Jamás Abandoné escrita por Lety Paixão


Capítulo 4
Capítulo 4




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He buscado la belleza

Eu busquei a beleza

Y la he encontrado al fondo en la simplicidad

E eu á encontrai ao fundo da simplicidade

He buscado en mi pasado porque ahí dijeron que está la verdad

Eu busquei em meu passado porque me disseram que lá esta a verdade

Se que en esencia predomina el bien

Que essencialmente predomina o bem

Y en él confío como los demás

E eu confio nos demais

Y esta noche ahora te diré

E esta noite agora te direi

O silencio de fato é algo curioso para se analisar, afinal nem sempre ele significa o ato de ignorar uma pergunta, a resposta que jamais foi dita ou, a coragem retida pelo medo de proferir as palavras engasgadas e extremamente verdadeiras.

 Ás vezes não disser nada é gritar para o mundo a resposta trancada a sete chaves. O ato do silencio também é tão esclarecedor como o barulho de letras juntas, e a simples atitude de não responder algo é admitir que a opção que mais lhe assusta é a correta.

 Por isso nem sempre devemos pensar nas palavras certas, pois pode acontecer de as melhores respostas não as conterem. Porém as conseqüências de não disser são piores do que as de proferir sons, pois uma coisa é se arrepender de ter deixado claro pensamentos, outra é lamentar aquilo que nunca foi dito para reforça uma verdade que o silencio não foi capaz de exaltar e está é a culpa dentro de nossos pensamentos, que nos consume á todo momento.

E é neste pensamento que me confunde cada vez mais que relembro do acontecido há poucos minutos enquanto em uma coragem repentina me dirijo onde todos estão reunidos.

-O que o McGrek descobriu dês vez? –Perguntei usando o máximo de sarcasmo que pude, mas minha resposta foi duas pessoas fingindo não me ver e uma revirando os olhos.

-Que bom que se juntou a nos Dinozzo. –Gibbs disse e fez sinal para McGee voltar a trabalhar e ele sem perde tempo começou a digitar no computador de Abby que por motivo de segurança estava sendo protegida por outra equipe.

-Usando câmeras de segurança da casa de Ziva eu tracei casa expressão facial que passou pelo seu andar ou na frente do prédio e....

-Vá direto ao ponto, não é possível que fique tagalerando coisas de nerd até quando querem matar Zi. –Disse mais uma vez tentando alivia o clima, mas logo senti que ele piorou quando percebi que tinha chamado minha parceira pelo seu apelido depois de meu chefe nos ter visto em uma cena um pouco constrangedora.

-Resumindo, nosso suspeito que... Morreu tinha um irmão e ele tentou matar a Ziva.

-É o cara da pizza! –Exclamei reconhecendo seu rosto que apareceu na tela e no mesmo instante sentir raiva por não ter pensado antes na possibilidade de ele ser um suspeito.

-Com a digital dele que recolhi na campanhia descobrir que existem cinco casos de violência contra mulher e três assassinatos em todo o estado.

-É de família. –Gibbs disse perguntando em seguida: -Pode rastreá-lo?

-Já tentei, parece esta fora do ar, mas estou “fiscalizando” a área perto do prédio vou saber se ele tentar algo.

-Então não preciso mais ficar confinada? –Ziva perguntou com uma leve animação, McGee sorriu e eu também, dentre todas as preocupações sua maior era onde teria que ficar.

-Todos vão continuar no prédio e juntos. –Nosso chefe disse reforçado o que já sabíamos. –Vance já foi informado, mas preferir que deixasse tudo em nossas mãos.

-Assim não o afastamos e podemos pega-lo, estamos em maioria. –Minha parceira disse e pela primeira vez que chegamos sorriu se animando com a situação, e mesmo sabendo que esta não é muito animadora compartilhei a mesma felicidade. Afinal dentre todos os acontecimentos das ultimas horas, tê-la visto se sentir mal pelo que fez e as conseqüências, um momento simples como este é mais do que merecedor, para ela e para mim.

-Ei chefe aonde você vai? –McGee perguntou e eu me virei a Gibbs que saia do laboratório.

-Pegar café.

-Você disse que tínhamos que ficar juntos. –Falei e então ele se virou e me encarou, em seu olhar não havia raiva ou desprezo, apenas uma coisa que quase me fez recuar: Decepção.

-Está é sua espacialidade não minha.  –Suas palavras foram frias e diretas e por mais que tentei não deixar transparecer minha reação, sei que no meu rosto podia ver a surpresa do que me foi dirigido e como reação raiva.

-Você não tem esse direito. –Falei sem ao menos pensar em soar menos ameaçador, mas a raiva pareceu explodir em minhas palavras e consciência. Sentir o olhar de Ziva sobre mim, mais minha visão estava apenas focada em meu chefe, melhor, meu pai.

-Enquanto eu for o chefe vocês obedeceram minhas regras. –Ele respondeu me dando as costas.

-Tony, não. –Ziva me disse e engolir meu orgulho. Não era momento para a equipe está brigada, muito menos com o chefe. –Eu vou falar com ele.

-Temos que ficar juntos. –Disse e pela primeira vez depois do que tinha acontecido na autopsia nos olhamos os olhos e esse simples gesto foi o suficiente para acender uma chama dentro de mim e tudo que mais quis foi repetir a mesma atitude anterior.

-Não estamos juntos de qualquer forma. Gibbs está lá sozinho, não vou permitir isso. -Sua voz foi calma e decisiva e mesmo sabendo que como parceiro não devo deixá-la ir concordo me entregando a uma luta perdida.

-Você concorda com ele? –Perguntei antes de vê-la atravessa a porta e sumi da minha vista.

-Não sei, todos nos precisamos pensar muito antes de fazer qualquer acusação, aprendi isso da maneira mais difícil, acredite em mim não é o momento certo. –E com essas palavras ela deixou o laboratório.

 -Porque eu acho que perdi alguma coisa?

-Porque você perdeu Tim. –Respondi dando de ombros. –E parece que eu também.

 **

Minutos se passaram e logo pareciam horas, a madrugada embasava as janelas do local indicando que o frio só aumentava. A cada segundo minha mãe repetia a mesma função de aciona e retrair minha arma.

 Ao meu lado McGee roncava provando que Ziva não era a única barulhenta da equipe...

Zi... Dês que ela havia sido não tínhamos qualquer sinal do que estava fazendo, Gibbs também não retornara e a única coisa que me acalmava é saber que ele esta com toda certeza cuidando dela.

 A todo o momento pensei nas palavras de minha parceira e repassei todas minhas atitudes que nos levaram a mais problemas. É verdade que agi por impulso, mas não me arrependo de absolutamente nada, e jamais irei lamentar sentir seus lábios com o desejo puro e verdadeiro que querer tocá-los, de ter seu corpo contra o meu provado não só o quando sempre o quis, mas como também sempre o admirei.

  Porém esse jogo não é de apenas um jogar, é necessário dois para que se lance os dados, e parece que eu sou o único que quer brincar.

 -Você também não esta ajudando em nada. –Resmunguei para Tim que continuou imerso em seus sonhos, mas logo despertou e assim como eu já estava de pé quando um barulho de tiro foi ouvido.

-O que aconteceu? –Ele perguntou e eu não esperei uma resposta, parti em direção as escadas e segundos depois o ouvi me seguindo.

Minha mente só gritava o pior para meus pensamentos, e por mais que meu corpo se esforçasse até o limite para impedir o que não havia encontrado, ela não parava de trabalhar aumentando ainda mais a preocupação que tomava meu corpo juntamente com o medo.

-Gibbs! –Gritei em um ato desesperado por esperança, porém meu grito não obteve respostas, a não ser das minhas pernas que a cada segundo do momento que parecia passar em câmera lenta por meus olhos.

 Ouvi Tim atrás de mim seguindo meus movimentos e se provavelmente com o mesmo pensamento. E ignorando os piores temores subimos as escadas que no meio da noite não só retratavam um cenário assombroso como também ameaçador. Mas graças ao calor do momento, treinamento e algo que conheço como proteção, chegamos ao andar de cima do prédio, lugar do qual entro todos os dias e pela primeira vez o vejo como um possível pesadelo.

-Abaixem! –Meu chefe gritou e eu obedeci satisfeito por poder fazer isso mais uma vez.

-Onde ele está?! –McGee perguntou quando outro tiro foi lançado contra nós, mas a única coisa que procurei neste mini cenário de guerra foi minha parceira que parecia fazer o mesmo quando seu olhar cruzou com o meu.

 Vendo seus olhos vidrados nos meus uma onde de alivio percorreu animadamente meu corpo e como se em tudo momento dês do inicio da ação não tivesse respirado, suspirei de alivio, porém o que deveria ser um gesto libertador se transformou em um gemido de dor quando sentir uma dor em meu ombro que pareceu queimar minha pele.

-Tony! –Ouvi a única voz feminina presente gritar em desespero, quase sorri pensando que ela estava preocupada comigo, mas a única coisa que conseguir foi uma careta quando sentir um líquido quente escorrendo pelo meu corpo. Sangue. 


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