Jamás Abandoné escrita por Lety Paixão


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capítulo, antes de tudo agradeço quem acompanhou a fic, escrevo para mim, mas é impossível não ver um comentário e não tentar se esforça ao máximo para fazê-lo valer a pena, uma favoritação e não vira noites pensando onde melhorar, uma recomendação e passa um dia para escrever um capitulo perfeito. Estou bem longe da perfeição, mas sem duvidas são as pequenas coisas que um autor (mesmo de fanfic) recebe que fazem a diferença na hora de tentar chegar ate lá.
Tentei dar meu melhor neste capitulo (que deletei diversas vezes), não acho que tenha conseguido, uma luta que sempre vou trava comigo mesma, mas espero que agrade a todos, quis seguir esse ultimo momento junto com a musica que me deu a ideia da historia, Jamás Abandone da cantora Laura Pausini.
NCIS é uma categoria pequena por aqui, mas quem gosta sabe que tamanho está longe de ser sinônimo de bom. Continuarei com meus projetos TIVA e outras variações que quero me arriscar, e vou torce para ver mais pessoas tentando investir por aqui.
Um beijo para todos e mais uma vez: Muito obrigada.



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Parceria.


O dicionário define como a união de indivíduos para um objetivo em comum. Mas só em sua forma mais sintetizada. Tal união vai além de uma obrigação conjunta, afinal não existe parceria sem confiança e esta só o tempo concede, é necessário também o respeito, esse representa a base de qualquer parceria bem sucedida.


Não se pode ter um parceiro sem confiar nele, a pessoa com quem trabalhará terá que confia em você, este é o verdadeiro principio da parceria: Dois se tornam um.


Por isso se em algum momento seu parceiro decide se coloca em risco você também está em perigo, mas não um perigo físico e sim um decisivo para sua vida, pois você corre risco de perde aquele que em determinados momentos te completa. É com este exemplo que se pode ver a necessidade do respeito, sem ele pouco importa a decisão feita e sem confiança não haverá preocupação, neste caso ambos se perdem e comprova que jamais ouve a parceria.


É por esse motivo que agora freio bruscamente meu carro deixando marcas de pneus no asfalto em uma tentativa de lutar contra o tempo e de alguma forma impedir ou resgata aquele que foi designado parceiro? Parece que sim, parece a única explicação lógica do momento para que eu quebre protocolos de segurança e que pela primeira vez em um longo tempo reze por alguém.


Mas explicações e perguntas não ajudam, elas só embasam meus pensamentos que tentam ao máximo estar focado em minhas ações não planejadas, mas que seguiram meu comando a qualquer custo sem pensar em nenhuma conseqüência. Afinal a maior conseqüência é aquele que surge da inércia. E não é deste jeito que vou ficar, não quando abri a porta do meu veiculo segurando minha arma e indo em direção a cena do crime que estava horas atrás, inclusive com um Cooper vermelho estacionado por perto.


Tento segurar meu impulso de gritar o nome dela, minha mente já imagina sua resposta para que eu me tranqüilize, mas todo cuidado é pouco, não sei em que situação se encontra e não posso arriscá-la mais ainda do que ela própria já vez. Então com um pouco da calma que me resta dou passos apressados, porém silenciosos, até as escadas do fundo onde torço para a porta de acesso esta destrancada. A sorte finalmente parece me abençoar.


–Isso. –Sussurro para mim mesmo sem conter um pouco da alegria que sinto em segui a diante com meus passos cada vez mais apressados. Enquanto ando tento processa em minha mente o que fazer quando alcança o topo, não posso tira Ziva de lá se seu perseguidor já tiver a encontrado, caso isso aconteça terei que confiar nela e mergulha de cabeça, mais uma vez, em um de seus planos. Contanto que este não nos deixe prisioneiro em um deserto, não é algo difícil para se fazer.


Sigo com a arma na mão a espera de qualquer ameaça, pela experiência passada sei que falta pouco lances de escadas para finalmente chegar ao terraço e mesmo se não fosse por isso, agora posso ouvir vozes quebrando o silencio da noite, palavras que me fazem esquecer tudo que me ensinaram e correr, ignorando completamente a preocupação em ser ou não descoberto.


–Você matou o meu irmão! –Ouvi um homem disser, a raiva e angustia eram claramente reveladas em sua voz, espero Ziva responder,mas não consigo a ouvir. –E agora eu vou te matar!


–Ziva! –Gritei chegando à porta, tento girar a maçaneta e a abrir, a porta de aço de mexe, mas não abre, esta trancada. –Ziva!


–Tony fique onde está! –Ela me responde, mas o alivio em ouvi-la fortemente não dura quase nada, ela ainda esta em perigo. Ignoro minha vontade habitual de responde-la que não vou a deixar sozinha e miro a arma por onde quero passar. Atiro, ainda não abre.

Novamente outro tiro, mas congelo. Não veio da minha arma .


–Ziva! –A chamo de novo e não tenho uma resposta. Desta vez sou em que produzo o barulho que me assombra, finalmente a porta se abre e passo por ela o mais rápido que posso antes que minha mente já produza cenários do que temo a ver.


Mas antes que possa ver o que acontece uma mão segura meu braço e me puxa para uma direção qualquer, deixo me levar porque sei exatamente a quem pertence o toque. Agora sorrio verdadeiramente, pois independente dos tiros que continuou ouvindo sendo disparados, a razão de eu esta ali ainda existe.


–Fique aqui e não me atrapalhe. –Ziva fala quando joga nossos corpos no chão atrás de uma parede antes de ir na direção que estávamos, mas agora é minha vez de segura o outro. –Tony me solta.


–Não. –Respondo simplesmente me levantando. Passos vem em nossa direção e eu nos levo para a outra direção, um pouco mais longe do perigo que nos persegue. Mesmo contrariada ela me segue, nenhuma de nos está disposto a dar o braço a torce e já sabendo que nesse jogo ela me vence pergunto o mais baixo que posso:


–Qual o objetivo? –Olha me olha analisando minhas palavras até chega a meus olhos concedendo.


–Ele não pode morrer, temos que prende-lo. –Quero pergunta o porquê, ela percebe isso, pois desvia do meu olhar e se preocupa em não perde o movimento de quem quer pegar.

Como confiança, respeito e parceria resulta em entendimentos sei exatamente qual é minha resposta. Ziva não quer matar ninguém de novo, mas assim como eu quer proteção, não para si mesmo e sim para aqueles que têm como família. E apesar de não concorda do risco que estava sofrendo sozinha, e ainda sofre, aperto sua mão dando minha resposta à situação: Estou com ela.


–Vou da à volta, pego por trás. –Ela diz já se movimentando, ouço que ele se aproxima de nos, ainda com minha mão apertando a dela lhe seguro com mais força. -Tony eu preciso que me de cobertura, confia em mim.


Ainda relutante a solto, não temos como voltar atrás, sua estratégia a coloca em risco e sinto que este é maior do que imaginava quando a perco de vista sem a ver armada. Seria o momento que Ziva teria que fazer a pena seu apelido de ninja.


–Seus jogos não vão lhe ajuda em nada Agente David, eu vou ter minha vingança, eu vou fazer exatamente o que você fez com meu irmão.


–Não, não vai. –Respondo saindo da parede em que me protegia dos tiros, ele se vira para mim e tenta me acerta, corro para atrás de uma pilastra tento sua atenção total. Me arrisco a olhar e sinto a bala passando próximo de mim, meu olhar procura outra proteção, mas não encontra nada. Minha arma pesa em minha mão, se Ziva não agir logo terei que modificar seus planos.


E como se tivesse lido meus pensamentos ela luta se inicia atrás de mim. Saiu da pilastra e procuro uma mira o que é inútil, Ziva tenta o imobiliza, mas ele resiste e combate contra ela como se já tivesse esperando por isso e tenha se preparado. Não posso atira sem ter certeza que vou erra o alvo, me aproxima ia a atrapalhar então só me resta me posiciona e espera uma oportunidade.

Em segundo minha parceira consegue uma vantagem e prende o pescoço dele com o braço, ele ainda resisti e aproveito o pouco tempo que tenho e atiro em sua perna, com o vacilo por contra da dor ela o derruba no chão já pegando ao algemas e afastando a arma para longe.


–Ziva! –Viro para o lado e vejo Gibbs correr em nossa direção com a preocupação estampada em seu rosto, ambos olhamos para ele e eu tento disser que esta tudo bem ate que algo despedaça minha confirmação retida. Corro meu olhar para Ziva e fico sem saber o que fazer quando vejo uma faca perfura seu corpo nos segundos em que ela se distraiu.


Gibbs é mais rápido e se lança ao chão onde ela está imobilizando de vez o atacante, o sigo parando na frente dela.


–Zi...- Tenta a chamar, mais a única coisa que recebo de inicio é um olhar assustado. Seu sangue faz uma mancha ao redor de ferimento e se propaga por sua camisa, sem saber o que fazer fico olhando a cor branca que veste virar vermelho.


–McGee ambulância! –Gibbs ordena ao nosso colega que nem noto a presença, meu chefe controla a situação e a mim. –Tony e coloque encostada em você, não se mova Ziva você vai fica bem.


Faço o que ele me disse e me sento atrás dela antes e a puxar com cuidado até mim. Ela tenta disser algo e eu a impeço.


–Você vai fica bem. –Repito as palavras antes ditas por que parece o mais ideal, continuo a segurando tentando de alguma forma lhe passar segurança.


–Desculpa. –Ela diz com sua teimosia tentando disfarçar o medo perceptível em suas palavras.


–Pare. –Peço e prossigo enquanto ao meu redor escuto a movimentação. –Vamos sair dessa, nos sempre saímos lembra? Somos parceiros ninja, somos uma equipe e terá muito que se desculpar depois quando todo mundo tiver reunido.


Gibbs me olha e me incentiva a continua, o sangue agora mancha o chão e a sinto cada vez mais fraca em meus braços.


–Fique acordada Zi. –Peço.


–Depois de bombas, guerra e cativeiro vou se detida por uma faca. –Ela fala e logo depois respira profundamente.


–Não te dei permissão para morre Ziver! –Gibbs diz bruscamente e ela vira a cabeça em sua direção. –Eu não vou perder outra filha.


Não vejo sua reação, neste momento os paramédicos chegam e a tiram de meus braços.


–Vá com ela Tony. –Gibbs ordena.


–Tem certeza? –Pergunto, mesmo sendo o que mais quero no momento sei que ele sente a mesma vontade que eu.


–Vá. –Não me oponho e trato de segui-la.


A cada degrau não consigo ignora a culpa que se acumula dento de mim me dizendo que podia ter sido mais rápido, que fui fraco a tirar o olho dela, que sempre a deixo escapa de mim. E o medo que sentia em perdê-la novamente me toma por completo, agora mais real do que nunca foi mais real do que na Somália. Lá eu a vi emergi da morte, agora eu a vejo mergulhar até ela novamente.


Entro na ambulância, não me atrevo à pergunta como ela está, deixo que trabalhem enquanto fecho meus olhos e abro a minha mente. É só o que me resta a fazer além de espera.


Mas minha mente brinca novamente comigo, me faz ver o que nego: Ziva ferida. Me nego à aceita, não é assim que a imagino quando não esta comigo, não é desta forma que sorrio ao lembrar de seu rosto, não é pois Ziva David é o posto do que teve de demonstrar.


Ziva é forte, mas não como a maioria ver, ela não é fria, ela se protege. É alguém que já sofreu tanto, mais ainda tem forças para continuar a luta por sua sobrevivência. Ziva David é uma guerreira. É desta forma que me deixo levar até ela enquanto o veiculo cruza as ruas de DC, e é assim que vou vê-la novamente quanto todo esse pesadelo acaba.


É assim que encaro a situação, como um pesadelo que rompe nossos sonhos para desafiar nossa coragem. Mas todo pesadelo tem fim, assim como todo sonho, somos nós que construímos a realidade. A minha é Ziva, é vendo seu sorriso para cada provocação, sua persistência em cada missão, suas ameaças para cada brincadeira, seus beijos a cada toque e a felicidade em cada momento juntos.


E agora depende dela para que possamos continuar a construir tudo isso. Abro os olhos e sinto a ambulância parar, saiu logo atrás de Ziva que é levada a uma área do hospital da qual não me deixam entrar.

No amor o único medo que existe é perdê-lo, no medo o único amor que existe é ter alguém por temer perder.



**


O tempo pode ser tão cruel quanto o medo. Pois o tempo é capaz de aumentar esse medo. Cada batida do relógio só intensifica seu temor, sua espera por uma solução que se torna a cada segundo menos improvável. E é este o tempo que agora me castiga.


Não faço a idéia de o quanto ele já passou, eu só espero. Pessoas passam por mim apressadas para ver alguém ou devagar tentando adiar o mesmo um encontro não muito agradável. Sem aos extremos, nada que te conforte, só existem dois caminhos, talvez o terceiro seja o da espera e nele eu já me encontro.


Gibbs foi o único com que falei depois que deixei o local em que tudo aconteceu, o maldito estava preso e agora ele resolvia as questões com Vance, tenho certeza que este não esta nem um pouco feliz com o acontecido. Não importa, neste momento a única coisa que importa eu não posso alcançar.


–Senhor Dinozzo?


–Sou eu. –Respondo me levantando da cadeira tentando ler as expressões de uma enfermeira que me surgi.


–Me siga, por favor. –Ela diz sem qualquer expressão. Sigo seus passos tranqüilos de maneira nervosa.


–Ela esta bem? –Pergunto sem conseguir mais esperar, ela não me responde e apressa seus pés. Não inciso, não tenho mais forças de ir de encontro com ninguém.


Não demoramos muito e logo ela para em frente a uma porta fechada.


–Sua parceira teve um corte profundo e quase fatal, fizemos de tudo, mas ela terá que fica um tempo conosco.


–Posso vê-la?


–Pode, mas ela está dormindo, logo acordara.


Lanço-me no quarto sem querer mais nenhuma informação. E o que para alguns podia ser um choque, ver alguém que você se sacrificaria de uma forma tão vulnerável, para mim foi à maior alegria possível. Ela esta em minha frente e viva.


Sua pela parecia mais clara, provavelmente por conta do sangue que perdeu, seu cabelo estava solto por cima de seus ombros e se não fosse pelas agulhas em seu braços e aparelhos ligados eu diria que ela estava dormindo tranquilamente como se tivesse em seu quarto esperando um novo dia começa.


–Tony? –Uma voz fraca me tira de meus pensamentos e quando volto ao presente vejo um olhar confuso com a situação sobre mim.


–Oi. –Digo sem pensar ao algo melhor, percebo que ela tem perguntas e antes que as faça lhe respondo: -Você ta no hospital, mas não por muito tempo, ele te baleou e está preso.


–Gibbs estava lá... –Ela disse ainda com a voz fraca se lembrando do que tinha acontecido. –Ele esta bem?


–Está furioso com você, mas bem. –Digo sorrindo antes de acrescenta. –Acho que você vau levar aquele tapa na cabeça.


–Vou mesmo. –Ziva responde sorrindo e começa a me olhar a procura de qualquer ferimento. De fato ela nunca descansa. –Você também esta com raiva de mim.


–Não mais do que feliz por esta viva. –Digo me aproximando de sua cama, calmamente ponho minha mão de novo sobre a dela, porem dês vez é ela quem me aperta.


–Você estava lá por mim e agora está aqui. –Sua voz vacila, vejo as lagrimas em seus olhos lutando para cair, fico mais próximo de seu rosto e novamente com calma, por algum motivo temia a machuca, beijo levemente seus lábios sentindo a água escorrer por seu rosto.


–Eu nunca vou te abandonar. –Digo em um sussurro, mas percebo pelo aperto de seus braços sobre meu corpo que ela tinha ouvindo minhas sinceras palavras, já comprovadas por diversas ações deixadas no passado.


Passado esse que é recordado em minha memória por imagens que tanto nos assombrou, mas que agora me fazem sorrir, afinal lembranças não devem ser transformadas em pesadelos e sim em incentivos, se elas existem são para nos lembrar que estamos vivos e temos a oportunidade de esquecê-las trazendo para o nosso presente as memórias que gostaríamos de ter. São na verdade o lembrete de uma segunda chance.


E está é minha nova chance, não a segunda, pois já tive varias. A vida pode não ser muito agradável, mais quanto se trata de oportunidades para deixar o medo e obedecer por um momento à emoção ela vem me sendo bastante generosa. E é sentindo nos meus braços minha nova oportunidade percebi da resposta errada que deu a mim mesmo momentos atrás.


Todos esses anos não deixo minha vida de bandeja para o mundo pelas ações de Ziva porque ela é minha parceira. A proteção que temos provêem de nossa parceria, mas esta não é a causa de minhas ações, não é o motivo por eu segurar Ziva em meus braços e deixar que uma lagrima de felicidade corre dos meus olhos intensificando o meu alivio.


Não, esses laços, ações e promessas trocadas são conseqüências de algo muito maior chamado:


Amor.



Ves, yo soy así

Veja eu sou assim

Me has dicho "vuelve"

Me disse volte

Y ya estaba aquí

E já estava aqui



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