Bruna's POV:

Quando meu pai entrou na sala, já começou a tagalerar em meu ouvido, dizendo que tinha perdido totalmente a confiança em mim e lálálá.

- Eu nunca acreditei que você fosse fazer isso minha filha, até parece uma vagabunda dessas que vão presas pelo menos 3 vezes na semana. Me poupe, te criei e te eduquei em uma das melhores escolas de Nova York e você me faz isso? Pelamordedeus, Bruna.

- Ok pai, mil desculpas, mas infelizmente eu não posso desfazer o que eu fiz. Mas diz aí veio, qual vai ser a bomba da vez? - eu disse. - 

- Respeito é bom e eu gosto dona Bruna.

- HÁHÁ, dinheiro também é bom e eu gosto, mas nem por isso eu tenho senhor Paulo. (é, meu pai se chama Paulo).

- Chega de deboxe criatura! Você vai morar com seu irmão na Inglaterra por tempo indeterminado e sem mais nem menos, já está decidido!

- Hey, espera aí? Quem disse que eu tenho irmão? Acho que você tá ficando bem doidinho hein pai. - falei rindo da cara dele. -

Meu pai estava me olhando muito sério e eu pude perceber que aquela história podia ser verdade de algum modo. Foi quando minha mãe entrou na sala.

- Paulo, já contou pra ela? – minha mãe disse –

- É, to contando agora. – ele respondeu –

- Espera aí? Vocês me vêem com uma baboseira dessas esperando que eu acredite? Meu Deus né, desculpa, eu não tenho irmão, nunca tive e vocês dois sabem muito bem disso! – nessa hora eu já tava puta da cara –

- Filha, senta aqui que eu vou te contar tudo. – meu pai me disse e eu o obedeci –

- Antes de você nascer, antes mesmo de eu e sua nos conhecermos, eu conheci uma mulher chamada Lola. A primeira vez em que eu a vi, foi como se só existíssemos eu e ela no mundo inteiro. Sim, foi paixão a primeira vista. Após um tempo juntos, ela me veio com a notícia de que estava grávida. Eu não pude acreditar, tinha apenas 26 anos, não podia ser pai naquela época, não estava preparado. Com isso, a abandonei, porém, pago a pensão de Liam, meu filho, até hoje. Sua mãe sabia de tudo, mas achamos melhor esconder isso de você. – ele finalizou –

- Eu não posso acreditar... – disse com as lágrimas nos olhos. – E porque esconderam de mim esse tempo todo? Nunca souberam que eu sempre quis ter um irmão?

- Filha, já falei com ele, está tudo certo. E se lembre, foi você que quis isso. Começou a ser rebelde, fazendo escolhas totalmente opostas do que eu e sua mãe guardávamos pra você no futuro. Um tempo fora vai ser bom pra você, confia em mim.

- Sabe, - comecei a falar – acho que vai ser muito bom mesmo, porque agora eu to com nojo de olhar pra cara de vocês, NOJO! – saí correndo e fui para o meu quarto.

Comecei a arrumar as minhas malas chorando quando vi a passagem de avião para Inglaterra. Bom, eu não iria para lá mesmo, iria chegar lá e ir pra qualquer outro país, sem pais, sem irmão, sem nada.

Terminei tudo, e fui dormir, pois amanhã iria embarcar para qualquer país sem previsão de volta.