Conquering The Redhead Wild escrita por Bee, Bea Maciel


Capítulo 23
Doubt.


Notas iniciais do capítulo

Hello darling, how r u? Bom, eu gostaria de pedir perdão pela demora, e justificar por demorar tanto, há alguns dias atrás eu sofri um acidente de carro, nada muito serio, mas simplesmente me deu um bloqueio e tanto, não conseguia pensar em nada, e dormi mal por dias, pelo trauma, mas esse foi apenas um motivo, o resto do tempo eu passei na praia, sem internet, mas eu escrevi o capitulo lá, e aqui está o que saiu. Não me matem. E Luna, sorry por escrever isso kk. Apenas duas palavras: Enjoy it.



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As semanas podem ter passado, e o sentimento de Scorpius por Rose pode ter aumentado, eles estavam mais próximos de algum modo, mas no fundo da mente conturbada do sonserino um pensamento fazia a festa e assim o fazia enlouquecer.

Havia Rose Weasley dito a verdade? Ela realmente gostava dele? Mas se ela gostava por que então parecia não gostar o tempo todo? Scorpius mal sabia o que pensar agora, talvez estivesse mais confuso agora do que quando começou a sentir palpitações estranhas pela estranha Rose Weasley revitalizada.

O loiro permanecera na cama por um bom tempo naquela manhã, por algum motivo ele não queria mesmo levantar dali naquele momento, sua cabeça pesava e um sentimento estranho o invadia, talvez fosse o que chamavam de medo. Porém um Malfoy nunca sentia medo, assim como um Malfoy nunca podia amar. Mas ele sentia medo de que, afinal?

Medo de ela gostar de verdade dele? Ou medo de ela ter mentido sobre isso? Eu digo que o medo dele passava longe disso, pouco tinha a ver com os sentimentos dela, o medo dele era ocasionado pelo fato de ele estar gostando dela, como nunca havia gostado de ninguém.

Um trovão brilhou do lado de fora do castelo, e iluminou o quarto escuro do menino, era manhã, mas um temporal como nunca visto havia chegado, talvez em consequência à primavera. Ele ainda não tivera coragem de sair da cama, era sábado, ele não tinha aulas mesmo, estava ali, apenas pensando, se torturando, e com a cabeça a mil e um por hora.

– Malfoy? – o loiro ouviu Vitor o chamando. Levantou um pouco a cabeça apenas pra conseguir olhar o amigo que já estava de pé e com um aceno da varinha arrumava sua cama. – Não vai levantar hoje? É dia de ir a Hogsmeade.

– Hogsmeade? Com esse tempo? – o garoto perguntou confuso, não via como aproveitar o vilarejo com esse tempo, parecia que uma convenção de dementadores estava se reunindo ali pertinho do castelo.

– Claro. Hogsmeade é Hogsmeade independente do tempo. – Vitor disse com um sorriso debochado no rosto, os olhos possuíam um brilho estranho.

– Ah. Eu acho que eu não vou nesse passeio não, prefiro ficar no castelo. – Scorpius sorriu virando-se na cama e se cobrindo novamente.

– Tanto faz. – Vitor disse saindo do quarto. E o loiro pode realmente voltar para seus pensamentos não saudáveis.

Malfoy não entendia como podia estar pensando tanto na ruiva. Nunca havia ficado assim por nenhuma garota, ninguém conseguiu fazer com que ele perdesse toda uma linha de raciocínio assim. Nunca o perfume de uma garota o havia inebriado tanto quando aquele cheiro de rosas que emanava dela, nunca ele havia desejado lábios como aqueles lábios docemente vermelhos e com o gosto delicioso de menta e chocolate como desejava os dela. O loiro acreditava, apenas no começo, que após conseguir finalmente ter os lábios dela contra os seus ele ia cansar em menos de um mês, mas por algum motivo realmente estranho ele ainda desejava aqueles lábios loucamente, talvez mais a cada dia.

Olhando para o teto ele notou que não podia ficar o dia inteiro naquela cama, não quando sua cabeça estava em uma certa ruiva selvagemente sexy. O loiro notou que ficar naquela cama em nada o ajudaria a perceber se ela realmente gostava dele, ou era uma daquelas coisas que ela dizia apenas para calar com a boca do loiro irritante.

Levantou, e após um banho rápido, se vestiu com as costumeiras vestes negras compostas de calças sociais, e um terno com o imponente brasão Malfoy adornando com cores prata e verde. Ao sair do seu quarto notou que a tempestade torrencial havia cessado. O garoto saiu correndo pelo castelo atrás de Rose, passou por todas as escadas permitidas, passou por todos os cômodos comuns aos dois, e passou na sala precisa, onde apenas encontrou dois ruivos cessando as necessidades um do outro com beijos salientes. Saiu taciturno antes que Hugo ou Lily notassem-no.

Se arrastou então até o exterior do castelo. Rumando para o vilarejo, a barra de sua calça e seu tênis agora estavam completamente sujos de barro. Scorpius bufou, odiava ficar sujo, odiava sujar suas roupas e parecer um mendigo que roubara roupas de um grande e famoso executivo londrino.

Percebeu-se irritado, e isso não era nem um pouco glorioso. Quando chegou a Hogsmeade se viu cercado por aqueles que sempre o cercavam, notou ao longe alguns dos ruivos Weasley, George Weasley, tio de Rose, havia aberto uma de suas lojas, o que para o diretor Longbottom não era uma ideia muito boa, em pouco tempo seu castelo ficou repleto de brincadeiras e coisas que se via apenas no tempo em que Gred e Feorge estudavam ali.

A loja Weasley agora fazia mais sucesso que a Dedos de Mel ou qualquer outra, a aglomeração de alunos de Hogwarts ali era surpreendente, Scorpius se aproximou, pois acreditava que ali poderia encontrar uma ruiva que ele realmente adorava. Passando pelo mar de alunos e contrabandistas (como eles chamavam aqueles que levavam produtos da loja para os que não tinham permissão de sair) ele se sentiu frustrado, ela não estava ali. Rose Weasley, Scorpius tinha que admitir, era o mistério em pessoa, e ele sentia que podia ser o único que conseguiria desvendar aquele mistério sem problemas.

Talvez um dia. – pensou com um sorriso um tanto quanto louco dançando nos lábios. Rose havia sido primeiramente um desafio, agora era um mistério, um sentimento misterioso. Scorpius notou que talvez, apenas talvez, estivesse apaixonado realmente. Nunca havia estado assim, não que tal coisa fosse algo negativo.

Fugindo da movimentação, já frustrado, Scorpius foi em direção a um beco ali, um lugar quase vazio, apenas a silhueta de duas pessoas ali se destacavam. Ele caminhou e quando se aproximou notou que reconhecia aqueles cabelos. Eram laranja-vermelho, pela altura do quadril, e leves como uma brisa de verão, o balanço era como nenhum outro tinha, eles eram ruivos e os ruivos dela. E ela estava com um garoto, mais próxima desse garoto do que Scorpius gostaria que ela estivesse.

Ele ouviu o doce som da risada dela, e aquele movimento tímido que ela ainda mantinha nas mãos, e viu quando o garoto ali, aquele idiota, a abraçou. Abraçou aquele corpo que Scorpius adorava, aquele corpo que pertencia ao loiro. E então a cena piorou, e Scorpius quis arrancar os próprios olhos, a garota beijou o garoto. Viu então quando ela ia saindo dali, vindo na direção dele, o loiro deu um jeito de se esquivar da visão dela, se misturando com a multidão de alunos, mas sem perde-la de vista. Viu então quando o garoto, segundos mais tarde, saiu da escuridão também.

Até tu, Brutus? – pensou irritado ao ver que era Vitor, seu amigo, aquele que tanto adorava e confiava, aquele que um dia riu de Scorpius por gostar da garota, e babar por ela. Aquele que morreria misteriosamente durante a noite. Ele havia sido traído, traído por seu melhor amigo, traído pela garota que disse gostar dele, aquela que ele havia entregado seu coração superprotegido por uma camada de orgulho e ódio.

Seus olhos azuis metálicos assumiram um tom de cobre, um tom de ódio. Seu rosto perdeu a vitalidade que o trouxera até aquele local. Voltou para o castelo taciturno. Havia notado que ela tinha mentido sobre gostar dele. Era tudo uma brincadeira, uma pegadinha de Vitor e Rose, podia imaginar como o moreno ria dele, e seguia os dois para todos os cantos para poder observar o modo idiota com o qual Scorpius havia se comportado.

A risada de Rose ecoava agora na mente conturbada do loiro. Não era mais doce. Era palhaçal, era medonha, era pejorativa. Ela ria dele. E o loiro sabia disso. Eles riam de mim. – pensou. Ao chegar ao castelo se sentou no jardim, o sol quente que havia saído após a chuva havia secado a lama.

– Um galeão por seus pensamentos, loiro. – o garoto ouviu a voz doce dela, era suave como o aroma de uma rosa, e por um instante ele quase se esqueceu da raiva que sentia dentro de si, olhou para a ruiva que havia sentado ao seu lado, o All star sujo de lama, e a saia curta mal cobrindo as coxas, a raiva voltou.

– Guarde seu ouro consigo, Weasley. – ele disse secamente, fazendo com que aqueles olhos azuis o olhassem arregalados.

– Bruto. – ela revirou os olhos, mas sua voz era divertida. – Vamos Scorpius, faz algumas semanas que não nos falamos.

– Você deve ter alguém melhor com quem conversar. – Scorpius disse lembrando-se da cena que vira mais cedo.

– Qual foi a do azedume? – a garota perguntou já irritada.

– Nenhum. Mas que você deve ter um quem fica aos beijos em becos e vielas de Hogsmeade, isso tem. – Scorpius disse, os olhos fixos no Lago Negro, e a voz tão gélida quanto aquela agua em período de inverno.

– Você não está falando coisa com coisa. – Rose debochou docemente roçando seu braço delicadamente no braço dele.

– Eu te vi, Rose, eu vi você beijando os lábios dele, e abraçando ele, e rindo como nunca fez comigo. – o loiro disse nervoso, e pela primeira vez encarou os olhos de Rose, o olhar estranho que ele lançou para a garota a deixou triste, pois não a acolhia como antes.

– Eu não beijei ninguém, Malfoy. ‘Tá delirando?

– Eu vi, eu vi você e aquele Judas, aquele Brutus. Eu vi você e Vitor. Eu fui atrás de você, eu queria lhe perguntar se... Deixe. – o loiro disse irritado, seus olhos azuis agora eram cor de cobalto.

– Você está delirando. Eu não beijei Vitor, ele só me ajudou a entender algo, e eu o agradeci com um beijo na bochecha, e você tá imaginando coisas. –a ruiva quase gritava, seu rosto pálido adquirira a cor de seus cabelos.

Scorpius nada disse, apenas soltou um som grotal, e olhou novamente para o lago. A garota estava pronta para levantar quando ela ouviu a voz dele, soando como correntes no chão do castelo: - Você estava realmente falando a verdade aquele dia? Você gosta de mim?

Rose não sabia mesmo o que responder, não se entregaria assim, não novamente, o medo de ter seu coração partido era maior que qualquer coisa. – Claro que não. – ela forçou uma risada – Eu só agi por impulso. Você realmente acreditou naquilo? Malfoy, nós nascemos para nos odiarmos.

– Tudo bem, Weasley. – Rose fechou o sorriso e então saiu. Não gostava de magoa-lo, não gostava de mentir, mas era preciso. Ao sair dali procurou o melhor lugar onde pudesse se entregar ao que sentia.

[...]

Scorpius permaneceu mais algumas horas perto do lago, até que a noite caiu e ele cansou. Entrou direto para seu quarto, estava irritado e se visse a cara de Vitor ele quebraria todos os dentes do amigo. Encontrou – por sorte, talvez – apenas Miguel no quarto, e notou que fazia algum tempo que o amigo o ignorava.

– Boa noite. – Scorpius sorriu, mas sabia que seu sorriso estava horrivelmente falso.

– Noite. – Miguel respondeu tirando os olhos de seu livro.

– Por onde andas, que me abandonas-te?

– Quem é você, um personagem de Shakespeare? Pare de falar como se estivesse em outro milênio. – o garoto rosnou, fazendo com que Scorpius risse. – O que aconteceu que você está irritado?

– Não estou irritado. – ele mentiu.

– ‘Tá me zoando? – Miguel questionou – Eu te conheço há anos. Não finja que eu não te conheço.

– Desculpa. É que hoje eu vi a Rose e o Vitor em um beco em Hogsmeade, e eu juro que vi eles se beijando. – Scorpius se abriu.

– Primeiramente: pare de agir como um bobão enciumado. Segundo: Rose foi falar com Vitor de você, não sobre outra coisa qualquer. Terceiro: pare de agir feito idiota e agarre a menina.

– Mas ela disse que não gosta de mim, que disse que gostava por impulso. – Scorpius viu o amigo se aproximar e dar uma bofetada na cara do loiro, estava pronto para reagir quando o amigo disse:

– Pare de agir como uma garota histérica. Seja macho. – ambos riram, mas então se calaram, e Miguel saiu do quarto.

[...]

Rose estava irritada no quarto. Havia tomado uma decisão naquela manhã, claro que com a ajuda de Vitor, amigo de Scorpius que jurava odiá-la.

– Eu não gosto de você, mas acho que Scorpius gosta, ele mudou muito e tudo mais. – ela lembrou das palavras do garoto e sorriu.

Mas então um balde de agua fria foi jogada em seus planos. Quando Scorpius disse aquelas coisas. E quando ele a perguntou sobre seus sentimentos, ela simplesmente mentiu, fora burra, impulsiva, e sabia que o magoara, mas era preciso. Era preciso quebrar o coração dele agora, e não o envolver mais.

– Você está péssima. – Lily disse invadindo o quarto de maneira docemente lunática.

– Conte-me uma novidade. – Rose disse sarcástica, e se jogou na cama, lagrimas ameaçaram cair de seus olhos, mas ela não se renderia, não tão fácil, não sem lutar.

– Hoje eu descobri que as gêmeas Longbottom gostam ambas de Albus. – Lily disse animadamente.

– O que isso tem a ver? – Rose disse.

– Você pediu uma novidade e eu contei. – Lily disse docemente, a inocência da garota chegava a ser triste, mas ao menos fez Rose sorrir, minimamente mas sorriu.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim. Novamente peço perdão pela demora. E por favor, deixem um reviewzinho que seja, um oi que seja, um feliz ano novo que seja, mas deixe, eu e Luna agradeceríamos. Feliz 2014, meus queridos, e feliz natal bem atrasado.