Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr


Capítulo 9
Capítulo 9 A Garotinha Ainda Existe


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews mesmo o capítulo sendo curtinho, amei!
No próximo vcs irão conhecer finalmente a Natasha Novgorodseva.
Bjos



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Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também uma ocasional vontade de se ser estúpido.

Friedrich Nietzsche

 – Capítulo Nove – 

A Garotinha Ainda Existe

Draco acordou cedo no dia seguinte, tomara um banho e já se aprontava para sair, ele precisava ver Harry, por algum motivo, ele acreditava que Harry precisava dele. Draco observou Agatha na cama, ela parecia um anjo dormindo sem aquela maquiagem toda, ele percebeu que no dia anterior ela voltara pra casa meio nervosa, e não quis falar sobre o assunto, Draco também não insistiu, deixaria que ela se abrisse com ele quando quisesse. Ele a observou por mais alguns instantes, quando ela abriu os olhos lentamente.

- Você vai sair? – perguntou Agatha baixinho.

- Preciso ver o Harry. – respondeu Draco se sentando da beirada da cama.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Agatha apreensiva.

- Não. – disse Draco calmamente – Mas, eu sinto que preciso vê-lo.

- Posso ir com você? – perguntou Agatha pedinte. Draco sorriu, era tão estranho ver uma mulher que botava medo em todo mundo pedir permissão para ir a algum lugar.

- Hoje não. – disse Draco – Além disso eu preciso de você aqui, Severo vem passar o relatório sobre Hogwarts.

- É verdade. – disse Agatha chateada.

- Eu volto logo. – disse Draco lhe dando um beijo na testa – Te trago um presente se não ficar triste.

Esse era o modo de Draco dizer “eu te amo” sempre trazer um presente, pois, ele mesmo sabia que nunca conseguiria dizer tais palavras. Draco saiu do quarto, ele pensou em se despedir de Jacob, mas, achou melhor que não, ele podia acordar, ele desceu as escadas e foi em direção ao armário sob a mesma e desaparatou.

_____

Draco aparatou no escritório já conhecido, sentindo-se aliviado por não ter ninguém, ele saiu tão afobado para ver Harry que nem pensou na possibilidade de ter outra pessoa no escritório.

Harry, você está por perto? – pensou Draco.

Draco sabia que se Harry estivesse na casa ele demoraria para responder, até ter certeza de que era Draco, por que ele não marcara dia para aparecer. Mas esse pensando foi equivocado, pois, de imediato, Draco ouviu a voz de Harry em sua mente.

Que bom que você veio, estava te esperando.

Passou cerca de dois minutos e a porta do escritório se abriu, um Harry sorridente apareceu por ela.

- Como sabia que eu viria? – perguntou Draco.

- Eu chamei você pelo pensamento. – explicou Harry.

- Estavamos muito distantes Harry. – disse Draco descrente – Não seria possível.

- Bem. – disse Harry dando de ombros – Alguma coisa fez isso possível. Mas vamos ao que interessa, sente-se.

Harry esperou que Draco parecesse confortável antes de começar a falar.

- Eu fui colocado na parede pelos da Ordem. – disse Harry respirando fundo – Eles querem voltar para a Europa, para tentar derrotar Voldemort e os comensais.

- Eles estão completamente loucos. – disse Draco girando os olhos – Isso com certeza acabaria com os nossos planos.

- Eu sei. – disse Harry cansado – Eu pedi mais um tempo pra eles, felizmente eu ainda tenho um pouco de credibilidade e eles aceitaram. Mas eu não sei por quanto tempo mais vou conseguir segurá-los.

- Temos que apressar o plano então. – disse Draco irritado – Se soubéssemos qual é a outra horcrux, já poderíamos destruí-las. Eu tento às vezes forçar uma visão dos fundadores, pra ver se temos alguma pista do que possa ser, mas, nada, nenhuma idéia, Agatha também não consegue pensar em nada.

- Tem certeza que ela não sabe Draco? – perguntou Harry de repente fazendo Draco olhá-lo incrédulo.

- Por que pergunta isso?

- Draco. – começou Harry cuidadoso – Gina sentiu algo em relação à Agatha, ela acredita que Agatha pode querer servir Voldemort de verdade.

- Acredito que não. – disse Draco firme – Entre nós ela é a que mais quer matá-lo, mas, você sabe o que acontece se um de nós dois fizermos isso.

- Agatha está diferente Draco. – disse Harry querendo alertá-lo.

- Ok, Harry. – disse Draco com um sorrisinho de lado – Me descreva a Agatha que esteve aqui com a gente aquele dia.

- Incrivelmente fria e arrogante. – começou Harry pensativo – Comentários desagradáveis, o sorriso doce dela se tornou cínico quase falso, ela parece maldosa agora, até o modo de olhar dela, agora ela olha por cima como se fosse superior, e o mais importante, ela mudou e você não. Acha isso pouco?

- Pefeito. – disse Draco sarcástico – Agora descreva a mim Harry.

- Como? – perguntou Harry confuso.

- Harry, se você me descrevesse agora, seria com as mesmas palavras não seria? Você acabou de me descrever. – disse Draco obvio – Ela está exatamente como eu sou.

- Não entendi.

- Harry, eu nasci e fui criado em meio à maldade. – explicou Draco – E eu sou assim, e não mudo, não tinha porque eu mudar se eu já sou acostumado com isso se eu já sou dessa forma. E Agatha mudou de ambiente muito rápido, ela sofreu muito, mas, era mais que obvio que ela mudaria não? Mas isso não quer dizer que ela não esteja do nosso lado. Ela ainda é aquela garota doce e meiga que morre de medo de cobras, apesar de ela conseguir aturar a Nagine.

- Pensando por esse lado. – disse Harry aliviado – Mesmo assim, é melhor conversar com ela.

- Não se preocupe. – disse Draco irritadiço – Eu sei como lidar com a minha esposa.

- Me desculpe. – pediu Harry – Eu só estou preocupado. Eu gosto de Agatha, não quero que nada de ruim aconteça a ela.

Os dois ficaram em silêncio e se fitaram, foi Draco quem falou primeiro.

- Você ama a Gina Harry? – perguntou Draco sério.

- Eu me casei com ela não? – disse Harry com um sorriso confuso.

- Mas você já disse que a ama? – insistiu Draco.

- Por que essas perguntas agora Draco? – perguntou Harry desconfiado.

- Por nada. – disse Draco respirando fundo e caindo em silêncio outra vez.

_____

- É somente isso que tenho para passar. – disse Snape encarando Agatha que fazia algumas anotações em um pergaminho.

- Perfeito Severo. – disse Agatha quando terminou – Acho que é só. Eu não entendo por que o Lord pede esses relatórios mensais, se ele confia em você.

- Agatha. – disse Snape sério – Voldemort não confia em ninguém.

- Ele confia em mim. – disse Agatha quase ofendida.

- Você se importa se ele confia ou não? – perguntou Snape a fitando curioso.

- Claro. – disse Agatha firmemente – Eu passei todos esses anos tentando conquistar a confiaça dele, para os nossos planos Severo.

- Sim claro, os nossos planos. – disse Snape ainda a fitando com curiosidade.

Ela mudara muito desde o dia em que ele aparatou ela e Draco para a mansão. Mas até que ponto foi essa mudança?

- Severo, eu queria te perguntar uma coisa. – disse Agatha e esta parecia um pouco apreensiva.

- Sim.

- Existe alguma possibilidade do meu corpo voltar a reagir aquele veneno?

Snape parou pensativo por um instante até se lembrar do que Agatha falara, ela se referira ao veneno do qual foi quase morta no seu sexto ano em Hogwarts.

- Por que a pergunta Agatha?

- É que eu estou me sentindo meio estranha faz um tempo. – explicou Agatha – Com um pouco de tontura, enjôo, mudança de humor. Não estou emagrecendo ainda, mas, eu me sinto cansada e desmaiei uma vez, Isabella me ajudou, Draco não sabe disso, então, por favor, não comente. Existe essa possibilidade do veneno ter voltado?

- Não. – disse Snape – A não ser que você beba muito, ai sim seria perigoso. – Agatha arregalou os olhos e Snape deu um sorriso torto – Eu estou brincando, o veneno não volta. Você deve estar estressada, peça a opinião de outro medibruxo.

- Acha que eu não sei me automedicar Severo?

- Se sabe por que está sentindo essas coisas? – perguntou Snape sarcástico – Para de agir como uma garota boba e vá procurar outro medibruxo.

Era sempre assim quando Snape ia até a mansão, ele sempre arranjava alguma coisa para lhe dar uma bronca, Agatha se sentia como se ainda fosse aluna dele, então ela ficou quieta.

- Eu vou pedir pra que outro medibruxo venha me ver. – disse Agatha aborrecida. – Eu vou diminuir na bebida.

- Ótimo.

Os dois ficaram em um silêncio constrangedor por um momento. Desde que Draco e Agatha começaram a “servir” Voldemort, Snape tem estado com eles. Draco nunca disse a Harry que Snape estava do lado deles, foi um pedido do próprio Snape que eles não entederam por que, mas, respeitaram.

- Professor. – chamou Agatha, Snape a olhou surpreso há anos, ela não o chamava de professor.

- Sim.

- Eu torturei uma pessoa. – disse Agatha com a voz embargada – Eu não me sinto bem.

- Quem você torturou? – perguntou Snape tentando parecer natural.

- Nott. – respondeu Agatha com a voz trêmula – Ele me irritou, eu não sei por que fez isso, ele nunca falou muito comigo, não entendi por que.

- Fique calma. – disse Snape meticuloso – O que Draco achou disso?

- Eu não contei pra ele. – disse Agatha, seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

- Ele é seu marido. – disse Snape a avaliando com o olhar – Por não contou pra ele?

- Eu tive medo. – respondeu ela – Eu fiquei com medo de Draco achar que virei um monstro.

- Por que ele acharia isso? – perguntou ele – Você tem agüentado muita coisa aqui, ele mesmo já torturou vários até agora.

- Mas eu gostei. – disse Agatha aflita – Eu gostei muito, me senti aliviada, eu fiquei feliz e satisfeita em vê-lo sofrer, eu senti vontade de fazer isso mais vezes. O que está acontecendo comigo professor? Eu não quero ser assim.

Snape a fitou aliviado, sim, a garotinha que ele conhecia e ensinava desde os seus onze anos ainda está lá dentro em algum lugar, ela só estava intimidada e com medo.

- Você não é má. – disse Snape cuidadoso – Só está reagindo pelo mal que já te fizeram. Talvez seja até por isso que você está sentindo essas coisas.

Agatha limpou as lágrimas e sorriu.

- Obrigada Severo. Eu sempre me sinto melhor quando falo com você.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???