Louis’s POV:

Eu estava conversando com a Ellie pelo meu celular, um aplicativo de iPhone que você conversa com a pessoa e permite que ela veja seu rosto e você o dela.

Ela tinha acabado de voltar das casas dos pais e já estava de pijama. E que pijama, hein!?

Ficamos conversando por um longo momento, até que ela disse que iria dormir, já que amanhã cedo teria aula.

– Vai lá dormir, meu amor. – falei.

– Eu vou. – ela disse. – Se cuida.

– Você também. Eu te amo.

– Eu te amo mais. – ela jogou beijo e desligou, encerrando a chamada.

Deixei meu iPhone de lado e deitei na cama. A Eleanor me deixava louco. Fiquei olhando no teto e pensando nela, até que eu ouvi algumas fungadas. Deveria ser a Sav. Ela devia ter se machucado, sei lá. Me levantei cuidadosamente e fui até o corredor, as fungadas vinham do quarto dela. A porta estava encostada, eu bati suavemente.

– Noc noc. – falei enquanto dava algumas batidinhas.

Abri um pouco a porta do quarto e vi a Sav encostada da cabeceira da cama box, ela segurava seu iPhone em mãos e chorava. Fui correndo até ela e a abracei.

– Porque você tá chorando, Sav? – perguntei, ela apoiou sua cabeça em meu ombro.

– Eu to apaixonada, de novo. – ela falou, sua voz falhava.

– E desde quando isso é motivo para chorar? Você tem que estar feliz!

– É mas... – ela começou a falar mas eu a interrompi.

– Você está com medo que o Zayn faça alguma coisa e você saia com o coração quebrado mais uma vez, não é? – adivinhei.

– Está tão na cara assim que eu to apaixonada pelo Zayn? – ela me olhou, eu assenti que sim e ela parou para pensar. – Louis... Como você adivinhou o que eu estou pensando?

– Harry me contou algumas coisinhas... – falei e ela suspirou alto. – Fica tranquila, babe. Eu sei que o Zayn não vai te decepcionar.

– Como?

– Eu vejo o jeito que ele te olha, o jeito que ele fica quando alguém diz o seu nome, quando ele fala de você... Sabe, é a primeira vez que eu vejo o topetudo desse jeito. Em nenhum momento, desde que nós nos conhecemos eu vi ele desse jeito por uma garota. Ele também gosta de você, Sav.

Savannah’s POV:

O Boo Bear sabe muito bem confortar alguém, a Ellie é bastante sortuda.

Louis me abraçou de lado e ficou conversando sobre coisas aleatórias comigo, era muito óbvio que ele estava apaixonado pela Eleanor, assim como ela por ele.

– Lou, obrigada. – falei suavemente. – Eu preciso ir dormir. – bocejei.

– Magina, Sav. – ele disse. – Eu também preciso ir dormir. – ele bocejou também. – Boa noite. – ele deu um beijo na minha testa. – Dê uma chance ao Zayn.

– Boa noite, Lou.

Ele saiu do meu quarto e encostou a porta, eu deitei em baixo do edredom e pensei no que Louis havia dito “Dê uma chance ao Zayn”. Amanhã eu falaria com ele.

[...]

Acordei com o meu celular berrando alguma música. Saí lentamente de baixo do edredom e fui até o banheiro. Fiz o que eu tinha que fazer, fiz a minha maquiagem de sempre e arrumei o meu cabelo. Peguei uma roupa dentro do closet, arrumei meu material dentro da minha bolsa, peguei meu celular e desci para o andar de baixo.

Fui direto para a cozinha comer alguma coisa, deixei minha bolsa em cima de uma das cadeiras em frente a bancada e quando eu estava me encaminhando até a geladeira percebi que o meu irmão se encontrava ali. De cueca.

– Voltou pra casa cheio de estilo, né Harold? – falei irônicamente me referindo ao fato dele estar de cueca.

– Fala logo que você sentiu a minha falta, florzinha. – Harry disse e veio na minha direção com os braços abertos para que eu o abraçasse.

Abraçar meu irmão só de roupa íntima? Não.

– Vaza, Styles! – falei. – Olha o respeito! Primeiro põe uma roupa e depois você vem me abraçar.

Me sentei na bancada e comi a panqueca que o Harry tinha feito e ele começou a me olhar.

– Que foi, Harold? – perguntei já incomodada.

– Quer conversar? – perguntou. Ele me conhecia tão bem.

– Não é uma coisa que eu gostaria de conversar com o meu irmão, talvez com uma amiga. – falei, ele entendeu.

Comi alguma coisa com ele e fui direto para o colégio.

Acabei chegando um pouco cedo, nenhuma das meninas tinham chegado ainda. Peguei meu livro de história que estava dentro do meu armário e coloquei dentro da bolsa, enquanto isso nem vi Tate se aproximar de mim.

– Hey. – ele disse e deu um beijo na minha bochecha.

Depois daquele dia na minha casa ele nunca mais deu em cima de mim ou deu sinais de que era afim de mim. Ainda bem.

– Hey. – falei animada. – Porque você não foi na festa da Karen no sábado?

– Fui viajar. – falou.

– Ah.

Ficamos conversando por um tempo até a Ellie chegar. Ela falou com o Tate, que logo percebeu que eu precisava falar com a sós com ela e foi atrás de um amigo seu.

Conversei com a Eleanor, sobre tudo o que aconteceu. Desde sábado até ontem de noite.

– Sav eu não acredito! – ela falou empolgada.

– Eleanor, eu só quero saber de uma coisa. – eu disse. – A Luce e o Louis me deram um conselho. Você tem algum?

– A única coisa que eu digo é... Investe nele, vai falar com ele o mais rápido possível. Não deixa o Zayn passar.

– Ok, entendi. Mas então, me conta. Como foi lá com os seus pais? E você e o Louis?

Nós ficamos tagarelando até o sinal para entrarmos para a primeira aula tocar. Eu tinha minha primeira aula com a Luce, e a segunda era de história, na qual nós tínhamos que entregar o trabalho, se não não teríamos nota.

Fui para a primeira aula, e nada da Luce. Na segunda enquanto o professor não chegava na sala eu fiquei conversando com a Ellie, o Tate e o Lucca.

Poucos instantes depois ela chegou na sala, achando que estava ferrada por ter chegado atrasada. Eu, a Ellie, o Tate e o Lucca demos risada dela.

– Achei que você não ia vir, Lucecreide. – Eleanor falou chamando Luce por um apelido que eu, a Ellie e uma amiga nossa brasileira – a mesma que me ensinou a fazer brigadeiro – demos a Luce.

Tate e Lucca ficaram confusos quando Eleanor chamou Luce por esse apelido escroto.

[...]

Já tinha passado o intervalo e nós já estávamos na quarta aula. Não fiz a lição daquela aula, fiquei apenas tentando falsificar a assinatura do Harold que eu tinha e uma foto dele no meu caderno. Assim que eu falsifiquei um bilhete de que eu precisava sair na quinta aula, mostrei para Eleanor, Luce, Tate e Lucca, que disseram que não estava parecendo ser falso.

Assim que tocou o sinal saí em disparada á secretaria, dei o bilhete pra uma véia que ficava lá, ela só colocou o carimbo da escola e fez uma assinatura por cima e não disse nada. Fui até o portão da escola, onde uma outra véia me parou dizendo que eu não poderia sair para fora.

– Meu irmão assinou o papel para mim pra eu poder ir buscar o resultado do meu exame que eu fiz ontem. – falei.

– Seu irmão não pode assinar por você. – a véia falou. – Seus pais ou seu responsável que podem assinar por você.

– Então, meu irmão é o meu responsável. – eu falei já sem paciência.

– Quantos anos o seu irmão tem?

– 18.

– Me deixe ver a assinatura. – eu entreguei o papel a ela, que leu atentamente, com aqueles óculos meia lua que paravam no nariz dela.

“Eu autorizo minha irmã, Savannah Allyson Styles, a sair na quinta aula ás 11:30 para ir buscar um exame de raio x.

Atenciosamente,

Harry Styles.”

A mulher baixinha me analisou, com um olhar intimidador – que não funcionava comigo – e esperava eu dizer “Tá, desculpa, eu falsifiquei essa assinatura. Não fala pra diretora, eu já vou indo se não eu vou ficar com falta nessa aula. Beijo, tchau e não me liga”. Pelamor, se ela acha que isso funciona comigo. Eu já fiz coisa pior do que ficar falsificando assinaturas.

– Pode sair, Styles. – ela disse com um ar de desdém. Por dentro eu sei que ela falava assim “Você é a Savannah Styles, irmã de Harry Styles do One Direction! Minha neta é a sua fã e te adora!”. Tá, talvez essa parte de que a neta dela me adora nós podemos riscar. – Mas eu quero você, mocinha, de volta na quinta aula.

– Olha, se a senhora continuar aí parada e não me liberar, talvez não dê para mim chegar a tempo na quinta aula. – falei. – Eu não sei se a senhora sabe, mas, o hospital é a 10 minutos daqui, e ainda é lotado.

Ela bufou e abriu o porão para mim. Eu saí da escola e fui até a gravadora dos meninos. Incrivelmente eu sabia onde ficava. No caminho recebi uma mensagem da Ellie:

Boa sorte! ~~dedos cruzados~~

Te amamos; xx. – Ellie e Lucecreide.

Elas eram as melhores amigas mais perfeitas do mundo, só faltava o Giovanni e o Matt aqui que seria como nos velhos tempos.

Assim que eu cheguei na gravadora eu fiquei sentada em um dos banquinhos onde ficava os estacionamentos. Sim, lá tinha alguns banquinhos, não sei por que. Fiquei sentada por uns dois minutos. Nervosa. O que eu diria pra ele?

Damn, eu nem tinha pensado ainda no que eu diria quando eu o visse.

Enquanto eu tentava pensar no que eu diria a ele, saiu do prédio uma figura com um topete escuro. Zayn. Ele estava de cabeça baixa, provavelmente para que nenhuma fã o reconhecesse e tals.

Tentativa fail, já que além de eu ser directioner, eu reconheceria o cara por quem eu estou apaixonada de longe.

– Hey você. – eu disse quando vi ele se aproximando. Ele parou na minha frente e cruzou os braços, esperando que eu dissesse algo. E, também sorriu, acho que estava feliz por eu ter vindo atrás dele. – Não me dê esse sorriso sensual de James Dean. Que diabos estava pensando ao me beijar? – Zayn estava com o rosto sério. – Eu tinha tudo planejado. Ia mofar sozinha no meu quarto, escrever músicas melodramáticas, ouvindo Adele, ficar me culpando pela morte do Travis, e aí você apareceu, me beijou e arruinou tudo. Por causa disso eu não consigo mais te tirar da minha cabeça. A única coisa de últil que eu sei fazer agora é ficar pensando em você. O que foi aquilo? – eu não parava de falar, e ele continuava parado me ouvindo. – Você tá brincando comigo? Significou algo pra você? Mas sabe? Eu... Eu não me importo. – levantei as mãos. – Certo? Só estou chateada.

– Você terminou? – Zayn perguntou com a voz rouca, e sensual, e... ai... e tudo. Não nego, fiquei um pouco nervosa quando ele me perguntou se eu tinsesse algo.ha terminado.

– Sim, terminei. Sua vez. – falei nervosa.

Zayn não fez nada além de se aproximar de mim, colocou suas mãos em volta da minha cintura e me beijou. Sim, de novo. Minhas mãos se encontravam fechadas, relando no seu peito, até ele pedir permissão para afundar o beijo e eu cedi. O beijo era calmo, apaixonante, carinhoso, assim como ele. Minhas mãos foram calmamente até seu cabelo.

Eu resolvi ceder, eu estava apaixonada por ele. Assim como Luce disse, Travis não iria voltar e ele gostaria de me ver feliz de novo, não importa com quem seja. Decidi fazer isso por nós, por ele, ele gostaria mesmo de me ver feliz de novo.

Nós não nos importamos se ele era um cantor de uma boyband, cheio de fãs, ou papparazzis que poderiam tirar fotos nossas ali. Nós não tínhamos pressa, era como se o tempo tivesse parado só para nós. Naquele momento só tinha um casal apaixonado se beijando, só. Nada mais, apenas isso.