Quando Se Encontra O Amor escrita por Ana Delano, Clara Swift Odair


Capítulo 15
Amizade de Infância


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
"Eu voltei, voltei para ficar..." Ok, parei.
Bem, estou aqui com o capítulo que era para eu postar antes e que já estava pronto há séculos, arquivado no meu netbook quebrado.
Agora ele voltou, cheio de problemas, ainda, mas voltou.
Enfim, espero que gostem do capítulo.
Boa leitura ^^



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POV. Alice

Nessas férias eu vou à casa de meus avós maternos no interior de São Paulo, pois meus pais não tem dinheiro para ficar me mandando do colégio para Porto Alegre sempre.

Meus avós maternos e todo o resto da família da minha mãe moram no interior de São Paulo, mas depois que ela se casou com meu pai, eles foram morar juntos no Rio Grande do Sul junto da família de meu pai.

Sinto meu celular vibrar no bolso do meu jeans e atendo. Era meu avô dizendo que estava em frente à escola. Despedi-me do pessoal e fui com minhas malas encontrar meu avô.

Ele me ajudou com as malas e eu entrei em seu carro.

Seguimos em silêncio. Meu avô não é muito de falar, mas eu sei que ele se importa muito com a gente.

Ao chegar à casa de minha avó, senti um cheirinho de bolo de fubá e fui direto para a cozinha. Depois de cumprimentá-la, deixei minhas coisas no “meu” quarto, que, na verdade, era um quarto de hóspedes que só era usado quando a família ia visitá-los. E, como eu sempre passava minhas férias lá, devido à proximidade do colégio com a casa de meus avós, aquele virou o meu quarto.

Peguei meu caderno de desenhos, coloquei meus lápis em minha pequena bolsa e fui à praça em frente a casa.

Eu sentei em um banco, na sombra de uma árvore, e comecei a desenhar em meu caderno até que vejo um belo garoto loiro sair de sua casa e vir em minha direção.

Era Thomas, um velho amigo de infância e vizinho de minha avó. Ele tinha dezesseis anos e morava com a avó desde os dois anos, pois seus pais haviam morrido em um acidente de carro. Por coincidência sua vó era amiga da minha então nos conhecemos em uma visita a casa de minha avó quando eu tinha cinco anos e ele sete.

Thomas veio cumprimentar-me. Ele sempre teve uma paixonite por mim, mas eu nunca liguei muito para isso.

– Thomas! Como vão as coisas? – perguntei quase pulando em seus braços. Que saudade!

– Bem e você? – ele acariciou o meu rosto. – Faz um tempo que não me manda e-mails... Esqueceu de mim?

– Claro que não, Thomas! Eu só estava em época de provas. Só isso.

– Ah bom. Então... Quer tomar um sorvete? – assenti animada e seguimos rindo e relembrando dos velhos tempos.

Comprei um sorvete de coco e ele um de limão. Passamos o resto da tarde juntos andando pela cidade e finalmente resolvemos ir para sua casa.

Ao entrar, encontramos minha avó conversando com a avó dele.

– Oh, olá crianças! – a avó dele disse sorrindo. – Tem lanche na mesa. Querem comer?

– Obrigada vovó. Nós vamos comer sim.

Fomos até a cozinha e nos deliciamos com os pãezinhos caseiros de sua avó, bolo de fubá da minha avó e vitamina de mamão com banana.

Voltamos para a sala e sua avó, dona Eunice, chamou-nos para conversar. Sentamos e contei a eles um pouco sobre o colégio até ser interrompida por Eunice que quis contar sobre sua viagem à Espanha.

Mais tarde, eu e minha avó, também conhecida como Silvana, fomos para casa.

Os dias se passavam e eu percebia que os sentimentos de Thomas certamente não mudaram por mim.

Certo dia, no fim das férias, estávamos sentados nas poltronas do meu quarto conversando sobre bobagens e vendo tevê. De repente, ele olha para mim sério.

– Quê foi, Thom?

– Sabe... Eu estava pensando... Alie, você quer me namorar? - Fiquei em choque. O que eu digo a ele agora?

– Thom, eu não posso. Eu não quero estragar nossa amizade. – ele fez uma carinha triste de dar dó. – E, além disso, você está quase indo pra faculdade.

– Só daqui a dois anos, Alie. – Ele estava impaciente.

– É, mas...

– Você ainda gosta dele, né? – eu fiquei quieta, olhando para o nada. – Já fazem cinco meses que você me mandou aquele e-mail dizendo que tinham terminado! Cinco meses! Esquece esse cara que não te merece! – ele estava quase gritando.

– Eu... Eu não sei Thom. Você é meu amigo de infância e...

– E o quê, Alie?

– E... Ah, eu não sei se ia dar certo, Thom... Você mora aqui e eu lá no sul...

– Amor à distância pode dar certo. E, além disso, seu colégio é logo ali, na cidade ao lado.

– Thom...

– Tudo bem. Eu entendo que você não queira me namorar. – ele estava visivelmente desapontado. – Eu vou para casa. Tchau, Alie.

E depois dessa nossa conversa, eu não o vi mais.

Voltei ao colégio com um olhar triste e uma dor no coração. Sentia que havia perdido meu melhor amigo e, finalmente, entendi que eu o amava.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Gostaram do capítulo?
Deixem reviews que eu prometo que tentarei voltar a postar normalmente!
Beijos ^.^



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