“POV – Narradora”

Naquele mesmo dia Damon não conseguira dormir, ele não tirava da cabeça o fato de não ter conseguido dizer “eu te amo” para Milenna. Será que talvez ele de fato não a amasse? Quem sabe ele ainda nutria algum sentimento por Elena, ou talvez, ele estivesse com um bloqueio emocional. O que quer que fosse, ele sabia muito bem que o fato dele não ter conseguido dizer tais palavras magoaram profundamente a pequena Salvatore. Estava pronto pra ir até ela e lhe pedir desculpas quando dá de cara com Elena.

- Hum... Oi, o Stefan não está – a encarou confuso

- Eu sei, não vim por ele. Vim por você

- Por mim? Ok, cadê as câmeras? – usou seu famoso tom ironico

- É sério Damon, quero conversar com você – bufou Elena

- Sou todo ouvidos gracinha

- Eu acho que... Quer dizer, eu tenho certeza que... – a interrompeu

- Fala logo Elena, não gagueje – riu

- Eutoapaixonadaporvocê – encarou-a confuso por não ter entendido muito bem

- Eu disse que e-u-t-o-a-p-a-i-x-o-n-a-d-a-p-o-r-v-o-c-e

- Tá, não sou um retardado mental pra você falar tão devagar assim – revirou os olhos

- Você escutou o que eu disse?

- O que?

- Que eu to apaixonada por você, droga – ele a encarou em silencio por longos segundos.

 Será que essa frase dita por Elena lhe causou emoções? Talvez alegria, espanto, surpresa... Ele não sabia ao certo, mas de uma coisa tinha certeza, de certa forma isso tinha o deixado feliz. Pobre Damon, mal sabia que isso tudo fazia parte do plano para afastar Milenna dos dois irmãos. Depois de um clima tenso, Elena decide quebrar o silêncio.

- E ai?

- E ai o que?

- Eu disse que estou apaixonada por você, e você não vai fazer nada? – perguntou um pouco rude até

- Eu... Bom, eu não sei se ainda sinto algo por você – murmurou. Mentira. E ele sabia muito bem disso. Essa revelação o deixara muito feliz para alguém que não sinta nada.

- Por que não descobre então? – sem nem ao menos esperar a resposta dele, ela o beijou.

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 Na casa ao lado, estavam Milenna e Stefan conversando, mal sabiam o que estava acontecendo agora na mansão dos Salvatore, e pelo jeito que as coisas estavam indo, era melhor não saberem mesmo.

- Mille, qual é. Não fica assim por causa dele – Stefan tentava acalmá-la pela terceira vez

- E você quer que eu fique como Stefan? Ele não conseguiu dizer que me ama, então isso mostra que ele realmente não me ama. Agora o que eu me pergunto é, por que ele brincou comigo esse tempo todo? A troco de que? – suspirou derrotada, Stefan se aproximou da garota novamente

- Ei, não fica assim. Eu odeio te ver assim. Odeio ver você sofrendo por quem não te merece – deu um sorriso de lado

- Às vezes nem eu me mereço Stefan – se afastou novamente

 O garoto não entendia o porquê, mas odiava quando ela sofria pelo seu irmão. Odiava ouvi-la falando dele. Odiava quando ela estava com ele. E mais ainda, odiava a maneira em que ela o amava.

- Mille, por favor... Olha pra mim – se aproximou mais uma vez, agora segurando o rosto da garota entre as mãos

- To olhando Stef – fez voz chorosa

- Eu estou aqui, sempre vou estar. Entendeu? – a garota apenas balançou a cabeça em forma positiva. Ele deu um sorriso sincero e foi se aproximando dela. Ambos não entendiam o porquê, mas sentiram um certo arrepio ao estarem tão interligados assim, se encaravam profundamente. E separando a distancia que havia entre os dois, Stefan a beijou. No inicio ela relutou um pouco, mas depois... Ah, depois ela se entregou, literalmente.

 Agora eles se beijavam com um certo fervor. Danem-se os outros, ali, naquele momento, eram só eles. Em uma velocidade inumana Stefan jogou Milenna na cama, e sem esperar muito, os dois tiraram suas próprias roupas, naquela hora, o desejo falava mais alto. Muito mais. Stefan atacou os lábios carnudos de Milenna, enquanto passava suas mãos por todo o corpo da mesma.

- Hum... Stef – gemeu pelos arrepios que lhe foram causados

- Esperei tanto por isso, você não tem idéia – murmurou enquanto descia com uma de suas mãos até a intimidade de Milenna, ela soltou um gemido alto. E enquanto isso, Milenna arranhava suas costas, de uma maneira que saísse sangue. Mas quem se importava? Logo os arranhões se curariam.

 Depois dessas “brincadeirinhas”, Stefan e Milenna já estavam explodindo de tanto desejo. Ele entrelaçou suas mãos nas dela e a penetrou, de inicio em um movimento lento, mas que com o tempo ia aumentando, e quanto mais ela gemia, mais ele estocava. Pois é, quem diria. Stefan Salvatore com esse fogo todo. E naquele momento, ele não se lembrava de Elena. Afinal, quem era Elena mesmo?

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- E ai? – mordeu os lábios, Damon a encarava

- Eu não sei... Eu – sem terminar o que dizia, avançou em Elena de novo, beijando-a novamente, só que dessa vez, de uma forma mais quente... Com mais luxuria. Acabou com o beijo por Elena ter ficado sem ar.

- Eu sabia que você ainda sentia algo por mim – sorriu

- Acho que é algo muito forte pra acabar tão de repente – sorriu sem graça. Espera. Damon Salvatore sem graça? Ok, isso é totalmente novo.

- Então não acabe, apenas... Sinta – Elena o beijou novamente.

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- Não sei se o que fizemos foi certo Stef – Millena murmurou enquanto se levantava da cama onde estava deitada no peito de Stefan

- Por que não Mille? – o tom de sua voz estava um pouco decepcionado

- Não sei, estou confusa – sorriu de lado

- Bom, vou pra minha casa. Você vem? – se levantou rapidamente e estendeu uma de suas mãos a Milenna

- Hãn... Não vejo por que não – sorriu

“POV – Milenna”

 Certo, o que eu acabei de fazer? Foi loucura eu, tipo, eu transei com o meu melhor amigo, e foi bom, na verdade ótimo. Tá legal, eu amei isso! E agora tudo isso me deixou confusa, céus por que é tão difícil? Acho que agora estou entendendo Katherine... Calma Milenna, você não pode ser igual a ela, ela é uma vadia e você não pode ser assim. Mas ele é tão gostoso, ele me deu um prazer tão... FOCO MILENNA, FOCO. Ok, isso não pode acontecer outra vez. Estávamos no portão da minha casa, parei de repente, e isso fez com que Stefan também parasse.

- O que foi?

- Não conta isso o que aconteceu entre a gente pra ninguém ok? Muito menos pro Damon – sussurrei

- Tá certo – percebi uma certa tristeza em sua voz, o encarei

- O que foi Stef?

- Nada não, vamos? – sorriu e eu assenti

 Assim que nós dois chegamos eu não acreditei no que eu via, sério isso produção? Como assim? Damon e Elena se beijando. Ok, eu só posso estar delirando. Mas logo percebi que não, pois Stefan estava com a mesma cara que eu, provavelmente, até por que não vi minha cara né, mas enfim. E o pior de tudo é que eles não nos perceberam ali, continuaram se beijando como se não tivessem dois idiotas ali parados na porta observando tudo. Minha vontade era de gritar, mas o máximo que consegui foi sussurrar, na verdade foi algo quase inaudível.

- Damon?

 Assim que ele ouviu minha voz, parou imediatamente o beijo e me encarou, e logo em seguida, encarou Stefan. Eu mantinha minha expressão séria, irônica. Mas na real? Aquilo doeu mais do que o Klaus me atacando, sério.

- Milenna, eu posso expli... – o interrompi

- Não tudo bem, eu não me importo. Aliás, eu e Stefan estávamos subindo não é mesmo Stef? – o encarei, ele demorou um pouco pra responder

- Hum... Vamos então

- Mi – me chamou novamente

- O que? – arqueei as sobrancelhas. O projeto de vadia só observava tudo. Ah, que vontade de dar uns belos socos na cara dela.

- Me deixa explicar – me encarou com uma expressão... Triste? Anram, pago pra ver

- Não precisa. Vocês se amam, nada mais justo que fiquem juntos – falei com uma falsa empolgação. Sabe aquele momento em que você quer chorar mais que tudo, só que sabe que não pode fazer isso pra não parecer uma pessoa fraca? Pois então meus caros, é isso que eu to sentindo.

- Mi, mas eu a... – não terminou, novamente. Será que ele ainda não percebeu que o que sentia por mim era apenas desejo? Por que sei muito bem que se me amasse diria, e sem nenhuma dificuldade.

- Você nada, fica com ela ai, pois eu tenho mais o que fazer se me permite – subi para o quarto do Stefan.

- Vamos sair daqui, por favor? – perguntei com a voz falha

- Se a gente sair eles vão nos ver

- Janela – sorri de lado

 Assim que pulamos, caminhamos em silêncio, um ao lado do outro. Não precisávamos de nenhuma palavra, ambos sabíamos que estávamos sofrendo. Corremos e chegamos a antiga Igreja.

- Droga, droga, droga – esbravejei chorando

- Calma Mille – me pediu com lagrimas nos olhos

- Como você me pede calma, Stefan? Ainda mais depois do que eu vi, e você também viu

- Eu sei, eu também vi, eu também to sofrendo.

- Então não me pede calma porra – gritei

- Ei, vai ficar tudo bem – me abraçou e sussurrou em meu ouvido

- Da ultima vez que disse isso nada ficou bem – fiz birra que nem uma criancinha que acabou de cair e acha que ta perdendo todo o sangue do corpo

- Eu to aqui. Eu sempre vou estar. Ta tudo bem – se afastou o suficiente para que pudéssemos nos encarar. E eu estava sentindo de novo, aquela estranha sensação de querer beijá-lo, e foi o que eu fiz. Nossas lagrimas se misturaram e formaram uma só. Só precisamos disso para que a dor passasse pelo menos um pouco, apenas disso. Éramos melhores amigos, e nada melhor do que um acalmar o outro, apenas com gestos e nada de palavras. E foi assim que passei aquela tarde inteira, abraçada na frente da velha Igreja com o meu melhor amigo... Ou algo mais.