Harry Potter e o segredo de Slytherin escrita por Absolem the oracle


Capítulo 9
Capítulo 8 - Aniversario de morte




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Outubro chegou espalhando pelos jardins uma friagem úmida que entrava pelo castelo.

Madame Pomfrey, a enfermeira, esteve multo ocupada com uma repentina onda de gripe entre professores, funcionários e alunos. Sua poção reanimadora fazia efeito instantâneo, embora deixasse quem a bebia fumegando pelas orelhas durante muitas horas. Gina Weasley, que andava pálida, foi intimada por Percy a tomar a poção. A fumaça saindo por baixo dos seus cabelos muito vivos dava a impressão de que a cabeça inteira estava em chamas.

Gotas de chuva do tamanho de balas de revólver fustigavam as janelas do castelo durante dias seguidos; as águas do lago subiram, os canteiros de flores viraram um rio lamacento, e as abóboras de Hagrid ficaram do tamanho de um barraco.

Os treinos de quadribol eram difíceis debaixo de tanta chuva e lama e o time da Grifinória sempre voltava imundo.

Meredith estava ansiosa com seu aniversario. Andava se sentido mal nos últimos dias. Quase como se não dormisse todas as noites. As vezes quando estava sozinha, andando pelos corredores gelados do castelo ouvia sussurros que ignorava tentando se convencer que era só o vento.

- Uma festa de aniversário de morte? - Hermione disse surpresa durante o café da manhã.

- Aposto que não existe muita gente viva que possa dizer que foi a uma festa dessas, vai ser fascinante! - Harry parecia animado contando sobre o convite que recebeu de Nick quase sem cabeça.

- Por que alguém iria querer comemorar o dia em que morreu? - Rony exclamou mal humorado que estava quase terminando o dever de Poções - Me parece uma coisa mortalmente deprimente...

- Vai ser meu aniversário... de vida. Seria ótimo comemorar de um jeito tão diferente! - Meredith falou animada - Você vai Queen?

- Tá... pode ser.

A chuva continuava a açoitar as janelas, que agora estavam pretas feito tinta, mas dentro da sala tudo parecia claro e alegre. As chamas da lareira iluminavam as inúmeras poltronas fofas onde os alunos estavam sentados lendo, conversando, fazendo o dever de casa ou, no caso de Fred e Jorge Weasley, tentando descobrir o que aconteceria se a pessoa fizesse uma salamandra comer um fogo Filibusteiro. Fred "salvara" o lagarto de couro laranja, que vive no fogo, de uma aula de O Trato das Criaturas Mágicas, e ele agora fumegava suavemente em cima de uma mesa rodeada de meninos curiosos.

Harry ia começar a contar sobre o curso Feiticexpresso que encontrou na sala de Filch quando, de repente, a salamandra saiu rodopiando descontrolada pelo ar, soltando fagulhas e estampidos. A visão de Percy berrando de ficar rouco com Fred e Jorge, a exibição espetacular de estrelas cor de tangerina que jorravam da boca da salamandra e sua fuga para a lareira, acompanhada de explosões, afugentaram o assunto Filch e o envelope do Feiticexpresso .

Até chegar o Dia das Bruxas, Harry já tinha se arrependido de sua promessa precipitada de ir à festa do aniversário de morte. O resto da escola estava animado com a proximidade da Festa das Bruxas. O Salão Principal fora decorado com os morcegos vivos de sempre, as enormes abóboras de Hagrid tinham sido recortadas para fazer lanternas tão grandes que cabiam três homens dentro, e havia boatos de que Dumbledore contratara uma trupe de esqueletos dançarinos para divertir o pessoal.

- Promessa é dívida! - Hermione lembrou a Harry com ar de mandona - Você disse que iria ao aniversário de morte.

Então, às sete horas, Harry, Rony, Hermione, Queen e Meredith passaram direto pela porta do salão principal apinhado de gente, que brilhava convidativo com pratos de ouro e velas, e tomaram o caminho das masmorras.

O corredor que levava à festa de Nick Quase Sem Cabeça tinha sido iluminado, também, com velas em toda a sua extensão, embora o efeito não fosse nada alegre, eram velas longas, finas e pretas, de luz azul, que projetavam uma claridade fantasmagórica mesmo nos rostos de gente viva.

A temperatura caía a cada passo que davam. Quando Harry estremeceu e puxou as vestes mais para junto do corpo, ouviu um som que lembrava mil unhas arranhando um imenso quadro-negro.

- Será que isso é música? - Rony cochichou.

Eles dobraram um canto e viram Nick Quase Sem Cabeça parado em um portal adornado com reposteiros de veludo negro. Meredith sentia as pernas fracas, e a visão levemente turva mas continuou

- Meus caros amigos - ele disse pesaroso - Sejam bem-vindos, sejam bem-vindos... Fico tão contente que tenham podido vir... E parabéns por seus anos de vida My Lady Meredith.

E tirou o chapéu emplumado fazendo uma reverência e indicando a porta. Meredith agradeceu curvando os joelhos levemente e puxando um pouco as pontas da saia.

Era uma cena incrível. A masmorra continha centenas de pessoas esbranquiçadas e translúcidas, a maioria deslizando por uma pista de dança, valsando ao som medonho de trinta serrotes musicais, tocados por uma orquestra reunida em cima de uma plataforma drapeada de negro. Um lustre no alto projetava uma luz azul meia-noite com outras mil velas negras. A respiração deles se condensava, formando uma névoa à frente deles parecia que estavam entrando em uma câmara frigorífica. Meredith parecia uma morta neste instante, de tão pálida, e Queen se agarrava em Rony um pouco assustada.

- Vamos dar uma circulada? - Harry sugeriu querendo esquentar os pés.

- Cuidado para não atravessar ninguém. -Rony recomendou nervoso e os cinco saíram contornando a pista de dança.

Passaram por um grupo de freiras soturnas, um homem vestido de trapos que usava correntes e o Frade Gordo, um alegre fantasma da Lufa-Lufa, que conversava com um cavalheiro que tinha uma flecha espetada na testa. Harry não se surpreendeu ao ver que os outros fantasmas davam distância ao Barão Sangrento, um fantasma da Sonserina, muito magro, de olhos arregalados e coberto de manchas de sangue prateado.

- Ah, não - exclamou Hermione parando de repente. - Dêem meia-volta, dêem meia volta, não quero falar com a Murta Que Geme...

- Quem? - perguntou Harry ao retrocederem.

- Ela assombra um boxe no banheiro das meninas no primeiro andar - Meredith disse se preparando pra dar meia volta.

- Ela assombra um boxe?

- É. O boxe esteve quebrado o ano inteiro porque ela não pára de ter acessos de raiva e inundar o banheiro. Eu nunca entrei lá sempre que pude evitar.

- É horrível tentar fazer xixi com ela gemendo do lado... - Queen concordou.

- Sim, ela realmente não parece ter mais nada pra fazer alem de assombrar o banheiro e incomodar todo mundo. Está sempre gemendo e choramingando... - Meredith puxava Harry para longe da Murta Que Geme.

- Olhem, comida! - Rony exclamou.

Do lado oposto da masmorra havia uma longa mesa, também coberta de veludo negro.

Eles se aproximaram pressurosos, mas no instante seguinte pararam de chofre, horrorizados. O cheiro era bem desagradável. Grandes peixes podres estavam dispostos em belas travessas de prata; bolos carbonizados estavam arrumados em salvas; havia uma grande terrina de picadinho de miúdos de carneiro cheio de vermes, um pedaço de queijo coberto de uma camada de mofo esverdeado e, o orgulho do bufê, um enorme bolo cinzento em forma de sepultura, com os dizeres em glacê de asfalto: SIR NICOLAS DE MIMSY-PORPINGTON FALECIDO EM 31 DE OUTUBRO DE 1492.

Harry observou, espantado, um fantasma imponente se aproximar da mesa, abaixar-se e atravessá-la, a boca aberta de modo a engolir um salmão fedorento.

- O senhor pode provar a comida quando a atravessa? - Harry perguntou.

- Quase - o fantasma respondeu triste e se afastou.

- Imagino que tenham deixado o peixe apodrecer para acentuar o gosto. - Hermione disse em tom de quem sabe das coisas, apertando o nariz e se debruçando para examinar o picadinho pútrido.

- Podemos ir andando? Estou me sentindo enjoado - disse Rony.

- Esse meu aniversário está bizarro demais! - Meredith disse enquanto todos se viravam.

Nem bem tinham se virado, porém, quando um homenzinho saiu voando de repente de debaixo da mesa e parou no ar diante deles.

- Alô, Pirraça - cumprimentou Harry cauteloso.

Ao contrário dos fantasmas à volta, Pirraça, o poltergeist era o oposto de pálido e transparente. Usava um chapéu de festa laranja vivo, uma gravata-borboleta giratória e exibia um largo sorriso no rosto largo e maldoso.

- Aperitivos? - ele disse simpático oferecendo aos garotos uma tigela de amendoins cobertos de fungo.

- Não, muito obrigada! - Queen disse rapidamente.

- Ouvi você falando da coitada da Murta... - Pirraça disse com os olhos dançando - Que grosseria com a coitada. - ele tomou fôlego e berrou: - OI! MURTA!

- Ah, não, Pirraça, não conte a ela o que eu disse, ela vai ficar realmente chateada! - cochichou Hermione frenética.

- Não falei por mal, ela não nos incomoda, ah, alô, Murta. - Meredith falou tentando evitar que Pirraça falasse demais, mas já era tarde.

O fantasma atarracado de uma moça deslizou até eles. Tinha a cara mais triste que Harry já vira, meio oculta por cabelos escorridos e espessos, e óculos perolados.

- Que foi? - ela perguntou aborrecida.

- Como vai, Murta? - cumprimentou Hermione fingindo animação. - Que bom ver você fora do banheiro.

A Murta fungou.

- A Srta. Granger estava mesmo falando em você... - disse Pirraça sonsamente ao ouvido da Murta - E a Srta. Riddle também....

- Só estávamos dizendo... Dizendo...

- Como você está bonita esta noite! - Meredith completou a fraze de Hermione e pirraça fechou a cara.

A Murta olhou para as duas desconfiada.

- Vocês estão caçoando de mim! - ela disse com lágrimas prateadas marejando rapidamente os seus olhos penetrantes.

- Não, sério, eu não acabei de falar como a Murta está bonita? - Hermione falou cutucando dolorosamente Harry e Rony nas costelas. Queen já estava longe ocupada em conversar com um fantasma.

- Ela disse sim! Eu estava ouvindo tudo! - Meredith tentou ser o mais amável possível com a tão irritante Murta.

- Ah, claro...

-Falou...

- Não mintam para mim! - a Murta exclamou e as lágrimas agora escorrendo livremente pelo rosto, enquanto Pirraça, feliz, dava risadinhas por cima do ombro dela - Vocês acham que não sei como as pessoas me chamam pelas costas? Murta Gorda! Murta Feiosa! Murta infeliz, chorona, apática!

- Você esqueceu do espinhenta - sibilou Pirraça ao ouvido dela.

A Murta Que Geme prorrompeu em soluços aflitos e fugiu da masmorra. Pirraça disparou atrás dela, jogando amendoins mofados e gritando:

- Espinhenta! Espinhenta!

- Ah, meu Deus! - Hermione se lamentou.

Nick Quase Sem Cabeça agora deslizava por entre os convidados em direção aos garotos.

- Estão se divertindo?

- Ah, claro! - mentiram.

- Um número de convidados bem grande - disse Nick Quase Sem Cabeça, orgulhoso - A rainha viúva veio lá de Kent... Está quase na hora do meu discurso, é melhor eu ir avisar a orquestra...

- Depois pedimos desculpas a ela. - Meredith disse sussurrando para Hermione.

A orquestra, porém, parou de tocar naquele exato instante. E, todas as pessoas na masmorra se calaram, olhando para os lados ansiosas, ao ouvirem uma trompa de caça.

- Ah, lá vamos nós! - Nick Quase Sem Cabeça disse amargurado.

Pelas paredes da masmorra irromperam doze cavalos fantasmas, cada um montado por um cavaleiro sem cabeça. Os convidados aplaudiram calorosamente. Harry começou a aplaudir, também, mas parou depressa ao ver a cara de Nick.

Os cavalos galoparam até o meio da pista de dança e pararam, levantando e baixando as patas dianteiras. A frente da cavalgada havia um fantasma corpulento que segurava a cabeça sob o braço, posição de onde ele tocava a trompa. O fantasma apeou, levantou a cabeça no ar de modo que pudesse ver as pessoas (todos riram) e se dirigiu a Nick Quase Sem Cabeça, recolocando a cabeça sobre o pescoço.

- Nick! - rugiu - Como vai? A cabeça ainda pendurada?

Ele soltou uma gargalhada cordial e deu uma palmadinha no ombro de Nick Quase Sem Cabeça.

- Seja bem-vindo, Patrício... - Nick disse secamente.

- Gente viva! - exclamou Sir Patrício, vendo Harry, Rony, Hermione e Meredith dando um grande pulo fingindo espanto, de modo que sua cabeça tornou a cair (os convidados gargalharam).

- Muito engraçado - Nick Quase Sem Cabeça disse com ferocidade.

- Não liguem para o Nick! - a cabeça de Sir Patrício gritou lá do chão. - Ainda está aborrecido porque não o deixamos se associar à Caçada! Mas quero dizer... Olhem só para ele...

- Acho - disse Harry depressa, a um olhar significativo de Nick -, Nick é muito... Assustador e...

- Terrivel! - Meredith gemeu em um falso medo e Queen gemeu do seu lado fingindo(nem tanto) certo temor.

- Ha! - a cabeça de Sir Patrício gritou - Aposto como ele lhe pediu para dizer isso!

- Se todos pudessem me dar atenção, está na hora do meu discurso! - Nick Quase Sem Cabeça avisou em voz alta caminhando com firmeza até o pódio e tomando posição sob a luz de um refletor azul-gelo.

- Meus saudosos cavalheiros, damas e senhores, tenho o grande pesar...

Mas ninguém ouviu muito mais do que isso. Sir Patrício e os Caçadores Sem Cabeça começaram uma partida de hóquei de cabeça e as pessoas foram se virando para assistir. Nick Quase Sem Cabeça tentou em vão reconquistar sua platéia, mas desistiu quando a cabeça de Sir Patrício passou navegando por ele em meio aos berros de vivas.

A esta altura, estavam sentindo muito frio, para não falar na fome.

- Não dá para agüentar muito mais que isso! - Rony murmurou com os dentes batendo quando a orquestra tornou a entrar em ação e os fantasmas voltaram à pista de dança.

- Vamos! - Harry concordou.

Os cinco saíram em direção à porta, acenando com a cabeça e sorrindo para todos que olhavam, e um minuto depois estavam andando depressa pelo corredor cheio de velas.

- Talvez o pudim ainda não tenha acabado... - Rony disse esperançoso seguindo à frente em direção à escada do saguão de entrada.

- Espero que não! - Queen parecia animada por sair dali.

E então Harry e Meredith ouviram: "Rasgar... romper... matar.."

Era a mesma voz, a mesma voz gélida e assassina que ouviram na sala de Lockhart.

Ele parou quase tropeçando, apoiando-se na parede de pedra, escutando com toda a atenção, olhando para os lados, apertando os olhos para ver nos dois sentidos do corredor mal iluminado.

Ela apenas ficou em silencio, em choque, querendo ignorar a voz que suplicava: “ traga-o... traga-o a mim...”, mas Harry parecia não escutar os pedidos.

- Harry, que é que você tem?

- É aquela voz de novo, fiquem quietos um minuto...

- "Tanta fome... Tanto tempo..."

- Ouçam! - disse Harry com urgência, e Rony, Hermione e Queen pararam o observando enquanto Meredith fitava o chão com os olhos arregalados e com um estranho sentimento no peito.

"Matar.. Hora de matar..."

A voz foi ficando mais fraca. Tinham certeza de que estava se afastando e se afastando para o alto. Os dois levantaram automaticamente o olhar para o teto escuro... como é que ela podia estar se afastando para o alto? Seria um fantasma, para quem tetos de pedra não faziam diferença?

- Por aqui! - ele gritou e começou a subir correndo as escadas para o saguão.

Não adiantava querer ouvir nada ali, o vozerio na festa do Salão Principal ecoava pelo saguão. Harry subiu correndo a escadaria de mármore até o primeiro andar, com Meredith ao seu lado e Rony, Hermione e Queen nos seus calcanhares.

- Harry, que é que estamos...

- PSIU!

Harry apurou os ouvidos. Longe, vinda do andar de cima, cada vez mais fraca, eles ouviram a voz: "... Sinto cheiro de sangue... SINTO CHEIRO DE SANGUE!" Harry sentiu um aperto no estômago...

- Vai matar alguém! - eele gritou e sem dar atenção aos rostos perplexos de Rony, Hermione e Queen, subiu correndo o lance seguinte de escada, três degraus de cada vez, tentando escutar apesar do barulho que seus passos faziam...

- Não... ele vai... - Meredith não terminou a frase sendo arrastada por Harry.

Harry precipitou-se pelo segundo andar puxando Meredith, Rony, Hermione e Queen ofegantes atrás deles, e ele não parou até entrar no último corredor deserto. Meredith sentia que o mundo girava ficando escuro e voltando a claridade a sua frente.

- Harry, do que é que você estava falando? -Rony perguntou enxugando o suor do rosto

. - Eu não ouvi nada... - Queen disse esganiçada.

Mas Hermione soltou uma súbita exclamação, apontando para o corredor.

- Olhem!

Alguma coisa brilhava na parede em frente. Eles se aproximaram devagarinho, apertando os olhos para ver na penumbra. Alguém tinha pintado palavras de uns trinta centímetros na parede entre as duas janelas, que refulgiam à luz das chamas das tochas.

A CÂMARA DOS SEGREDOS FOI ABERTA.

INIMIGOS DO HERDEIRO CUIDADO.

- Que coisa é aquela, pendurada ali embaixo? - Rony perguntou com um ligeiro tremor na voz.

Ao se aproximarem, Harry quase escorregou puxando junto Meredith, havia uma grande poça de água no chão. Rony e Hermione o seguraram, e continuaram a avançar devagar até a mensagem, os olhos fixos na sombra escura embaixo. Os cinco logo perceberam o que era e deram um salto para trás espalhando água.

Madame Nor-r-ra, a gata do zelador, estava pendurada pelo rabo em um suporte de tocha. Estava dura como um pau, os olhos arregalados e fixos.

Durante alguns segundos eles não se mexeram. Então Rony falou:

- Vamos dar o fora daqui.

- Será que não devíamos tentar ajudar... - Harry começou a dizer sem jeito.

- Confie em mim - Rony disse - Não podemos ser encontrados aqui.

Mas era tarde demais. Um ronco, como o de um trovão distante, informou-lhes que a festa terminara naquele instante. De cada ponta do corredor onde estavam, ouviram o barulho de centenas de pés que subiam as escadas, e a conversa alta e alegre de gente bem alimentada; no instante seguinte os alunos entravam aos encontrões pelos dois lados do corredor.

Meredith havia desabado no chão sentindo uma vontade de atacar Harry. Sangue escorreu de seu nariz. A conversa, o bulício, o barulho morreu de repente quando os garotos que vinham à frente viram o gato pendurado. Harry, Rony, Hermione, Queen e Meredith estavam sozinhos no meio do corredor e os estudantes que se empurravam para ver a cena macabra se calaram.

Então alguém gritou em meio ao silêncio.

- Inimigos do herdeiro, cuidado! Vocês vão ser os próximos, sangues ruins!

Era Draco Malfoy. Ele abrira caminho até a frente dos alunos, seus olhos frios muito intensos, seu rosto, em geral pálido, corara, e ele ria diante do gato pendurado imóvel.

Meredith olhou fundo em seus olhos se sentindo zonza. O mundo todo parecia louco.


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