P.O.V Jared:

Não acredito! Passo minha vida toda enfrentando as piores
monstruosidades e agora, bem agora, eu sou atingido por um golpe (fatal) e por sorte (não minha obviamente) do inimigo, atingiu bem no meu coração.

Minha visão ficou turva e eu logo caio no chão, minha camisa já está encharcada de sangue e há uma pequena poça do liquido quente ao meu lado.

- Não desista – Tentou reconfortar-me ela.

Ela, a garota chamada Bianca Ryan, a garota de olhos azuis intensos e cabelos castanhos.

- Fica meio difícil – Digo eu roucamente. – Na situação em que estou.

Ao olhar para ela relembro todos os momentos que passei ao seu lado, sendo eles bons ou ruins, lembro-me de seus sorrisos, do som de sua risada, agora distantes de seu rosto com uma expressão preocupada.

Inspiro com dificuldade e ela tenta estancar o sangramento em meu peito com um pano, falhando miseravelmente.

- Não – Digo eu. – Eu já fiz o que tinha que fazer.

Ela me lança um olhar dizendo claramente: “ não diga bobagens” e continua apertando o pano contra meu peito.

As lutas continuam á nossa volta, mas estão todos ocupados demais para nos notar, quem dirá ter tempo para chamar alguém para me ajudar.

Por mais estranho que pareça, não senti dor, nem sofrimento e nada dessas coisas ruins, sua simples presença não me deixava sentir esse tipo de coisa, esse era um dos motivos pelo qual ela me faz tão bem.

De repente uma sensação de paz me invade.

Ela pega um pano seco e mais uma vez ela tenta parar o sangramento, novamente falhando. Ela vê minha expressão e para... deve ser porque sentiu meu coração diminuir a velocidade e o ritmo de batimentos.

O vento que passa brinca com seus cabelos e com os meus.

Ela passa sua mão por meu rosto.

Ela tira minha armadura, já destruída.

Eu tiro a faca de sua mão.

Olho em seus olhos e
examino seu rosto e vou fazer isso, mesmo que seja a última vez, não posso ir sem que ela saiba o que eu sinto.

Uso o que me rstou de forças para puxa-lá para mais perto e a beijo uma última vez, transmitindo tudo o que eu queria dizer e não vou poder.

Então tudo escurece