A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro.

Platão

– Capítulo Oito –

Uma Forte Telepatia

Voldemort encarava Nott a sua frente, ele parecia aborrecido e sem graça. Desde o momento que Nott saiu pela porta dos seus aposentos, Voldemort esperava ansiosamente pelo seu regresso ou não.

- O senhor sabia que ela faria isso comigo? – perguntou Nott chateado.

- O que ela fez exatamente? – perguntou Voldemort impaciente.

- Eu fiz o que o senhor mandou. – explicou Nott – Nós discutimos depois ela virou e me torturou.

- O que você disse a ela? – perguntou Voldemort.

- Eu falei sobre a possibilidade do marido dela tê-la traído. – disse Nott – Falei também sobre a tal da Natasha... e eu também falei se caso ela quisesse afogar as mágoas com alguém, eu a estaria esperando.

- Não foi suficiente. – disse Voldemort irritado.

- Não era isso que o Lord queria?

- Na verdade não. – disse Voldemort decepcionado agora encarando o nada. “Ela mostrou frieza sim, mas, não foi o suficiente. Preciso usar outra pessoa”.

_____

Draco se encontrava sentado no escritório revisando alguns papéis, a guerra estava para acabar e ele tinha que ser muito cuidadoso com os últimos detalhes, Natasha viria em breve e a conquista da Rússia traria mais aliados suficientes para começar a grande luta. Ele só esperava acabar com essa guerra antes que Agatha começasse uma nova com a presença de Natasha. Desde o primeiro momento Draco percebeu que Agatha não foi com a cara dela, primeiro por que Natasha era realmente muito atraente e segundo, Agatha alegava que Natasha se jogava em cima de Draco constantemente, o que na opinião de Draco era loucura da cabeça dela.

- Entre. – disse Draco ao ouvir o som de uma batida da porta, Isabella entrou no escritório com um Jacob muito alterado em seu colo.

- Desculpe General Malfoy. – disse a babá – Eu não sei mais o que fazer, Jacob não para de chorar, ele nunca ficou assim antes.

- Me dá ele. – disse Draco grosseiramente para a babá.

- Eu pensei que ele pudesse estar doente. – disse Isabella deprimida entregando o bebê – Mas não encontrei a Doutora.

- Deixe Agatha em paz, ela está estressada, foi tomar chá com Emilia – disse Draco balançando Jacob nos braços – Ele não parece doente. Pode sair garota eu fico com ele.

- General. – disse a garota inquieta, Draco realmente deixava a garota nervosa – Eu queria saber se o senhor tem uma data certa de quando essa guerra vai acabar.

Draco pensou em dar mais uma de suas respostas ríspidas, mas, pensou melhor, a menina só tinha dezoito anos, estava sozinha na Inglaterra. Depois que eles atacaram a Itália, a garota foi trazida para trabalhar aqui, ela devia sentir muita falta da família na Itália. Agatha simpatizou com Isabella desde o primeiro momento, obvio que ela antes de lhe contar os verdadeiros planos para a guerra, Agatha penetrou e sua mente, desde então ela tem sido a sua confidente.

- Será breve. – disse Draco sério – Logo você encontrará a sua família.

- Obrigada senhor. – disse Isabella agora olhando para o menino no colo de Draco – Ele parou, devia estar com saudade do senhor.

- Pode ser. – disse Draco observando o seu filho – Não passo muito tempo com ele.

- Eu vou levá-lo para brincar. – disse a babá fazendo menção de pegá-lo.

- Não. – disse Draco – Deixe ele comigo, depois eu te chamo.

- Tudo bem. Com licença. – disse a babá se retirando do escritório.

Draco fitou Jacob por um momento. Agatha sempre dissera que ele se parecia com Draco, mas, Draco sempre discordava, a cor do cabelo, os lábios as bochechas coradas, o sorriso, era tudo dela. Jacob podia ter nascido por que Voldemort ordenou, mas, Draco nunca se arrependeria de tê-lo, por que além de ser seu filho, Jacob era uma parte de Agatha e ele a amava. Jacob agora encarara os olhos de Draco e uma sensação estranha tomou conta dele, era como se Jacob quisesse lhe falar alguma coisa.

- Acho que estou trabalhando demais. – disse Draco pra ele mesmo – Quando essa guerra acabar vamos você, sua mãe e eu viajar de férias. – disse Draco para Jacob que sorriu, o sorriso dele lembrou a Draco por um momento de Harry. Harry que tinha a mania de sorrir pra todos feito um bobo e isso às vezes irritava.

Draco.

Draco olhou imediatamente para Jacob o garoto sorria mais, Draco não sabia por que, mas, uma necessidade tremenda de falar com Harry tomou conta de Draco. Ele precisava vê-lo antes dos três meses.

Muito distante dali, em um outro continente para ser mais preciso, um homem de olhos fechados em seu escritório segurando seu filho no colo, se concentrava no nome de alguém.

- Draco eu preciso falar com você. – então Harry abriu os olhos e encarou Tiago em seu colo, o garoto sorria, e ao ver o sorriso torto nos lábios dele, Harry não sabia por que, mas, naquele momento tinha certeza que Draco o tinha ouvido.