Como assim o Derick me beijou? Nó não brigávamos direto? Não nos odiávamos? E... meu Deus eu estava adorando isso. Aos poucos ele foi parando, e eu também.

-O que foi isso? – perguntei.

-É... não gostou? Desculpa...

-Não! Quer dizer... é... eu gostei mas é que... ah você sabe.

-Eu sei... também pensei isso.

-Então...

-É... vamos dançar? – Derick perguntou me puxando pelas mãos.

A música já estava bem alta, e haviam várias pessoas dançando, inclusive Luke com Liz e Andrew com Emma. Fomos pra perto deles e começamos a dançar. Depois de um tempo, Liz e Emma me chamaram.

Fomos pra mesa onde estavam os pais da Emma. Nos sentamos e elas ficaram me olhando, como se soubessem de alguma coisa e só estivessem esperando eu falar algo.

-O que foi? – perguntei.

-A Liz viu vocês se pegando lá atrás! – Emma disse baixinho e com cara de sua-safada-conte-tudo-pra-gente-agora!

-Se pegando? Hã? Quem?

-Gabrielle Mason... e Derick Parker, se beijando. Eu vi. Não adianta negar.

Eu parei, fiquei as olhando com vergonha. E começou. Elas ficaram falando abobrinhas, de como eu beijá-lo de novo, pra eu parar de brigar com ele e etc. E a festa foi continuando. Foi a melhor formatura que eu poderia ter.

Cheguei em casa exausta e logo dormi, de vestido e tudo.

No dia seguinte acordei com meu celular tocando, era uma mensagem de Emma me chamando pra ir a praça. Mas eu não podia, pois meus parentes viriam em casa.

-Gaby se arrume que seus tios já estão pra chegar. – Minha mãe entrou no quarto avisando.

-Ta.

Logo tomei um banho e me vesti com um short jeans preto, e uma blusa branca estampada, acompanhados de uma sapatilha cor de cobre. Desci e não comi nada, pois já eram 12h45 e o almoço estava pra sair.

Não demorou muito e meu tios por parte de mãe chegaram. Tio Carl, tia Gina, tio Vander, tia Bonnie etc. Haviam umas 15 pessoas em minha casa. Eu tinha tantos primos que nunca tinha visto na minha vida.

-Filha, vem cá ajuda a sua mãe! – A tal tia Bonnie me chamou.

Depois de cortar cebola, pepinos, cenouras, batatas, etc. o almoço finalmente ficou pronto. Comemos e os adultos começaram a conversar sobre seus respectivos filhos, e o que faziam.

-E com quantos anos está a Savannah? – Meu pai  perguntou à algum dos tios.

-Savannah está com 12 anos. – Tio Carl ou tio Vander respondeu. – E Gabrielle?

-Gaby. Pode me chamar de Gaby. Não gosto muito de Gabrielle. – Olhei para meus pais e sorri ironicamente. Minha mãe retribuiu o sorriso e eu ri. – Estou com 14 tio...

-Nicholas.

-Ah, tio Nicholas. – sorri.

A conversa continuou, vai em vem, fala de filho aqui, filho ali. Até que a campainha toca, e eu sou salva por um ser humano inexistente até o momento.

-Eu atendo! – Levantei-me depressa e fui até a porta.

Quase morri do coração quando abri a porta. Como assim? Adivinha quem estava lá plantado na porta fazendo não sei o que?

Fui o medindo dos pés a cabeça. Tênis preto, calça jeans rasgada, regata extremamente larga e com algo escrito, braceletes, alargador, piercings, e seu cabelo grande coberto por uma touca. Sim queridos e queridas, era o Derick.

-Mas o que...? – Tentei terminar minha frase mas alguém se intrometeu.

-Papai, papai! O namorado da Gaby chegou! – Savannah!

Eu sabia que havia algo de errado com aquela loirinha dos olhos azuis que me encarava a cada passo!

Tio Nicholas levantou e veio até a porta, e eu gelei. Muito.

-Ah, olá... – Acho que ele ficou meio assustado ao ver o Derick com seu... estilo?! E sua voz foi diminuindo.

-Não, Savannah! Ele não é meu namora...

-Entre menino, vai ficar ai plantado?

-Ah, não é que...

-Que nada! Você é da família agora! Entre, entre! – Esse tal Nicholas foi puxando o Rick pra dentro e eu não tive como impedir. – Johnny não me disse que sua filha namorava! Haha!

A única coisa que vi, foi a sombra do meu pai se levantando e seu semblante sério. E Derick se escondendo atrás de mim.

-Meu-Deus, por que não me disse que seu pai era grande assim? – ele sussurrou em meu ouvido, e por um segundo eu desejei que nós estivéssemos sozinhos.

-Por que não me disse que viria pra cá? – Sussurrei de volta saindo do transe.

-Gaby.

-Pai?

-Está... namorando?

-Ah... é... na verdade não. Derick é só meu amigo, e Savannah se enganou.

-É sim senhor, sou só amigo dela. Haha, imagina, que coisa feia eu namorando com a Gaby, hahahahaha. – Rick começou a rir descontroladamente, e eu percebi que foi de nervoso. Todos olhavam pra ele com cara de “Hã?”, então  dei uma cotovelada em sua barriga pra que parasse. Dito e feito.  – Desculpem. – ele sorriu, daquele jeito que só ele sabe...

PARA GABY! VOCÊ NÃO PODE ESTAR ASSIM PELO DERICK! CHEGA! Ok, Rick é só meu “amigo”. Amigo de vez em quando.

-Então tá. – Pai com cara feia, olhando diretamente nos olhos de Derick.

-Mas então... deixe o menino sentar-se conosco Johnny! – Tio Vander se manifestou pra tirar o “climão”.

Derick se sentou conosco, e o que eu temia GRAÇAS A DEUS não aconteceu. Ninguém ficou perguntando como nos conhecemos, se estamos namorando mesmo, ou perguntas diretamente para Derick.

Até a hora em que Rick se levantou e disse que iria ao banheiro mas me arrastou com ele.  

-Mas que merda é essa? – ele perguntou quando já estávamos no corredor na frente do banheiro.

-Eu é que pergunto, o que você está fazendo aqui na minha casa? – respondi ao seu tom.

-Ok, desculpe. Eu vim te chamar pra ir a praça, todo mundo foi lá hoje!

-Entendi. E... essa merda aqui é que eles estão achando que você é meu namorado... o que... seria... IMPOSSÍVEL!

-Com certeza dona Gabrielle, mas quem são eles?

-Parentes da minha mãe. – fiz cara de nojo.

-Quer sair daqui? – Derick sorriu malignamente.

-Muito!

Sem falar mais nada ele me puxou pelo pulso e fomos até a janela no final do corredor, onde ele fez sinal pra que eu pulasse de lá.

-Oi? Quer que eu pule? – perguntei incrédula.

-Claro, ou você quer ir pela porta da frente onde todos vão perguntar onde você vai?

-Você primeiro. – falei depois de pensar muito.

Não demorou nem um segundo e Derick pulou da janela... estávamos no segundo andar! Não acredito que ele fez isso e agora, eu teria que fazer!

-Pula logo! – ele gritou de lá de baixo.

-Não dá!

-Por que? Tá com medo?

-Estou!

-Ah Gaby, vai logo! Eu te pego, vem.

E meu sonho essa hora foi eu caindo de uma janela e Derick me pegando no colo... HÃ? CALMA! PARA GABY!

Não pensei em mais nada e pulei. Pulei e me esborrachei no chão.

-Seu viado! Falou que iria me pegar e nem tentou. – xinguei Derick enquanto me levantava e me limpava de todo aquele barro nojento.

-Eu tentei! – ele começou a rir como um idiota.

Dei leves tapas em seu  braço, mas com certeza não doeu pois eu senti seus músculos extremamente fortes, para... sua idade.

-Tá muito frio aqui na rua, e você ai de short. – ele disse enquanto andávamos em direção a praça.

-E daí?

-Por que tá de short?

-Porque eu quero.

-Não é por isso. Eu já sei o por quê.

-Por que?

-Tá tentando me seduzir! – ele disse apontando pra mim e rindo. Eu não disse nada só o olhei. –Ah, qual é! Fala ai, é isso não é?

-O que você bebeu?

-Nada, ainda.

E senhoras e senhores o Derick me beijou de novo. Mas dessa vez foi diferente. Muito diferente.

Ele me beijava com gosto de te quero, e com uma pitada de malicia. Começou a andar suas mãos em meu corpo como se estivesse procurando algo de importância. E achou.

O meu bumbum. Ele o acariciava, o apertava, mas como achei aquilo uma safadeza me soltei dele.

Ele me olhava com cara de safado, fiquei muito envergonhada e continuei andando.