One Destiny escrita por Rafaella Livio


Capítulo 8
Hi, Norah


Notas iniciais do capítulo

Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012.
Olá, gente sortuda por ler minha fic! KKK, brincadeira, brincadeira!
Este capítulo é dedicado à Fernanda Magliocchi, minha inspiração para fazer a Norah. Te amo Fe, sem você não sei viver - KKKKKK, isso rimou? OK....
Boa leitura.



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POV Kate

Acordei com minha mãe me chacoalhando e suas incontáveis pulseiras-escrava faziam barulho, o que ajudava na missão "acordar a Kate".

– Mãe, eu estou de férias, por favor...

– Nada disso, mocinha. Norah e seus pais chegarão às onze e meia e estamos atrasados.

– Quem é essa?

– A filha da minha amiga que eu te disse.

Bufei baixo.

– Que horas são?

– Dez e quinze.

– Ah, ainda dá tempo!

– Dá nada! Você tem que comer, tomar banho, se arrumar, ajudar Kevin a se arrumar e quando seu pai e eu voltarmos, iremos até a casa nova dela ajudá-la a arrumar as coisas e almoçaremos todos juntos.

– Que programão, hein?

– Katherine, por favor, seja legal.

– Eu sou legal, mãe.

– Não, você não é.

– Mãe!

– Só estou sendo sincera... Não é assim que você diz?

– Tudo bem, tudo bem, já vou.

– Vá rápido!

Me espreguicei e levantei quase caindo de sono. Lavei o rosto, escovei os dentes, arrumei a cama e fui comer. Apenas Kevin e Gina se encontravam na mesa.

– Já saíram? - Perguntei, me sentando e pegando um prato com pão, manteiga e queijo.

– Já. Foram para o shopping comprar um presente para uma tal Nordah... Ou era Novah?

– Norah - corrigi. - É uma filha de uma amiga da minha mãe - rolei os olhos. - Não estou muito afim de sair com ela para os lugares onde eu vou. Normalmente filhas das amigas da minha mãe são caretas.

– Parece que essa Norah é muito especial para a sua mãe, Kate. Eu seria legal com ela.

– Todo mundo deu para implicar comigo, foi?! - Reclamei. - Eu sou legal, droga!

Gina deu de ombros e foi para a cozinha. Kevin me ofereceu um pouco de cereal, mas eu recusei. Logo ele derramou praticamente tudo na roupa e lá fui eu acudi-lo.

– Kevin, você já é grandinho, tem que aprender a comer direito que nem hominho!

– Mas eu sou criança!

– Já está virando hominho, olha seus pelinhos crescendo - fiz cócegas nele, ajudei-o a se limpar e coloquei-o no banho.

– Gina, vem me ajudar! - Pedi, depois de Kevin me encharcar. Gina veio correndo com a louça na mão, voltou para a cozinha para deixar o prato lá e voltou apenas com um pano na mão. Me entregou o pano e eu me limpei.

– Kevin, - apontei o dedo, bem brava - aprenda a tomar banho sozinho! Porque eu não te dou banho nunca mais!

Fui para meu quarto e ouvi ele perguntando a Gina "o que eu fiz de errado?". Vocês devem estar pensando que eu sou uma sem-coração, mas tente viver normalmente com Kevin por perto, é impossível!

Enquanto ele tomava banho e cantava desafinado a música que o Homer Simpson canta no filme "The Simpsons", chamada Spider Pig, escolhi uma roupa que ele gosta muito e que seria confortabilíssima para o dia.

Fui ao meu banho e enquanto lavava o cabelo, vi mais um de meus sonhos acordada e, mais uma vez, com o Harry. Já estava ficando repetitivo. Estávamos em um parque dando comida para os pombos, mas não éramos mais jovens. Tínhamos a aparência de velhos, talvez 70, 80 anos. Eu sei, muito estranho. Sempre é assim.

Depois do banho sequei o cabelo para dar uma aparência mais certinha e talvez mais "legal". Escolhi uma roupa em mais ou menos 15 minutos e por fim, esperei por meus pais na sala. Só um problema: eles não chegavam.

Esperei 5, esperei 10, esperei 15, esperei 20 e esperei meia hora e nada deles chegarem. A esse ponto, o cabelo de Kevin estava totalmente bagunçado.

– Kevin! - Gritei, puxando-o pela manga da blusa.

– O que foi? Ai, me solta, Kate!

– Deixa eu arrumar esse cabelo - sentei-o no sofá de costas para mim. - Vai ser a última vez que eu arrumo!

– Tá.

Depois de arrumar o cabelo dele bonitinho, voltei a sentar no sofá e fiquei mudando de canal até eles chegarem.

– Finalmente!

– Desculpe, minha filha - desculpou-se papai - É que sua mãe parou em várias lojas.

Olhei para as mãos de minha mãe e não as achei. Estavam cobertas por sacolas e mais sacolas. Tinham bolsas, casacos, tênis, sapatilhas, sandálias, relógios. Meu Deus, minha mãe é uma comprólatra!

Ela tinha comprado alguma coisa ou outra para mim, mas eu nem reparei, apenas peguei a sacola azul com uma etiqueta escrito: para Norah.

– O que é? - Balancei.

– Um casaco daquela marca que você gosta.

– Qual?

– Sei lá. A... A...

– Aeropostale?

– Não, A... Abe...

– ABERCROMBIE?

– Isso. Você acha que ela vai gostar?

– Se ela é o que eu acho que é... - comentei em um sussurro.

– O quê?

– Nada! Claro que ela vai gostar, só não vai gostar se for um robô! É jeans?

– Não, uma de moletom com um escrito no bumbum.

– Posso ver?

– Pode, a sacola está aberta.

Abri e vi uma calça de moletom azul-marinho escrito "Abercrombie" na parte de trás, não exatamente no bumbum.

– É linda, mãe!

– OK, agora dobre e ponha de volta porque estamos super-atrasados.

– Vou ter que ajudar com as caixas?

– Claro, minha filha!

– Ótimo, eu não pedi para fazer levantamento de peso, sabia?

– E eu não pedi uma filha tão mal educada, sabia?

Ela adorava me copiar para me irritar. Bati o pé, urrei, fui para meu quarto e bati a porta.

– KATHERINE, VOLTE AQUI!

Era minha mãe. Não voltei.

– KATHERINE, SUA MÃE ESTÁ CHAMANDO.

Era meu pai. Abri a porta e saí, eles já estavam saindo e deixando a porta aberta, mas eu saí e tranquei-a, sem dar tchau para Gina.

Fomos a pé porque a casa dela era apenas uma rua paralela, e chegando perto, vi uma menina futucando uma caixa com bichinhos com uma roupa bem legal, e ela não me pareceu um robô.


POV Norah

Perto de nós estavam eles, ou pelo menos eu achava que eram. A menina usava uma roupa bonita e, mesmo uma esquina adiante, parecia ser bonita. Eu estava com uma roupa confortável para um dia de mudança, no meu ver, porém meu cabelo estava um pouco bagunçado e eu estava um tanto suada daquele põe no caminhão, tira do caminhão.

Eles foram se aproximando e o menininho veio praticamente correndo em cima da minha caixa de brinquedos velhos que eu esqueci de dar para a minha priminha em Brighton. Ele deveria ter a idade dela. Ele me olhou assustado e voltou a olhar para os brinquedos, porém encantado.

– Qual é o seu nome? - Perguntei, me agachando para ficar da sua altura.

– Kevin Smith, muito prazer - estendeu a mãozinha gorda.

– Que garotinho esperto! - Apertei sua mão e levantei, vendo que os outros membros da família Smith tinham visto a cena fofa. Puxei o pano que tinha enfiado na ponta da calça e limpei a testa, colocando-o em uma das caixas.

Me dirigi a mulher.

– Você deve ser a senhora Smith, muito prazer. - Estendi a mão cansada.

– Prazer. E você deve ser Norah, certo?

– Certo.

– Cadê sua mãe? - Procurou por cima de meus ombros e eu apontei para o segundo andar da casa grande que eu não me acostumaria tão facilmente a viver.

– Lá em cima, eu acho.

Ela se direcionou a porta e entrou, me virei para o homem.

– Olá, senhor Smith.

– Norah, quero que conheça minha filha Katherine.

Sorri para a menina que deveria ter minha idade, ou talvez ser um pouco mais velha, mas ela não retribuiu. Voltei a ficar séria e olhei para baixo, enquanto o homem ia até a cabine do caminhão, conversar com meu pai, provavelmente.

– Olha, não pense que eu quero fazer isso - a menina começou, e eu voltei minha atenção para ela.

– Huh?

– Estou falando de te levar para onde eu for e te acompanhar onde você quiser ir e blá blá blá.

– Não precisa, se não quiser.

– Eu não tenho escolha. Diga-me logo aonde posso ajudar, para isso tudo acabar logo.

Apontei para uma das caixas que faltavam dentro do caminhão, e ela pegou a caixa com muito esforço.

– Onde eu deixo?

– Pode ser lá dentro, na sala mesmo, depois eu vejo.

Ela entrou na casa e o menininho continuou abaixado, olhando para a caixa.

– Você quer esses brinquedos?

Ele me olhou como se eu fosse um anjo.

– Quero!

– Pode ficar se conseguir levantar.

Fazendo muita força, ele conseguiu levantá-la e me olhou orgulhoso. Baguncei um pouco seu cabelo e ele foi para dentro, gritando da conquista para a irmã, que não parecia muito interessada.

Depois de mais uma pilha de caixas, no máximo, fomos todos almoçar em um restaurante ali perto. Pedimos mesa para seis e Kevin se sentou em uma daquelas cadeiras para bebês, acho que ele não fazia muita questão de evoluir.

Pedi apenas um bife acebolado, enquanto a menina parecia pedir um banquete. "Quero só ver quem vai pagar a conta!", pensei. Comi calmamente e ela me olhava a todo instante e por mais que soubesse que não era inveja, queria saber o porquê de tantas olhadas, ela se sentia superior do que eu?


POV Kate

Depois do almoço, minha mãe tentou - e falhou - fazer com que eu e a menina conversássemos sobre coisas em comum, porém estas não existiam.

Perguntei apenas se ela tinha Twitter e ao dizer que sim, passei o meu e ela passou o dela.

Eu não sei por que, mas eu não gostei daquela menina. Ela achava o quê? Que era superior que eu, para ficar me olhando o tempo todo no almoço? Por favor, né!

Finalmente acabou a tortura! Deixamos eles na nova casa deles e fomos para a nossa e eu deitei cansadérrima na minha cama. Assisti um pouco de TV, tomei mais um banho, pus um pijama e fiquei conversando com algumas pessoas pelo MSN até ter sono.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? KKK, foi engraçado o jeito de as duas acharem que uma tá tentando ser superior que a outra...
Ah! A roupa do Kevin, não é necessariamente do tamanho que está no menino da foto, e o menino da foto NÃO É o Kevin, entenderam?
OK, XOXOS.
- Rafa