My Life Inside Your Heart escrita por Babi


Capítulo 25
Nós dois


Notas iniciais do capítulo

E ai gente? hihihi Pois é, não esqueci de MLIYH não, viu? É só que o meu tempo tá corrido e bom eu tive um pouco de bloqueio de criatividade em uma certa parte do capitulo.
Eu devo mil desculpas mesmo ): Odeio demorar desse jeito para postar, mas minha vida realmente está bem corrida, então preciso que voces tenham paciencia comigo.
Depois de muito tempo sem postar espero que voces gostem desse cap e que nao queiram me bater em uma parte(a que eu tivesse um bloqueiozinho hahahaha)
Bom gente, sem enrolar mais vou deixar voces lerem, espero que gostem. Vejo voces lá em baixo hihi (:



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DUDA

Já dentro do taxi, dei vida aos meus pensamentos novamente, e foi pensando que me veio à cabeça uma lembrança de quando eu havia conhecido Allan na escola, e por incrível que pareça aquilo, eu não me lembrava desse dia, ele tinha sido apagado completamente da minha cabeça.

Eu estava no corredor conversando com Kelly, minha única amiga naquela escola.

Eu não queria ter muito contato com o pessoal daquela escola, já que na ultima vez que tive milhões de contatos na minha ultima escola não deu em boa coisa, porém acabei confiando em pessoas fora daquela escola, o que não deu coisa muito boa de qualquer forma, já que meus pais tiveram que ir me buscar na delegacia. Às vezes acho que não sou muito boa em escolher minhas próprias amizades.

Kelly era uma menina tímida, quando a avistei no corredor tomei a decisão de que eu seria aquele tipo de menina. Não teria muitas amizades naquele lugar, por três motivos. Primeiro não queria arranjar mais problemas do que já havia arranjado na ultima escola que estive. Segundo não queria criar laços como os que eu criei em Columbus School.

Eu sempre soube que nunca ficaria em um lugar fixo, já estava acostumada, mas aquilo me entristecia. Nunca me isolei, sempre fiz amizades, e sempre fui a festas, fiz coisas de adolescentes normais, porém sempre que meu pai decidia se mudar aquilo me deixava desanimada, teria que deixar tudo que eu amava para trás. Terceiro: queria evitar más companhias, o que não deu muito certo.

Mas ali seria diferente, eu não iria me misturar, sabia que ali, naquele lugar, seria uma estadia breve, meus pais nem compraram casa, já que decidiram ficarem só alguns meses.

Minha única amiga era de certa forma bonita, os seus cabelos loiros, quase brancos, estavam em um corto channel, os olhos dela grandes, e redondos eram pretos como a noite, usava um óculos sobre ele, por não enxergar de longe, o nariz fino e levemente empinado; e branca como a neve, já que não podia pegar muito sol por ter certa alergia.

O pessoal a descriminava, ela tinha problemas de déficit de atenção, e não sabia conviver muito bem. Quando me aproximei dela pela primeira vez, ela ficou acanhada, e sempre que perguntava a ela o motivo dela ter reagido a mim dessa forma, ela dizia:

- Bom quando vi você chegando à escola, pensei comigo “nossa essa daí vai ser a mais idiota das piranhas, com certeza irá entrar pro grupo das patricinhas assanhadas” e quando você chegou perto de mim achei que você iria me zoar como todos dessa maldita escola fazem. – ela acabou de falar com um pesar na voz, eu gostava muito dela, sempre fora bem sincera.

- E por que você achou isso?! – eu perguntava sempre com a voz divertida, achava engraçado ela achar aquilo.

- Bem, por você ser tudo isso que você é, bonita de rosto, um corpão de arrasar, um sorriso bonito, cabelo bonito, isso que você é Duda, eu sempre achei que você se achava por causa disso, mas me enganei. Você agora é a única, e a melhor amiga que já pude ter na minha vida. – Kelly falou com sinceridade, e aquilo me apertou o coração, me dando vontade de chorar. – acho que você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci na minha vida.

- Não sou tudo isso Lyli! – eu a apelidara assim, como uma forma carinhosa de chamar por ela.

- Lógico que é! Você poderia muito bem ter se misturado com todos, você está no padrão de beleza deles, até ultrapassa, mas você escolheu ficar comigo. – disse Kelly, porém não era verdade, eu havia ficado com ela, por não querer me misturar.

- Kelly, eu não me misturei com eles porque eu não queria criar laços grandes nessa escola. – eu disse a verdade a ela, porém a reação dela foi diferente da que eu esperava.

- Mesmo assim Duda, você veio se juntar a mim! E acho que depois daqueles primeiros dias, tenho certeza de que você já sabia a minha reputação. Por que você iria se juntar a alguém sem nenhum amigo, isolada de tudo e de todos, discriminada até pelos excluídos da escola. – ela falando isso me fez refletir, algo nela havia me chamado atenção, não sabia o que era, mas parecia que ela precisava de minha ajuda, ela aos meus olhos era uma menina indefesa.

Tinha muitos outros rejeitados naquela escola, como qualquer outra escola, mas eu escolhi ficar com essa rejeitada, que agora era uma amiga e tanto, a pior das piores rejeitada, era assim que o pessoal falava dela.

 – E se você quisesse tanto não se enturmar simplesmente iria ficar de lado.

Eu achava incrível a capacidade que Kelly tinha de entender algumas coisas que muitos ali não compreendiam.

Nós mudamos de conversa, já que estávamos no corredor, eu comecei a falar sobre os lugares que eu vivi, quando um garoto da minha turma de geografia me abordou do nada, Kelly ficou surpresa de o ver lá, mais surpresa do que eu.

- Bom dia garotas! – ele disse com um sorriso largo no rosto, o reconheci do que Kelly havia dito sobre ele.

 Allan o garanhão da escola, todas as garotas caiam aos pés dele, então não me inspirava muita confiança, tinha cara de quem brincava com os sentimentos das pessoas, meu coração bateu mais rápido ao ver ele. Decidi não dar muita trela àquele menino.

Porém, por mais que eu tentava reprimir qualquer sentimento por ele, não conseguia. E também tem o fato de que eu era balançada por outro garoto. Só que esse garoto foi o que mais me fez sofrer.

Sai de meus devaneios, de minhas lembranças, e percebi mais uma vez, Allan sempre quis se aproximar de mim, mas eu era relutante, Kelly nunca havia confiado nele, e eu não confiava também. Acho que foi a partir daí que eu fiquei relutante em relação ao Allan.

E eu mal me incomodei em saber se aqueles boatos eram realmente verdadeiros.  E mesmo eu não confiando, eu já gostava dele, só não queria saber disso e também queria me iludir com outra coisa que era totalmente idiota.

Quando o taxi diminuiu a velocidade, percebi que havia chegado à Rua de Allan, meu coração acelerou, e minhas mãos estavam suando e tremendo, limpei-as no vestido.

Quando o taxi parou em frente à casa grande de Allan, eu engoli em seco, e paguei o motorista. Sem dizer muita coisa eu saio do carro, e foi só quando eu fui andar que percebi o quanto minhas pernas estavam bambas. Minha garganta fechou e meus olhos se encheram de lágrimas, que eu lutava para impedi-las.

Toquei a campainha, mas ninguém me atendeu. Fui olhar na garagem e seu carro estava lá. Será que ele está me evitando? Não, eu não achava que era isso. Respirei fundo, eu estava mais tremula do que antes. Toquei a campainha mais três vezes, mas ninguém me atendeu, verifiquei a fechadura.

Estava trancada.

Fui até a garagem tentando achar alguma brecha para poder entrar, não havia nada ali que pudesse permitir minha passagem. Verifiquei as janelas e estavam todas trancadas. DROGA!

Dei a volta na casa e tentei abrir a porta dos fundos de Allan. Não consegui. E o pior de tudo era que eu estava fazendo tanto barulho que era pro Allan ter desconfiado de algo e ido verificar o que era. Se ele estivesse dormindo com certeza já teria acordado com o barulho que eu causava com minhas tentativas desajeitadas de achar um jeito de entrar.

Se eu não estivesse tão desesperada e preocupada com Allan teria rido da minha situação. Já fui presa por ligar um carro quando estava bêbada, já havia frequentado boates sem ter idade o suficiente, tinha feito muitas coisas idiotas, mas nunca tinha tentado entrar na casa de alguém sem ser convidada.

Foda-se!

Vendo que não tinha nenhuma brechinha para que eu entrasse optei pela única saída. Fui até a entrada da casa de Allan, olhei de um lado para o outro e vi que não havia ninguém – afinal era de madrugada estavam todos dormindo ou bêbados. Com o ombro fui dando empurrões fortes na porta. A porta sede À minha força e eu entro aos tropeços na sala e quando consigo me reafirmar passo a mão no vestido o ajeitando.

Depois que passei da entrada, e desci os degraus que dava na sala vi o corpo inerte de Allan sentado no sofá, meu coração acelerou na hora, era evidente que ele tinha desmaiado, já que sua cabeça tendia pro lado, sua mão jogada para os lados e sua feição não estava de como ele deveria ser quando estava dormindo.

Corri até o sofá que estava Allan, me inclinei sobre ele, e tomei sua cabeça entre as minhas mãos, a essa altura do campeonato eu estava chorando já.

- Allan! – eu o chamei com a voz urgente, e mostrando o total desespero que eu estava sentindo. – Allan, por favor, acorda! – eu dava pequenas sacudidas em seu corpo, mas sem sucesso, meu coração parecia que iria saltar da boca. – Por favor, acorda! – e então eu me vi no lugar dele no dia do “meu acidente”, ele tomado pelo desespero, e como ele, eu não havia falado o que eu sentia por ele. – Eu te amo! – eu sussurrei em seu ouvido, e puxei sua boca para mim, depois o abracei forte, chorando, e então um braço de Allan me envolveu e depois me afastou.

- O que você está fazendo aqui Duda? – Allan grogue me perguntou confuso, surpreso e preocupado.

- Vim te dizer que eu te amo também. – eu disse sorrindo pra ele, mas naquele exato momento, seus olhos se tornam frios, sem expressão alguma e aquilo faz com que meu coração doa.

Não! Aquilo não podia acontecer. Allan não podia ficar daquele jeito de novo. Cadê seus olhos verdes que eu tanto sentia falta?

ALLAN

                                      

Vê Duda ali parada na minha frente foi maravilhoso, e eu queria demonstrar isso a ela, mas então algo dentro de mim quis sair, algo frio, ruim, sem emoção. E eu estava tentando lutar contra isso, porém a frieza já tinha me atingindo e eu não saberia o que eu faria se eu a machucasse.

- Vai embora! – minha preocupação foi tomada pela frieza e Duda me olhou confusa e contrariada. – O que você está fazendo aqui?! Duda vai embora, por favor.

- Não, eu não vou embora! – Duda como sempre foi teimosa, empinando seu queixo para cima e me encarando. – Eu venho dizer que te amo e você me trata assim?

- Por favor, eu preciso que você vá embora, você não entende Maria Eduarda. – eu insisto, se ao menos eu pudesse demonstrar a preocupação que eu estava sentindo, mas eu não conseguia.

Algo estava tomando conta de mim, e aquilo estava doendo, me provocando uma angustia.

DUDA

Não acreditava no que eu ouvira. Ele me mandou ir embora, mas eu não poderia, eu precisava salvar Allan, a pessoa que eu mais amo.

- Não! – disse simplesmente cruzando os braços. – Eu não vou embora Allan.  Por que você quer tanto que eu vá embora? Hein Allan?

- Só vai embora, por favor! – ele diz me olhando, um brilho de preocupação escapa de seus olhos, mas não sei se foi imaginação minha então deixo pra lá.

- Não me peça pra ir embora assim, não sei se vou aguentar sair daqui sem seu perdão. – eu digo com os olhos marejados. – Eu não quero te perder, só me fala o que eu preciso fazer pra te ter de volta.

Allan me toma em seus braços, e apesar de ser um abraço gostoso, vejo que de certa forma ele é frio e sei que não é porque Allan queira. Sinto suas mãos afagando meus cabelos.

- Você não deveria estar aqui... Querida! – diz Allan sussurrando em meus ouvidos, a parte em que ele fala “querida” eu não sei se ouvi direito ou se imaginei.

- É aqui mesmo que eu deveria estar Allan. Eu preciso estar aqui com você, falar o quanto eu te amo, e que eu fui uma completa idiota Allan. – eu disse apertando o nosso abraço e chorando, ele ainda estava frio, não era o meu Allan. Era o Allan sombrio que quase me fez desistir do meu Allan de verdade.

- Duda, por favor, preciso que você saia da minha casa. – ele diz baixinho e com a sua voz doce, mas com uma pitada de frieza.

- Allan eu não vou sair! – eu disse entre dentes com meu orgulho ficando ferido já.

- Mas tu és muito teimosa, hein garota! – diz Allan dando um sorriso diabólico.

- Conte uma novidade! – eu digo sarcasticamente para Allan, que começa a rir que nem um idiota adoidado e se eu não estivesse tão tensa teria rido também, mas rido da cara dele. – Para de rir, está parecendo um louco.

- E quem disse que eu não sou? – Allan nos afasta e se senta no sofá, e começa a olha um quadro, e eu sigo o olhar dele.

Quando vi que quadro era meu coração gelou e minha respiração ficou acelerada, eu não acreditava no que estava vendo. O quadro havia um anjo de feições lindas, e um corpo de dar inveja, com asas negras iguais a escuridão, cabelos negro assim como seus olhos e suas vestes, e com a sua boca bem delineada e vermelha, ele usava uma foice enquanto matava - o que eu achava que era - um demônio. Aquele quadro era exatamente igual, sem por nem tirar, ao do meu sonho. E o anjo me lembrava  um pouco o Allan.

- Puta que pariu! – eu não consegui segurar, estava muito atônita, como que aquele quadro poderia ser igualzinho de meu sonho, e o pior de tudo eu nunca tinha reparado no quadro, já que estivera na casa de Allan uma vez além de agora, e a primeira vez eu estava passando mal.

- O que?! – perguntou Allan alternando o olhar do quadro para mim. – O que foi?

- Eu já sonhei com esse quadro. – eu sentia a necessidade de contar pra ele o sonho que eu tivera naquela noite, um dia antes da gente se estranhar no corredor. – Você estava na sala com alguém que você chamou de pai, e essa pessoa estava te ameaçando. Alias ameaçando a pessoa que você gosta. Ele estava me ameaçando. Mas eu não sabia que eu podia sonhar algo tão preciso assim.

- Você sonhou tudo isso? Duda, eu preciso que você vá embora! Por favor, me entenda. – ele dizia se aproximando de mim, ele tirou a mecha que havia se soltado do penteado.

- O que está acontecendo Allan? Me diz, por favor, eu não aguento mais ficar sem saber. – eu digo olhado fundo em seus olhos que estavam um pouco mais claros.

- Duda, vai embora! Eu preciso que você vá embora, é de extrema importância. – Ele diz com menos frieza, mas ainda assim não tem nada de sentimento expresso ali, eu não sei o que ele está sentindo, e nem o que está pensando e isso está me deixando muito preocupada.

Eu concordei com a cabeça, o jogo estava perdido já. Allan havia se perdido, assim como Henry havia me dito. Eu chegara tarde, ele não era mais o mesmo e eu teria que conviver na dor de ter perdido alguém que se importou comigo, e sofreu quando eu quase morri. Dou um abraço apertado em Allan e choro mais ainda.

Quando me afasto dele olho em seus olhos pela ultima vez e dou as costas, sabendo que aquilo ficaria no meu passado e que eu não conseguiria superar tal perda.

Estou chegando até a porta da sala quando algo em mim se acende e eu sei que não conseguirei viver com a dor da perda de Allan, e que eu iria lutar com todas as minhas forças para ter ele de volta.

Paro na porta balanço a cabeça negativamente afastando todos os meus pensamentos ruins.

Viro-me para Allan, e olho bem pra ele. Ele está me olhando com um leve sorriso no rosto e é nessa hora que eu sei que eu não o perdi totalmente ainda, que eu vou conseguir reconquistá-lo. Saio correndo em sua direção enquanto sua face fica com a expressão confusa, me jogo em seus braços e surpreso ele me segura, apertando o nosso abraço. Olho bem profundamente para os seus olhos e sorrio, eles ainda estão frio, mas vejo que ele sente algo ainda. Levo minha boca até a dele, começando apenas com leves beijos e logo depois aprofundo-me nele pedindo passagem para que minha língua passasse. Ele me ergue do chão e eu entrelaço minhas pernas em seu quadril, ele passava suas mãos selvagemente pelas minhas costas e me apertava contra ele.

Allan retribuía meus beijos com o mesmo ardor como se me implorasse para não desistir, para que eu continuasse lutando por ele. Seus lábios carnudos, bem delineados e gentis se entrelaçavam aos meus com um desejo feroz.

Suas mãos chegam a minha nuca trazendo o meu rosto para mais perto do seu, as minhas também enlaçam o seu pescoço, chegando aos cabelos sedosos. Seu hálito morno me deixa inebriada, consigo sentir seus batimentos cardíacos tão acelerados quantos os meus, ele desce a sua mão do meu cabelo para a minha cintura novamente apertando-a contra seu quadril. Ele nos deita ficando por cima de mim.

Separa nossas bocas e vai dando leve mordidas em meu queixo enquanto meu corpo inteiro se arrepia e eu arfo com a sensação. Sem aguentar a distancia de seus lábios nos meus puxo seu rosto até o meu e colo nossas bocas.  Quando o ar é necessário nós nos separamos e ficamos olhando um para o outro.

Me pego procurando pelos olhos verdes de Allan, porém só acho a imensidão preta e fria.

- Allan, me desculpe pelas coisas que eu te disse antes. Eu estava tomada pela raiva. – eu disse olhando bem fundo em seus olhos. Allan ainda está por cima de mim. – Eu te amo e não quero te perder. Por favor, volte a ser como você era antes.

- Como eu era antes? – pergunta Allan com o tom da voz indecifrável. Não sei se está confuso ou sendo sarcástico.

- Sim, você não era frio. Ficou assim depois de algo que eu fiz. – digo virando meu rosto de lado para tentar esconder a tristeza que passa pelos meus olhos.

- Não é algo que eu possa controlar. – diz o moreno segurado meu queixo para que eu pudesse olhar para ele. – Não quero te ver assim.

Uma lágrima rola sem que eu perceba e Allan já está a secando com um beijo. Puxa meu rosto até o dele e reinicia nossos beijos.

Beijamo-nos com desejo e delicadeza. Tiro a camisa que Allan estava usando e visualizo maravilhada com o corpo bem definido dele. Allan acaricia minhas bochechas enquanto eu observo cada centímetro de seu peitoril.

Dou um sorriso fraco pra ele e continuamos nos beijando. As mãos dele vão até a parte de trás do vestido e abre o zíper, logo desliza o vestido pelo meu corpo. Só de lingerie eu começo a tirar a calça dele com as mãos trêmulas e o deixo só de cueca.

Meus lábios estão em seu pescoço, onde eu alterno beijos e mordidas leves. Ouço Allan soltar um gemido fraco. Sinto seu membro excitado em minha intimidade que está latejando de tanto prazer.

Não estou aguentando mais ficar com aquelas roupas intimas nos impedindo. Mas acho que na cama a gente ficaria mais confortáveis.

- Aqui está um pouco desconfortável, que tal a gente subir para o seu quarto? – minha voz não passa de um sussurro sedutor enquanto meus lábios estão em seu ouvido. Dou algumas mordidas no lóbulo de sua orelha.

ALLAN

Estar ali com a Duda me deixava completo. Queria sempre mais de seus beijos e suas caricias, sua voz me deixava mais calmo.

- Fazer o que lá em cima, senhorita Boullevard? – a provoco enquanto faço um caminho de beijos em sua barriga e a ouço arfar com a sensação.

- O que você acha? – ela responde com a voz fraca, mas sinto que ela também está querendo me provocar. Essa era minha Duda.

- Só tenho um palpite que tenha sentido nessa situação. – digo enquanto dou leve mordidas em seu pescoço. Quando chego em sua boca inicio de novo nossos beijos.

Mas ela afasta-se de mim, pega sua roupa e seu celular que ela havia colocado na poltrona antes e saiu em direção da escada. Ela anda rebolando, claramente me provocando. Quando chega no pé da escada vira-se pra mim e morde  provocantemente seu lábio inferior.

- Não vem? – ela me lança um olhar sedutor.

Estou estático, admirando tamanha beleza e delicadeza de seu corpo. Nada em Duda é exagerado, tudo na medida certa.

- Allan? – ela me chama preocupada.

- Estou pensando a respeito. – digo com um sorriso de lado, claro, que estou consciente que não demonstro nada superficialmente. Sinto que ainda estou com aqueles olhos pretos feitos um breu.

- Precisa pensar ao meu respeito? – pergunta ela dividida em ficar ofendida ou chateada. Percebo logo que ela me interpretou mal. Vou indo até a sua direção.

- Não nesse sentido, Duda. Não sei se é certo te corromper. – explico. Ela dá uma risadinha e balança a cabeça. Seu sorriso permanece ali. – Mas, estou confuso.

- Sobre o que?

- Eu que vou te corromper ou você vai me corromper?

- Como assim? – ela esta ainda mais confusa do que antes e rio de sua lerdeza. – Você ainda é virgem?

- Claro que não. – digo ainda rindo. – Estou só provocando.

- Ah claro, sua cara mesmo. – ela revira os olhos.

- A gente vai continuar conversando mesmo sobre como eu amo te provocar ou vamos ao que realmente interessa? – pergunto já perto o suficiente para que, como resposta, ela agarre meu pescoço e começa a me beijar ferozmente.

Pego Duda no meu colo e subo a escada sem parar com os beijos, vou até o meu quarto, fecho a porta - sem necessidade – e a deito na cama e fico por cima dela. 

Enquanto uma das mãos da Duda está em minha nuca, a outra está em meus cabelos. As minhas estão em sua cintura apertando-a.

O celular da Duda começa a tocar e ela para um instante pra ver quem é.

- Henry – ela fica surpresa e desliga a chamada voltando a me beijar.

DUDA

- Henry – olho para o visor do meu celular surpresa, porém estou desejando tanto os toques de Allan que rejeito a chamada e volto para sua boca.

Ele aperta nossos corpos, fazendo com que nossos sexos se choquem e um gemido escapa de mim. Allan abre o fecho do meu sutiã e enquanto ele aperta fortemente meu seio esquerdo no outro ele alterna chupadas e mordidas.

Está difícil respirar, mas nesse instante nem ligo mais para isso, estou tão envolvida, tão cheia de prazer que a falta de ar nem me incomoda mais. Estou ardendo de desejo assim como percebo que Allan também.

Meu celular toca de novo e eu ignoro.

Allan desce beijando minha barriga, fazendo meu ventre se revirar. Tira minha calcinha. Sinto como se tivesse milhares de borboletas no meu estomago.

O moreno da uma leve mordida em meu clitóris e meu corpo se contorce e agarro o lençol de sua cama de tanto prazer. Ele começa as lambidas e arfo com aquela sensação. Meus gemidos aumentam. Ele alterna lambidas e chupadas um pouco forte e eu solto gritos.

Sinto que estou quase no meu auge. Não demora muito para que o orgasmo chegue.

Allan sobe até minha boca e eu provo do meu sabor. Beijamo-nos ardentemente.

Meu celular toca mais uma vez, mas dessa vez não é chamada e sim mensagem. Allan olha irritado para o celular e tenho que admitir, nunca estive com tanta vontade em jogar esse celular na parede quanto estou agora.

- Acho melhor você ver o que é. – diz ele friamente e saindo de cima de mim.

- Não – digo segurando seu braço.

- Deve ser importante, Duda. – diz ele dando um beijo carinhoso em minha testa.

Suspiro frustrada e pego meu celular e leio a mensagem.

Puta que pariu Maria Eduarda! O que custa atender essa porra de celular? Estou tentando te avisar que tentei a todo custo te encobri, mas seu pai recebeu uma caixa postal. VOCE TÁ

MALUCA?! Mandar aquilo pra ele? Puta merda viu! Escuta... Não, leia com atenção. Ele está furioso contigo e saiu daqui a três minutos. T e aconselho chegar à sua casa antes dele, por tudo que é mais sagrado. Espero que tenha alcançado o Allan. Beijos e boa sorte – você vai precisar com o seu pai.

- Caramba, estou encrencada. – digo extremamente alarmada.

- Por que? O que aconteceu? – perguntou ele me olhando profundamente em meus olhos. Tento captar alguma mudança naquele olhar, mas ainda continua frio e calculista. Aquilo faz meu coração doer mais ainda.

- Meu pai está indo para casa. – digo mostrando a mensagem que o Henry me mandou. Percebo que ainda estou tremendo e arfando.

- É melhor você ir. – diz Allan olhando para mim.

- Estou com medo do meu pai.

Allan ri e passa a mão em minha bochecha.

- É melhor você ir do que ficar aqui e adiar mais as coisas. – diz ele menos frio, mesmo sendo mínimo o resultado abro um sorriso largo.

- Ok. – digo discando o numero da frota de táxi que eu costumava pegar.

- O que você está fazendo? – pergunta Allan me olhando confuso.

- Vou ligar para a frota de táxi. Meu carro estragou.

- Não – diz ele tomando o celular de minha mãos.

- Allan...

- Moto é mais rápida que carro, e seus pais já saíram do evento. Até o táxi chegar aqui seu pai já está em casa.

- Moto?

- Eu tenho uma moto. Meu xodó. – Allan me explica calmamente.

- Não quero te incomodar Allan... – começo dizer, mas a mão de Allan me interrompe e ele logo sela nossas bocas.

- Não irá me incomodar, senhorita Boullevard.

Dou um sorriso e desejo que ele volte a ter aqueles profundos olhos verdes, que tanto me fazem falta.

- Agora se vista. – me diz dando um leve beliscão na minha bochecha, que está corada.

Eu estava conversando com Allan enquanto nós dois estávamos nus.

Levanto-me, coloco a calcinha e o sutiã e pego meu vestido, que eu havia jogado no chão e me visto, porém não consigo fechar o zíper. Viro-me para Allan e ele já está com a calça.

- Allan, me ajude aqui? – peço indo até ele e depois dando as costas para que ele possa fechar. Sinto o zíper subindo.

- Prontinho. – diz ele dando uma leve batida na minha bunda. Sinto minha bochecha corar novamente. – Acho melhor você dá uma arrumada nesse cabelo, Duda.

Allan me olha maliciosamente e minha bochecha arde mais ainda.

- Também acho.

O moreno pega a minha mão e me leva até seu banheiro, que vejo que é grande. Ele é todo azulejado de preto com branco, tem uma banheira enorme ali e um chuveiro com boxe. Eu adoro aquele banheiro logo de vista. Tem um charme do Allan ali, não sei onde, mas sei que tem.

Arrumo o cabelo e o prendo em um coque desleixado. Tiro o borrado da minha boca e dos meus olhos.

- Está mais apresentável. – analisa Allan com um sorriso divertido no rosto.

- E você está começando a voltar a ser como era antes. – digo sorrindo abertamente. Me agarro em seu pescoço e lhe dou um beijo rápido para que eu não perca mais tempo.

- Graças a você – diz ele retribuindo meu beijo.

Desço as escadas antes de Allan e coloco meu sapato de novo. Desamasso um pouco do vestido.

- É melhor você por isso. – diz Allan atrás de mim colocando uma jaqueta de couro preta sobre os meus ombros. E depositando no meu pescoço uma mordida que deixará marca mais tarde. – Deixar minha marca só por precaução.

- Só torço para que meu pai não se depare com o vermelhidão em meu pescoço. – digo sarcasticamente passando a mão no local mordido.

- Vamos logo. Sorte a sua que a sua casa é mais longe do salão de festa do que da minha casa. – diz ele me puxando.

- Tem muitos faróis também.

- Falando em faróis. Teremos que ultrapassar todos os vermelhos, então é melhor já se preparar. – ele me lança um olhar demoníaco.

- Deus nos ajude. – digo suspirando pesadamente e Allan dá uma risadinha sarcástica.

Chegamos em sua garagem e ele descobre a moto. E eu me pergunto como que eu não havia percebido aquele volume debaixo da lona.

A moto dele era grande preta e cinza, os pneus eram grandes também. Eu fiquei ali admirando de boca aberta.

- Não baba. – brinca Allan dando uma batidinha em meu queixo.

- Besta. – digo enquanto ele sobe na moto e me ajuda a subir.

- Cuidado com o escapamento pra não queimar a perna. – ele diz me passando o capacete e colocando o dele.

Ele liga a moto e abre o portão. Dá partida na moto, já na rua ele acelera e vamos em direção à minha casa em uma velocidade muito rápida. Passamos em seis faróis vermelhos.

- Quantos faróis seus pais tem que pegar até chegar na sua casa? – ele me pergunta quando estávamos à três quarteirões da minha casa.

- Mais ou menos oito. Por que?

- Porque eles já devem estar chegando. – diz ele acelerando mais e passando por mais um farol vermelho.

Agarro-me mais na cintura de Allan e me encosto em suas costas. A jaqueta do Allan me protege somente nos braços do vento, já minhas pernas estão desprotegidas e sinto frio nelas.

Chegamos na minha casa e vejo  que meus pais ainda não estão em casa e suspiro aliviada. Desço apressadamente da moto.

- Muito obrigada. – digo e tiro o capacete o entregando para Allan.

- De nada. – ele tira o capacete e me dá um beijo. Passa carinhosamente sua mão em meu rosto. – Agora entre e suba para seu quarto como se já estivesse lá há algum tempo. Me liga depois.

Aceno com a cabeça e dou um beijo de despedida.

Saio em disparada para dentro de casa e subo correndo para o meu quarto, quase virando meu pé. Tiro os sapatos e coloco eles no meu closet. Desfaço o coque e ouço a porta sendo aberta. Meu coração acelera de medo. Tiro a jaqueta do Allan e a escondo no meio das minhas roupas.

Não estou conseguindo respirar direito.

Pego meu celular e mando para o Henry para tranquiliza-lo.

Muito obrigada Henry, já estou em casa. Me deseje sorte.

Enquanto está enviando para Henry recebo outra mensagem e vejo que é de Allan.

Esqueci de te falar: Boa sorte, anjo.

Sorrio com aquela mensagem e seguro o celular contra o meu peito. Anjo. Ele me chamou de Anjo.

Obrigada, amor.

Foi estranho digitar amor, não sabia o que iria acontecer a seguir com a gente. E nem tive tempo de pensar, pois minha porta é aberta brutalmente e vejo meu pai com um olhar nervoso e severo. Minha mãe está atrás dele o olhando assustada e logo depois seu olhar me encontra e vejo que ela está mais do que preocupada comigo.

Minha mãe sabe o que acontece quando meu pai fica nervoso, mas não sabe o que acontece comigo. Meu pai nunca havia ficado daquele jeito comigo. Nem quando fui presa.

Estava encrencada e nenhuma sorte iria me salvar.


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Notas finais do capítulo

Hiiiiiiiiiiiiiiiii, hihi o que acharam? Gostaram ou não? Me deem um desconto no levissimo hentai, eu sou nova nisso e deve ter ficado não tão bom, mas espero que tenham gostado.
E bom estou esperando reviews e recomendações hihihihihi
Bom, quanto a demora, vai continuar. Eu to no ultimo ao da escola gente entao é muita correira. É escola, vestibular e tudo o mais. Então tenham paciência comigo hihi
Amo muito voces. Muito obrigada por todos que comentam e leitores fantasmas apareçam. Vocês vão me fazer pular dde alegria com um review de voces. Beijos, amo todos voces *-*



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