University - Surviving escrita por crimescenelover


Capítulo 3
Apresentando Catherine Willows


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, me senti agora *O* Sério, vocês são as melhores leitoras do mundo inteiro! ♥



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Droga, droga, droga. Odeio homens. São idiotas. Porcos imundos. Sociopatas. Retardados. Eu preferiria enfiar garfos nos meus olhos do que ser um homem. Tudo bem, nem sempre eu era tão bitolada quanto estava naquele momento, mas aquele era um dia especial. E quando falo especial, não quer dizer agradável. Quer dizer que foi uma porra, literalmente. Eu estava chegando na faculdade de manhã, como sempre faço. Vi toda aquele gente esquisita, com quem eu não tinha a mínima vontade de ter qualquer interação. Falando sério, eu só ia naquela faculdade porque meu pai me obrigara. Apesar de eu já ser maior de idade, vinte e dois anos bem vividos, ele mandava em mim. E sabia que tinha poder para tanto, afinal, era dono de uma parte dos cassinos de Las Vegas e tinha informantes em todos os lugares. Se eu sequer pensasse em fugir, tudo daria em uma grande merda, e óbvio, sobraria para mim. Mas nem meu pai nem aqueles guarda-costas peludos podiam me impedir de trabalhar para pagar minha própria faculdade. Eu não queria ficar dependendo de qualquer maneira daquele verme. Então eu trabalhava como dançarina em um cassino no qual ele não tinha nenhuma parte. Ele havia ficado furioso, é claro, mas não podia fazer nada. Ponto para mim.

Quando falo que sou dançarina, as pessoas pensam que estão de frente com uma stripper, ou pior ainda, uma prostituta. Pois bem, eu não chegara a tal ponto. Dançava usando fantasia de pin up, na maioria das vezes; mas oras, eu não estava nua nem nada. Apenas fazia performances com outras garotas, todas vestidas da mesma maneira, que trabalhavam para se sustentarem. Eu cursava Tecnologia Médica, uma palavra bonitinha para Medicina, ou como alguns chamavam, Técnica em Açougue. De qualquer maneira, eu adorava aquele curso. Todas as matérias eram interessantes, meus colegas eram legais e tinha muitos garotos bonitos cursando. Sem falar que quando haviam aulas práticas, mexíamos em cadáveres. Eu amava especialmente aquela parte.  Poderia parecer estranho, eu odiava ter que limpar a bagunça do apartamento, mas adorava trabalhar abrindo cadáveres decompostos. Essa era eu.

Eu estava solteira há dois meses, descobri que o escroto do meu namorado, digo ex-namorado, me traia com uma vadia das líderes de torcida. Eu odiava aquelas garotas, se achavam superiores a todo mundo. As lideres de torcida da ULVN eram superiores, na verdade. Corpos perfeitos. Contas bancárias perfeitas. Animavam os jogos mais importantes do estado, do país inteiro. Tinham a porcaria da vida medíocre delas perfeita. Odiava todas elas. No dia seguinte, todo mundo já estava sabendo da traição. Envolvia uma líder de torcida, então significava que era importante. Foi assim que começara meu ódio mortal por todas elas. O principal motivo de eu estar tão fula da vida com os homens era porque fazia um ano que eu havia perdido minha virgindade com aquele escroto. Ele insistira tanto, implorara tanto, dissera que nunca iria me abandonar porque me amava de verdade. Como confiar nessa raça imunda depois disso ter acontecido? Eu não podia ver os homens como nada mais exceto uma máquina de reprodução sem sentimentos.

E como se não bastasse eu tinha vizinhos idiotas. Só para fechar o pacote com chave de latão. Me concentrei no livro aberto á minha frente, lendo uma letra após a outra, uma palavra após a outra. Sim, eu estava entendendo tudo. Asfixia causava manchas brancas na parte interna das pálpebras, chamada hemorragia petequial. Aquilo era causado porque a falta de ar acarretava – estrondo alto - má formação das hemoglobinas, responsáveis por – outro estrondo, seguido de dois baques surdos - transportar o oxigênio pelo – risadas exageradas, outro baque - nosso sangue e - outro estrondo, dessa vez mais alto do que todos os outros-... Mas que droga, era impossível viver no mesmo bairro daqueles idiotas. Eu me surpreendia que eles tivessem conseguido passar no ensino fundamental, não imagino uma hipótese de como eles haviam conseguido entrar na faculdade. Quer dizer, a reitoria faz testes psicológicos com você, tipo, - Senhorita Fulana, você já tentou enfiar um pepino no nariz?-, e aqueles seres simplesmente não poderiam ter conseguido responder algo que condissesse com a idade deles. A equipe de psicologia teria notado que aqueles três eram totais desajustados sociais e que acabariam deixando a universidade em um estado semelhante ao do World Trade Center. A não ser que a equipe diretiva estivesse precisando de muito dinheiro para deixar pessoas como aquelas sequer pisarem no hall de entrada.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? :D
Críticas, comentários e sugestões são sempre muito bem vindas *---*