Quando o homem ia responder, Tiffany sentiu seu celular vibrar no bolso e se afastou de forma lenta de onde estava com seu pai e o Sr. Kim para não interromper a conversa. Ao olhar o visor do aparelho Tiffany sorri um pouco e atende a ligação.

– Tiffany estamos na cola do Sr. Choi, ele é esperto e sabe que está sendo vigiado, vai ser difícil pegá-lo. – Tiffany revirou os olhos e respondeu.

– Faça o que for preciso para capturá-lo, e quando isso acontecer, você sabe o que fazer. – Ela disse de forma seca e baixa, pois seu pai a encarava.

– Sim, faremos o possível para...

Antes que a pessoa terminasse de falar Tiffany encerrou a ligação e voltou para onde estava sentada, seu pai apenas ignorou sua volta e continuou a falar com o Sr. Kim.

– O senhor tem seis meses para quitar a divida. – Falou esticando o papel para o homem a sua frente.

– Eu não sei a quantia que o senhor pediu, mas eu acho que três meses seriam suficientes para pagar. Não acha pai? – Tiffany olhava o senhor Kim que a cada segundo que passava ficava mais branco que o normal.

– Três meses? – O Sr Hwang disse analisando o homem a sua frente. – Sim Tiffany, você tem razão, três meses senhor Kim, esse é o prazo para o pagamento. – Ele concordou quando viu a expressão de medo do Sr. Kim.

– Não poderia ser mesmo os... – Tiffany o interrompeu.

– Não, não poderia. Agora eu começo a achar que dois meses não seria nada mal, o que o senhor acha, prefere dois meses ao invés de três? – Ela o encarava com um olhar desafiador.

– Não moça, dois meses não, os três meses são ótimos. – O homem disse tremulo.

– Muito bem, o que mais o senhor deseja?

– Nada, muito obrigado e com licença. – O homem levantou e se dirigiu até a porta, antes de abri-la Tiffany disse.

– Três meses, o senhor tem três meses, senão sabe o que acontece. - Ele fez que sim com a cabeça e saiu.

Estava pensando se aquilo era o certo, mas se não fosse não teria mais como voltar atrás, ele deu sua palavra e tinha que cumprir. Seguiu em direção a saída se despedindo da moça que mais cedo lhe indicara onde estava o Sr. Hwang.

– Você acha que ele consegue Tiffany?

– Não. Ele é um fraco, pode até ser inteligente, mas é fraco. O senhor tem alguma informação importante sobre ele? – Perguntou observando o pai digitar algo no celular.

– Sim, Jonghyun acaba de enviar que ele era empresário, mas faliu por causa do vicio em jogos de azar, é da família Kim, casado e tem uma filha chamada Taeyeon que é da sua idade, e ele mora um pouco longe daqui.

– No momento isso é suficiente, logo eu começo a observá-los de perto. – Tiffany disse com um olhar distante.

– E o Choi?

– Esse vai ter o que merece. – Seu olhar se tornou ainda mais frio. – É só questão de tempo. – Ela disse se retirando do escritório.

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– Mãe, já estou indo para não me atrasar. – Taeyeon disse enquanto descia os degraus da escada

– Certo Tae, cuidado e boa sorte filha. – A mulher disse observando enquanto a filha fechava a porta.

Taeyeon estava indo para a escola para fazer uma prova e conseguir uma bolsa de estudos. Depois que seu pai faliu as dívidas acumularam e ficou complicado continuar pagando a escola que era uma das melhores de Seul.

“Eu vou conseguir, eu tenho que conseguir”

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Tiffany estava em seu quarto tocando a flauta que ganhou da sua mãe quando foi interrompida por algumas batidas na porta, o que a deixou muito irritada e foi ver quem era.

– O que é agora? – Perguntou de maneira grosseira sem olhar para pessoa a sua frente.

– Como é Tiffany? – Seu pai perguntou.

– Desculpe pai, eu não sabia que era o senhor. – Ela disse curvando o corpo.

– Eu tenho que fazer uma viagem de negócios, ficarei fora por um tempo, cuide das coisas e não faça nada sem pensar, ouviu? – Ele disse em um tom sério e Tiffany assentiu.

– Boa viagem pai. – Ela disse esboçando um sorriso que foi retribuído pelo pai antes que ele saísse.

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“Que prova fácil, qualquer criança do pré-escolar a faria”

Taeyeon havia terminado a prova em dez minutos, mas só a entregou depois de uma hora.

– Boa sorte Taeyeon, o resultado sai amanhã.

– Obrigada professor Kangta. – Ela disse saindo da sala para ir embora.

O caminho de volta para casa foi tranqüilo para Taeyeon, mas antes de seguir para casa ela resolveu ir a biblioteca pegar alguns livros para se distrair.

– Taeyeon já deveria ter chegado, não acha? – A senhora Kim perguntou.

– Ela deve ter se distraído com alguma coisa, logo ela chega, não se preocupe. – Quando o Sr Kim terminou de falar Taeyeon abriu a porta e entrou em casa. – Não disse. Como foi a prova Tae?

– Muito fácil pai, como foi na casa dos Hwang? – Ela perguntou jogando a bolsa em um canto qualquer da cozinha.

– Foi tudo como o esperado. Consegui o empréstimo e já coloquei as dividas em dia, vai ficar tudo bem Tae, eu prometo. – Ele falou bagunçando um pouco o cabelo dela.

– Para pai, eu vou tomar um banho, estou super cansada.

– Quanto tempo eles deram para você pagar o empréstimo? – A senhora Kim perguntou quando viu que Taeyeon já tinha subido.

– O senhor Hwang iria dar seis meses, mas a sua filha Tiffany disse que três meses seriam suficientes e ele concordou, o que aquela menina tem de bonita ela tem de frieza e maldade. – Ele disse suspirando. – Ainda bem que Taeyeon não é uma menina má.

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– Tiffany, vamos sair hoje, seu pai não está em casa. – Yuri implorava para Tiffany aceitar o convite. – Vai ser legal, por favor.

– Não estou com vontade, e não é por que meu pai não está em casa que eu vou agir como uma inconseqüente, tenho alguns assuntos para resolver.

– Você vai mesmo assumir a máfia Tiffany?

– Claro, eu tenho que continuar com os negócios da família, e da forma mais correta possível para não colocar tudo a perder, nada nem ninguém vai conseguir mudar essa idéia. – Ela disse firme encarando Yuri que estava deitada em sua cama.

– Você não tem que fazer isso eu, por exemplo, não quero acordo com os negócios da minha família, não estou com vontade de ser assassina e procurada da policia, você devia fazer o mesmo. – Tiffany bufou e revirou os olhos em reprovação ao que Yuri disse. - Mas, e se você se apaixonar por uma pessoa de bom coração e que não concorde com seus atos? Melhor, e se você se apaixonar por uma de suas vitimas?

– Simples, eu não vou me apaixonar e muito menos por uma vitima. – Ela disse olhando para Yuri.

– Isso não é você que decide, mas ia ser divertido se isso acontecesse logo com você. Eu vou dormir boa noite. – Ela saiu do quarto sorrindo e deixou Tiffany sozinha.

“Eu não posso me apaixonar por ninguém, e eu não vou”