Pequena informação:

Beyond após sair da Wammy’s House passou a trabalhar com assassinatos, seu gosto pela morte e sua organização para não deixar provas para trás eram bem uteis nessa profissão ilegal. Ele fazia poucos trabalhos, normalmente era bem pago para matar pessoas importantes. Nunca foi pego por esses assassinatos e nem trouxe suspeitas sobre para si ou para o contratante.

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No dia seguinte Richard foi até a cela de Beyond no horário do café como combinado. E até mesmo Beyond se surpreendeu ao perceber que o homem realmente foi até sua cela, pois não esperava a obediência.

Porém o homem apenas apareceu na porta, fez sinal para Beyond o acompanhar e seguiu para própria cela.

Beyond passou todo o tempo usado para o café da manhã lendo sobre os prisioneiros, Richard disse que apesar de não ter conseguido pagar para sair da prisão ele ainda tinha uma boa quantia de dinheiro fora da prisão e o usa para ficar bem informado, pagando aos policiais e subordinados por tais informações.

Em meio aos presos Beyond descobriu dois presos conhecidos, pessoas que antes o contrataram.

– De quais alas são estes dois? – Perguntou Beyond apontando pra foto de dois homens?

– Fábio ala oposta a nós, e John é desta ala, porém há uma semana foi pra solitária após se envolver em uma briga. Pelo o que me lembro um novato tentou o matar e tudo acabou em uma briga e os dois foram parar na solitária, porém ele só sofreu um corte não muito profundo no braço.

O primeiro ele se lembrou vagamente do nome Igor Riquetti, havia o contratado uma vez e depois não fez mais contato, havia sido preso sobre suspeita de assassinato, não havia muitas provas, por isso Beyond supôs que ele não ficaria nem metade do tempo indicado.

O segundo era um nome que Beyond se lembrava bem John Summar, ele era o vice-diretor de uma grande empresa em Los Angeles, o Diretor da empresa mandava freqüentemente ordens para matar pessoas bem posicionadas na principal rival, era bem comum Beyond receber esse tipo de trabalho, a maioria das grandes empresas montavam organizações para isso, planejar como acabar com a outra. Algumas organizações montavam golpes, outras tentavam fazer a empresa mal falada, porém as mais ousadas tentavam um método mais complicado, porém mais eficiente e rápido, o assassinato.

A organização Gray, usava o método do assassinato, John era vice-líder da organização, e fazia tudo sobre o comando do Diretor Principal da empresa para qual a organização servia, e o diretor não comparecia a nenhuma das reuniões, e somente passava ordens através de John que lhe relatava tudo.

“Eu que sempre era contratado para os serviços, até o momento que parei com esses trabalhos para poder lançar meu pequeno desafio ao L.

Como ele veio parar na prisão? Ele tem influencia suficiente para fugir dessa prisão com a ajuda dos policiais, e ainda ter sua prisão encoberta.”

Beyond logo se lembrou então das informações que recebeu enquanto estava no caso dos bonecos de palha, a organização Falcons of Darkness servia a empresa rival da de John, e desde que John foi preso a empresa dele caiu muito e a adversária cresceu, aumentando assim os assassinatos à cúpula da empresa e organização.

“Então o maldito foi preso e não está querendo sair por medo? Mas, não posso perder uma chance dessas. Se tem alguém que consegue fugir daqui é ele. Porém ele não irá fugir se ainda se sentir inseguro.”

Beyond decidiu então que iria convencer John a lhe ajudar em uma fuga, e então do lado de fora iria pagar pela ajuda, eliminando os inimigos.

– Mas se ele é tão influente como você diz, por que está nesta prisão? Por que ele não pode simplesmente contactar alguém do lado de fora e pedir para fazer esse trabalho com ele?

– Você ainda não percebeu? Essa é uma prisão desconhecida, as pessoas que a policia considera que não podem ficar do lado de fora, mas também não tem prova suficientes para levar a outra prisão vêm para aqui. Pode parecer que aqui ficam os fortes, porém é como um disfarce. É realmente estupidez a sociedade acreditar no governo. E John sabe muito bem que ninguém faz um trabalho melhor e mais limpo do que eu.

– Por que está me contando tudo?

– Ora, não é obvio? Eu pretendo levar mais 3 pessoas comigo. Eu quero fugir com 13 pessoas, porém é um exagero, irei levar apenas 4.

– Por que esse número?

– Uma lembrança da letra B a um amigo! Quero que ele saiba sobre mim.

– Por que deseja mostrar que fugiu para alguém?

– Por que foi ele que me prendeu. É tudo apenas mais um desafio para ele, será que desta vez ele conseguirá me pegar?

Richard desejou argumentar mais uma vez, porém percebeu que ele falava sério, e que estava realmente decidido a sair. “Talvez ele realmente seja louco.”

– Eu irei levar você não por que é meu informante. – O outro homem se espantou um pouco. Não conseguia imaginar outro por que. – O número da sua cela é 13. Isso me deu uma idéia.

Beyond então saiu da cela.

Uma coisa que Beyond não havia contado para Richard era que havia 57% de chances do homem que atacou John ser da organização Falcons of Darkness, e nem iria contar. Caso as coisas com John não dessem muito certo era ao tal homem que Beyond iria recorrer.

A voz mecânica anunciou que faltavam apenas 10 minutos para o final do café da manhã no momento em que Beyond entrou na cela.

Foi então que o moreno ouviu um barulho atrás de si e se virou lentamente podendo então ver um homem corpulento de cabeça raspada e cicatrizes, Beyond riu da ironia do homem se parecer com um pirata.

– Você ainda não tem um dono não é mesmo?

– Tsc. O que você que Thommy Richenger?

– IDIOTA! – Gritou o homem. – Nunca me chame assim novamente! Não sei como sabe meu nome e nem que você acha que é para fazer piadinhas, mas se for para me chamar de algo é apenas Thomas. – Agora o homem prensou Beyond contra a armação vertical da cama, o segurando pelo pescoço.

– HAH-AH-AHAAH. – Beyond soltou uma gargalhada psicótica, porém falha pela pressão da mão do maior sobre o próprio pescoço. – Como se alguém conseguisse ser meu dono.

– Isso é um sim então. Você será minha putinha aqui.

Então Beyond soltou outra risada psicótica, porém seus olhos vermelhos fixos no homem que estremeceu ao sentir aqueles olhos em si, novamente uma sensação de morte foram transmitidos pelos olhos vermelhos.

Neste momento Beyond então puxou uma face de debaixo do próprio travesseiro.

– Você acha que eu viria aqui sem nada? Você é muito metido para um novato. – Disse o de cabeça raspada tirando uma faca da cintura.

– Pretende uma luta de facas? Que idiotice! Seria um desperdício fazer sua faca perder o corte, ela parece tão... afiada! – Um brilho nos olhos vermelhos surgiu.

– Como se pudesse haver luta contra um fracote como você.

– Pelo o que sei você não pode ser muito hábil com facas, está aqui há dois anos, conseguiu uma boa “posição” aqui pelo seu corpo grande, porém não sabe manejar faca tão bem, afinal você matou somente sua esposa, o amante dela e um inocente na rua a tiros. Então creio que você deve ser bom em armas, não facas.

– Quer dizer que achas que tem mais experiência com faca do que eu?

– Esse é meu instrumento de trabalho, eu tenho certa habilidade com facas.

O homem grande então partiu para cima de Beyond que tentou o acertar na cintura, porém bateu em algo duro. Parecia um celular (?) e quando se distraiu pensando que tipo de idiota anda com um celular pela prisão levou um corte no braço.

– Maldito. – Disse ele se virando e mirando um corte nas costas do homem, que se virou por reflexo tentando cortas o peito de Beyond que apenas se esquivou e acertou novamente a faca em sua barriga. – Droga, parece que terei de ir até a solitária. Realmente uma pena, estou atrasando meu plano com isso, pelo o que sei as celas são separadas de mais para eu poder dizer algo a John.

Beyond largou sua faca no chão, ao lado do homem que gritava com uma mão no estomago, pegou a faca limpa que o maior antes usava e saiu da própria cela em direção à cela 13.

– Devido a algumas coisas inesperadas você terá de conversar com John.

– Espere! Por qu- – Richard parou ao reparar nos respingos de sangue na blusa de Beyond e na ponta da manga direita completamente vermelha.

– Fique com isso, gostei dessa faca, ela será útil no futuro. Tente convencer John.

– Como farei isso?

– Você consegue subornar policiais, deve ter um bom papo para convencê-lo. Talvez vá bastar citar as siglas BB para que ele aceite.

Beyond então saiu da cela voltando para a própria, logo foi surpreendido por policiais que o algemaram.

– Você irá passar um longo tempo na solitária novato.

– Ele irá sobreviver?

– Idiota, é claro que sim. Agora cala a boca.

– Merda! – Disse o moreno agora seguindo em direção a cela vazia.

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Extra

1 semana depois...

A solitária é feita para castigar ainda mais os presos. Porém Beyond não via muita diferença entra uma cela comum e a cela individual.

Gostava até daquela cela, poderia pensar sem ser interrompido por vozes mecânicas ou preso com cérebros pequenos.

O máximo que acontecia era ele ser incomodado pelo barulho da portinha abrir e um prato ser colocado no chão.

O que mais incomodava Beyond era que na prisão ele não podia ter sua geleia de morango. Pois sangue ele estava vendo até com mais frequência do que fora da prisão. Pelo menos fora ele via uma vez por mês, aqui ele via todos os dias.

Mas como o açúcar fazia falta, até mesmo seus planos estavam demorando mais para serem montados.

Mas os pensamentos de Beyond foram interrompidos ao reparar um movimento em meio à escuridão da cela.

Então a sua frente apareceu uma criatura estranha. A criatura tinha algo parecido com penas saindo do ombro, vestia roupas pretas com símbolos de caveira parecendo em muito um roqueiro, porém seu rosto era estranho, dentes finos em um sorriso negro falso, pele branca feita papel e olhos vermelhos como os dele.