Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 19
Nova casa?


Notas iniciais do capítulo

E então, aqui vai, um capítulo cheio de... Além do que, temos uma decisão divina e linda nesse cap!! Por Merlinn, vamos logo com isso. Bom cap!!



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Quando o taxi parou na frente do orfanato, Jennifer tremia. Ela sabia muito bem que ele estaria lá. E não poderia fazer nada a não ser entrar no quarto e enfiar tudo dentro de uma mala.

- Você quer esperar aqui fora? - Jonh pediu. Jen realmente considerou a idéia do amigo, mas no fim, ela estava fugindo do inevitável. E ela não gostou nada disso.

O trio entrou pela porta, causando surpresa nas freiras que ali estavam.

- Jennifer! - Mac surgiu a abraçando. Jen não reagiu ao abraço, atrás da freira, padre Edward apareceu.

- Oi Mac. - ela disse.

No meio disso, Sherlock e Jonh estavam se segurando para não matarem o homem que acabara de aparecer. Os dois o fulminavam com o olhar, causando até, um certo desconforto para o padre.

- Eu vim pegar minhas coisas. - Ela por fim disse.

- Pegar suas coisas? Como assim? - Pediu a madre.

- Estou indo embora desse lugar, nesse instante. - Jennifer se soltou da madre/mãe e foi em direção ao seu quarto. Sherlock a acompanhou, Jonh foi ajudar Mac, que estava passando mau.  

- Nunca tinha entrado aqui, - disse Holmes, olhando para o quarto de Jennifer. Ela havia pego sua mala, e agora colocava suas coisas dentro dela, não deixaria nada, não queria ter que pisar aqui nenhuma vez mais.

- Bem, tem uma primeira vez. - Ela respondeu. - E, com toda certeza, é a ultima.- Holmes viu algumas fotos de David na parede, todas com marcas de bala. Riu.

- Ele não sabe com quem se meteu. - Sherlock disse. Jennifer riu.

- Com toda a certeza. Nem Jim... - Ela havia terminado a mala, bem, ou quase isso. Ela teve que se sentar para fechá-la, e usar suas bolsas e mochilas para guardar tudo que tinha. Então, depois disso, ela olhou para o quarto, bastante vazio se comparado a alguns minutos. Sentiu um pequeno aperto, pois querendo ou não, aquilo foi um lar para ela. Jennifer viveu coisas horríveis ali, mas momentos de felicidade também aconteceram. Ela não podia negar que no fim de tudo, aquele sempre seria seu lar.

- Você está bem? - Perguntou Sherlock.  Mars o olhou nos olhos, encarando aqueles azuis tão profundos, se perdendo dentro deles por alguns minutos. Ou segundos, ela não sabia dizer. Os dois pareciam estar se aproximando, Jennifer Mars não sabia como repelir aquela atração involuntária pelo detetive, era algo impossível.

Os dois estavam próximos. Muito próximos. Holmes só pensava em poder sentir novamente os lábios da loira, já Mars, que não sabia que seu Ares estava a sua frente, imaginava a sensação de ser beijada por ele.

- Jenny... - disse uma criança do orfanato. Jen saiu dos devaneios, se afastando assustada do jovem consultor.

- Oi Emily. - A pequena era uma das protegidas de Jennifer. As outras crianças podiam ser muito más quando quisessem, e seguidamente Jen as pegava sendo más com Emily. A garotinha de cabelos castanhos e olhos cor de mel, que agora estavam vermelhos, correu para abraçar Jennifer, que se assustou.

- Você não pode ir embora! - Aquilo cortou o coração da loira. Ainda mais, sabendo que ela deixaria padre Edward aqui, com as crianças. A pequena de cinco anos, voltou a chorar nos braços da adolescente. - Eles... eles vão ser maus comigo se você não estiver aqui... - Ela disse baixinho.

- Hey, eu prometo vim te visitar, e colocar aquelas crianças nos lugares delas, mas só se você me prometer que não vai chorar e que, qualquer coisa ruim que aconteça, você vai me ligar. - Ela não respondeu Jen, só se afundou no abraço, soluçando alto.

Sherlock estava surpreso, não conhecia esse lado “maternal” da amiga. Ela tinha um olhar triste enquanto abraçava a castanha. Ele se perguntava se as crianças, na época dela, haviam sido tão ruins quanto são agora, na escola. Se perguntava como teria sido se ele cresce sem Mycroft e sua mãe... Talvez agora ele fosse o que Sargenta Donovan insistia em chamá-lo: um monstro. Na porta, Mac e Jonh surgiram. Jonh o chamou. Ele saiu do quarto, deixando as duas se abraçando e conversando, era um momento delas.

- E então?  - Sherlock perguntou para Jonh.

- Eu estava pensando que deixar Jen sozinha na casa dela, seja uma má idéia. Eu liguei para Mrs. Hudson, ela disse que pode nos emprestar um quarto que há lá, sem cobrar nada... Pensei que seria melhor para Jen se nós... A levássemos conosco. - Sher ficou surpreso, mas gostou da idéia de tê-la por perto o tempo todo.

- Além disso, ela ficaria protegida de Jim e dela mesma. E Mac ficaria mais tranqüila. - Sherlock apenas concordou sem usar palavra alguma. Os dois entraram, começando a levar as coisas da amiga, mas, depois de pegarem as primeiras quatro bagagens e voltarem para pegarem o resto, a porta estava trancada, Emily e Mac estavam do lado de fora.

- O que aconteceu? - Watson pediu.

- O padre Edward pediu para falar com ela. - disse, inocentemente, a menininha. A dupla se encarou.

- Pequena Emily, poderia nos dar licença? - A voz dele fez os pelos de Jennifer se arrepiarem. Ela começou a suar frio, e não quis soltar a pequena, como se com ela ali, nada de ruim aconteceria.

Bem capaz...

- Tudo bem, padre Edward. - ela beijou a bochecha da amiga e saiu, um pouco mais aliviada.

- O que você quer aqui? - Ela perguntou, enquanto o padre trancava a porta. Ele se virou, deixando a face serena para alguém que acreditasse nela, e obtendo um olhar homicida e pervertido.

- Ah, eu vim impedir que meu brinquedo fuja, novamente. Que surpresa a minha, quando eu acordei hoje cedo, com as batidas de Mackenzie. A pobre Jennifer havia fugido na calada da noite. É claro, ambos sabemos o porque.

- Em primeiro lugar, - Jen disse, furiosa, - eu não sou, nunca fui, e nunca serei seu brinquedo. E em segundo: eu vou te matar, seu pervertido desgraçado. - Ela disse, avançando sobre o padre com os punhos preparados. Ambos caíram, ela em cima dele. Ela começou a socar o rosto, tão belo, do padre. Mas aquilo não durou muito, ele inverteu a situação, se colocando em cima da loira. Deu-lhe alguns tapas, e alguns socos, fazendo o nariz de Jen sangrar.

- Eu gosto de estar em cima. - Ele disse, malicioso, começando a abrir a camisa xadrez que Jen usava.

- SAI DE CIMA DE MIM! - Ela gritou.

Do outro lado da porta, a dupla começou a se desesperar quando escutar a voz de Jennifer gritar “Sai de cima de mim!” Os dois começaram a tentar arrombar a porta do quarto, o que uma vez foi fácil, parecia impossível.

- O que foi, não gostou de ontem? Foi tão... - ele selou os lábios com os da loira, que tentou se desviar, mas não conseguiu. - delicioso. - Terminou, depois de se afastar dela. Ele se levantou, puxando os cabelos da loira, para ela levantar.

- Agora você vai dizer a todos que você decidiu ficar, e vai dizer para aquela dupla de detetives irem embora daqui e nunca mais voltarem, entendeu? - Jennifer riu. Isso mesmo, ela gargalhou, olhando sadicamente para o jovem padre. Medo... Ele se esvaiu dela em segundos, quando o ódio, a raiva e a sede de vingança apareceram. Ele iria pagar.

- E eu vou fazer isso porque...? - ela não o deixou responder. - Porque você mandou! Não, acho que não. - Ela acertou uma joelhada nas partes intimas do padre, que a soltou, gemendo de dor. Ela correu até a batente da janela. Não tivera a oportunidade de retirar o que escondia ali ainda, o que foi apenas um golpe de sorte.

Pegou o revólver e sorriu.

- Você vão vai mais me mandar, não vai mais mandar em ninguém. Nunca mais irá fazer o que fez comigo ontem, com nenhuma outra jovem. Fantasmas... - ela disse se aproximando mais do padre, que agora, com medo de Jennifer Mars, tentava se afastar da jovem. - não... fazem... sexo. - E então ela atirou.

No exato momento em que o tiro ecoou pela casa, assustando Mac e Emily, Watson e Holmes, conseguiram abrir a porta, se deparando com uma Jen um pouco machucada, com o revólver apontado para Padre Edward, caído no chão.

Morto.

Jonh correu até Jen e pegou a arma, e foi então, ver se o padre ainda tinha pulso. Percebendo que ele havia, realmente morrido, apenas negou com a cabeça.

Jennifer se deixou cair de joelhos no chão, com lágrimas embaçando seus olhos azuis.

- Acho melhor... ligar para Lestrade. - Disse Jennifer, que viu Sherlock o fazer.

A equipe de Lestrade não demorou a chegar. É claro, Jennifer estava paralisada de terror. Ela sabia, que o homem que ela acabara de matar, não era exatamente um santo. Mas ela nunca havia matado ninguém. Desejou, inúmeras vezes, mas nunca o fez. E isso, esse fato de que ela teria que dormir com uma morte nas costas a assustava.

- O que aconteceu aqui? - Perguntou Lestrade, aos velhos conhecidos. Os dois se entreolharam. Mac estava abraçada em Jen, que estava deitada na sua cama, em seu quarto vazio.

Apenas com o corpo do homem que ela matou.

Os três estavam no corredor.

- Você se lembra que ela desapareceu ontem?

- Sim Holmes, mas a freira disse que ela não gostava de festas surpresas.

- Ela foi trancada em um quarto do orfanato. Se eu não estou errado, já que ela não nos contou com detalhes, na hora em que ela veio trazer os presentes, ele a abordou, levando-a para algum quarto dessa casa que nunca seja utilizado. Então ele a imobilizou, e bateu com algo de metal na cabeça dela, abrindo um pequeno corte, a fazendo desmaiar. Então ele saiu, acabando com a festa. Quando ela acordou ele abusou de Jen, e em algum momento ela conseguiu fugir e apareceu descalça, vestindo apenas uma batina de padre e encharcada pela chuva na frente do 221B.

- Sherlock, você está querendo me dizer que essa jovem foi estuprada pelo padre? - Disse Lestrade. Jonh confirmou, dizendo que na noite anterior, Jen estava pálida e chorava desesperada.

- Essa garota não tem sorte mesmo. - Disse Lestrade.

- O que vai fazer comigo, Lestrade? - Jen apareceu.

- Eu... sinceramente Jennifer, eu não faço idéia. - Lestrade disse, vencido.

- Olha, eu vou compreender se você quiser me prender e tudo mais, afinal, eu matei um homem hoje.

- Legitima defesa? - Ele perguntou, encarando-a. Ela abriu um pequeno sorriso, mostrando alguns hematomas pelo rosto.

- O que você acha?

- Bem, sendo assim, você está livre para ir. - Jennifer soltou um gemido de alivio.

- Vou indo para minha nova casa então.

- Jen! - Chamou Sherlock quando a loira se afastava, ela se virou.

- Suas coisas estão no 221B, Mrs. Hudson concordou em dar-lhe um quarto, sem cobrar nada e Mac disse que só assim lhe deixaria ir. - Jen encarou Jonh.

- Isso é verdade?

- Sim, e você é bem vinda, sei que sabe disso.

- Pois bem, mas só por um curto período. - A dupla concordou. 


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