Quando Se Encontra O Amor escrita por Ana Delano, Clara Swift Odair


Capítulo 14
Feliz Aniversário, Isa!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Tudo certo?
Aqui está mais um capítulo, que veio bem mais rápido que o normal, hehe.
Talvez seja porque esse capítulo e o próximo eram um só, porém como já estava num tamanho bom (e eu não tinha terminado a parte do capítulo que virou o próximo) eu resolvi postar ele logo. =)
Bom, já falei demais.
Boa leitura. ^^



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POV. Isabella

– Luca? – disse ao acordar e ver o rosto de meu namorado. Percebi que estava na enfermaria. Minhas amigas também estavam lá esperando eu acordar.

– Oi, meu amor. – ele disse acariciando-me a face.

As meninas viram que acordei e vieram perguntar-me várias coisas, porém a enfermeira não deixou. Ela se aproximou e examinou-me. Depois me dispensou.

–Fique tranquila Isabella. Foi só um susto. – ela disse, ajudando-me a levantar da maca. – Porém imagino que a diretora ainda queira conversar contigo.

– Ok. Muito obrigada. – disse antes de sair do local.

Luca, Nicole e Alice me acompanharam até a diretoria. Já Bia tinha de encontrar Romeo para atualizá-lo sobre minha situação.

Bati à porta e logo ouvi a diretora pedir para eu entrar. Luca sussurrou-me “Boa sorte” e eu entrei.

O escritório possuía paredes num tom de cinza e era bem grande. Tinha uma mesa branca bem no centro do aposento, cadeiras pretas que mais pareciam poltronas e um sofá branco num canto com almofadas negras. Tinha também uma máquina de café perto do sofá e alguns vasos de plantas.

A diretora Adriana olhou para mim e fez um gesto para eu me aproximar.

Fechei a porta, aproximei-me e sentei em uma daquelas cadeiras-poltronas superconfortáveis.

Adriana era uma mulher na faixa dos trinta anos. Tinha cabelos castanhos longos e alisados, usava uma saia preta, uma camisa branca e um blazer da mesma cor da saia. Seus óculos de aro preto estavam deslizando pelo seu nariz. Ela era bonita, mas também rígida e exigente.

Todos que já passaram por essa sala afirmaram que ela realmente dava medo. E eu também estava com um pouco de medo.

Ela levantou seu olhar dos papéis que ela observava e foi direto ao assunto:

– Isabella, eu nunca pensei que fosse capaz disso. Talvez Nicole, sua amiga, mas você... Você realmente me decepcionou. – ela começou. Parecia decepcionada.

Droga! Seria melhor se ela me acusasse de diversas coisas, gritasse comigo ou me desse uma advertência, mas não. Pelo visto, ela quer nos fazer sentir culpados pelo que fizemos. E ela definitivamente conseguiu o que queria. Como se bater em Lucy fosse tão horrível quanto assassinar alguém.

Ela continuou, provavelmente sorrindo internamente por fazer mais um aluno se sentir culpado:

– Agora, Isabella, me conte a sua versão da história. Por que bateu em Lucy?

Demorei um pouco para responder. Minha garganta estava seca. Quando minha voz saiu era quase um sussurro:

– Ela me ofendeu. Disse um monte de mentiras sobre mim. Ela realmente sabe como deixar alguém com raiva. Talvez ela só não soubesse que eu sou sim capaz de bater em alguém e que querer controlar a tudo e a todos não é bem a forma correta de se fazer amigos...

– Hm... Entendo. Porém, as histórias não “batem”. Diga-me se o que a senhorita Lucy Albuquerque disse é verdade, sim? – assenti timidamente. Ela continuou e eu fui confirmando tudo o que ela dizia da versão de Lucy, afinal, era tudo verdade. – Lucy disse que ela e o aluno Luca Oliveira namoravam. Eles discutiram pouco antes de sua viagem. Quando ela voltou da, já antes dita, viagem, vocês dois estavam juntos. E ela afirmou que você se apropriou do namorado dela. A senhorita Lucy disse também que vocês se encontraram no banheiro do colégio. Ela tentou te comunicar sobre o ocorrido, porém você certamente não gostou da verdade e a agrediu.

A diretora terminou de falar e comprimiu um sorriso. Minha cara de espanto devia estar um tanto engraçada...

Acalmei-me e completei os pontos que Lucy não mencionara.

– Primeiramente, ela deve ter se esquecido de mencionar que os dois tinham terminado! E, segundo, eu não a agredi por “não gostar da verdade” e sim porque ela me xingou! Ofendeu-me! – Já estava me descontrolando...

– Calma senhorita Amaral. – ela disse séria, mas comprimindo um sorriso. – Diga-me do que exatamente ela te chamou.

– Ela me xingou de vaca, puta, ladra, vadia... – fui dizendo os nomes feios que Lucy usou contra mim.

– Tudo bem senhorita Isabella. – ela interrompeu-me um pouco desconfortável com o que eu disse. – Dessa vez, punir-lhes-ei somente com uma bronca e as duas ficarão de castigo hoje. E, se houver reincidência, levarão uma suspensão.

– E qual será meu castigo, diretora? – perguntei temendo o que teria de fazer com aquele ser denominado Lucy.

– Hoje à noite, você e a senhorita Lucy terão de lavar a louça após o jantar. – reclamei um pouco e pedi-lhe para dar outro castigo.

– Silêncio. Será esse castigo e ponto. – a diretora respondeu rígida. – Está dispensada. – levantei-me reclamando um pouco ainda e sai da sala.

*~*~*~*~*~*~*~*

Mais tarde no quarto de Isa

– O meu castigo com Lucy foi terrível! Ela chegou atrasada, ficou reclamando o tempo inteiro (não que eu não tenha reclamado, mas ela reclamou bem mais) e, além disso, nem limpou a louça direito. – eu estava contando a Bianca e Nicole o que aconteceu na cozinha do colégio.

– Viu Isabella? Por isso que não deve fazer coisas desse tipo. – Bianca repreendeu-me, como sempre.

– E o que sua mãe te disse ao telefone?

– Ela só brigou comigo, como sempre faz, e disse que só não me punha de castigo, pois a diretora já tinha feito isso.

– Só? - Bianca e Nicole se assustaram, pois minha mãe sempre me dava castigos piores, como um mês sem internet e sem sair de casa...

– Pior que não... – disse triste. – Ela também bloqueou meus créditos do celular e disse que se tivesse que ligar para alguém era para eu ligar a cobrar.

– Ainda não é um dos piores castigos de sua mãe. – Nicole disse modesta.

– É, mas ela não tem muito a fazer já que só tem contato com você pelo telefone... – Bianca fez cara de pensativa.

– É. Ainda bem. – sorri. – Vou dormir, meninas. Estou morta de cansaço após todos aqueles pratos sujos.

– Ok. Boa noite. – disseram juntas.

*~*~*~*~*~*~*~*

Uma semana depois

Hoje é meu aniversário. Luca e eu estamos no pátio interno aberto onde há um jardim, algumas árvores com folhas secas, devido ao outono, e alguns bancos.

Está chegando o inverno e está um pouco frio, portanto, eu e Luca estamos agasalhados.

Estamos sentados de mãos dadas num banco do jardim. Conversando... Namorando... Até que o celular de Luca apita. Deve ser uma mensagem.

Entramos no colégio, que está quase deserto, pois mesmo estando frio, ainda é final de semana.

Meu celular começa a tocar. É a minha mãe. Converso com ela enquanto Luca lê a mensagem que recebeu. Ela me deseja um feliz aniversário e diz que o meu presente só será entregue nas férias quando eu voltar para casa. Fiquei um pouco triste, mas agradeci do mesmo jeito.

Meu namorado sugere que retornemos ao meu dormitório. Concordei e fomos andando sem nunca soltar nossas mãos.

Estamos de frente para a porta do quarto. Está destrancada, como sempre. Fui adentrando o local. Há algo de estranho por aqui. Está tudo escuro...

– SURPRESA! – meus amigos e meu namorado gritaram.

O quarto estava todo enfeitado com balões cor-de-rosa e tinha três mesinhas redondas de tamanhos diferentes. A primeira e maior estava com um suporte cheio de cupcakes formando uma pirâmide, a segunda e de tamanho médio estava com uma tigela de salgadinhos de aparência deliciosa, e a terceira e menor de todas tinha seis copos de plástico coloridos rodeando garrafas de refrigerante. Simples, mas são as coisas simples, se feitas com carinho e boas intenções, que fazem a vida importante.

– Oownt, gente! Muito obrigada! – disse chamando-os para um abraço coletivo. Depois de nos separarmos, virei-me para Luca e o beijei.

– Ok. – disse Nicole animada. – Agora é a hora dos presentes! – ela apontou para minha cama que estava com algumas caixas e pacotinhos de cores e tamanhos diferentes.

Sentei-me na cama e Nicole apontou-me o seu presente, um pacote amarelo com bolinhas pretas, peguei-o e abri. Continha uma linda blusinha com um Mickey estampado. Eu adorei! Sorri e agradeci a Nicky o presente.

Depois foi Alice que pegou um pacotinho vermelho com listras douradas. Abri o presente e me deparei com um lindo vestido rosa-bebê rendado. Adorei! Aliás, eu adoro ganhar roupas então não é novidade eu ter gostado.

Agradeci-a também e peguei o pacote roxo e retangular que fez Bianca dar pulinhos de ansiedade. Logo entendi que o presente era dela, afinal, era um livro. Mas, não era um livro qualquer. Era o livro que eu mais queria ler e não encontrava em lugar algum: O Casamento, de Nicholas Sparks. Agradeci-a imensamente.

Peguei o próximo presente, porém Luca o retirou de minhas mãos e disse para deixar o dele por último. Então peguei a outra caixinha: o presente de Romeo. Abri a embalagem verde e logo descobri que era o CD de minha banda preferida: The Wanted.

Por fim, peguei a caixinha comprida azul que Luca havia tirado de minhas mãos. Ao abrir, vi uma linda pulseira prateada decorada com pequenos olhos gregos azuis. Levantei da cama, agradeci-o e lhe dei um selinho. Ele pegou cuidadosamente a pulseira de sua caixa e a prendeu em meu braço esquerdo.

– Você sabe que não precisa me dar presentes tão caros, né? – perguntei com a mão na cintura. Ele riu e se aproximando, ainda com um sorriso, disse:

– Eu sei. – ele já estava com as mãos em minha cintura. Ele começou a se inclinar e me deu mais um beijo. Ele pediu passagem com a língua e eu concedi. E quando o beijo ia ficar bom, Nicole nos interrompeu, como sempre.

– Estraga prazeres. – mostrei a língua a ela e vi Bianca dar uma risadinha e olhar para Romeo que segurava firmemente sua mão.

– Affz. Vamos aproveitar essa festa. – Nicole reclamou. E foi ligar a música.

Aproveitamos a festa e comemos bastante. Até que Bianca chamou para cantar parabéns. Porque, segundo ela, se demorássemos mais, a cobertura dos cupcakes derreteria.

Fui para trás da mesa e Nicole depositou uma velinha no bolinho do alto da pirâmide e acendeu a mesma. Os outros cantaram “Parabéns a você” para mim enquanto eu ficava vermelha como um pimentão.

– Sopre a velinha e faça um pedido! – Alice disse e eu o fiz.

Todos estavam comendo os deliciosos cupcakes com recheio de morango. Eu e meu namorado estávamos sentados na minha cama.

– Tem cobertura aqui, sabia? – Luca limpou um pouco de cobertura da ponta de meu nariz.

– Sim e sabia que você é o melhor namorado do mundo?

– Sim. – ele respondeu convencido. – Eu te amo.

– Eu te amo mais. - respondi dando-lhe mais um selinho de muitos outros.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. =3
Mandem reviews!!
Até o próximo.
Beijos ^.^