Harry Potter e o segredo de Slytherin escrita por Absolem the oracle


Capítulo 14
Capítulo 13 - Um diário misterioso




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Hermione permaneceu na ala hospitalar várias semanas. Houve um monte de boatos sobre o seu sumiço quando o resto da escola voltou das férias de Natal, porque naturalmente todos pensaram que ela fora atacada. Foram tantos os alunos que passaram pela ala hospitalar tentando dar uma olhada nela que Madame Pomfrey pegou outra vez as cortinas e pendurou-as em torno da cama da garota, para lhe poupar a vergonha de ser vista com a cara peluda.

Harry, Rony Meredith e, às vezes, Queen iam visitá-la toda tarde. Quando o novo período letivo começou, eles lhe levavam os deveres de casa do dia.

- Se tivessem crescido bigodes de gato em mim, eu teria tirado umas férias dos deveres - Rony disse certa noite, despejando uma pilha de livros na mesa-de-cabeceira de Hermione.

- Pare de ser bobo, Rony, tenho que me manter em dia! - Hermione disse decidida já seu estado de ânimo melhorara muito desde que todos os pêlos desapareceram do seu rosto, e os olhos estavam voltando lentamente à cor castanha - Suponho que não encontraram nenhuma pista nova? - acrescentou aos sussurros para que Madame Pomfrey não a escutasse.

- Nada... - Harry respondeu desanimado.

- Eu até tentei descobrir mais alguma coisa espremendo a Pansy, mas nada, nem ouvindo as conversar de Draco. Ele realmente não sabe quem é. - Meredith falou desanimada.

- Eu tinha tanta certeza de que era Draco - Rony disse pela centésima vez.

- Que é isso? - Meredith disse apontando para alguma coisa dourada que aparecia por baixo do travesseiro de Hermione.

- É só um cartão desejando que eu fique boa logo. - Hermione disse depressa, tentando escondê-lo, mas Meredith foi mais rápida. Puxou o cartão,e deu para Rony que o abriu e leu em voz alta:

A senhorita Granger desejo uma rápida recuperação, seu professor preocupado Gilderoy Lockhart da Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa contra as Forças das Trevas, cinco vezes vencedor do Prêmio do Sorriso Mais Simpático do Mundo do Semanário dos Bruxos.

Rony olhou para Hermione enojado.

- Você dorme com isso debaixo do travesseiro? - Meredith disse com um certo asco.

Mas Hermione não precisou responder por que Madame Pomfrey apareceu para lhe dar a medicação noturna.

- O Lockhart é o cara mais popular que você já conheceu ou o quê? - Rony perguntou a Harry e Meredith ao saírem da enfermaria e começarem a subir a escada que levava à Torre da Grifinória. Snape passou tanto dever de casa, que Meredith achou que provavelmente estaria na sexta série quando terminasse tudo. Rony estava acabando de comentar que gostaria de ter perguntado a Hermione quantos rabos de rato devia usar na Poção de Arrepiar Cabelos quando um vozerio no andar de cima chegou aos ouvidos dos dois.

- É o Filch. - Harry murmurou enquanto subiam depressa a escada e paravam, escondidos, apurando os ouvidos.

- Você acha que mais alguém foi atacado? - perguntou Rony tenso.

- Não sei, mas estamos perto demais de problemas, de novo. - Meredith se lamentou. Detestava ter tantas dores de cabeça.

Era incrível como ela tinha se esquivado das perguntas de Snape sobre Harry, Rony e Hermione. Estava realmente sendo difícil descobrir quem era o herdeiro, e Meredith não dispensava uma bom problema como esse, mas realmente ficava difícil quando ela sempre estava perto de quem era petrificado.

Os três ficaram quietos, as cabeças inclinadas na direção da voz de Filch, que parecia um tanto histérica.

- ... Sempre mais trabalho para mim! Enxugando o chão a noite inteira, como se já não tivesse o suficiente para fazer! Não, isto é a última gota, vou procurar o Dumbledore...

Os passos dele cessaram e ouviram uma porta bater à distância.

Ele esticaram as cabeças para espiar mais além do canto. Filch, pelo que viam, estivera em seu posto de vigia habitual: estavam mais uma vez no local em que Madame Nor-r-ra fora atacada. Viram imediatamente a razão dos gritos de Filch.

Uma grande inundação se espalhava por metade do corredor e aparentemente a água ainda não parara de correr por baixo da porta do banheiro da Murta Que Geme. Quando Filch parou de gritar, eles puderam ouvir os lamentos da Murta ecoando pelas paredes do banheiro.

- Agora o que será que ela tem? - Rony exclamou.

- Qualquer coisa irrita ela! Tudo é motivo para destruir o banheiro. - Harry disse um pouco indignado.

- Vamos até lá ver! - Meredith disse levantando as vestes bem acima dos tornozelos, os três atravessaram aquela aguaceira até a porta com o letreiro INTERDITADO, não lhe deram atenção, como sempre, e entraram.

Murta Que Geme chorava, se é que isso era possível, cada vez mais alto e com mais vontade do que nunca. Parecia ter se escondido no seu boxe habitual. Estava escuro no banheiro porque as velas haviam se apagado com a grande inundação que deixara as paredes e o piso encharcados.

- Que foi Murta?- Harry perguntou.

- Quem é? - a Murta gemeu infeliz - Vêm jogar mais alguma coisa em mim?

Harry meteu os pés na água até o boxe dela.

- Por que eu iria jogar alguma coisa em você?

- É a mim que você pergunta!? - a Murta gritou surgindo em meio a mais uma onda líquida, que se espalhou pelo chão já molhado - Estou aqui cuidando da minha vida e alguém acha que é engraçado jogar um livro em mim...

- Mas não deve machucar se alguém joga um livro em você... - Meredith argumentou - Quero dizer, ele atravessa você, não é mesmo?

Disse a coisa errada. Murta se estufou e gritou com voz aguda:

- Vamos todos jogar livros na Murta, porque ela não é capaz de sentir! Dez pontos se você fizer o livro atravessar a barriga dela! Muito bem, ha, ha, ha! Que ótimo jogo, eu não acho!

- Mas afinal quem jogou o livro em você? - perguntou Harry.

- Eu não sei... Eu estava sentada na curva do corredor, pensando na morte, e o livro atravessou a minha cabeça. - a Murta disse olhando feio para os garotos - Está lá, foi levado pela água...

Harry e Rony espiaram embaixo da pia para onde Murta apontava. Havia um livro pequeno e fino caído ali. Tinha uma capa preta e gasta de couro e estava molhado como tudo o mais naquele banheiro. Harry adiantou-se para apanhá-lo, mas Rony de repente esticou o braço para impedi-lo.

- Que foi?

- Você está maluco - Rony disse - Pode ser perigoso.

- Perigoso? - Harry perguntou rindo - Deixe disso, de que jeito poderia ser perigoso?

- Você ficaria surpreso! - Rony disse olhando apreensivo para o livro - Os livros que o Ministério da Magia tem confiscado, papai me contou, tinha um que queimava os olhos da pessoa. E todo mundo que leu Sonetos de um Bruxo passou a falar em rima para o resto da vida. E uma velha bruxa em Bath tinha um livro que a pessoa não conseguia parar de ler. Passava a andar com a cara no livro, tentando fazer tudo com uma mão só. E...

- Está bem, já entendi.

- E-eu... já vi esse livro antes... foi o que sumiu... - Meredith murmurava se aproximando dele.

O livrinho continuava no chão, empapado e indefinível.

- Bem, não vamos descobrir se não dermos uma olhada. - Meredith se abaixou para se e apanhou o livro do chão e sentiu uma vontade irresistível de dá-lo a Harry.

Harry viu num instante que era um diário, e o ano meio desbotado na capa lhe informou que tinha cinqüenta anos de idade.

Abriu-o ansioso. Na primeira pagina, mal e mal, conseguiu ler o nome "T. M. Riddle", em tinta borrada.

- Calma aí... Riddle?- Rony olhou para Meredith - Conheço esse nome... - ele se aproximou cautelosamente e espiou por cima por cima do ombro do amigo. - T. M. Riddle recebeu um prêmio por serviços especiais prestados à escola há cinqüenta anos.

- Não tinha esse nome ai antes.

- Como é que você sabe? - Harry perguntou admirado.

- Porque Filch me fez polir o escudo desse homem umas cinqüenta vezes durante a minha detenção - disse Rony com raiva. - Daquela vez que arrotei lesmas para todo o lado. Se você tivesse tirado lesmas de um nome durante uma hora, você também se lembraria.

- Não... falava, de Meredith.

- Eu... encontrei esse diário... a muito tempo. Mas ele sumiu no mesmo dia em que vi.

Harry separou as páginas molhadas. Estavam completamente em branco. Não havia o menor vestígio de escrita em nenhuma delas, nem mesmo Aniversário de uma tia Magda ou dentista as três e meia.

- Não entendo por que alguém quis pegar da Meredith e descartar ele. - Rony comentou curioso.

Meredith puxou o livro das mãos de Harry e virou e viu impresso nas costas dele o nome de uma papelaria na Rua Vauxhall, em Londres.

- O dono deve ter nascido trouxa. - Harry disse pensativo - então... é capaz de ser seu parente Meredith.

- Para ter comprado um diário na Rua Vauxhall...

- Mas podem existir vários Riddles por ai que nem fazem parte da minha família. - Meredith disse pensativa.

- Bom, não vai servir para você. - Rony falou. E baixando a voz: - Cinqüenta pontos se você conseguir fazer ele atravessar o nariz da Murta.

Meredith porém, meteu o diário no bolso de harry.

Hermione deixou a ala hospitalar, sem bigodes, sem rabo, sem pêlos, no início de fevereiro.

Na primeira noite de volta à Torre da Grifinória, Harry lhe mostrou o diário de T. M. Riddle e lhe contou como Meredith perdeu e o tinham encontrado.

- Aaah, talvez tenha poderes secretos! - a garota disse entusiasmada, apanhando o diário e examinando com atenção.

- Se tiver, deve estar escondendo esses poderes muito bem! - Rony disse - Vai ver é tímido. Não sei por que você não joga esse diário fora, Harry.

- Eu queria saber por que alguém tentou jogá-lo fora. E também gostaria de saber por que foi que Riddle recebeu um prêmio por serviços especiais prestados a Hogwarts. Pode ser seu parente Meredith. - ele a olhou como se perguntasse “você sabe quem é, não é verdade? É seu parente, não é?”

- Eu não sei, já disse! E mesmo se for, se não estiver morto está bem longe, e não se importa comigo.

- Bem pode ter sido por qualquer coisa. - Rony disse - Talvez tenha ganho trinta corujas ou salvou um professor dos tentáculos de uma lula gigante. Talvez tenha assassinado a Murta; isso teria sido um favor para todo mundo...

Meredith estava com uma idéia. Hermione e Harry pareceram entender.

- Que foi? - perguntou Rony olhando de um para outro.

- Bom, a Câmara Secreta foi aberta há cinqüenta anos, não foi? Foi o que Draco disse. - Meredith disse devagar.

- E... - Rony disse lentamente.

- E este diário tem cinqüenta anos. - Hermione disse tamborilando os dedos agitada.

- E daí?

- Ah, Rony, vê se acorda! - Meredith retrucou irritada.

- Sabemos que quem abriu a Câmara da última vez foi expulso há cinqüenta anos. Sabemos que T. S. Riddle recebeu um prêmio por serviços especiais prestados à escola há cinqüenta anos. - Hermione parou para respirar - Muito bem, e se Riddle recebeu o prêmio por ter pego o herdeiro de Slytherin?

- Sim! - Meredith pareceu animada com a idéia - O diário dele provavelmente nos contaria tudo, onde fica a Câmara, como abri-la, que tipo de criatura mora lá, e a pessoa que está por trás desses ataques desta vez não gostaria de ver o diário rolando por aí, não é?

- É uma teoria brilhante. - Rony disse - Só tem um furinho pequenininho. Não tem nada escrito no diário.

Mas Hermione estava tirando a varinha de dentro da mochila.

- Ô mente pequena... - Meredith entregou o diário a Hermione;

- Talvez a tinta seja invisível! - sussurrou.

A garota deu três toques no diário e disse: Aparedum!

Nada aconteceu. Sem desanimar, Hermione meteu outra vez a mão na mochila e tirou uma coisa que parecia uma borracha vermelho-berrante.

- É um revelador que comprei no Beco Diagonal. - explicou.

Ela esfregou a borracha com força em primeiro de janeiro.

Nada aconteceu.

- Estou dizendo que não tem nada aí para se achar. - Rony falou - Riddle simplesmente ganhou um diário de Natal e não se deu o trabalho de usá-lo.

Harry parecia intrigado com o diário. Como se fosse especial para ele, e tivesse uma história que precisasse terminar, já que folheava o diário continuamente.

Ainda assim, Harry estava decidido a descobrir mais sobre Riddle. Por isso, próximo ao amanhecer, rumou para a sala de troféus para examinar o prêmio especial de Riddle, acompanhado por uma Hermione interessada, uma Meredith preocupada mas animada com a idéia e um Rony completamente descrente, que disse aos dois que já tinha visto a sala de troféus o suficiente para uma vida inteira.

O escudo dourado de Riddle estava guardado em um armário de canto. Não continha detalhes sobre as razões por que fora concedido ("Ainda bem, porque seria maior e eu ainda estaria polindo essa coisa", Rony disse) Mas eles encontraram o nome de Riddle em uma velha medalha de Mérito em Magia e em uma lista de antigos monitores-chefes.

- Ele até parece o Percy... - Rony disse torcendo o nariz enojado - Monitor, monitor-chefe... Provavelmente o primeiro aluno em todas as classes...

- Você fala isso como se fosse uma coisa ruim! - Hermione disse num tom ligeiramente magoado.

- Isso é incrível! Tomara que ele seja meu avó, ou um tio... - Meredith disse sorridente embaçando o vidro com sua respiração de tão colada nele que estava.

O sol agora voltara a brilhar palidamente sobre Hogwarts. No interior do castelo, as pessoas se sentiam mais esperançosas. Não houvera mais ataques desde os de Justino e Nick Sem Cabeça, e Madame Pomfrey tinha o prazer de informar que as mandrágoras estavam ficando imprevisíveis e cheias de segredinhos, o que significava que iam deixando depressa a infância.

- Quando desaparecer a acne delas, estarão prontas para serem reenvasadas - Meredith a ouviu dizer gentilmente ao Filch uma certa tarde - E depois disso, iremos cortá-las e cozinhá-las. Num instante você terá a sua Madame Nor-r-ra de volta.

Talvez o herdeiro de Slytherin tenha perdido a coragem, eles pensaram. Devia estar se tornando cada vez mais arriscado abrir a Câmara Secreta, com a escola tão atenta e desconfiada. Talvez o monstro, fosse o que fosse, estivesse neste mesmo momento se aninhando para hibernar outros cinqüenta anos...

Ernie Mcmillan da Lufa-Lufa não concordava com essa visão otimista. Continuava convencido de que Harry era o culpado e Meredith era sua seguidora, que ele "se denunciara" no Clube dos Duelos. Pirraça não estava ajudando nada; a toda hora aparecia nos corredores cheios de alunos, cantando: "Ah, Potter podre...", agora com um número de dança para acompanhar.

Gilderoy Lockhart parecia pensar que, sozinho, fizera os ataques pararem. Harry ouviu-o dizer isso à Prof. McGonagall quando os alunos da Grifinória faziam fila para ir à aula de Transformações.

- Acho que não vai haver mais problemas, Minerva! - ele disse dando um tapinha no nariz e uma piscadela com ar de quem sabe das coisas - Acho que a Câmara foi fechada para sempre desta vez. O culpado deve ter sentido que era apenas uma questão de tempo até nós o pegarmos. Achou mais sensato parar agora, antes que eu o liquidasse. Sabe, o que a escola precisa agora é de uma injeção no moral. Esquecer as lembranças do período passado! Não vou dizer mais nada por ora, mas acho que sei exatamente o que...

E dando outra pancadinha no nariz se afastou decidido.

A idéia que Lockhart fazia de uma injeção no moral tornou-se clara no café da manhã de catorze de fevereiro. Meredith não tinha dormido bem intrigada com o diário que Harry “emprestou”. Ela novamente escreveu no diário, e o nome que apareceu sumiu e reapareceu, mas Meredith nada falou. E de manhã correu para o Salão Principal, um pouco atrasada. Esbarrou com Harry perto da porta. Pensou, por um momento, que tivesse entrado na porta errada.

As paredes estavam cobertas com grandes flores rosa-berrante. E pior ainda, de um teto azul-celeste caía confete em formato de coração. Harry dirigiu-se à mesa da Grifinória, onde Rony estava sentado com cara de enjôo, e Hermione parecia não conseguir parar de rir.

- Que é que está acontecendo? - perguntou Harry aos dois, sentando-se e limpando o confete do bacon.

Rony apontou para a mesa dos professores, aparentemente nauseado demais para falar.

Lockhart, usando vestes rosa-berrante, para combinar com a decoração, gesticulava pedindo silêncio. Os professores, de cada lado dele, estavam impassíveis. De onde se sentara, sentou podia ver um músculo tremendo na bochecha da Prof. MacGonagall. Snape parecia que tinha acabado de tomar um grande copo de Esquelecresce.

- Feliz Dia dos Namorados! - exclamou Lockhart. - E será que posso agradecer às quarenta e seis pessoas que me mandaram cartões até o momento? Claro, tomei a liberdade de fazer esta surpresinha para vocês, e ela não acaba aqui!

Lockhart bateu palmas e, pela porta que abria para o saguão de entrada, entraram onze anões de cara amarrada. Mas não eram uns anões quaisquer. Lockhart mandara-os usar asas douradas e trazer harpas.

- Os meus cupidos, entregadores de cartões! - Lockhart sorriu - Eles vão circular pela escola durante o dia de hoje entregando os cartões dos namorados. E a brincadeira não termina aí! Tenho certeza de que os meus colegas vão querer entrar no espírito festivo da data! Por que não pedir ao Prof. Snape para lhes ensinar a preparar uma Poção de Amor! E por falar nisso, o Prof. Flitwick conhece mais Feitiços de Fascinação do que qualquer outro mago que eu conheça, o santinho!

O Prof. Flitwick escondeu o rosto nas mãos. Snape fez cara de que obrigaria a beber veneno o primeiro aluno que lhe pedisse uma Poção de Amor.

- Por favor, Mione, me diga que você não foi uma das quarenta e seis. - Rony deixarem ao deixarem o Salão Principal para assistir à primeira aula. A garota de repente ficou muito interessada em procurar na mochila o seu horário e não respondeu.

- Ei me esperem! - Meredith gritou correndo atrás dos três - Eu tenho cada vez mais vontade de chutar no meio das pernas do Lockhart. - Meredith disse enquanto

O dia inteiro, os anões não pararam de invadir as salas de aula e entregar cartões, para irritação dos professores e, no fim daquela tarde, quando os alunos da Grifinória iam subindo para a aula de Feitiços, um dos anões alcançou Harry.

- Oi, você! "Arry" Potter! - gritou um anão particularmente mal-encarado que abria caminho às cotoveladas para chegar até Harry.

Cheio de calores só de pensar em receber um cartão do dia dos namorados na frente de uma fileira de alunos de primeiro ano, que por acaso incluía Gina Weasley.

Harry tentou escapar. O anão, porém, meteu-se por entre a garotada chutando as canelas de todos e o alcançou antes que o garoto pudesse se afastar dois passos.

- Tenho um cartão musical para entregar a "Arry" Potter em pessoa. - disse empunhando a harpa de um jeito meio assustador.

- Aqui não... - Harry sibilou tentando escapar.

- Fique parado! - grunhiu o anão, agarrando a mochila de Harry e puxando-o de volta.

- Corre garoto! - Meredith cutucou o anão chamando sua atenção.

- Me solta! - rosnou o garoto, puxando. Com um barulho de pano rasgado, a mochila se rompeu ao meio. Os livros, a varinha, o pergaminho e a pena se espalharam pelo chão, e o vidro de tinta se derramou por cima de tudo.

Harry se virou para todos os lados, tentando reunir tudo antes que o anão começasse a cantar, causando um certo engarrafamento no corredor.

- Que é que está acontecendo aqui? - se ouviu a voz fria e arrastada de Draco Malfoy. Harry começou a enfiar tudo febrilmente na mochila rasgada, desesperado para sair dali antes que Draco pudesse ouvir o cartão musical.

- Naada. - Meredith disse enigmática.

- Que confusão é essa? - perguntou outra voz conhecida. Era Percy Weasley que se aproximava.

- Fica quieta adoradora de sangues-ruins. Ah esqueci, você é uma sangue-ruim também.

Perdendo a cabeça, Harry tentou correr, mas o anão o agarrou pelos joelhos e o derrubou com estrondo no chão.

- Uhhh, o Malfoy malvado é tão assustador... - Meredith disse debochada enquanto Harry tentava fugir do anão.

- Muito bem! - ele disse se sentando em cima dos calcanhares de Harry - Vamos ao seu cartão cantado:

"Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos, teus cabelos, negros como um quadro de aula. Queria que tu fosses meu, garoto divino, Herói que venceu o malvado Lord das Trevas."

Harry teria dado todo o ouro de Gringotes para se evaporar na hora. Fazendo um grande esforço para rir com os colegas, ele se levantou, os pés dormentes com o peso do anão, enquanto Percy Weasley fazia o possível para dispersar os alunos, alguns chorando de tanto rir. Nem Meredith conseguiu se segurar diante da mensagem cantada.

- Vão andando, vão andando, o sinal já tocou há cinco minutos, já para a aula. - o monitor disse espantando os alunos mais novos. - E você, Malfoy...

Harry, erguendo a cabeça, viu Draco se abaixar e apanhar alguma coisa. Mostrou-a, debochando, a Crabbe e Goyle, e Meredith percebeu que ele se apossara do diário de Riddle.

- Devolva isso aqui. - Harry disse controlado.

- Que será que Potter andou escrevendo nisso? - Draco disse e obviamente não reparou na data impressa na capa e pensava que era o diário de Harry.

Fez-se silêncio entre os presentes. Gina olhava do diário para Harry, com cara de terror.

- Devolva, Malfoy. - Percy disse com severidade.

- Depois que eu olhar. - Draco disse agitando o diário no ar para enraivecer Harry.

Percy falou:

- Como monitor... - mas Meredith perdeu a paciência. Puxou a varinha e gritou:

- "Expelliarmus!" - e do mesmo jeito que Snape desarmara Lockhart, Draco viu o diário sair voando de sua mão. Rony, com um grande sorriso o apanhou.

- Meredith! - Percy disse em voz alta - Nada de mágica nos corredores. Vou ter que reportar isso, sabe!

Mas Meredith não se importou, ganhara uma vez de Draco e isso valia cinco pontos da sonsrina ou de qualquer outra casa em qualquer dia.

- Foi o Harry que mandou! - Meredith disse rapidamente e Percy olhou para Harry incrédulo, tirando dez pontos da Grifinória.

Draco ficou furioso e quando Gina passou por ele para entrar na sala de aula, gritou despeitado:

- Acho que Potter não gostou muito do seu cartão!

Gina cobriu o rosto com as mãos e correu para dentro da sala. Rosnando, Rony puxou a varinha também, mas Harry o agarrou para afastá-lo. Rony não precisava passar a aula de Feitiços inteira arrotando lesmas de novo.

Meredith acabou levando o diário consigo. Rony na pressa de ajudar Harry a pegar tudo do cão o deixou de lado. Ela resolveu entregar no almoço. Notou que o caderno não tinha ficado manchado com a tinta dos materiais de Harry. Como a tinta se apagava, ela resolveu escrever um pouco ali durante a aula de defesa contra as artes das trevas já que Lockhart , na opinião dela, era um homem nojento, irritante e totalmente ignorável.

Ela começou a escrever.

“Olá querido diário. Ou só, diário mesmo. Da ultima vez escrevi meu nome como Meredith M.R. Sou Meredith Marvolo Riddle. Estou indecisa em escrever ou não um cartão de dia dos namorados.”

As paginas ficaram com um brilho estranho e embranqueceram como sempre. Mas desta vez as letras pareciam voltar. Porem não era o que Meredith havia escrito.

“Meredith Marvolo Riddle? Olá. Me chamo T. M. Riddle.”

Ela sentiu um calafrio. Era surpreendente. Lockhart não percebeu já que Meredith abriu o diário por cima de um de seus livros.

“Que estranho, termos o mesmo sobre nome e não sermos parentes. Não acha?”

Ela esperou ansiosamente uma resposta. Mas o diário derrepente pareceu se “calar”. Longos minutos depois veio uma resposta não muito satisfatória.

“... é. É estranho. Como encontrou meu diário?”

“Meu animal de estimação encontrou. Ele sumiu e reencontrei num banheiro. Alguém queria se livrar dele.”

As palavras se dissolveram lentamente.

“Que bom que você o encontrou.Quer mandar um cartão para quem?”

“Meu professor. Snape.”

“Por que?”

“Ele ... “cuida” de mim. E é, no fundo, bom comigo. Diferente dos trouxas.”

“Ahh. Trouxas... eles podem ser ruins.”

“Eu sei o quanto. Você sabe algo sobre a câmara secreta? Seu diário tem cinqüenta anos... a mesma época em que abriram a câmara da ultima vez. E estão escondendo algo, eu sinto.”

“"Claro que sei alguma coisa sobre a Câmara Secreta. Você é esperta... No meu tempo, disseram à gente que era uma lenda, que não existia. Mas era mentira. No meu quinto ano, a Câmara foi aberta e o monstro atacou vários alunos e finalmente matou um. Peguei a pessoa que tinha aberto a Câmara e ela foi expulsa, mas o diretor, Prof. Dippet, preocupado porque uma coisa dessas aconteceram em Hogwarts, me proibiu de contar a verdade. A história que foi divulgada é que a menina morreu em um acidente imprevisível. Eles me deram um troféu bonito, reluzente e gravado, pelo meu trabalho, e me avisaram para ficar de boca fechada. O monstro continuou vivo, e aquele que tinha o poder de libertá-lo não foi preso."

Meredith parou alguns segundos prendendo a respiração. Era tanta coisa ao mesmo tempo, que ela se sentia atordoada.

“Você o pegou? Quem foi?”

"Posso te mostrar, se você quiser." Veio a resposta de Riddle “Posso a levar as minhas lembranças da noite em que o peguei."

Meredith hesitou. Não podia fazer isto na sala de aula. Não com Lockhart doido para se mostrar, podendo fazer alguma besteira com ela.

“Está bem. Mas espere um segundo. Vou sair da aula e ir para o banheiro.”

Meredith ergueu a mão e esperou cerca de dois longos minutos ate Lockhart resolver prestar atenção nela.

- Posso ir ao banheiro professor? - a voz soou insegura - É urgente.

- Oh, minha cara, claro! - Meredith fez menção de se levantar mas foi impedida - Mas, Você poderia responder a ultima pergunta que fiz sobre férias com bruxas malvadas?

- Q-qual?

- Eu perguntei, qual era o nome da bruxa que roubou os poderes do bruxo Flifin Larroy, por que ela roubou e como eu recuperei seus poderes.

- O nome dela era... era... eunãotonemai promalditonomedela, ela roubou por que quis, e o senhor deve ter o salvo de alguma maneira improvável. Melhor dizendo ridiculamente duvidosa. - Meredith o ignorou e saiu da sala correndo.

Desceu as escadas o mais rápido que pode para o terceiro andar, e entrou no banheiro da Murta. Filch estava ocupado brigando com alguns alunos e não a viu.

Ela sentou no chão úmido do ultimo Box depois de trancar a porta. A murta não estava ali, provavelmente passeando por algum lugar. Abriu o diário e rabiscou com uma caneta trouxa.

“Me mostre.”

As páginas do diário começaram a virar como se tivessem sido apanhadas por um vendaval e pararam na metade do mês de junho. Surpresa Meredith viu que o quadradinho correspondente ao dia treze de junho parecia ter-se transformado numa telinha de televisão. Com as mãos ligeiramente tremulas, ela ergueu o livro para encostar o olho na janelinha e se sentiu sendo puxada para dentro dela. Ela mergulhou e a janela foi se alargando, E Meredith sentiu o corpo no meio de um rodamoinho de cores e sombras.

Depois, sentiu o pé bater em chão firme e ficou parada, esperando, e as formas borradas à sua volta entraram de repente em foco.

Soube imediatamente onde estava. A sala circular com os retratos que cochilavam era o escritório de Dumbledore, mas não era Dumbledore quem se sentava à escrivaninha. Um bruxo mirrado e frágil, careca, exceto por alguns fiapos de cabelos brancos, lia uma carta à luz da vela. Meredith nunca viu o homem antes.

- Sinto muito. - Meredith falou surpresa - Não queria entrar aqui.

Mas o bruxo não ergueu a cabeça. Continuou a ler, franzindo ligeiramente a testa.

Meredith permaneceu ali em pé.

- Vou ficar. - ela anunciou, mas o bruxo continuou a ler. Parecia que ela não existia.

O bruxo dobrou a carta com um suspiro, se levantou, passou por Meredith sem a olhar e foi abrir as cortinas da janela.

O céu lá fora estava cor de rubi. Parecia ser o pôr-do-sol. O bruxo voltou à escrivaninha, sentou e ficou girando os polegares, de olho na porta.

Meredith prestou atenção. Não haviam as parafernálias prateadas e fumegantes de Dumbledore e tudo estava organizado de outra forma. Era a Hogwarts que Riddle conheceu, o que significava que este bruxo desconhecido era o diretor em vez de Dumbledore, e que ela era apenas uma espectadora. Não poderia interferir no que já havia passado.

Alguém bateu à porta da sala.

- Entre. - disse o velho bruxo com a voz fraca.

Um menino de uns dezesseis anos entrou tirando o chapéu cônico. Um distintivo de monitor brilhava em seu peito. Ele era dois palmos mais alto do que Meredith, seus cabelos eram muito negros e tinham o ondulado igual ao do cabelo de Meredith antes de formar os cachinhos nas pontas. Ele era muito familiar a Meredith.

- Ah, Riddle. - o diretor exclamou.

Meredith sentiu uma ponta de esperança, de que Riddle fosse realmente seu parente, um tio ou primo. Talvez ela pudesse o encontrar e ele não a tratasse como uma escrava, ou melhor, uma elfa doméstica, como os Wisht a tratavam.

- O senhor queria me ver, Prof. Dippet? - o garoto falou e parecia nervoso.

- Sente-se. - Dippet convidou- Acabei de ler a carta que você me mandou.

- Ah! - Riddle disse e se sentou apertando as mãos com força.

- Meu caro rapaz - disse Dippet bondosamente - Não posso deixá-lo permanecer na escola durante o verão. Com certeza você quer ir para a casa passar as férias?

- Não. - respondeu Riddle na mesma hora. - Preferia continuar em Hogwarts do que voltar para aquele... Aquele...

- Você mora num orfanato de trouxas nas férias, não é? - Dippet perguntou curioso

- Moro, sim, senhor - respondeu Riddle, corando ligeiramente.

- Você nasceu trouxa?

- Mestiço. Pai trouxa e mãe bruxa.

- E seus pais...

- Minha mãe morreu logo depois que eu nasci. Me disseram no orfanato que ela só viveu o tempo suficiente para me dar meu nome...

Dippet sorriu pesaroso.

- O problema é... - ele suspirou -... que talvez pudéssemos tomar providências para acomodá-lo, mas nas atuais circunstâncias.

- O senhor se refere aos ataques? - Riddle perguntou e Meredith se aproximou mais ainda.

- Precisamente. - o diretor disse - Meu rapaz, você deve entender que seria muito insensato de minha parte permitir que você permaneça no castelo quando terminar o ano letivo. Principalmente à luz da recente tragédia... A morte daquela pobre menininha... Você estará muito mais seguro no seu orfanato. Aliás, o Ministério da Magia está neste momento falando em fechar a escola, Não estamos nem perto de identificar a... hum... fonte de todos esses contratempos...

Os olhos de Riddle se arregalaram.

- Diretor, se a pessoa fosse apanhada, se tudo isso acabasse...

- Que quer dizer? - perguntou Dippet esganiçando a voz e aprumando-se na cadeira. - Riddle, você está me dizendo que sabe alguma coisa sobre esses ataques?

- Não, senhor. - Riddle respondeu depressa.

Meredith teve a certeza imediata de que era o mesmo tipo de "não" que ela dizia quando Snape a pegava fazendo alguma besteira.

Dippet se recostou parecendo ligeiramente desapontado.

- Pode ir...

Riddle se levantou escorregando para fora da cadeira e saiu acabrunhado da sala.

Meredith o seguiu sem pestanejar.

Eles desceram pela escada em caracol e saíram ao lado da gárgula no corredor que escurecia. Riddle parou e Meredith também . Era visível que Riddle estava pensando em coisas serias. Mordia o lábio e franzia a testa.

Então, como se tivesse repentinamente chegado a uma decisão, afastou-se depressa em passos largos e Meredith foi atrás dele dando pequenas corridinhas. Não viram mais ninguém até chegarem ao saguão de entrada, onde um bruxo alto, com barba e longos cabelos acajus que cascateavam pelos seus ombros, chamou Riddle da escadaria de mármore.

- Que é que você está fazendo, andando por ai tão tarde?

Era Dumbledore, cinqüenta anos mais novo. Algo realmente desconcertante para Meredith.

- Tive que ir ver o diretor.

- Então vá logo para a cama. - Dumbledore disse fixando em Riddle exatamente o tipo de olhar penetrante que Meredith recebia quando ele queria a verdade - É melhor não perambular pelos corredores hoje em dia. Não desde que...

Ele soltou um pesado suspiro, desejou boa noite a Riddle e foi embora. Riddle o observou desaparecer de vista e então, andando depressa, rumou direto para a escada de pedra que levava às masmorras, com Harry nos seus calcanhares.

Riddle não a levou nem a um corredor oculto nem a um túnel secreto, mas a mesmíssima masmorra em que de sempre. Os archotes não tinham sido acesos e, quando Riddle empurrou a porta quase fechada, Meredith se sentou no chão e percebeu que ele espiava o corredor.

Ela esperou por meia hora. Só o que ele via era o vulto de Riddle atras porta, espiando pela fresta, esperando como uma estátua. E quando Meredith estava quase querendo voltar ouviu alguma coisa do lado de fora da porta.

Alguém estava andando sorrateiramente pelo corredor.

Ela ouviu esse alguém passar pela masmorra em que ela e Riddle estavam escondidos. Riddle, silencioso como uma sombra se esgueirou pela porta e seguiu a pessoa. Meredith o acompanhou desta vez andando mais devagar.

Por uns cinco minutos, talvez, os dois seguiram as pegadas, até que Riddle parou subitamente, a cabeça inclinada, atento a novos ruídos. Meredith ouviu uma porta se abrir com um rangido, e alguém falar num sussurro rouco.

- Vamos... Preciso sair daqui... Vamos logo... Para a caixa...

Havia alguma coisa familiar naquela voz...

De um salto Riddle contornou um canto. Meredith simplesmente entrou. Via a silhueta escura de um garoto enorme, agachado diante de uma porta aberta, com uma grande caixa ao lado.

- Boa noite, Rubeo. - Riddle disse rispidamente.

O garoto bateu a porta e se levantou.

- Que é que você está fazendo aqui em baixo?

Riddle se aproximou.

- Acabou. - disse - Vou ter que entregá-lo, Rúbeo. Estão falando em fechar Hogwarts se os ataques não pararem.

- Que é que...

- Acho que você não teve intenção de matar ninguém. Mas monstros não são bichinhos de estimação. Imagino que você o tenha soltado para fazer exercício e...

- Ele nunca mataria ninguém! - o garotão disse recuando contra a porta fechada.

Meredith percebeu que Hagrid provavelmente tentava abrir a porta sem magia.

- Vamos, Rúbeo. - Riddle falou aproximando-se ainda mais.

- Os pais da garota morta estarão aqui amanhã. O mínimo que Hogwarts pode fazer é garantir que a coisa que matou a filha deles seja abatida...

- Não foi ele! - rugiu o garoto, a voz ecoando no corredor escuro. - Ele não faria isso! Nunca!

- Afaste-se. - disse Riddle, puxando a varinha.

Seu feitiço iluminou repentinamente o corredor com uma luz flamejante. A porta atrás do garotão se escancarou com tal força que o empurrou contra a parede oposta. E pelo vão saiu uma coisa que fez Meredith congelar em choque.

Um corpanzil baixo e peludo e um emaranhado de pernas pretas; um brilho de muitos olhos e um par de pinças afiadíssimas. Riddle tornou a erguer a varinha, mas demorou demais. A coisa derrubou-o e fugiu, desembestou pelo corredor e desapareceu de vista. Riddle se levantou correndo, procurando a coisa; ergueu a varinha, mas o garotão pulou em cinta dele, arrancou a varinha de sua mão e o derrubou de novo no chão gritando:

- NAAAAÂÂÃO!

Tudo girou e ficou negro.Meredith estava agora de volta ao banheiro feminino do terceiro andar. Ela respirava ofegante.

“Qual é a sua relação comigo?” ela escreveu com as letras tremidas.

“Provavelmente somos primos. Distantes.”

“Essa coisa é o que esta petrificando as pessoas?”

“Talvez...”

Ela fechou o caderno furiosamente. Durante o almoço entregou para Harry. Não disse nada. Aquele garoto lembrava a ela alguém muito familiar e isso a deixou preocupada. Hagrid era mesmo o herdeiro de Salazar Slytherin?

Ela duvidava e muito.

Resolveu fazer o cartão para Snape. Uma espécie de agradecimento, por ele não a perseguir tanto quanto poderia. Fez as letras com cuidado, tentando se concentrar. Escreveu o seguinte:

“Ao Professor Severus Snape

Gostaria de agradecer por ser nosso diretor e por seu empenho em tornar a Sonserina a melhor casa de Hogwarts.

Também agradeço por ter aceitado cuidar de minhas disciplinas. As aulas extras, apesar de cansativas( e insuportáveis... - Meredith não teve coragem de acrescentar) foram de extrema importância para minhas notas finais.

Obrigada.

M.M.R.( Meredith não teve a audácia de assinar, mas sabia que Snape descobriria, pelas obvias informações. Foi apenas para ficar com a consciência mais tranqüila.)”

Harry, Rony e Hermione pareceram achar estranho Meredith não implicar, nem se envolver nos assuntos. Ela entregou o diário a Harry um tanto perturbada.

Deixaria Queen fora disto. Há tempos pensava em se distanciar da garota. Meredith sempre soube que era um imã para problemas. Desta vez... Queen estava fora. Até por que, ela não sabia de a amiga era “sangue-ruim”.

Ela terminou um cartão simples, em um tom de azul claro. Pediu a um anãozinho que entregasse ao professor, e tinha a leve certeza de que seria o único cartão que ele receberia. Depois receou da escola inteira saber.

Depois das aulas acabarem correu ao seu quarto, para resgatar uma coisa que tinha sido guardada. Entrou esbaforida no quarto e procurou sua caixinha de musica. Ela estava dentro do guarda-roupas.

De lá tirou o velho medalhão de prata escurecida, com a foto de seus pais. Abriu desesperada. Será que Riddle poderia ter sido...

Não. Ele era apenas parecido com seu pai tom. Seu pai na foto, tinha os cabelos mais longos, as sobrancelhas mais cheias, e o rosto mais masculino. Ela não poderia negar que os olhos eram quase idênticos.

Aquele garoto poderia ter sido um primo de seu pai, um sobrinho, até um irmão. Meredith não sabia se tinha tios ou não. Respirou aliviada colocando o medalhão no pescoço por dentro da blusa. Seu pai não era o dono daquele diário. Não ele.

Por fim à noite, obrigou Rony a levá-la ate Harry. Procuraram até cansar primeiro no quarto dos meninos e depois por todo o dormitório. Por fim voltaram ao quarto.

- Ah, é aqui que você está! - Rony disse.

Harry se sentou. Estava suado e trêmulo.

- Que aconteceu? - perguntou Rony, olhando-o preocupado.

- Foi Hagrid, Rony. Hagrid abriu a porta da Câmara Secreta há cinqüenta anos. - ele suspirou - Eu não acredito ainda. Ah! Meredith, obrigado por me devolver o diário.

Meredith engoliu seco quando viu o diário aberto sobre a cama e se arrependeu de ter devolvido. Não queria que Harry tivesse descoberto desta forma. Meredith sequer cogitou a possibilidade de contar, então, se não fosse deste jeito, de que outro seria?


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