Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 20
Comida italiana


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei massss foi porque a internet morreu de vez. Então, antes que eu seja morta, estarei postando dois cap seguidos:)) por sinal esse é um dos meus favoritos!! *-* Bom cap!



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Viver com a dupla de detetives era instigante e divertido. Jennifer Mars ajudou em todos os casos, fazendo jus ao nome. Jim Moriarty, finalmente Jen descobriu o sobrenome de seu inimigo, havia desaparecido depois dos acontecimentos do aniversário de Jen. Julho havia voado, e estavam em meados de agosto. Jennifer estava com saudades da amiga, que só voltaria para as aulas, no dia primeiro de setembro. A loira mantinha contado com Mac, e as vezes, visitava Emily no orfanato, mas ela não sentia falta dos domingos do terror, ou de crianças melequentas e choronas.

Era uma tarde de sábado, Jonh, estava saindo com Mary, a doutora que salvara a vida de Jen. Jennifer estava absorta em seu livro, as Crônicas de Nárnia, e Sherlock tocava Danse Macabre, a pedido de Jennifer.

Quando o moreno terminou de tocar, Jen ainda lia seu livro. Ela demorou alguns minutos para perceber o silêncio repentino da sala e levantar os olhos do livro.

- Eu ainda amo essa musica. - Ela disse, rindo. - Você toca muito bem, mas acho que já sabe disso Mr. Holmes.

- Porque insiste em me chamar assim, de Mr. Holmes?

- Não sei, é divertido, Mr. Holmes. - Sherlock fechou a cara. Jen deixou o livro na mesinha na frente da poltrona, se levantou e foi em direção a Sher. - Mr. Holmes, Mr. Holmes, Mr. Holmes! - Ela cantarolou, rindo.

- Você e louca. - Ele disse.

- Quando foi que deduziu isso, Sherlock? - Ela revidou. E ele se limitou a sorrir.

Agora, os dois estavam próximos, mas inconscientes da proximidade de ambos. Jen sentiu um perfume conhecido no ar, e se assustou. Uma fragrância conhecida amadeirada, com um toque de lavanda e violeta.

Ares.

Jennifer se afastou instantaneamente, como se Sherlock emanasse um calor, e ele estivesse a queimando.

- Eu... - ela não conseguia pensar. Onde ela encontraria a fantasia para provar? Se é que ela estava certa. - Ar. Eu preciso de ar. - Ela disse, evasiva, correndo para fora do 221B, deixando um Sherlock confuso.

Ela caminhou por um caminho conhecido, chegando ao cemitério onde seus pais estavam. Ela se sentia confortável ali, como se fosse um lar. E talvez fosse, ela passara tantas horas ali...

- Oi mãe, oi pai. - Ela disse, se sentando na frente do túmulo, sorrindo. - Eu vim aqui porque... eu estou tão confusa! - Disse por fim. - Tem alguma coisa acontecendo comigo, e eu não sei o que é, eu... Eu acho que... Acho que estou amando! Pelos Deuses, - sim ela não havia perdido essa mania, mas também havia ganho o “Por Merlin”, “Pelas barbas de Merlin” e “Por Aslam”.- eu não posso amar. Isso é suicídio! Mesmo assim, só com ele eu me sinto segura, e com ele eu fico feliz. Me sinto com meus quatro anos novamente, quando vocês eram vivos e eu... E eu feliz. Uma felicidade enorme e verdadeira. Só que... É complicado... Eu sou complicada. Ele é mais ainda. Somos enigmas indecifráveis, guardados a sete chaves. - Algumas lágrimas surgiram, mas dessa vez, eram de desespero. Não era tristeza, medo ou raiva, mas desespero. O desespero de amar um pessoa e simplesmente... Não a tê-la.

Jennifer acabou dormindo ali, com os olhos inchados, e com a brisa do verão que estava se despedindo.

- Jen. - Alguém a chamou, - Jennifer Mars! - E então ela acordou. Era noite, as estrelas nos céus brilhavam alegres, e o par de olhos azuis brilhavam ao encará-la. - Você quase me matou de susto. É quase meia noite.

- Me desculpe, Sher... Eu vim vê-los e acabei dormindo. - Ela abriu um sorriso amarelo.

- Vem, vamos jantar. - Ela o encarou.

- Mas e Jonh?

- Não retornou ainda... Não creio que vá retornar. Não hoje. - Ele piscou e Jennifer riu.

- Bem, eu gosto dela. - Disse Jennifer sinceramente

- Deveria, foi ela que salvou sua vida. - Ele retrucou.

- Ela e o Jonh. Não se esqueça disso.

- Agradeço todos os dias a eles. - Ele disse. Jen parou. Os dois se encararam, houve alguns segundos de um silêncio constrangedor.

Uns segundos que pareceram horas.

Por fim, os dois se colocaram a caminhar novamente, em silêncio.

Pararam algumas quadras depois, em um pequeno restaurante italiano. Jennifer amava comida italiana.

- Milady. - Ele disse, abrindo a porta para Jen. Ela riu e entrou. Sherlock fechou a porta e os dois seguiram para a mesa mais afastada do lugar.

A mesa, que tinha uma toalha verde com uma sobreposição de uma xadrez vermelha e branca, era iluminada apenas por uma candelabro, com duas velas finas, compridas e brancas. Sherlock puxou a cadeira para que a loira se sentasse, deixando-a desconfiada com todo o cavalheirismo do amigo. Os dois por fim se sentaram.

Um garçonete loira platinada, e oxigenada, de olhos escuros veio até a mesa, entregando os cardápios.

- Oi, sou Loren e serei a garçonete de vocês hoje. - Ela disse. Loren abriu um sorriso insinuante para Sher, o que deixou Jennifer um pouco... Ok, muito, brava. Mesmo que aquilo não fosse bem um encontro, Loren-oxigenada não tinha o direito de fazer isso. - O que irão beber? - Jennifer estava pronta para pedir um refrigerante qualquer, pois duvidava que o amigo deixasse ela beber, mas Sherlock disse antes, mostrando alguma coisa no cardápio:

- Esse vinho aqui, sim? - A mulher anotou. - Obrigada. - E então Loren virou para buscar nossa bebida.

- Vinho? Para mim? - Mars disse surpresa.

- Achei que você merecia. - Ele sorriu. O coração de Jen deu um pequeno pulo. - Já que eu escolhi a bebida, sua vez, escolha o que vamos comer.

- Ah, não acho que seja uma boa idéia. Não sei do que gosta, Sherlock. Raramente te vejo comer alguma coisa.

- Me surpreenda. - Ele disse. Loren voltou, com duas taças e um vinho tinto.

- E então, decidiram o que irão comer? - Sherlock olhou para Jen, que deu mais uma lida rápida no cardápio, chamou a garçonete ao seu lado e disse:

- Esse prato é porção individual? - Jen pediu. Loren-oxigenada confirmou. - Pois bem, traga dois então. - A mulher novamente anotou, e voltou a olhar, interessada para o jovem detetive. Quando ela se retirou, Jen se virou para Holmes e disse:

- Ela está bem interessada na nossa mesa...

- Como? - Ele pediu, sem entender.

- Isso que você escutou Sherlock. Ela está afim... de você. - Ele nada disse. As porções da lasanha que Jennifer havia pedido chegaram, e mais uma vez, Loren tentou conseguir alguma atenção de Sherlock, mas o mesmo só tinha olhos para a companhia da noite, Jen.

- Isso parece bom.

- Tanto quanto o vinho. - Ela disse, sorrindo. Ele pegou um pedaço e colocou na boca. Jen sorriu.

- Sherlock! - Ele a olhou, interrogativo. - Você está bem? Está comendo! - Ele engoliu o pedaço da lasanha e sorriu.

- Você estava esperando para dizer isso, não é?

- Oh sim, desde o momento em que eu escolhi a lasanha. - Ele riu.

- Está uma delicia Jen. - Ela sorriu, dizendo convencida:

- Eu sei. - E os dois continuaram a janta.

Enquanto ambos comiam, suas mentes trabalhavam arduamente para entender o que se passava naquele momento, e qual era o significado de cada coisa, cada movimento, cada palavra, do outro. Ambos estavam entregues a um sentimento desconhecido e desacreditado pelos dois. Eles sabiam dos perigos, mas eles gostavam.

Sherlock havia pedido a conta, e quando Loren a trouxe, entregou um pequeno bilhete a Jen.

Qbsb qpefs dsnqsffoefs f qsfdjtp bsfobt p dpsbdbp.

Enquanto Sher pagava a conta, Jen lia o bilhete. Quando os dois saíram do local, Jen estava tentando entender o que aquilo significava.

- Sher... - Ela entregou o pedaço de papel ao moreno. - Loren me entregou junto da conta. O que acha que significa?

- Com certeza não é o numero do telefone dela. - Ele disse. Jen fechou a cara e começou a andar mais rápido. - O que? - Ele disse se entender.

 - Nada. - Ela respondeu.

- Não fique brava comigo, eu estava brincando. - Ele retornou a olhar o papel. - É, provavelmente, um código. - Ele disse.

- Me diga algo que eu não saiba. - Ela disse, sarcástica.

- Tudo bem, me desculpe. Eu só estava brincando. - Ela o olhou, ainda um pouco brava. Mas apenas deu de ombros e voltou a andar em direção a Baker Street. 


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