O Sr. Hwang era o mafioso mais poderoso da Coréia do Sul que fazia empréstimos financeiros para falidos desavisados, que em uma tentativa de se reerguer recorriam ao poder que ele tinha. Muitas dessas pessoas não conseguiam pagar o empréstimo e acabaram pagando muito caro por isso. Ele era um homem temido por todos, era frio, calculista, impiedoso e tudo que pudesse torná-lo ainda mais cruel. Ele tinha uma filha, Tiffany, essa era igual ao pai sem tirar nem por. Tiffany cresceu com sede de vingança, pois perdeu sua mãe quando era criança em um confronto de máfias, a do seu pai e a do Sr. Choi, sua mãe foi atingida por um tiro no peito enquanto tentava defende-la, depois de presenciar isso, ela passou a ser como o pai e a maioria dos assuntos da máfia quem coordenava agora era ela, seu pai lhe ensinava tudo que era preciso para ter sempre o poder e a ordem.

Enquanto o Sr. Hwang tinha poder e tudo ao seu controle, o Sr. Kim era um empresário falido que perdeu todos os seus bens em casas de jogos. Ele era um homem bom, seu único defeito era o vicio em jogos. Ele tinha uma ótima família, mesmo com todos os problemas sua esposa e sua filha Taeyeon sempre o apoiavam. Ele na tentativa de voltar a ser o que era, cometeu o que pode ser chamado de pior erro da sua vida, procurou o Sr. Hwang e lhe pediu dinheiro emprestado.

– Sr. Hwang, com licença, tem um senhor lhe procurando. – Falou uma moça com uniforme.

– Tudo bem, mande o entrar e chame Tiffany. – O homem de terno disse de forma mais seca possível.

– Sim Sr. Com licença. – A moça saiu de cabeça baixa e fazer o que lhe foi ordenado.

– O Sr. Pode entrar, aqui, por favor. – A moça indicou o caminho para o Sr. Kim.

– Obrigado minha filha. – Ela apenas sorriu e desejou-lhe sorte.

O homem deu leves toques na porta e quando ouviu que poderia entrar a abriu e seguiu para a cadeira que o Sr. Hwang indicou.

– A que devo a honra da sua visita Sr...

– Kim, desculpe não ter me apresentado antes. – O homem disse estendo a mão que ficou no ar até ele perceber que o Sr. Hwang não a pegaria, esse apenas olhava para o homem sentado a sua frente com uma expressão séria.

– Muito bem Sr. Kim, o que deseja?

– Eu quero fazer um...

– Com licença, chamou appa?

– Sim, chamei e quantas vezes eu já disse para não entrar assim no meu escritório? – Sr. Hwang falava ainda de forma mais fria.

– Desculpe, eu não sabia que tinha visita. – Tiffany disse abaixando curvando o corpo se desculpando.

– Tudo bem, só não repita isso. Agora se sente, por favor. – Ela puxou a cadeira e sentou ao lado do Sr. Kim. – Voltando ao assunto, o que você deseja?

– Eu quero fazer um empréstimo. – O Sr. Kim falou sem rodeios.

– Um empréstimo? – O homem fez que sim com a cabeça. – Você teria como pagar? – Ele tinha um olhar questionador para o homem a sua frente e Tiffany também encarava o Sr. Kim.

– S-sim senhor.

– O que você acha Tiffany? – Sr. Hwang agora olhava a filha que continuava a encarar o Sr. Kim, ela deu um meio sorriso e respondeu.

– Vai ser divertido, quer dizer, não seria uma má idéia, o que o senhor dá como garantia? - Ela perguntou se interessando pelo assunto.

– Eu dou minha palavra. – O homem disse firme.

– Eu ouvi bem? Você da sua palavra, é isso? – Tiffany ria da cara do homem. – Desculpe, mas é pouco. – Ela disse com um olhar frio.

– É a única coisa que eu posso dar como garantia, por favor, entendam a minha situação, eu não vou garantir o que eu não posso.

– Tudo bem, vamos supor que eu e meu pai façamos o empréstimo, se você não pagar sua palavra não foi garantia, certo? – O homem fez que sim com a cabeça. – O Sr. Está ciente das conseqüências?

– Sim. – Ele já não tinha tanta certeza assim.

– Quais seriam as conseqüências no seu ponto de vista? – Quem perguntou foi o Sr. Hwang.

– Vocês pegariam o que mais me importa na vida. – Ele disse com uma voz fraca.

– Está disposto a isso? – Tiffany perguntou.

– Eu já disse que vou pagar. – Ele respondeu com lagrimas nos olhos.

Passaram cinco minutos de total silencio, nesse tempo o Sr. Kim pensou e repensou sua decisão. Ele teria que pagar o empréstimo ou sua família sofreria as conseqüências dos seus atos falhos.

– De quantos seria o empréstimo? – O Sr. Hwang perguntou pegando o talão de cheque.