O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.

Aristóteles

 – Capítulo Quinze – 

Uma Nova Cúmplice

Gina mexia algo em uma caçarola na cozinha, quem diria que ficaria igual a Sra. Weasley depois de casada, Hermione estava sentada atrás dela na mesa cortando algumas batadas, usando a varinha.

- Gina você faria isso mais rápido se usasse magia. – disse Hermione a amiga.

- Mas eu não acho que ficaria a mesma coisa. – disse Gina sorridente – Eu gosto de fazer com as minhas próprias mãos a comida de Harry.

- Sorte sua que sabe cozinhar. – disse Hermione sincera – Eu morei em uma casa trouxa e nem assim aprendi.

As duas riram.

- Tia Gina, tia Gina. – Um garoto com os cabelos roxos acabara de entrar correndo na cozinha.

- Oi Teddy. – disse Gina se abaixando para dar um beijo no garoto.

- Tiago está acordado? – perguntou o garoto esperançoso.

- Sinto muito ele está dormindo. – respondeu Gina vendo a cara de decepção do garoto – Por quê?

- Victoire queria brincar de casinha, e eu seria o pai. – disse Teddy todo pomposo – Não que eu goste de brincar de casinha.

- Não claro que não. – disse Hermione sorridente – Nunca pensaríamos nisso.

- Quando ele acordar eu te chamo, ta bom? – disse Gina para Teddy que já estava agora com os cabelos verdes e o nariz adunco.

- Ta bom. Manda um beijo para o padrinho. – disse ele antes de sair correndo outra vez porta a fora.

- É tão bom ver essas crianças brincando e felizes. – comentou Hermione fitando uma batata – Se soubessem a guerra que estamos passando.

- Verdade. – disse Gina – Teddy é inteligente outro dia o ouvi perguntando a Andrômeda por que nunca saiam da cidade. Não vai ser fácil esconder deles daqui em diante.

- Draco disse que essa guerra está para acabar. – disse Hermione esperançosa – Você acha que está?

- Claro. – disse Gina firmemente – Eu confio no Draco, ele sabe o que faz.  Só precisamos saber o que é a última horcrux, e então tudo resolvido.

- Levamos anos para conseguir às outras. – disse Hermione – E pelo menos tínhamos uma noção do que eram, mas, a de Rowena, nem o que é, nem onde está. Não quero que Rose cresça aqui – disse Hermione passando a mão na barriga que já estava pontuda.

- Mione. – disse Gina deixando a caçarola de lado e se sentando de frente a Hermione, Gina colocara a mão em sua própria barriga e sorriu – Tenho uma coisa pra te contar...

- Gina, Herrmione. – disse a voz de Angeline à porta da cozinha, ela já não usava os cabelos soltos como antes, mas, os prendiam em um elegante nó na nuca – Desculpe a porrta estava aberrta.

- Angel. – disse Gina – Entre e sente-se conosco.

- Preciso ver o Arry. – disse Angeline urgente – Ele está?

- No escritório. – respondeu Gina apreensiva – Aconteceu alguma coisa?

- Ainda não. – disse Angeline um pouco nervosa – Mas vai haverr. Posso?

- Fica a vontade. – disse Gina olhando a mulher avançar em direção ao escritório de Harry.

- Gina acho que você não devia tê-la deixado entrar. – alertou Hermione.

- Droga! – exclamou Gina – Eu me esqueci que o Draco vem hoje, outra vez.

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- Entre. – disse Harry ao ouvir o som da batida e uma Angeline muito alterada entrou no lugar. – Angel?

- Querro explicações Arry. – disse ela cruzando os braços, irritada – Eu já esperrei demais.

- Do que está falando? – perguntou Harry inevitavelmente entrando em pânico, Draco chegaria a qualquer momento, como ele odiava a pontualidade do loiro às vezes.

- Eu guarrdei isso parra mim durrante todos esses anos, somente confiando em vocês. – disse Angeline – Mas já passou tempo demais. Eu querro notícias dos meus filhos.

Harry parou contemplativo, pensando no que ela estava falando.

- Agatha e Drraco. – disse ela vendo a confusão nos olhos de Harry – Querro notícias deles e querro agorra.

- Mas como você sabe...

- Você é um péssimo oclumente Arry. – disse Angeline por cima – Há anos atrrás eu desconfiei que estavam aprrontando algo, entrrei na sua mente e descobrri, eu fingi todos esses anos que desprezava a minha filha, mas, já estou farrta.

- Você entrou na minha mente? – disse Harry irritado – Com qual permissão?

- Com a permisson que me diz dirreito a saberr da minha filha. – disse ela entre os dentes – Não se prreocupe, eu não vi mais nada ai, enton eu não sei o que Dumblydor pediu a vocês, porr que non me diz respeito.

- Me deixa pensar um minuto sim. – disse Harry passando as mãos nos cabelos, Draco chegaria logo, Angeline estava furiosa e ele estava com sono – Alguém mais sabe? Narcisa?

- Non. – disse Angeline – Eu non disse a ninguém.

- Existe a possibilidade de ela também ter entrado na minha mente? – perguntou Harry deprimido.

- Non. – respondeu Angeline – Ciça é muito correta, ela nunca farria algo assim, ao contrárrio de mim.

- Ok. – disse Harry respirando um pouco mais aliviado – Draco e Agatha estão bem, mas, agora não é um bom momento, você precisar ir embo...

Um crack no escritório anunciou que alguém aparatara ali, Draco se virou e deu de cara com um Harry abatido e uma Angeline surpresa. Quando Draco ia abrir a boca pra dizer alguma coisa, Angeline correu em direção a ele, no inicio Draco pensou que levaria um soco, mas, foi pego de surpresa por um abraço apertado. Draco ficou sem reação e olhou para Harry indignado que balançava a cabeça negativamente, quando Angeline finalmente o soltou disse:

- Drraco. – disse Angeline com delicadas lágrimas escorrendo pelo seu rosto – Você está bem. Como ela está? Minha pequena como está?

Draco não respondeu ainda sem reação, Harry nunca vira antes Draco Malfoy sem reação antes, e Harry sabia que o loiro odiava isso, pois, sempre gostava de estar por cima e sabendo de tudo.

- Acho melhor nos sentarmos. – disse Harry cansado – Vamos ter uma longa conversa.

Draco e Harry explicaram rapidamente o que houve desde o dia em que Draco e Agatha resolveram virar espiões da Ordem, e Draco passou pra eles os últimos acontecimentos.

- É a minha terceira visita aqui em um pouco mais de um mês. – disse Draco desgostoso – Isso não devia acontecer, mas, acho que finalmente as coisas estão andando.

- Andando? – disse Angeline assustada – Aquele monstrro agorra querr serr marrido da minha filha.

- Isso não vai acontecer Angeline. – disse Draco – Eu não vou deixar. Mas agora que ela está perto dele, pode ser mais fácil de descobrir... de descobrir algo que possa matá-lo.

Angeline respirou fundo e se levantou.

- Me mantenha inforrmada Arry. – disse Angeline um pouco mais serena – Porr favorr, continue cuidando dela Drraco querrido – disse ela pegando no rosto de Draco para lhe dar um beijo na testa – Diz que eu a amo e que ela non está sozinha. Eu tenho que ir ou o Jacob vai desconfiarr.

Draco assentiu e Angeline saiu do escritório.

- Por que não disse que ela tem um neto? – perguntou Harry.

- Por que iria doer mais. – respondeu Draco.