ajuda, posso ir ter contigo?

- Sim claro, estou no escritório, fico à tua espera Lice.

Desliguei sem dar qualquer tipo de resposta, antes de apanhar um táxi, decidi passar numa caixa multibanco, podia ser que tivesse sorte e que o Carlisle ainda não tivesse ligado para o banco para cancelar os meus cartões.

E tive sorte, mais uma vez naquele dia, apesar do que tinha acontecido, as coisas pareciam correr-me bem, e em breve, se tudo corresse bem, estaria com o meu rico e adorado irmão, onde quer que seja que ele estivesse.

Levantei o máximo de dinheiro que consegui, o que já foi algum, como tinha uma série de cartões, fiquei com dinheiro para algum tempo. Como acho que o Edward está fora do país, a passagem de avião vai ficar um pouco mais cara, mas também, não tem problema, eu nunca fui de fugir ao trabalho, e se não tiver dinheiro, vou trabalhar.

Finalmente apanhei um táxi, e fui directo ter com a Rose, que já me esperava impaciente.

- Fala Alice. – Disse ela num tom preocupado.

- Primeiro, Boa tarde amigaaaaa!

- Alice, não tentes disfarçar, eu sei que se passa alguma coisa, conta logo de uma vez.

- Que apressadinhas que nós estamos ein Rosalie! Mas para não te fazer sofrer mais, vou te contar o que se passou, bem, muito rapidamente, o Carlisle pos-me fora de casa, só tenho a roupa que trago no corpo, e agora eu preciso da tua ajudar para encontrar o Edward e ir ter com ele.

- Alice… Alice, eu … Eu não sei o que dizer

- Eu só quero que ti digas que me ajudas, por favor Rose

- Sim é claro que eu te ajudo, mas esse teu pai ein, nunca pensei que ele fizesse uma coisa dessas contigo, mesmo depois de perder o Edward.

- Pois é, ele até insultou a minha mãe. Eu acho que desta vez ele piorou, e como consequência dos seus actos, vai acabar sozinho. Sim porque filhos ele não tem mais, e duvido que alguma mulher tenha paciência para aturar as paranoias do senhor Carlisle Cullen.

- É … tens razão Lice. Bem então vamos por mãos à obra, e tentar encontrar o Edward o mais rápido possível, sabes, acho que não vai ser muito difícil. Conhecendo o Edward como nós conhecemos, ele deve ter entrado no primeiro avião que lhe apareceu à frente. Agora só nos resta descobrir qual foi!

- Boa, boa Rose. É isso mesmo!!

- (Risos) Calma Lice, isto é a base, como eu também acho que o teu irmão é esperto. Ele não deve ter pago a passagem com o cartão, assim seria fácil o Carlisle descobrir para onde ele foi, então só nos resta ir até ao aeroporto, e rezar para que alguém ainda se lembre do teu irmão!

- (Risos) Já sei por onde começar !

- Por quem?

- Ora, pelas senhoras claro! Sabes que o meu irmão não passa despercebido a qualquer mulher!

- É tens razão Lice, o melhor é irmos já lá o que achas? Sabes que normalmente as coisas não se processam assim, mas como és a minha melhor amiga eu abro uma excepção.

Lá foram nós directamente ao aeroporto, na esperança que alguma das mulheres que por lá trabalham se lembrassem de Edward, e para onde ele foi, tinha completa noção que era como achar uma agulha num palheiro, mas se não resultasse, teríamos que entrar na base da dados do aeroporto o que seria muito mais complicado. Sim durante o caminho a Rose foi a explicar-me tudo o que poderiam fazer para tentar achar o meu irmão.

Mas eu tinha esperança.

No aeroporto …

- Alice tens aí alguma foto do teu irmão?

- Oras é claro que tenho, no telemóvel, serve?

- Sim. Mostra-me… Perfeito. Vamos começar a mostrar às funcionárias, e por favor, reza, para alguma ainda se lembrar dele!

(…)

Passaram-se horas, desde que havíamos chegado ao aeroporto, por mim, já tínhamos ido embora há muito tempo, mas a Rose, como profissional exemplar que era, não quis sair de lá, sem que tivéssemos falado com todas as mulheres. E Eis que numa ultima oportunidade, sim só faltava falarmos com uma mulher. Ao lhe darmos as características do meu irmão, os olhos dela brilharam, sim, mais uma que tinha ficado caidinha por ele!

- Então senhora, conhece-o?

- Sim claro, é impossível não reconhecer essa cara. O homem era muito lindo, embora um pouco abatido. Ele chegou e nem ao menos perguntou para onde era o voo, só disse que queria embarcar no primeiro avião.

- E pode-nos dizer para onde ele foi? Sabe é que ele é meu irmão, e eu preciso muito encontra-lo, e só tenho esta hipótese, por favor

A mulher fez cara feia, mas como ninguém consegue dizer que não à Alice Cullen.

- Isso é proibido senhoras, se eu for apanhada posso ser despedida. Mas como a senhora me parece uma senhora de bem, eu vou fazer-lhe esse favor…pois muito bem…o senhor…Edward…Cullen…embarcou para…Portugal.

- O QUÊ? Oh meu deus, Rose, eu nem sei falar português! E Agora, como é que eu vou encontra-lo, oh deus, estou perdida.

- Calma Lice. Muito obrigado senhora. Ficaremos eternamente agradecidas. E já agora pode-me dizer quando é o próximo voo para Portugal?

- Hmm… é amanha, as 9h da manha.

- Muito bem, marce duas passagens, em nome de Rosalie Hale e Alice Cullen, por favor.

- É para já senhora.

Não consegui abrir mais a boca, apenas sorri quando vi que a Rose ia-me acompanhar, ele como detective, tinha que saber falar várias línguas, e felizmente o português era uma delas.

- O…Obrigado Rose. Eu não sei o que dizer.

- Shh, não digas nada Lice. Agora vamos descansar, eu vou fazer as malas, e amanha, Portugal, aí vamos nós.