Eterno escrita por MelissaC


Capítulo 12
Capitulo 12: Nunca vou entender.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demorazinha, mas eu tive que fazer uma pequena viajem e não deu para eu postar no sábado, mas aproveitem.
Acho esse capitulo bem meia boca, mas espero que gostem e Beijinhoos



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Capitulo 12: Nunca vou entender.

“Você tem certeza do que está dizendo?” Orago questionou as informações que eu acabara de lhe dar.

“Senhor, tudo que indica que sim.” eu disse em baixo tom.

“Mas se eles são humanos não podemos matá-los. O que dificulta mais o que temos que fazer.” Anelic disse raivosa.

“Então o que eu devo fazer?” questionei mais um vez. Se ela era humana nós não faríamos nenhum mal.

“Você havia nos dito que ela tem 'irmãos adotivos' que não moram aqui não é?” assenti. “Então observe e arranje um jeito de trazer eles para nós.

“Sim.” me curvei mais uma vez e saí.

Era ridícula a minha situação aqui. Eramos apenas um bando de escravos, cumprindo os caprichos de Orago e Anelic.

“Ei Garoto.” ouvi Cassandra gritar. Parei e esperei ela me alcançar. “Resolveu seu problema?” ela disse andando ao meu lado. “Sabe, o da garota.”

“Eu tenho quase certeza que ela é humana. Ela tem que ser.” eu disse esperançoso.

“Você sabe que existem feitiços para que pareçamos o que não somos. Você sabe, você os usa.” ela disse tentado me fazer acordar.

“Eu sei, mas ela é tão perfeita.”

“E você está apaixonado, pelo inimigo.” eu sorri para ela.

“Talvez.”

Saí de lá a passos largos e montei na minha moto e sai em disparada dali. Sempre me disseram que eu deveria deixar a minha família para trás, senão ela morreria por mim ou eu morreria por ela. Mas eu não conseguia. Se fosse preciso, eu morreria pela a minha família. Morreria pela minha mãe, mas nunca deixaria que ela morresse por mim.

Estacionei longe da casa que eu chamara de lar a anos. Ela ficava bem afastada de onde eu “morava” agora, então na hora que eu cheguei estava quase anoitecendo. Contudo, valia apena estar aqui. Vela mais uma vez, mesmo que seja de longe.

Empoleirei-me na janela que dava ao meu antigo quarto e fiquei ali observando. Tudo estava da mesmo forma de quando fui obrigado a partir, a três anos atrás. Olhei novamente para baixo então eu pude vê-la.

Seus cabelos escuros brilhavam na luz do crepúsculo, sua face mostrava-se cansada mas com um sorriso satisfatório. Era ela linda como eu ainda como todo dia eu me lembrava. Tive uma imensa vontade de descer e abraçá-la e prometer que eu nunca mais partiria. Porem deixei como estava. Ela feliz, com o seu marido, esperando um novo filho que não carregará a maldição que eu carrego.

“Mãe, prometo que nada acontecerá com você, enquanto eu ainda respirar. Farei de tudo para que você viva.” prometi a mim mesmo já que ela não podia me ouvir.

P.V. Annabelle

Já era sábado, e eu estava trancada há algumas horas escolhendo uma roupa. Passar a tarde com o meu irmão não deveria ser nada importante. Mas para mim era. Respirei fundo e vesti-me como se fosse apenas passar uma tarde em casa. Pois era isso que iria acontecer.

Desci as escadas correndo e fui para a cozinha. Aleph parecia entediado quando eu cheguei lá. Ele batia com uma colher na mesa. Me aproximei da mesa e lhe dei um susto.

“Se eu estava demorando tanto, você poderia ter me chamado.” me sentei do seu lado.

“Não tem problema.” ele sorriu tristonho.

“O que foi?” ele não me respondeu apenas ficou sentado olhando o mármore da mesa. “Se você não quiser fazer isso eu entendo.” senti toda a minha animação se esvaindo.

“Eu estou estragando tudo não é? Sou um péssimo irmão!” bufei.

“Tudo bem.” me levantei e peguei a sua mão. “Vamos fazer outra coisa.” fui puxando ele paro o lodo de fora.

“Você não pode sair, esqueceu?” eu ri.

“Quem disse que nós vamos sair?” corri de volta procurando algo para nós fazermos, mas nada que eu pensava servia, pois seu braço ainda estava engessado. Voltei para o lado de fora e ele estava deitado na grama verde olhando o céu límpido e azul. “Vai me contar o que está acontecendo?” me deitei do seu lado.

“Não eu não vou te contar.” revirei os olhos.

“Por que?” tentei olhar seus olhos, mas ele estavam escondidos.

“Não gosto de falar sobre isso.” disse. Ficamos em silêncio por alguns longos minutos. “Se eu morresse, você sentiria a minha falta?”

“Claro, você é … meu irmão.” deixei a palavra irmão morrer.

“Então é melhor você se acostumar com essa ideia, pois eu não vou viver para sempre.” não tava entendendo nada, desse papo. Ele se levantou e entrou rapidamente dentro de casa.

Fiquei um tempo deitada ali, até que eu ouvi me celular tocar. Demorei um pouco para atender um pouco pois estava alheia que o toque era dele.

“Bom dia princesa.” disse a voz que eu já conhecia bem.

“Boa tarde não é?” eu disse entre risos. Nicolas riu também.

“Então você gostaria de sair amanhã comigo?” ele disse sério.

“Não posso.” eu disse de forma decepcionada. “Ainda estou de castigo!”

“Então tudo bem.” ele disse com a voz triste. “Até segunda-feira.”

“Espera, eu posso perguntar para a minha mãe se ela não deixa você vir almoçar aqui.” ficamos algum tempo em silêncio. “Se você quiser é claro.” estava me precipitando não estava? Sim eu estava se não ele não teria levando um choque.

“Claro que eu quero.” ele disse e após disso eu desliguei com a promessa que ligaria de volta.

Levantei-me tentado tomar coragem de pedir para a minha mãe. Muitas vezes ela era instável, então eu não sabia o que esperar.

“Mãe.” eu disse entrando dentro de casa.

“Aqui na sala, filha.” ela disse calorosamente um pouco longe de mim.

“Mãe, o Nicolas pode vir almoçar aqui amanhã? Eu sei que eu to de castigo, mas foi por isso que eu convidei.” complementei antes que ela pudesse dizer algo.

“Não!” ela disse firme. Me preparei para sair sem dizer nada, mas ela riu. “Brincadeira, pode sim.”

“Obrigada.” eu disse beijando a bochecha rosada dela.

“De nada. E saiba que eu só estou deixando porque eu quero conhecer o seu primeiro namorado.”

“Ele não é meu namorado.” afirmei me levantando.

“Sei.” ela disse se virando para o livro.


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