Calcei um chinelo e o acompanhei lá pra fora.

-O que você tá fazen...

Ele me interrompeu com um beijo e depois entrelaçou nossos dedos e começou a andar, eu fiquei parada.

-Anda – disse ele impaciente e eu obedeci

-O que você tá fazendo? Me solta Zayn. Como você entrou? Me explica o que tá acontecendo aqui?

-Vou ter que te dar outro beijo para você calar a boca? – ele perguntou sem parar de andar. Paramos no deck, ele puxou uma espreguiçadeira e sentou e eu sentei em uma que ficava na frente – Eu disse que arranjaríamos uma hora para nós dois sem atrapalhar seus programas com suas amigas.

-Como você entrou lá?

-Tenho meus métodos – ele riu

-Você me assusta, em tantas maneiras diferentes. Você é tão... imprevisível, você nunca faz o que eu acho você vai fazer.

-Isso não é bom?

-É... mas não é... É como no xadrez, você sempre quer prever o que o adversário pode fazer para você estar preparado, mas você me desarma completamente.

-Vou aceitar isso como um elogio – ele disse me olhando nos olhos, com um sorriso bobo nos lábios – Fecha os olhos.

Ele pegou na minha mão e me levou até um lugar onde pude sentir grades e muito vento

-Não abre os olhos ainda, só sente o vento. Sente sua respiração – ele tinha os dois braços em volta do meu corpo e agora seu queixo repousava no meu ombro e ele falava bem perto do meu ouvido – Viva o agora, o depois a gente resolve quando acontecer.

-E o que você quer viver agora? – eu perguntei e a resposta me fez estremecer.

-Você!

Senti seus lábios quentes em meu pescoço, fiquei de frente e dessa vez eu o beijei, ele descansou o rosto em meu pescoço enquanto eu fazia cafuné em seus cabelos. Sentia beijinhos de vez em quando e mordidinhas fracas.

-Deixa uma marca pra você ver – ameacei.

-Você teria que explicar muitas coisas? – ele disse me olhando nos olhos.

-Você nem imagina

-Então tá, não deixarei marcas – ele disse sorrindo

-Ai ai criança – falei voltando a fazer cafuné.

-Criança. Achei que já tinha mostrado que não sou nenhuma criança – ele disse me beijando no pescoço – Opsie, deixei uma marquinha.

-ZAYN – eu gritei puxando ele pelo cabelo e o afastando – Sério?

Eu passei a mão no meu pescoço e ele ria, mas ria muito.

-Não, ainda não – ele disse sorrindo, o sorriso safado.

-Me sinto uma adolescente fazendo isso – eu disse sorrindo de volta – tá tudo errado, eu me sinto uma adolescente, você é uma criança. Ai ai, vou ser presa por pedofilia. – eu disse rindo.

-E eu vou ser por invadir o quarto de senhoras indefesas no meio da noite?

-Algo assim – eu ri – falando nisso, acho melhor eu voltar. Já é bem tarde.

-Amanhã, mesmo horário?

-Te vejo na piscina? – perguntei e ele abriu um sorriso safado – não é nada que você está pensando zayn.

-Não pensei nada – ele disse me dando um beijo

-Sei, sua cabeça infantil é pura demais pra isso.

-Claro – ele me beijou mais uma vez.

-Ok, agora eu vou.

-Até amanhã.

-Até.