O Tempo Irá Dizer escrita por analauragnr


Capítulo 20
...Infalível!


Notas iniciais do capítulo

Música que acompanha o capítulo:
Love of my life - Queen
http://br.youtube.com/watch?v=QtqADo-D3mQ



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A festa surpresa do Franja havia começado com uma música bem alegre. Todos dançavam cada um a sua maneira. Estavam paradas somente Denise e a pessoa misteriosa que iria ajudá-la em seu plano. Conversavam sobre a hora de agir, mas são interrompidas por Carmem, que fica curiosa para saber qual plano se tratava, porém Denise a dispensa de uma forma educada, afirmando que se tivesse fazendo um plano, ela saberia. Ela e o robô vigarista vão dançar, pois estavam um pouco entediados.

 

Uma música romântica tocava e Cebola pedia, quase implorando, para Mônica dançar coladinho a ela. Ela aceita, pois não poderia negar um pedido desses. Após estarem colados um ao outro, a música e a escuridão que se formava no salão aumentava o clima entre eles. Mônica, tentando ser difícil, se afasta durante alguns instantes de seu amigo. Porém, Cebola não estava mais agüentando essas atitudes de Mônica e, ela puxou delicadamente para perto de seu rosto roubando-lhe um selinho e, logo depois, um beijo intenso e demorado. Mesmo tentando evitar, Mônica se rendeu e correspondia na mesma intensidade. Mônica acariciava os fios de cabelo de Cebola, o qual fazia o mesmo, enrolando os fios com seu dedo indicador. Depois de se beijarem, a música havia parado e todos a aplaudiam. Mônica se afastou de Cebola para pegar uns docinhos. Cebola aguardava ansioso e mandou um beijo para ela enquanto se distanciava.

 

Denise, no mesmo instante fez um sinal para o robô, o qual havia entendido o recado e corria em direção à Mônica. Mônica estava lá, toda alegre pegando seus doces, quando é cutucada pelo robô:

- Olá Mônica, tudo bom?

- Quem é você??

- Eu..um amigo. Diz ai: vamos dançar?

- Quem é você?

- Já disse, um amigo...

 

Enquanto isso, do outro lado do salão:

 

Denise se aproximava de Cebola, que estava sentado em um dos sofás do salão.

Chegando bem perto do sofá, ela diz:

- Oi Cebola!

- Denise? É você?

- Sim, sou eu, fofis! – dizia sentando ao lado dele.

- Me diga – continuava Denise – como está indo a Mô?

- Está tudo bem!

- Onde ela está? Vocês estavam juntos a pouco...

- Ah, ela foi pegar uns doces...

- Será mesmo?

- O que você está insinuando?

- Nada...

- Denise, diga logo, não gosto de enrolação!

- Nossa, ta bom! Não precisa fazer tempestade em um copo d’água! Bom, ela está fazendo de difícil para você?

- Como assim? Não entendi...

- AII, MEU SENHOR!! Vou ser mais clara: ela fica inventando desculpas, se afastando de você quando começa um clima, hum? Você entendeu ou quer que eu desenhe?

- Sim, por que? Aonde você quer chegar? E não, não precisa desenhar, eu entendi.

(Então ela estava se fazendo de difícil...bobinha! Então era isso que o Cascão queria me dizer?)

- Bom, eu acho sinceramente que ela está fazendo isso por outro motivo...

- Que motivo? Não estou entendo bulhufas do que você me disse...

- Então presta atenção aqui, fofo! – ela virava o rosto dele para ela – Ela pode estar escondendo algo de você, algo que te machucaria, que te deixaria nervoso...

- Não, isso nunca! Ontem mesmo ela me falou o que ocorreu dias atrás entre ela e o Reinaldo!

(Ahhh Não meu Senhor....Me diga que é mentira, ele não sabe...).

- O que ela te contou?

- Isso não é da sua conta, Denise! Por que você ta falando isso tudo para mim?

 

Denise ficou calada. Estava pasma. Será que Cebola sabe de tudo? Será?

Não importava agora. Ela devia prosseguir o seu plano, mesmo ele sendo ameaçado de não dar certo. Denise ajeitava o seu penteado.

 

Enquanto isso, no outro lado do salão:

- Nossa, que insistência, hein garota.

- Diga logo quem é você!!!

- Ok, não fique nervosa – dizia o robô, tirando sua máscara aos poucos.

- O que você quer?  Diga logo que eu tenho mais o que fazer...

O robô nada dizia, olhava para o lado. Visualizou a menina ruiva mexendo em suas madeixas. Essa era a hora certa.

(É agora ou nunca...).

- Ei gata, pára de arranja desculpa...Eu sei que você se derrete toda por mim...

- Ah, me poupe!!

O garoto segurava-a pelo braço de uma forma bruta. Tentava, sem êxito, segurar a mão de Mônica.

 

Enquanto isso:

 

- Jesus me chicoteeeiiaaa...não estou vendo isso...

Cebola, assustado com a reação de Denise, ele olhava para trás.

- O que foi?

- A-a-a-a-a-a-li....

Cebola olhava para onde a garota ruiva apontava. Lá estava Mônica, sendo segurada pelo garoto, que tentava beijá-la à força. Uma raiva imensa e inexplicável atingia seu peito, o qual era acertado com a flecha venenosa do ciúme, deixando ferido por dentro e ao mesmo tempo com uma cólera digna de um deus grego. Seus punhos se fechavam.

(AAARRGH!! EU QUEBLLLOOO UM!!!!)

Denise dava pulos de alegria.

(AIII...QUE TUUUDO! EU CONSEGUI!! DEU CERTO!! AGORA A ONÇA VAI BEBER ÁGUA).

Cebola se aproximava do garoto e da menina dentuça. Separava brutalmente o que seria um beijo forçado.

- Que você ta fazendo, seu maluco? Cortando nosso clima...

- Que clima...

Cebola interrompia Mônica:

- “OLA!” Eu “ESTLAGUEI” o clima? Desculpe, vou sair e deixar vocês a sós....Mas antes, eu “PLECISO” fazer uma coisa?

- Fazer o que? – retrucava o garoto.

Cebola pisava com toda a força no pé do garoto, o qual gritava de dor:

- AIAIAIAIAIAIAIAI!!!!

- Isso é “pla aplender”, senhor “LE...REINALDO”, a deixar de meter o nariz onde não é chamado.

- Ce...

- O que foi? MACHUQUEI MUITO ELE, FOI MÔ? “ASSOPLA” NO PÉ DELE E VE SE “SALA”...

- Mas Ce...você entendeu tudo errado...

- COMO EU ENTENDI “ELADO”! EU VI COM OS MEUS PLÓPLIOS OLHOS!!!

- Mas Ce...

- MAS NADA!! AGOLA SAI DE “PELTO” DE MIM, SENÃO NÃO AJO POR MIM!!

Uma nova música tocava naquele instante da festa.

Love of my life, you've hurt me

Cebola estava irado e muito triste ao mesmo tempo. Sentia como se fosse atingido por mil flechas venenosas a cada segundo. Uma lágrima saia de seus olhos, pois ainda amava aquela garota dentuça.

You've broken my heart and now you leave me

(MALDITO REINALDO...MALDITA MÔNICA...)

Love of my life, can't you see? Bring it back, bring it back, don't take it away from me because you don't know what it means to me...

Mônica, por outro lado, sentia o mundo desabar em seu corpo. Soltava lágrimas de desespero, tristeza, pois seus medos haviam se tornado realidade. Nada e nem ninguém podia acabar com essa dor profunda, que havia acertado no ponto fraco de seu coração.

Love of my life don't leave me You've taken my love and now desert me Love of my life, can't you see? Bring it back, bring it back, don't take it away from me because you don't know what it means to me...

Cebola continuava muito nervoso e soltava lágrimas doloridas, quando, de repente, Denise sentava ao seu lado, puxando conversa:

You'll remember when this is blown over, and everything's all by the way

- Não fica assim, Cê...pelo menos eu abri os seus olhos...

When I grow older, I will be there at your side to remind you how I still love you, I still love you...

- Ah, Denise, me poupe! Até um idiota perceberia isso! Eu percebi sozinho!

- Ah, você vai me desculpar, fofis! Mas se não fosse eu apontar você não veria a cena.

- Ta, ta! Que seja...Agora pára de falar disso!!

- Ah, Ce...esquece a Mô... – dizia se aproximando do Cebola

please bring me back home to me, because you don't know what it means to me   Love of my life, love of my life... Uhhh... Yeah...

- Denise – dizia, empurrando ela – já disse pra parar! Que coisa!

- Ta bom, Ce – dizia, dando selinho nele. (sim, foi um selinho mesmo).

(HAHAHA...agora a chapa vai esquentar) – pensava a garota ruiva, se afastando de Cebola.Ele começava uma nova briga contra ele mesmo

(Porque ela fez isso comigo, POLQUE...). – perguntava o consciente

(Não sei, dói muito em mim isso, ela fazendo aquilo, mas acho que isso foi armação, é o que parece...).

(Ah, fala sério? Armação? Meus olhos não viram aquilo à toa).

(É, não viram mesmo, por isso que acho armação. Justo a Denise mostrando o Reinaldo quase beijando a Mô, e justo o Reinaldo...).

(Ah, nada a ver! Ai, não quero brigar mais por causa disso.)

(Realmente, nosso coração está despedaçado, é uma dor imensa, inexplicável!).

(Mas a Mônica vai ver, ela terá seu troco!).

(Para que você vai fazer isso, vai machucar os sentimentos dela, você ainda a ama...pára com isso.)

(Eu? Machucar os sentimentos dela? Ora, e ela pensou antes de magoar os meus? Ah, fala sério!).

(Mas eu acho que isso é armação, por isso estou falando pra você não fazer nada...).

(Ah, chega!! Vamos para casa...não quero ficar mais nem um minuto nesse lugar.)

Dessa maneira, Cebola saia da festa, somente se despedindo de Marina e Franja:

- Pessoal, eu já to indo! A festa tava ótima!

- Mas já? Fica mais um pouco...Você ta bem, Cebola?

- Ah, to um pouco com dor de cabeça, acho melhor eu ir para casa.

- Ok! Tchau! – diziam os dois ao mesmo tempo.

Cebola foi direto para sua casa dormir e tentar esquecer o que acabara de ver. O que seria difícil, pois ele estava completamente ferido e triste.

 

Com Mônica ocorria quase da mesma maneira, só que a diferença é que ela sabia que isso tudo foi pura armação, seu coração dizia isso. E também sabia que Cebola não iria acreditar no que ela iria dizer, de jeito nenhum.

A festa do Franja, que tinha tudo para ser um dia de pura felicidade e alegria, acaba sendo inesquecível, porém de uma forma trágica, digna de ser resignada como grega!

 

A festa ainda não tinha acabado e ainda ocorrerrá muitas outras coisas...

Quais serão? Quais são as pessoas envolvidas?

 

Fim do 20º capítulo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Música que acompanha o capítulo:
Love of my life - Queen
http://br.youtube.com/watch?v=QtqADo-D3mQ



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