Kristin Mason tinha apenas 14 anos quando se mudou para Atlanta. A vida no interior havia feito dela uma menina calma, obediente, motivo de orgulho. Mas... Ao chegar na cidade grande, as coisas não foram bem como ela imaginou, com 3 semanas na cidade, foi sequestrada e teve que se juntar a uma gangue.

No colégio, ela conheçeu seus problemas.

Tudo começou num belo dia, quando ela fazia seu dever, e viu alguém sentar-se na cadeira à sua frente.

- Qual seu nome?

- Kristin... e o seu?

- Peter, prazer! Você é muito bonita, Kristin...

Ela sorriu, corada, parando então para observar Peter com seus cabelos negros lisos caindo sobre os olhos, verdes como esmeraldas. Porém seu visual composto por camisa larga e jeans rasgado, tirava um pouco dessa beleza. Peter fugia do padrão dos boyzinhos do colégio, mas Kristin sabia que ele seria sua salvação pelo menos nos períodos torturantes de aula.

- Obrigada...

- Eu diria que você é mais que bonita... Você é... A peça que falta na minha gangue...

- Gangue?! Você tem uma gangue??? - Kristin sobressaltou-se.

- Pssss... Fala baixo gatinha, ninguém precisa saber do nosso segredo... - Ele sorriu docemente, como se houvesse acabado de cantar uma canção romântica.

- Não, nem vem, eu nunca ia me juntar a uma gangue!

- Olha só, você não tem escolha, viu ? – Quando ela viu, já estava sendo arrastada por Peter. Ele a jogou dentro do carro e a levou para o esconderijo da gangue.

 - Aí galera, essa é a Kristin... Conheci no colégio hoje... - Peter a puxou pela mão, colocando-a no meio da roda, amarrada e amordaçada. - Gatinha esse é o Nicolas, esse é o Kevin, o Connor e o Chaz... A Cloe vem mais tarde... – Falou, apontando pra cada um dos seus amigos. Logo ouviram um barulho na porta, era Cloe.

- Oi galera, tudo bem ? – Falou entrando no local – Gente e essa menina aqui, solta ela !

- Não Cloe, essa é a Kristin e é a nova peça da gangue.

Ela ficou ali até o dia seguinte, quando Nicolas a liberou durante a reunião onde ela recebeu seu codinome e entrou de vez para a gangue. Não deixou de sentir um pouco de medo, mas a adrenalina que seu cérebro disparava em grandes quantidades a fez relaxar e curtir as novas amizades que faria ali. Apesar de ter sido sequestrada, ela acabou se acostumando a gangue já que não tinha jeito de escapar dessa burrada.

Os dias passaram e a amizade com Peter só fez com que ela se afastasse mais das garotas de sua sala. Os longos e loiros cabelos de Kristin eram sempre presos por um rabo de cavalo. Os brincos, deram lugar a um brilhante piercing no nariz, acompanhado de uma tatuagem de estrela no pulso. Era quase outra, mas continuava a sonhar com uma vida perfeita.

Logo vieram os pequenos furtos, dos quais Kristin relutou em participar. Primeiro, na loja de doces, alguns chocolates, balas... Depois, na loja de CDs... E então os caixas com dinheiro... Os furtos iam crescendo tanto em qualidade como em quantidade. Kristin achava aquilo tudo errado, mas Peter e os meninos da gangue aprenderam a lidar com ela: eles apenas lhe prometiam que aquela seria a última vez, e ela acreditava. Assim ela aprendeu a operar armas, revolveres, munições e vender alguns tipos de drogas com a gangue. Aquele comportamento de Kristin assustava sua família, mas eles não podiam fazer nada. Ela parecia determinada a seguir assim, mas ela queria mesmo era liberdade. O que assustava seus pais é que Kristin não nutria uma paixão por algum garoto da gangue ou coisa parecida, ela até tinha uns ficantes por fora da gangue.

Porém logo começaram as complicações, Kristin quase acabou sendo expulsa de casa, perdeu a bolsa no colégio e a mesada que ganhava de seu pai. Agora só entrava em casa para trocar-se, dormir e nada mais.

É, ela tinha chegado a um ponto difícil de onde não havia mais saída. As vezes ela queria sair daquela vida, mas Peter dizia que agora não tinha mais volta e que ela não poderia largar o crime até que ele permitisse ...

 Algum tempo depois, Kristin completava seus 16 anos e ainda estava no crime, quando Peter lhe revelou uma luz no fim do túnel:

- UM SEQUESTRO??? - Kristin levantou assustada da cadeira. - PETER VOCÊ ENLOUQUECEU, É ISSO?!

- Não, gatinha... Não é um seqüestro qualquer, a gente vai pegar um cara rico, um milionário!! Só o resgate que a família pagaria pelo cara já vai tirar a gente dessa vida... E aí, a a gente encerra! Adeus vida do crime...

- Peter não me venha mais com essa história ultima vez, eu estou aguento mais!!! Eu quero minha liberdade de volta!! - Kristin andava em círculos, nervosa. Ele continuava sentado e calmo.

- Olha Kris... Você participando eu te liberto ...

- Sério ?!

- É, se você quer... Eu deixo você sair dessa vida com o sequestro completo ..

Ela respirou fundo, sentou-se outra vez...

- Quem é que a gente vai seqüestrar?

Peter calmamente apanhou uma revista.

- Tá vendo esse cara aqui? O pai desse pote de dinheiro deve limpar o c* com notas de 100!!!

- Justin Bieber, é? - Anabelle olhou, um certo desdém – É aquele viado que canta Baby ?

- Pois é .. Mas existem pelo menos uns 17 milhões de pirralhas enfiando dinheiro na calça desse cara!

- 17 milhões? Hahahaha’ É, acho que grana não vai faltar ...

- E aí, StreetB, acha que pode?

- O que?

- Comandar... StreetB no comando...

- Ah, Peter...

- É sério... Olha só pra você! - Ele a levanta da cadeira, a fazendo girar. - Acima de suspeitas... É uma perfeita fã, só precisa de roupas mais... Adequadas, talvez um salto alto...

- Mas, eu não posso seqüestrar alguém...

-Vai ser meio difícil, porque esse viado tem um metro e setenta e cinco de altura, e ainda por cima vive de segurança, um armário ...

- O quê??

- Eu e o Chaz vamos te dar cobertura! O Kevin dá um jeito no segurança.

- Ok, como vai ser?

- Vou te dar umas coisinhas pra fazer.

Peter deu dinheiro à Kristin, para que ela comprasse roupas, acessasse a internet por uma lan house para descobrir a agenda do alvo e se possível, conhecer alguma fã.

- Quanto tempo eu tenho?

- Uma semana. Bola teu plano e me trás.

- Certo.

E então, Kristin foi em direção a sua liberdade.