Harry Potter e o segredo de Slytherin escrita por Absolem the oracle


Capítulo 20
Olhando Harry Potter e o mistério dos animagos




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“Prezado Srta. Riddle,

Queira registrar que o novo ano letivo começará em 1º de setembro. O Expresso de Hogwarts partirá da estação de King’s Cross, plataforma nove e meia, às onze horas.

Os alunos de terceiro ano têm permissão para visitar a aldeia de Hogsmeade em determinados fins de semana. Assim, queira entregar a autorização anexa ao seu pai ou guardião para que a assine.

Estamos anexando, nesta oportunidade, a lista de livros para o próximo ano.

Atenciosamente,

Prof. M. MacGonagall

Vice-Diretora

PS: Dumbledore já assinou, então estamos enviando uma cópia.”


Era ótimo saber aquilo tudo. Mas o dia de ir a Hogwarts se aproximava e Dumbledore pediu a Sra. Pegg para levar Meredith para sua casa. Elas iam pegar um transporte esquisito dos bruxos. Um ônibus. Ela levantou a varinha e sacudiu, depois esperaram.

As duas, a noite, foram para a beirada da rua, carregando todos os materiais e uma vassoura semi-nova que a Sra. Pegg deu muito animada a Meredith. Ela era uma boa mulher apesar, de as vezes, ficar olhando por um longo tempo com um olhar curioso para Meredith, como se ela tentasse descobrir algo dentro da garota.

Ouviu-se um barulho ensurdecedor e Meredith ergueu as mãos para proteger os olhos da luz repentina e ofuscante...

Um segundo depois, dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam cantando. As luzes pertenciam a um ônibus de três andares, roxo berrante, que se materializara do nada. Letras douradas no pára-brisa informavam: O Nôitibus Andante.

Então, um condutor de uniforme roxo saltou do ônibus para anunciar em altas vozes aos ventos da noite:

– Bem vindas ao ônibus Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser. Meu nome é Stanislau Shunpike, Lalau, e serei seu condutor por esta noite.

As duas subiram devagar no ônibus. Meredith levava seu malão com certa dificuldade.

– Onze sicles. - ele anunciou - Mas por catorze você ganha chocolate quente e por quinze um saco de água quente e uma escova de dentes da cor que você quiser.

– Não obrigada... - a Sra. Pegg disse, dando vinte e dois sicles para o garoto que não era tão velho assim.

Não havia lugares para a pessoa sentar; em vez disso havia meia dúzia de estrados de latão ao longo das janelas protegidas por cortinas. Ao lado de cada cama, ardiam velas em suportes, que iluminavam as paredes revestidas de painéis de madeira. Na traseira do ônibus, uma bruxa miúda usando touca de dormir estava em um sono profundo.

– Nosso motorista, Ernesto Prang. Esta aqui é a Sra. Pegg, Ernesto.

Ernesto Prang, um bruxo idoso que usava óculos de grossas lentes.

Lalau indicou as duas, duas camas próximas a saída. Andaram de repente. O ônibus foi a uma velocidade que quase jogou Meredith para o fundo. Por cinco minutos ela sentiu o ônibus dar guinadas e quase a jogar para fora dele, se as janelas não estivessem fechadas.

Ele parou e tudo foi arrastando para a frente.

– Mais um! - Lalau falou animado. Por algum tempo ficou lá fora.

– Agora não, obrigada, estou fazendo uma conserva de lesmas. - a bruxa resmungou e voltou a adormecer.

– Você fica com essa aí - cochichou Lalau, empurrando o malão de Harry para baixo da cama logo atrás do motorista, que se achava sentado em uma cadeira de braços diante do volante.

– Este é o nosso motorista, Ernesto Prang. Este aqui é o Neville Longbottom, Ernesto.

Ele cumprimentou com um aceno de cabeça o novo passageiro, que tornou a achatar nervosamente a franja contra a testa e se sentou na cama.

– Pode mandar ver, Ernesto - disse Lalau, sentando-se na cadeira ao lado do motorista.

Ouviu-se mais um estampido assustador e, no instante seguinte Harry foi achatado contra a cama, atirado para trás pela velocidade do Nôitibus.

– Neville? - Meredith perguntou tocando o ombro de Harry, e ele se virou em um pulo.

– Você? Também está perdida?

– Eu não, mas a Sra. Pegg provavelmente. - ela apontou para uma mulher com aparentemente cinqüenta anos, cabelos castanhos presos em um coque meio desgrenhado - Andou fazendo besteira?

– Como...?

– Neville.

– É. Mas foi um acidente.

– Relaxe! Não vou abrir a boca. - ela riu.

Endireitando-se, eles espiaram pela janela escura e viram que agora deslizavam suavemente por uma rua completamente diferente. Lalau observava o rosto surpreso de Harry e Meredith achando muita graça.

– Era aqui que a gente estava antes de você e as duas fazerem sinal para o ônibus parar. - ele disse - Onde é que nós estamos, Ernesto? Em algum lugar do País de Gales?

– Hum-hum... - o motorista respondeu.

– Nossa! - Meredith cutucou Harry e mostrou o vulto das pessoas e carros pelas ruas.

– Como é que os trouxas não ouvem o ônibus? - Harry perguntou.

– Os trouxas! - Lalau exclamou com desdém. - E eles lá escutam direito? E também não enxergam direito. Nunca reparam em nada, não é mesmo?

– É melhor ir acordar Madame Marsh, Lalau... - Ernesto disse - Vamos entrar em Abergavenny dentro de um minuto.

Lalau passou pela cama de Harry e desapareceu por uma estreita escada de madeira. Os dois continuaram a espiar pela janela sentindo-se mais nervosos a cada hora. Ernesto não parecia ter dominado o uso do volante.

O Nôitibus a toda hora subia na calçada, mas não batia em nada. Os fios dos lampiões, as caixas de correio e as latas de lixo saltavam fora do caminho quando o ônibus se aproximava e tornavam à posição anterior depois de ele passar.

Lalau voltou do primeiro andar, seguido de uma bruxa meio esverdeada e embrulhada em uma capa de viagem.

– Chegamos, Madame Marsh!- Lalau exclamou alegremente, enquanto Ernesto metia o pé no freio e as camas deslizavam bem uns trinta centímetros para a dianteira do ônibus.

Madame Marsh cobriu a boca com um lenço e desceu as escadas, titubeante. Lalau atirou a mala para ela e bateu as portas do ônibus e de novo um barulho infernal, e o veículo saiu roncando por uma estradinha do interior, fazendo as árvores saltarem da frente.

Meredith não teria conseguido dormir mesmo se estivesse viajando em um ônibus que não produzisse tantos barulhos e saltasse um quilômetro e meio de cada vez. Harry parecia cansado, mas sentia o mesmo em relação ao ônibus. O estômago deu muitas voltas quando o ônibus saia chiando com o pneu arrastando no asfalto.

Lalau abrira um exemplar do Profeta Diário e agora o lia mordendo a língua. Um homem de rosto encovado e cabelos longos e embaraçados piscou devagarinho para Harry e Meredith em uma grande foto na primeira página.

– Ele piscou pra mim? -Meredith sussurrou para Harry. - A foto?

– Esse homem! - exclamou Harry, esquecendo-se por um momento dos próprios problemas. - Ele apareceu no noticiário dos trouxas!

– Eu também vi! Lá em casa tem televisão. - Meredith falou agora prestando mais atenção.

Lalau virou para a primeira página e deu uma risadinha.

– Sirius Black. - ele disse confirmando com a cabeça - Claro que apareceu no noticiário dos trouxas, Neville, por onde você tem andado?

E, deu uma risadinha de superioridade ao ver o olhar vidrado no rosto de Harry rasgou a primeira página e entregou-a a eles. Meredith fez uma cara estranha. Não estava acostumada a não ouvir Harry ser chamado de “o magnânimo Potter”.

– Vocês deviam ler mais jornal.

Harry ergueu a página diante da luz e leu:

BLACK AINDA FORAGIDO

Sirius Black, provavelmente o condenado de pior fama já preso na fortaleza de Azkaban, continua a escapar da polícia, confirmou hoje o Ministério da Magia.

“Estamos fazendo todo o possível para recapturar Black” disse o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, ouvido esta manhã, “e pedimos à comunidade mágica que se mantenha calma.”

Fudge tem sido criticado por alguns membros da Federação Internacional de Bruxos por ter comunicado a crise ao Primeiro Ministro dos Trouxas.

“Bem, na realidade, eu tinha que fazer isso ou vocês não sabem?, comentou Fudge, irritado. “Black é doido. É um perigo para qualquer pessoa que o aborreça, seja bruxo ou trouxa. O Primeiro-Ministro me garantiu que não revelará a verdadeira identidade de Black. E vamos admitir, quem iria acreditar se ele revelasse?

Enquanto os trouxas foram informados apenas de que Black está armado (com uma espécie de varinha de metal que os bruxos usam para se matar uns aos outros), a comunidade mágica vive no temor de um massacre como o que ocorreu há doze anos, quando Black matou treze pessoas com um único feitiço.

Sirius Black se parecia com um vampiro, realmente branco e sinistro, exceto por seu olhar sombrio e cheio de algo indescritível.

.

– Carinha sinistro, não é mesmo? - comentou que esteve observando Harry enquanto lia.

– Ele matou “treze pessoas” - Meredith disse devolvendo a página a Lalau

– Com um feitiço? - Harry se admirou.

– É, isso aí, bem na frente de testemunhas e tudo. Em plena luz do dia. Armou uma confusão do caramba não foi, Ernesto?

– Hum-hum! - Ernesto confirmou sombriamente.

Lalau girou a cadeira de braços, cruzou as mãos às costas, afim de olhar melhor para os dois.

– Black foi um grande partidário de Você-Sabe-Quem - ele disse.

– De quem, do Voldemort - Harry disse sem pensar.

Até as espinhas de Lalau ficaram brancas. Ernesto deu tal golpe de direção que uma casa de fazenda inteira teve que saltar para o lado para fugir do ônibus.

– Você ficou maluco? - Lalau gritou - Pra que foi que você foi dizer o nome dele?

– Desculpe - Harry se apressou em dizer- Desculpe, eu... me esqueci...

– Se esqueceu! - Lalau exclamou com a voz fraca - Caramba, meu coração até desembestou...

– Então... então Black era partidário de Você-Sabe-Quem? - Meredith tomou a frente.

– É, é! - Lalau confirmou ainda esfregando o peito - É, é isso aí. Dizem que era muito chegado ao Você-Sabe-Quem... Em todo o caso, quando o pequeno Harry Potter levou a melhor sobre Você-Sabe-Quem...

Meredith prendeu uma risada e Harry, nervoso, achatou a franja na testa outra vez.

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